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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O EX-CLÁSSICO DAS MULTIDÕES

* Há um bom tempo que os Aflitos não recebe um jogo de final de um estadual. Quantas vezes assistimos nas suas arquibancadas o encontro entre Náutico e Sport, que na época era chamado de ¨Classico das Multidões¨.

O estádio mesmo precário recebia um bom público. Nesse período o estadual era a competição mais importante do futebol. Tudo mudou, e hoje esse tornou-se um moribundo à espera do desligamento dos aparelhos.

No atual momento do futebol nacional o único titulo que pode ser ganho por um dos nossos clubes é o do estadual, que três meses após já está esquecido. As camisas percorriam as ruas, hoje tal fato rareou com o receio de uma agressão.

Deveremos ter casa cheia, e um jogo bem equilibrado entre os dois times que mereceram chegar na decisão final. O Sport melhorou com a vinda de Guto Ferreira, e o Náutico é a grande surpresa com seus 18 jogos sem derrotas e um elenco jovem vindo de suas bases, e apresentando um futebol razoável.

Nada acontece por acaso, e o trabalho do Timbu é uma realidade, dai o equilíbrio da partida por conta de um rubro-negro que também fez um bom campeonato.

Infelizmente vamos assisti-lo em casa, desde que não temos mais coragem de enfrentar um estádio de futebol.

NOTA 2- A BOLA DA VEZ DO ATLÉTICO-MG É ALBERTO VALENTIM

* Tiago Nunes conseguiu o seu aumento junto ao Athletico, e avisou ao Galo Mineiro que iria continuar no Furacão. Juntou o útil ao agradável, através de um salário maior e de comandar um clube que está em um patamar maior do que o clube das Minas Gerais.

Sem Nunes, o nome de Alberto Valentim técnico do Vasco é a bola da vez. O Atlético-MG quer voltar a apostar em  um profissional da nova geração, e o atual técnico vascaíno está sendo monitorado por Rui Costa, novo diretor de futebol.

Ontem o colunista do jornal Extra-RJ, Gilmar Ferreira, publicou algo bem curioso, ao afirmar que a indicação do nome de Valentim partiu do presidente do Palmeiras, Mauricio Galiotti, que telefonou para Sergio Sette Câmara, presidente do Galo com a dica do treinador do Vasco.

Obvio que pela amizade desses dois personagens, Alberto Valentim deve ter solicitado o apoio de Galiotti e foi atendido. Embora esse tenha contrato com o atual clube,  certamente aceitará tal convite.

A sua campanha no Vasco é boa, nos últimos 20 jogos só perdeu duas partidas, mas não conseguiu firmar empatia com os torcedores, sendo vaiado em todos os jogos.

Se o Vasco não ganhar o título estadual a situação do seu treinador ficará insustentável.

NOTA 3- O JABUTI NUMA ÁRVORE

* A entrevista do pai de Neymar em uma TV francesa, garantindo aos torcedores que o filho continuará no PSG foi um jabuti colocado em uma árvore, para encobrir a verdade.

A mídia espanhola divulgou em seus veículos que o presidente do Real Madrid, Florentino Perez, conversou com Zindane sobre possível investida para tirar o jogador do time parisiense.

Na resposta o treinador disse que não tem o menor interesse, e que prefere investir os R$ 2 bilhões que o clube colocou à  sua disposição nos compatriotas, Mbappé e Progba, além do belga Hazard.

Zindane não gosta do futebol de Neymar e acredita que o francês de 20 anos e já campeão do mundo, está muito à  sua frente.

O próprio Barcelona não tem interesse na volta do atleta, pois ele já passou por duas cirurgias no pé direito e tem 27 anos, e não é mais aquele jogador que chegou ao clube com o sonho de ser campeão do mundo.

NOTA 4- NA HORA DE COMER O BOLO OS TORCEDORES SÃO RETIRADOS DA FESTA

* Quando a maré estava seca para o São Paulo, os ingressos tinham preços promocionais para que os torcedores pudessem assistir aos seus jogos.

O clube passou a ter uma maré cheia, melhorou e conseguiu a vaga para a disputa da final do estadual com o Corinthians.

O olho cresceu, e a diretoria do tricolor resolveu aumentar de forma desproporcional os valores cobrados pelos ingressos.

O mais barato para acompanhar a final do Morumbi custa R$ 100 (inteira). O torcedor são-paulino pode desembolsar até R$ 440, para assistir o jogo no setor Morumbi Premium.

Fatos como esse fazem parte da vida dos clubes brasileiros que só lembram-se de seus torcedores quando estão em viés de baixa.

Quando melhoram dão uma banana para todos.

NOTA 5- O SUCESSO DOS TIMES PARAGUAIOS NA LIBERTADORES

* As mídias brasileiras estão focadas nos times da Argentina e Brasil, e deixam passar despercebido o sucesso dos três clubes do Paraguai na Copa Libertadores.

Nessa fase de grupo os desempenhos do Cerro Porteño, Libertad e Olímpia, são espetaculares. Juntos os três times somam 10 vitórias em 12 partidas, e 2 empates.

Cerro e Libertad já confirmaram as suas passagens para a segunda fase, e o Olímpia está com a sua vida encaminhada no seu grupo.

São oito vitórias seguidas dos times paraguaios na edição do torneio Continental, algo que nunca tinha acontecido na história dessa competição.

Além disso o aproveitamento que beira os 90%, é superior ao de qualquer outro país que está disputando a Copa.

São dados que mostram a evolução do futebol paraguaio.

NOTA 6- DEPOIS DE FAZER HISTÓRIA O AFOGADOS VAI PARA A HIBERNAÇÃO

* O Afogados escreveu uma página na história do futebol de nosso estado ao derrotar o Salgueiro por 3x2 jogando na casa do rival.

Com esse resultado conseguiu a terceira colocação, à frente de Santa Cruz e Central, o que reforça mais ainda a conquista da equipe do Sertão pernambucano.

Sob o comando de Pedro Manta, uma equipe simples, com poucos recursos, e com muita vontade estará em 2020 numa competição de um nível maior como a Copa do Brasil.

Por outro lado o Afogados será uma vítima do desastrado Calendário do futebol brasileiro, ao hibernar como um urso polar até janeiro do próximo ano quando começa a próxima temporada.

Uma vergonha.

Escrito por José Joaquim

Jorge Sampaoli é um personagem de um dos diálogos de Platão, ¨A Divina Loucura¨, ou o da atriz americana Bettti Midler no filme com o mesmo nome (Divina Loucura), quando interpretava uma cantora que apresentava baladas nostálgicas dos antigos sucessos.

Na última quinta-feira ao assistirmos o jogo do Santos e Atlético-GO, voltamos aos antigos tempos de nosso futebol, quando o gol era a sua essência e a beleza do espetáculo.

O futebol brasileiro morreu há tempo por conta dos retranqueiros, do futebol dos resultados, dos três volantes brucutus, e dos ônibus biarticulados, do ganhar se puder, tirando a sua essência.

Os artilheiros dos bons tempos faziam dezenas de gols nos estaduais e em outras competições. Pacoty, do Sport em 1958 marcou 38 gols, Bita, do Náutico, 24 em 1964, Dário, do Sport, 32 em 1975, Baiano, do Náutico, 40 em 1983 e Washington, do Santa Cruz, 22 em 1993. Hoje com 7 e 8 gols já são os maiores.

Perdemos a alegria do gol, para dar lugar aos resultados apertados e sem emoções. O tento e o futebol são irmãos siameses, inseparáveis. Perdemos a essência em todos os setores.

Temos que aguentar comentaristas de Escolas de Samba analisando um jogo, ou um narrador que não percebe que está na televisão, ao sair do seu limite de contar onde a bola está e com quem está, passando a focar fatos paralelos com comentários de temas fúteis.

Deveríamos ter no futebol brasileiro dezenas de Sampaolis, com o seu futebol alegre, de passes na busca do gol. Infelizmente são personagens raros e algumas vezes ridicularizados por aqueles que preferem o Fabio Carille com a sua retranca, ou o Scolari com um futebol superado de bola aérea.

No jogo pela Copa do Brasil contra o Atlético-GO, um time que nos surpreendeu pelo bom futebol, Jorge Sampaoli nos presenteou com a sua Divina Loucura.

O seu time ganhava por 2x0, garantindo  a passagem para a quarta fase, mas não utilizou os mesmos procedimentos que assistimos no dia a dia nos gramados, ou seja para segurar o placar sempre nas substituições trocam um atacante por um defensor, pelo contrário, o Santos foi na busca de mais um gol, e por conta disso tomou duas bolas na trave que não pertubaram o técnico, e no final ainda marcou mais um.

Gostamos de futebol de raiz, de técnicos inteligentes que mudam o sistema de jogo várias vezes nos noventa minutos. Sampaoli nos trouxe de volta a alegria que foi roubada.

Sabemos que pelas condições do seu clube, inclusive financeiras, dificilmente irá conquistar o titulo do Brasileiro, mas de uma coisa temos a certeza de que o técnico portenho trouxe de volta para os torcedores o verdadeiro futebol.

Com sua bicicleta pela orla de Santos e peladas na praia, Sampaoli é o personagem do esporte nacional, embora não seja o queridinho das mídias.  

Escrito por José Joaquim

A globalização com o apoio da internet e televisão mudou o perfil de nossas crianças. Os novos desenhos animados mudaram totalmente de foco. Poucos são os livros destinados a nova geração infantil. Os contos da carochinha desapareceram de nossas livrarias.

Apesar disso, todos os anos os pernambucanos tem o prazer de ler um desses contos, com o seguinte título- ¨Clubes fazem campanhas de sócios¨-. Uma nova vem por aí, produzida na Ilha do Retiro. Trata-se certamente de um tema bem interessante e sobre o qual postamos alguns artigos anteriormente.

Todos nós sabemos desde a época da bola de pito, que a participação dos sócios, tanto no pagamento das mensalidades, como no consumo dos seus produtos, representa uma boa parcela de suas receitas.

O perfil da sociedade brasileira mudou, o mundo tornou-se global, e a indústria de entretenimento expandiu-se, substituindo aquilo que encontrávamos em nossos clubes, quando esses acolhiam os seus associados e familiares nas festas, áreas de lazer e nas dependências esportivas.

Várias campanhas já foram deflagradas e nenhuma obteve sucesso, desde que não atentaram para a nova realidade em que vivemos.

O sócio apaixonado, que pagava a sua mensalidade com orgulho, e andava com a sua carteira para mostrar aos amigos foi sumindo, dando lugar ao modelo de um consumista pragmático, que cobra o retorno do seu investimento quando se associa e começa a pagar a taxa da mensalidade.

A modalidade do sócio-torcedor é como a maré, que vai e vem. A sua permanência depende de resultados, como de jogos com adversários de alto nível. Os estádios locais não oferecem conforto como os do Sul e Sudeste, na maioria sem cadeiras, sem bons sanitários, entre outras coisas. Na verdade não vale a pena.

Antes do lançamento de um projeto de novos associados, os clubes deveriam fazer uma pesquisa entre os seus seguidores para tomarem conhecimento de seus desejos e, o que gostariam de usufruir na condição de sócios.

Além do futebol, que possui uma grande concorrência de outros segmentos, tem que ser oferecido um clube fechado, exclusivo dos sócios, com o oferecimento de atividades esportivas, de lazer, e sobretudo com restaurantes e lanchonetes com preços convidativos, mais baixos do que os oferecidos no mercado local.

Descontos em lojas é um dos itens que lhes são oferecidos, mas isso enfrenta obstáculos naturais de promoções mensais, e que concorrem com esses. Hoje as lojas tem seus cartões e consumidores fidelizados.

O sócio precisa na realidade voltar a ter a alegria de ser o dono do seu clube, e para que isso aconteça deverá ser tratado como tal.

Quantas famílias procuram o lazer para os seus filhos através de escolinhas das mais diversas modalidades, e esse terá que oferece-las de forma gratuita, constituindo assim uma excelente demanda e, consequentemente o seu povoamento, compensando esses serviços com o consumo em suas dependências.

Com relação ao Sport, esse necessita na realidade de uma campanha de recuperação de associados e não de novos, por ter um estoque de mais de 40 mil sócios nos seus arquivos.

A busca à esses que estão sem dar o retorno devido, seria a grande campanha do clube.

O associado é uma das razões da sobrevivência das entidades, em especial para as suas manutenções. Como ainda não chegamos ao clube empresa, o sócio é um dos pontos de equilíbrio para a sua manutenção, daí ser por demais importante tê-lo junto para que esse possa voltar a ter vida.

Não é  impossível, depende apenas de boas gestões.

O maior clube sócio-esportivo do Brasil é o Minas Tênis Clube, que não tem futebol, mas gasta mais com as suas equipes de competição de que todas as nossas agremiações com o esporte da chuteira.

Hoje para se comprar um título do clube mineiro tem que entrar na fila de espera, e quando consegue tem que desembolsar um valor bem alto. 

Vale a pena pelo que oferece.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- OS FRUTOS PELA MANUTENÇÃO DO TÉCNICO

* A dança das cadeiras com a saída de técnicos dos nossos clubes é uma cultura nefasta implantada pela cartolagem do futebol.

Obvio que a manutenção de um profissional no comando de um time por um espaço maior, os frutos colhidos serão da melhor qualidade.

Mano Menezes no Cruzeiro é um excelente exemplo, desde que está à  frente do time Celeste a partir do mês de julho de 2016. Nesse período foi bicampeão da Copa do Brasil, e apontado como um dos melhores times do país na atual temporada.

Para efeito de comparação de gestões diferentes nos dois maiores clubes de Minas Gerais, quando a bola rolar amanhã no Mineirão, na primeira partida decisiva do Campeonato Mineiro, entre Cruzeiro e Atlético-MG, Mano Menezes estará encarando o sexto treinador diferente no comando atleticano desde que iniciou a sua segunda passagem pela Toca da Raposa.

Em setembro de 2016, o rival era comandado por Marcelo Oliveira, em 2017 foi a vez de Roger Machado e Oswaldo de Oliveira. Só não duelou com Rogerio Micale, que treinou o Galo entre os dois. No ano passado foram cinco clássicos em que teve Thiago Larghi no banco de reservas contrário. Neste ano na primeira fase do Mineiro, enfrentou Levir Culpi.

No jogo de amanhã mais uma cara diferente no banco de reservas de forma interina, Rodrigo Santana.

Os números mostram o acerto do longo prazo, desde que a Raposa teve boas colocações no Brasileiro, conquistou duas Copa do Brasil, enquanto o Galo se contentou com dois estaduais que na verdade não tem muita significância.

Fica claro que a permanência de um técnico por um maior tempo é salutar.

NOTA 2- O BLOCO DOS NAPOLEÕES RETINTOS

* No final da manhã de ontem o Bloco dos Napoleões Retintos que sai do Sanatório Geral, ganhou mais um componente por conta da dança das cadeiras.

Nós vivemos em um país totalmente surreal onde o rabo balança o cachorro e a vaca é colocada em um poste.

O futebol tem o maior número de participantes desse bloco, desde que o sabor dos dirigentes muda a cada partida de seu clube, e uma derrota a música para de tocar e um treinador dança. Tal fato acontece pela falta de planejamento das agremiações, e das enormes lambanças da cartolagem.

Já sabíamos que a última vitima iria ser degolada, e após a vitória justa do Juventude contra o Botafogo, o técnico Zé Ricardo perdeu a cadeira. Como é de praxe, uma Nota Oficial fez a comunicação.

O técnico não suportou a pressão após a eliminação precoce no Campeonato Carioca, e a queda na terceira fase da Copa do Brasil. Esse comandou o alvinegro em 40 jogos, 17 vitórias, sete empates e 16 derrotas.

Na realidade o clube de General Severiano está entre aqueles que aos poucos vão se apequenando, com um futuro sendo delineado de um novo América.

Um dos maiores clubes do Brasil na década de 60, transformou-se hoje em um mero figurante.

Não vamos contabilizar as demissões dos técnicos de clubes que estão nas divisões inferiores, desde que a lista é extensa, mas na Série A, 25% dos seus participantes já trocaram comandantes antes do inicio do Brasileirinho.

Em fevereiro André Jardine dançou no São Paulo. Em março foi a vez de Claudinei Oliveira, da Chapecoense. Ainda em março a bola da vez foi Enderson Moreira, do Bahia. Em menos de 15 dias de abril, já tivemos duas danças, Levir Culpi, do Atlético-MG e agora Zé Ricardo, do Botafogo.

Que futebol é esse?

NOTA 3- UM PASTOR EM CARGO DE ATLETA

* O governo de Jair Bolsonaro que cantou em prosa e verso que iria exigir competência e currículo para quem for assumir um dos 24 mil cargos comissionados caiu por terra.

Segundo o competente jornalista José Cruz, a Secretaria Nacional de Alto Rendimento, um órgão importante da Secretaria do Esporte do Ministério da Cidadania, que sempre foi ocupada por ex-atletas e expoentes da comunidade esportiva brasileira, terá como secretario o pastor João Manoel dos Santos, que tem como especialidade gritar Aleluia em suas rezas.

O cargo foi entregue por indicação politica do MDB do Maranhão, através de Jose Sarney, pai de Fernando Sarney, vice presidente do Circo. O ex-presidente é amigo intimo do pai do pastor, o ex- senador João Alberto, famoso por receber ordens de Marco Polo Del Nero.

Na realidade um ato como esse banaliza o esporte, e o reduz a nada.

Se for perguntado ao Pastor João Manuel o que é o alto rendimento a resposta será rápida- os dízimos de sua igreja.

Entra presidente e sai presidente, e os esportes continuam no ralo.

É de fazer chorar.

NOTA 4- SEM LENÇO OU DOCUMENTO 

* O futebol brasileiro é como um viajante sem destino, sem lenço ou documento.

Quando são criadas normas corretas para punir os clubes caloteiros, o Supremo Tribunal Federal que deveria estar mais preocupado com os problemas nacionais, inclusive os seus, está bem próximo de derrubar um artigo da Lei 13.156/2015, que inseriu no Estatuto do Torcedor um programa fiscal para o futebol brasileiro.

Um dos pontos que está sendo retirado é o da punição dos clubes por atrasos de salários e encargos tributários.

Segundo o Ministro Alexandre de Moraes, relator da ADI, a medida provocaria a ¨morte civil¨ dos clubes de futebol. Aliás essa morte já está bem próxima por conta do modelo associativo dos clubes que está implantado no Brasil, que é o responsável pelo enfraquecimento do futebol, assim como pela corrupção, a falta de transparência, e o amadorismo explicito.

O formato mundial desse esporte é cada vez mais profissional e corporativo, e  muito difícil de ser encarado por equipes em formatos associativos como o nosso.

Clubes grandiosos sendo adquiridos por grandes conglomerados financeiros, e no Brasil o sistema continua sem um modelo que possa concorrer com o resto do mundo, com os clubes atolado em dividas.

Em nosso país ainda não entenderam que o futebol é uma indústria geradora de renda, empregos e tributos (Fernando Ferreira).

Na verdade não temos nem lenço ou documento, e sim um grupo de amadores brincando de fazer futebol.

NOTA 5- A DECISÃO DO 3º LUGAR DO ESTADUAL

* Uma decisão que está sendo esquecida no Pingadinho Estadual, é a busca da terceira colocação que dará ao vencedor uma vaga na Copa do Brasil.

Para Salgueiro e Afogados trata-se de algo importante, em especial para o time de Afogados da Ingazeira que poderá fazer história com essa conquista.

Na noite de hoje no Estádio Cornélio de Barros os dois times estarão se confrontando, abandonados pelas mídias, desde o que importa é a decisão do Campeonato entre Náutico e Sport.

Só não gostamos escala da arbitrgem, desde que por mérito deveria ser Debora Cecilia, que vem com excelentes atuações.

A bola gelada deve ter funcionado.

Estamos torcendo pelo time comandado por Pedro Manta, para que o nosso futebol tenha uma novidade, desde que o Salgueiro já é uma realidade.

NOTA 6- O VAR NA EUROPA SE APROXIMANDO DOS 100%

* Pierlugi Collina, responsável pelo Departamento de Arbitragem da FIFA, deixou largos elogios ao sistema de vídeo árbitro (VAR).

O antigo árbitro foi um dos oradores do World Soccer Congress, que está sendo realizado em Barcelona.

Apoiando-se nos números, Collina apontou a eficácia e garantiu que esse sistema veio para ficar. ¨Antes do VAR, os árbitros em média acertavam 95,6% das decisões. É uma percentagem alta, mas decerto que os treinadores e jogadores queiram que não exista erros: 100% de eficácia. E esse sistema ajuda-nos a estar mais perto disso. Neste momento com o VAR os árbitros acertam 99,34% das decisões, sendo que no Mundial não teve uma decisão errada¨, explicou a plateia.

Em jeito de curiosidade, Collina explicou que após a introdução do vídeo de árbitro no Mundial  da Rússia foi possível notar um aumento de penalidades assinaladas (13 em 2014, para 29 em 2018), mas um decréscimo nas expulsões (10 em 2014 e quatro em 2018). 

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- A OCRIM E O FUTEBOL BRASILEIRO 

* O que se pode esperar de um futebol em que bandidos travestidos de torcedores resolvem apedrejar um ônibus com os jogadores do seu time como forma de protesto?

O que se pode esperar de um futebol em que os jogos são realizados para apenas uma torcida?

O que se pode esperar do futebol, quando o presidente de um clube de grande torcida, destruidor da língua portuguesa, divulga uma nota dizendo que se o ônibus corintiano sofresse qualquer tipo de violência na ida ao Morumbi, não entraria em campo?

Uma pessoa de bom senso jamais faria algo tão grotesco, o de jogar gasolina em uma fogueira.

Vamos e venhamos o futebol é o produto de uma sociedade que foi vitimada pela corrupção por um longo período com uma participação daqueles que estavam no poder.

A impunidade permite que fatos como esse aconteçam. Prenderam dois bandidos, que estarão soltos no próximo jogo repetindo a cena.

No gramado temos um futebol medíocre, fora desse essa anarquia deslavada sob às vistas de todos responsáveis pelo sistema.

Ricardo Teixeira começou a falência desse esporte ao formar uma organização criminosa, e isso tem influencia no torcedor que sente a existência de uma casa da Mãe Joana, onde todos mandam.

O bom torcedor existe como os seis mil que estiveram debaixo de um temporal para assistir o jogo do Fluminense.

Quando afirmamos que esse esporte degradou-se é por conta da comparação aos antigos tempos, quando os estádios recebiam as duas torcidas, que chegavam juntas, sem nenhum problema.

As organizadas são frutos podres do crime organizado, e hoje estão acabando com o pouco que resta do esporte da chuteira.

NOTA 2- MAIS UMA DANÇA DAS CADEIRAS

* O triturador de técnicos está funcionando à todo vapor. Existe uma  verdadeira tara no futebol brasileiro que é representada pela dança das cadeiras.

Tínhamos a certeza absoluta de que Levir Culpi não iria se sustentar no comando do Atlético-MG após a goleada sofrida frente ao time do Cerro Porteño, do Paraguai. Não deu outra, no retorno da delegação a música parou de tocar e a cadeira foi tirada deixando o técnico sem o assento.

O orgasmo dos dirigentes é o de demitir técnicos, mesmo que esses tenham feito trabalhos razoáveis.

Segundo a cartolagem do Galo, a demissão de Culpi se deu por conta dos resultados ruins no inicio da temporada, sobretudo na fase de grupos da Libertadores, e pela relação conturbada que esse tinha com o elenco.

Vamos e venhamos, o time do Galo é muito  fraco, as contratações não resolveram o seu problema por falta de qualidade.

Como o técnico é o mordomo dos contos policiais ingleses, sempre é o culpado.

Nesta passagem pelo Galo Mineiro, Levir Culpi, comandou a equipe por 31 partidas, com 18 vitórias, 5 empates e 8 derrotas, com um aproveitamento de 63,4%.

O time está na final do estadual, contra o rival Cruzeiro.

O Sanatório Geral está em festa por conta de mais uma degola.

NOTA 3- A FORÇA DA LIGA DOS CAMPEÕES

* Um fato inusitado e que mostra a força da Liga dos Campeões, teve como palco a cidade de Cartum, capital do Sudão.

Os protestos para a queda do ditador Omar al-Bashir explodiram no país, com a participação da população. Esse estava no poder desde 1989, através de um golpe, e passou por três reeleições fraudadas, e era acusado de corrupção, lavagem de dinheiro, crimes de guerra e genocídio.

Na madrugada de ontem, a pressão crescente resultou em um golpe  com a prisão do ditador e o estabelecimento de um conselho militar de transição.

Um fato que ficará para a história, é que antes da ação militar, parte dos manifestantes resolveram dar uma parada nos protestos. Era a hora da Liga dos Campeões. A imagem correu o mundo pelas redes sociais, postada por Yousra Elbagir, repórter do Channe14News, que faz cobertura de eventos internacionais.

Um telão foi montado no principal foco das manifestações. Sentados ao redor do Ministério da Defesa, onde fica a residência presidencial, os manifestantes aproveitaram a ocasião para assistir o jogo entre o Manchester United e Barcelona, transmitido na noite da quarta-feira, poucas horas antes da queda de Bashir.

A revolução teve que esperar um pouco pela decisão de um jogo da maior competição do mundo, que mostrou a sua força.

Tiveram uma distração antes de receberem a noticia sobre a prisão do ditador.

São coisas do futebol.

* Dados do site Trivela.

NOTA 4- HAJA DESPERDÍCIO! 

* O blog do Paulinho publicou uma relação de 17 volantes que estão na lista dos salários pagos pelo Corinthians.

O 17º será Matheus Jesus, jogador do Oeste, com direitos vinculados ao Estoril, de Portugal.

Com essa contratação confirmada o jogador ingressará numa lista que está composta por: Ralf, Gabriel, Thiaguinho, Junior Urso, Renê Junior, Ramiro, Richard, Renan Areias, Mantuan, Camacho, Jean, Warrian, Felipe Bastos, Maciel, Paulo Roberto e Douglas.

Um time inteiro e mais seis reservas.

Obvio que não existe critério técnico para tantas contratações.

Uma incompetência generalizada e sobretudo dinheiro sendo jogado pela janela. Na verdade achamos que isso tem uma vaca no poste.

Haja desperdício.

NOTA 5- ATLÉTICO-MG NEGOCIA COM TIAGO NUNES

* O Galo Mineiro trabalha atrás de um novo treinador para a vaga de Levir Culpi. Com nomes em pauta, a direção tem interesse em Tiago Nunes, atual comandante do Athletico.

De acordo com as mídias mineiras e paranaenses, o Atlético-MG fez contato com Tiago Nunes através do novo diretor de futebol, Rui Costa, que trabalhou com esse no time do Paraná.

O planejamento do time mineiro passa na tentativa de reconstrução da comissão técnica, quando o novo técnico deverá indicar quatro nomes para o clube. Tiago quer levar com ele seu preparador físico, treinador de goleiros, auxiliar e observador técnico.

Além disso, o Atlético está disposto a pagar um salário bem superior ao que o comandante recebe neste momento no time paranaense, na casa dos R$ 160 mil mensais.

Tiago Nunes mordido pela mosca azul, vê com bons olhos uma ida para o futebol mineiro, mas quer assegurar condições de exercer o seu trabalho.

Na verdade trata-se de um contrato de risco sair do certo para um time incerto, cuja única alegria é de demitir treinadores. De julho de 2016 até abril corrente, foram sete mudanças, e irá aumentar, desde que o maior problema do Atlético-MG não está nos técnicos, e sim nos seus gestores.