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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- TUDO DENTRO DOS CONFORMES

* Conforme a nossa previsão, o Sport derrotou o time do Petrolina por 4x0 e passou para as semifinais para enfrentar o Salgueiro e chegar à final da competição.

Futebol hoje é um esporte previsível, e a lógica em um jogo como esse sempre domina.  

Tudo seguiu dentro dos conformes.

Sobre o jogo não iremos analisa-lo que foi de apenas de um só time, desde que o do Sertão do São Francisco é semiprofissional, sem nenhuma qualidade técnica.

Uma diferença bem grande para o rubro-negro.

Mesmo assim com tanta distância, o Sport só abriu o placar aos 35 minutos. Um jogo insosso, com cara de treino e que poderia ter um placar maior.

A única novidade foi sem dúvida a presença de Sammir após um lobby violento para que esse fosse escalado. O que mais nos chama a atenção é a mídia juvenil, que trata o atleta como um craque salvador, embora ninguém jamais viu esse jogar.

Pelo menos atuou por poucos minutos sem contusão, e seria bom que continuasse nessa recuperação.

Por outro lado o Salgueiro foi derrotado pelo Bahia por 3x0, em jogo realizado na Fonte Nova pela Copa do Nordeste, complicando-se na competição.

O time do Sertão de Pernambuco esteve mal na partida, e o Bahia mesmo sem um grande futebol conseguiu a vitória. 

NOTA 2- O FUTEBOL SENDO TRATADO COM DEBOCHE

* A Era da Imbecilidade tem vários capítulos dedicados ao futebol brasileiro, que é rico nesse segmento. No sábado passado quando procurávamos um canal do Sport TV na busca de um jogo de voleibol, nos deparamos com algo que foi além do grotesco, e que estava preparando o pré-jogo da seleção do Circo que iria jogar contra o Panamá.

Comediantes de um programa da TV Quase, que não conhecíamos, falando sobre a partida. Mais uma vez o futebol é tratado com cenas de deboche, para tentar garantir uma audiência que não iria jamais acontecer. O torcedor está cada vez mais longe dessa seleção.

Na verdade era a preparação para a atuação desses humoristas no portal do Globo Esporte, no lugar de Galvão Bueno e cia que trouxeram um humor surreal.

A narração foi do Craque Daniel (Daniel Furlan), com comentários de Cerginho da Pereira Nunes (Caito Mainier) e Poeta de Sunga (Daniel Benincá).

Vamos e venhamos, não temos nada contra esses profissionais que estão fazendo o seu trabalho de forma honesta, mas pela maneira que o esporte da chuteira está sendo tratado.

Tenha piedade de nós, mas merecemos.

NOTA 3- O FUTEBOL FEMININO DE PERNAMBUCO É UM SACO DE PANCADAS

* Embora poucos torcedores pernambucanos tenham conhecimento do Campeonato Brasileiro Feminino que não conta com a televisão nem com rádios, esse está sendo realizado escondido também das mídias impressas, e assim não tomamos conhecimento dos seus resultados.

O Vitória das Tabocas só tem levado tabocadas.

Nos dois jogos realizados tomou 15 gols, e não marcou nenhum. No primeiro jogo contra o Internacional a derrota foi de 5x0. Na segunda partida o Flamengo deitou e rolou com um 10x0.

O mais estranho é que o primeiro tempo terminou com o placar de 1x0, e na segunda etapa os rubro-negros marcaram nove gols, ou seja uma bola na rede a cada cinco minutos.

Algo que vai para os anais do futebol.

Enquanto isso o Sport começou muito mal com uma derrota para o São Francisco da Bahia por 3x0.

Na segunda partida realizada na tarde de ontem no Ademir Cunha, foi derrotado pelo Kindermann por 1x0.

Viramos um saco de pancadas.

Uma vergonha.

NOTA 4- A MELHOR ANÁLISE SOBRE A SELEÇÃO DO CIRCO FOI DOS JORNAIS DO PANAMÁ

* As mídias europeias analisaram muito pouco o empate do Circo com o Panamá no último sábado. Os jornais do Porto e Lisboa deram poucas linhas e assim mesmo para uma análise sobre os dois jogadores de um time da casa, Militão que foi negociado com o Real Madrid, e Alex Telles. Nada mais nada menos.

A melhor interpretação veio do jornal ¨El Signo¨ do Panamá, que entrou duro na análise do empate e criticou de forma lúcida o desempenho do time do Encantador de Jornalistas.

¨Seleção brasileira (...) ofereceu uma pobre imagem, pois não passou do empate em 1 a 1 contra um Panamá bem ordenado¨. Além da Pobre imagem do Brasil, que teve o controle do jogo, mas nada mais, pois sofreu contra um Panamá ordenado, que começou uma nova era com Dely Valdez¨.

Durante a transmissão da partida para o Brasil ficou bem delineado que o comprometimento com os direitos de transmissão, ninguém tem opinião nenhuma. Na Globo e isso já chamamos a atenção por várias vezes, não existe opinião, é só para defender interesses.

Os comentaristas, alguns com boa qualidade, sabem que não podem falar e não falam. Ninguem questiona os erros do Encantador dos Jornalistas que é intocável, ou se o cara está mal e tem que ser substituído.

A Globo já teve outros tempos, mas hoje é o da garantia dos direitos de transmissão.

NOTA 5- ENFIM UM BOM JOGO NO BRASIL  

* O Fluminense entrou no Maracanã com um time reserva, contando apenas com Paulo Henrique Ganso do titular, para enfrentar um Flamengo completo.

A jovialidade da equipe tricolor deu as chances para um domínio rubro-negro em uma boa parte do primeiro tempo, inclusive com o placar de 1x0.

Nos minutos iniciais da segunda fase, uma assistência espetacular de Diego, deixou Bruno Henrique cara a cara com o goleiro para marcar o seu segundo gol.

Logo após com assistência do artilheiro da partida, Gabriel ampliou para 3x0.

Quando tudo marchava para uma goleada, o Fluminense entrou no jogo, marcou o seu primeiro gol, a seguir o segundo, tocando fogo para a partida.

Daí em diante o time de Fernando Diniz passou a dominar e teve chances de empatar.

Para quem gosta de um bom futebol, esse FLAFLU sem duvida foi emocionante.

Ainda existe algo de bom no esporte da chuteira nacional.

NOTA 6- A PRISÃO DOS TORCEDORES ORGANIZADOS DO SANTA CRUZ

* Torcedores organizados do Santa Cruz foram encaminhados para a Delegacia de Mossoró-RN na madrugada do domingo (24). De acordo com a Policia Militar a torcida é suspeita de fazer um arrastão numa loja de conveniência de um posto de combustível em um bairro da cidade, quando voltavam do jogo do tricolor em Fortaleza.

Os ônibus com quase 100 torcedores foram interceptados já próximo à cidade de Assu, também no Oeste potiguar, e conduzidos para a Delegacia de Plantão de Mossoró.

A maioria dos itens que foram roubados era biscoito, energéticos e refrigerantes.

Na verdade esse tipo de torcedor envergonha os bons seguidores do Santa Cruz, que na sua maioria são pessoas do bem.

São coisas do novo futebol brasileiro.

Escrito por José Joaquim

Não existe a possibilidade da construção de uma casa começando pelo telhado. Todo processo começa por sua base, que tem que ser bem reforçada para que sejam evitados danos futuros.

Em todos os segmentos da vida esse processo é adotado, desde que ninguém começa por cima. A escola é a base de tudo, tanto para os ricos como para os pobres. O dinheiro não compra o saber, e o sistema começa com a alfabetização.

O futebol de Pernambuco é um péssimo exemplo de uma construção pelo telhado, e hoje além dos estádios precários, o maior dos seus problemas é a ausência de um bom trabalho de base.

Alguns fatos pontuais acontecem com o Náutico e Sport, embora incipientes, desde que são os únicos que tem projetos de formação e espaços para tal. Estão retornando ao caminho certo, mas necessitam de bons profissionais para os seus comandos. O futuro de nossos clubes está nas suas bases.

Não existem segredos nesse processo, e basta para tal olharmos o futebol local dos anos 60 e 70, e com menos intensidade em 90, quando o futebol era feito com atletas de casa e dos estados vizinhos. Tínhamos bons jogos, bons profissionais e excelentes públicos. 

Houve uma paralização desse trabalho na década de 2000, e daí em diante deixamos a formação para nos tornarmos um importador, e por conta disso, a qualidade caiu e o período tornou-se o mais trágico para o futebol, onde vivenciamos hoje a ausência de um clube na Série A. Dois que eram chamados de grandes estão disputando pela segunda vez seguida a Série C. 

Numa análise de nossos clubes, com exceção dos dois citados, os demais não possuem um projeto de formação, e não contemplam um Centro próprio para a  categoria, que é a sapata da construção do futebol.

Os clubes do interior na maioria são ursos polares, hibernando por sete meses do ano, e que poderiam ter nesse segmento um suporte. Nada fazem. Começam uma competição, e saem à caça de jogadores, com contratações diversas, repetitivas ano a ano, e com custos que oneram os seus caixas, e deixam de lado o processo fundamental para o seu futuro, que é o da formação.

Não existe a menor possibilidade de um clube de menor capacidade financeira crescer, sem que tenha equipamentos esportivos para as categorias de base, e aproveitando ao máximo atletas da região. Além de ter uma folha mais razoável, um talento com maior destaque poderá ser negociado por um bom valor, dando o suporte para o seu caixa.

Quem ouviu falar de Reinier jovem atleta do Flamengo, com 16 anos e criado em suas bases? Não jogou no profissional e hoje vários clubes estão disputando-o, inclusive o Real Madrid com um proposta de R$ 300 milhões?

O capitalismo e sua mercantilização aprofundou o abismo entre os clubes brasileiros, e o único caminho que temos para diminuir esse problema está nesse trabalho que chamamos da alfabetização do esporte. 

Para que se possa construir uma ponte de transição entre os pobres e os ricos, necessário se faz uma revolução no setor, principalmente com normas que obriguem os clubes a terem em seus times um determinado número de jogadores formados em suas casas, isso de forma estadual e nacional.

Ou se repensa o atual modelo, ou então iremos continuar nessa lenta agonia que cedo ou tarde empurrará a todos ao seu juízo final.

Escrito por José Joaquim

Um acontecimento nos fez trocar o artigo principal que estava pronto e que mostrava o mercado esportivo mundial do ¨matchday¨.

Assistimos uma cena em um local público que nos motivou uma nova postagem, quando um personagem teve uma reação veemente, que causou espanto a todos que estavam por perto, quando foi chamado de ¨seu¨ no lugar de doutor.

Nos lembramos de um artigo publicado em um blog português, de autoria de Fernando Moreira de Sá, com o título ¨O País dos Doutores¨, e que iremos transcrever na integra.

¨Hoje dei as caras com um cartaz da CDU da minha freguesia, cujo nome do candidato surgiu da seguinte forma: ¨Drª fulana de tal¨. Olhei segunda e terceira vez e imediatamente pensei: ¨está dado o nome para a minha próxima pasta no Aventar¨.

O meu pai farmacêutico de formação e profissão, tinha por hábito advertir algumas pessoas que o interpelavam por ¨Senhor Doutor¨ do facto de não ser esse o seu nome de baptismo. Logo de seguida, ironicamente: explicava o processo de baptismo, etc e tal.

Foi com ele que aprendi a não gostar dessa ¨cagança¨ portuguesa. Mais tarde, quando a idade começou a avançar comecei a ser tratado em determinados locais pelo mesmo ¨Senhor Doutor¨ e lá começava eu a explicar que não era, que não tinha ainda acabado o curso e mesmo , etc e tal. Ao ponto de ter deixado de ser cliente de um determinado restaurante da Maia por causa disso, o fulano dono do dito, começou a tratar-me por doutor, após lhe dizer que não o era, passei a ser engenheiro e a seguir arquiteto.

Após terminar a licenciatura, começou o massacre. Numa primeira fase expliquei que ¨Doutor¨ era o meu médico, depois anunciei que não passava receitas e, por fim, desisti tendo como resultado começar a ficar farto.

Nesse país de ¨doutores¨ e muito respeitinho, a maralha péla-se por ser tratada de ¨Dr¨ e nem vos digo a quantidade de vezes que recebo mails, sobretudo de trabalho, cuja assinatura surge como ¨fulano de tal, Dr¨, assim mesmo sem tirar nem pôr, pondo a nu os complexos de inferioridade que habitam no mais estranho dos seres. Mais engraçado e cômico é verificar o deleite de certos licenciados quando tratados por ¨Dr¨.

Não desmentem a coisa, antes pelo contrário, mesmo quando na presença de conhecedores de tal lapso. Recentemente, numa reunião, assisti a uma cena do gênero.

O sujeito da referência impávido, e sereno, até engrossou um pouco a voz, adaptando-se ao que julga ser o timbre mais correto para a qualidade em causa. Após a dita, em pleno elevador, o autor do lapso, virou-se para mim afirmando: ¨eu sei que o tipo não é doutor, mas foi por prazer de o ver todo empoado e pelo gozo do caricato da situação¨. Nem pestanejei tal a surpresa.

Neste país da ¨cagança¨ com toda a pujança já espero tudo, mas confesso a minha surpresa ao ver um cartaz da CDU, do partido intitulado ¨do Povo¨, a referencia ao titulo acadêmico. O que diria o saudoso ¨Zé Barbeiro¨, o verdadeiro comunista, ao ver uma camarada sua tão preocupada em passar receitas¨.

O interessante é que o Brasil também é o país dos doutores.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O ¨MATCHDAY¨ E O FUTEBOL BRASILEIRO

* Um estudo realizado pela Sports Value mostrou que o futebol do Brasil está atrasado na relação com o mercado esportivo mundial.

Segundo essa empresa foi movimentado em 2018 US$ 50 bilhões (R$ 191 bilhões) com o chamado ¨matchday¨, que corresponde a receita gerada pela bilheteria, naming rights, shows, eventos, camarotes, restaurantes, projetos de sócio-torcedor, em estádios, arenas e complexos esportivos.

Desse valor, 51% são gerados apenas nos Estados Unidos com ligas como MLB (beisebol), NHL (hóquei), NFL (futebol americano) e NBA (basquete). O Campeonato Brasileiro aparece como a décima liga que mais arrecada.

Segundo o especialista em marketing esportivo Amir Somoggi, sócio da Sports Value, o nosso país apresenta um grande potencial de crescimento por conta da baixa ocupação dos estádios. No futebol o grande sucesso é o da Premier League que tem uma média de público de 38.274 e a taxa de ocupação nos estádios é de 99%.

Na verdade falta no Brasil inteligência no sistema de gestão de arena, algo que sobra no mercado internacional. Nós temos 60% dos estádios vazios, que poderiam se ocupados se houvesse um trabalho para isso.

Quanto mais gente nos campos de jogos é obvio que gera uma maior demanda de produtos. É nesse momento que os times desenvolvem ações com parceiros, patrocinadores para maximizar os lucros com os consumidores em potencial. Nos Estados Unidos, esse trabalho nos dias de jogos gera receitas maiores do que com direitos de TV e patrocínios.

No Brasil esse processo está na alfabetização, e o seu matchday se resume as bilheterias e sócio-torcedor, e em alguns raros casos com camarotes e shows.  

Estamos na idade da pedra.

NOTA 2- O MUNDO REAL DO ITUMBIARA

* O Itumbiara desde que voltou à primeira divisão de Goiás, teve pela primeira vez um público real. A Prefeitura deixou de comprar e distribuir ingressos, fato que maquiava os borderôs do clube em seus jogos.

Nos lembramos dos famosos públicos fantasmas de nosso futebol quando tínhamos o programa Todos com a Nota. Estádios vazios e movimentos financeiros cheios. A média de público era de fazer inveja ao futebol paulista. Deu no que deu, e hoje amarga 90% de ociosidade nos estádios.

Rebaixado na última quarta-feira, o time do Itumbiara se despediu do estadual com uma média de 1.018 pagantes e total de 6.110 torcedores. O público atual do time do interior goiano é bem modesto se comparado aos fictícios dos últimos anos.

A Prefeitura e até mesmo empresários, costumavam comprar dez mil ingressos e distribuir entre funcionários e cidadãos. A carga era registrada oficialmente nos borderôs, mas dentro do estádio as arquibancadas estavam vazias e os público minguados.

Nos últimos três anos teve a maior média do campeonato de Goiás com 10 mil pagantes, que na realidade eram fantasmas.

São coisas do futebol brasileiro.

* Dados do site sr.goool.

NOTA 3- O SPORT TREINANDO PARA A FINAL

* Movido a cerveja, o Sport irá enfrentar o ¨forte¨ time do Petrolina pelo estadual Pingadinho.

Para um jogo como esse não existe zebra e o rubro-negro deverá dar um passeio na Ilha do Retiro com uma goleada no adversário, que só está participando desse mata-mata por conta do amadorismo dos diretores do Flamengo de Arcoverde, que colocaram em um jogo um atleta irregular com pena à ser cumprida.

Perdeu 13 pontos e ainda teve a coragem de recorrer ao STJD, que formalizou a sua queda.

O time da Ilha do Retiro, terminou a fase de grupos em primeiro lugar com 21 pontos conquistados, dos 27 disputados, enquanto a equipe do Sertão do São Francisco somou apenas 8, com uma diferença de 13 pontos.

Na verdade trata-se de um treino para o jogo contra o Salgueiro pelas semifinais, e que irá levar o Leão a disputa do título com boas chances de conquista-lo.

Por nossos estudos o Sport poderá ser o campeão disputando com o Santa Cruz que irá passar pelo Afogados e depois pelo Náutico.

O resto é resto e que esse Campeonato Pingadinho termine logo, desde que não irá deixar saudades.

Pela Copa Pingadinha do Nordeste o Salgueiro que é o terceiro do seu grupo irá enfrentar o Bahia, e em caso de uma vitória estará classificado para a fase seguinte. A situação do time baiano não é boa e terá que ganhar essa partida.

NOTA 4- UMA TARDE DO GOLEIRO DO SANTA CRUZ 

* O jogo entre o Ceará e Santa Cruz pela Copa do Nordeste realizado na tarde de ontem foi bem movimentado, especialmente na primeira fase quando o tricolor conseguiu equilibra-lo com bons momentos. 

Saiu à frente do marcador, teve chances de aumenta-lo.

Nos quinze minutos finais o alvinegro cearense melhorou e passou a dominar a partida.

Na segunda etapa o domínio do Ceará foi total. Passou a ser de um time só, conseguindo o empate e depois virar o marcador para 2x1.

O dono do jogo foi o jovem goleiro Anderson que garantiu um placar pequeno segurando bolas incríveis, algumas impossíveis.

Ainda na primeira fase fez uma defesa brilhante, espalmando uma cabeçada de Roger.

O placar foi justo, mas o tricolor principalmente no primeiro tempo foi um bom adversário, enfrentando um time da Série A.

No jogo dos Aflitos, o Náutico teve o apoio de sua torcida com quase oito mil pagantes, que conseguiu empurra-lo para a vitória mesmo sem jogar um bom futebol.

O Altos-PI colocou um ônibus biarticulado à frente de sua defesa e conseguiu ficar no 0x0 até os 30 minutos do segundo tempo quando o alvirrubro abriu o placar com um gol de pênalti. O segundo gol aconteceu aos 38.

A vitória deixou o time da Rosa e Silva em uma boa situação, e com 15 jogos sem derrota.

NOTA 5- UMA SELEÇÃO ABANDONADA PELO TORCEDOR

* O Circo do Futebol Brasileiro (CBF) conseguiu o impossível, o de afastar o torcedor de sua seleção.

O jogo de ontem que foi realizado no Estádio do Porto, em Portugal passou despercebido, inclusive no proprio local em que aconteceu o encontro.

Para que se tenha uma ideia os jornais portugueses não deram uma única linha sobre a presença da equipe circense e somente ontem teve citações de duas linhas sobre a realização da partida.

No Brasil o Ibope foi baixo, desde que existe hoje um distanciamento da torcida com esse time.

O primeiro teste da seleção em 2019 se deu no dia de ontem, com um estádio com ociosidade em sua ocupação, em amistoso com o Panamá, uma seleção sem a menor expressão no futebol. O time do Encantador de Jornalistas foi pobre na criação, e jogadores como Roberto Firmino e Philippe Coutinho decepcionando.

Aliás depois da Copa do Mundo da Rússia, mesmo jogando com times mequetrefes o futebol apresentado pelo time circense tem sido da pior qualidade.

Por sua vez, o Panamá teve uma postura e obediência tática que deu inveja ao nosso Tite. Foi aguerrido com vontade de jogar, enquanto o adversário estava apático e sem a menor vontade.

Chegamos ao fundo do poço, com uma seleção sem torcida, um treinador que engana nos seus métodos, e uma entidade apodrecida.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- UM INCENTIVO AO ÁLCOOL  

* O setor de marketing do Sport deu uma derrapada gigantesca ao fazer uma promoção que incentiva o consumo de álcool.

Uma verdadeira falta de criatividade.

O esporte não pode ser um aliado das bebidas alcoólicas, nem os torcedores devem ser estimulados para tal. Quanto mais álcool em um estádio de futebol, maior será o risco do incremento da violência.

Por conta da fraca presença do público o marketing rubro-negro preparou algo surreal, ou seja, para cada 5 mil torcedores, o clube dará um desconto de R$ 1 na cerveja vendida na Ilha do Retiro.

Pelos cálculos dos ¨matemáticos¨ do marketing, a bebida poderá sair por R$ 2, se a expectativa de 20 mil torcedores acontecer.

Obvio que um jogo contra o ¨forte¨ Petrolina não levará um público à Ilha do Retiro como foi dimensionado, e não será o desconto na cerveja que fará isso acontecer.

Ainda pouco lemos nos jornais de Lisboa que os clubes estão lutando para colocar bebidas nos estádios locais, mas o governo respondeu que por conta da violência não irá atender  ao pleito.

No Brasil o governador do Rio Grande do Sul, vetou um projeto da Assembleia que permitia a venda desses produtos. Enquanto isso o Sport oferece um premio aos bebedores.

O Internacional de Porto Alegre para aumentar o seu público no Beira-Rio que anda em baixa, fez uma promoção que foi um sucesso, a de colocar um ingresso por R$ 50, com direito a mais quatro pessoas.

Isso é o que chamamos de criatividade positiva.

NOTA 2- O GOLPE DA CBV 

* A Confederação Brasileira de Voleibol aprendeu a lição oferecida pelos cartolas do Circo do Futebol, e está trabalhando nos bastidores para que as Federações estaduais ganhem peso extra nas decisões da Assembleia.

Nesse sábado em Natal, será realizada a Assembleia Geral Ordinária, e a entidade que rege a modalidade no país já começa a realizar manobras nos bastidores para seguir com força total dentro do Colégio Eleitoral, ignorando a intenção de outras partes relevantes de possuir voz ativa.

O projeto de Lei 8881/2017, obriga que 1/3 de todos os votantes seja de atletas. A outra parte será formada pelas 27 Federações e pelos clubes, que ganharão nove votos ao invés de dois.

Uma brecha no estatuto permite que a CBV dê pesos diferentes aos votantes. As entidades locais ganhariam peso 6, enquanto os clubes e atletas seguiriam com peso 1.

Com as 27 Federações tendo peso 6, o valor total seria 162. Com nove clubes esse número iria para 171, com mais 1/3 deste valor (87), sendo de atletas, totalizando 258 votos.

No entanto, ao invés de termos 87 atletas, a pretensão da CBV é que apenas 57 possam votar. Destes, 30 teriam peso 2 e 27 peso 1. Os 27 representariam as federações, com critérios a serem definidos, por indicação ou eleição.

Na verdade os esportes no Brasil estão entregues ao Deus dará.

O Ministério responsável foi riscado do mapa, enquanto a Secretaria de Esportes só existe no papel e até hoje não conseguiu andar.

Não tem solução para os esportes brasileiros.

NOTA 3- UM SÁBADO DO PINGADINHO NA COPA DO NORDESTE

* A zorra total tomou conta do futebol do Nordeste, com a mistura de duas competições ao mesmo tempo, com um resultado medíocre com relação ao público. Os estaduais da região estão na fase de mata-mata, mas no meio desses temos diversos jogos da Copa regional  que continuam a todo o vapor.

Um verdadeiro Pingadinho, com um jogo aqui e outro acolá.

Nesse sábado serão realizadas cinco partidas, e entre essas duas dos times de Pernambuco.

O Náutico irá continuar a sua maratona esportiva, recebendo a visita do ¨forte¨ time piauiense Altos-PI. O alvirrubro é o 4º colocado do Grupo B, com 11 pontos, enquanto o time piauiense é o 7º do Grupo B, com 2.

Um fato interessante é que a equipe da Rosa e Silva tem pontuação melhor do que os lideres do outro grupo, Fortaleza e Santa Cruz, ambos com 9 pontos, o que mostra uma falha na sua distribuição.

Enquanto isso, o tricolor do Arruda irá enfrentar no Castelão o Ceará. Ambos estão nas mesmas posições do seu grupo (2º). O alvinegro tem 12 pontos no Grupo B, e a equipe do Arruda somou 9 no Grupo A.

São tantos jogos que sentimos dificuldades de acompanha-los por conta da mistura.

Um dia é estadual, no outro o regional, e o torcedor sem saber o que fazer.

São coisas do futebol brasileiro e dos seus cartolas.

NOTA 4- O PÚBLICO DA COPA DO NORDESTE SUPERA TODOS OS ESTADUAIS DA REGIÃO

* Há anos que mostramos a necessidade de transformar a Copa do Nordeste em um Campeonato, substituindo os estaduais.

Os números mostram a realidade da falência dos Campeonatos locais abandonados pelos torcedores.

Apesar da anarquia reinante no sistema, a Copa Regional continua mantendo uma média de público acima dos cinco mil pagantes, e que na realidade poderia ser bem maior.

Essa competição somou 290.937 torcedores em seus jogos, com uma média de 5.388 por partida.

Nenhum dos estados Nordestinos conseguiu passar da média de 4 mil pagantes em seus jogos. O Campeonato Baiano foi o único que esteve mais próximo, com 169.465 torcedores e uma média de 3.606 pagantes por jogo. O Ranking apresentado é a prova de que os estaduais faliram, e o Campeonato do Nordeste será a saída para um novo tempo. 

RANKING

COPA DO NORDESTE- Média de 5.388 pagantes,

ALAGOAS- Média de 1.740 pagantes, 

BAHIA- Média de 3.606 pagantes,

CEARÁ- Média de 2.315 pagantes,

MARANHÃO- Média de 957 pagantes,

PARAÍBA- Média de 1.809 pagantes,

PERNAMBUCO- Média de 1.818 pagantes,  

PIAUÍ- Média de 637 pagantes,

RIO GRANDE DO NORTE- Média de 1.486 pagantes e,

SERGIPE- Média de 785 pagantes.

Contra os números não existem argumentos.

NOTA 5- UMA PESQUISA FANTASMA 

* Segundo o jornalista Rodrigo Mattos, do portal UOL, o Flamengo teve uma fatia de torcedores no pay-per-view acima de sua garantia mínima prevista na pesquisa feita pela Globo com assinantes.

Os números valem para determinar a distribuição de um bolo de pelo menos R$ 650 milhões do pacote de assinatura do Brasileiro.

Obvio que o time rubro-negro da Gávea teria um maior número de assinantes, mas não temos a menor ideia de como a Globo conseguiu detectar as declarações dos torcedores com relação aos seus clubes.

Tem algo estranho no sistema.

Temos uma assinatura do Premier desde que esse começou e jamais fomos consultados sobre o nosso time.

Existem milhares de pessoas com a mesma situação.

Por uma coincidência do destino o Flamengo teve 18,8% dos pacotes declarados como torcedores do time, que é igual o das pesquisas de maiores torcidas do Brasil.

Por conta disso o rubro-negro passou a ter o direito de 122 milhões.

Existe algo que deveria ser analisado, ou seja um clube não joga sozinho e sempre tem um adversário pela frente, e pela lógica os valores do pay-per-view deveriam ser iguais para todos. O futebol é de dois times, e sem um deles não tem jogo.

São detalhes como esse que serviram para incrementar as diferenças financeiras entres os participantes das competições.