Nada melhor de que algumas partidas de futebol no final de semana em nosso país afora para retratar a decadência do esporte da chuteira nacional.

Vivenciamos os bons e maus momentos desse esporte, e há algum tempo estamos discutindo esse assunto com base em fatos concretos e visuais, e ficamos incomodados com a omissão da mídia esportiva brasileira que insiste em não abrir os seus olhos para o que vem acontecendo.

Na realidade não vislumbraram ainda que os chamados grandes clubes do país estão assumindo cada vez mais o papel que era daqueles chamados pequenos há 20 ou 30 anos. Trata-se de uma visão verdadeira e a televisão está mostrando no dia a dia, quando transmitem os jogos.

Não existe no atual futebol brasileiro nada que se compare com as grandes equipes das décadas anteriores. Temos vários clubes que foram estrelas no passado, e hoje estão cadentes quanto às suas qualidade técnicas.

O Vasco sendo derrotado pelo Cabofriense é um exemplo de um time que se apequenou e a cada dia se afunda na mediocridade. Para quem teve grandes craques do passado que serviram a seleção da antiga CBD, o elenco atual é sem duvida um fogo fátuo.

O Botafogo que na década de 50 e 60 foi a base desse selecionado, inclusive bicampeão do mundo, hoje é um time mediano e sem grandes talentos. Existem dezenas de clubes pelo território nacional que se tornaram em estrelas cadentes.

Se chegarmos ao nosso estado, vimos que esse talvez seja um dos mais decadentes. Os grandes tornaram-se pequenos, e seu futebol de outras épocas em que eram respeitados desapareceu, dando lugar ao que esses estão nos oferecendo atualmente. Nada.

Esses fatos refletem nos estádios, que continuam em sua boa parte vazios. Um encontro entre Náutico e Santa Cruz teve um pouco mais de 5 mil pagantes. Fluminense e Botafogo não receberam mais de 17 mil pagantes.

O torcedor entendeu a fase das vacas magras, embora gordas nas finanças para alguns, fato esse que não é refletido na parte técnica, e o real exemplo é o modelo do futebol que está sendo apresentado nos diversos gramados brasileiros. É de fazer chorar.

A sociedade vive anestesiada, e isso refletiu em nossos cartolas, que tomaram também a anestesia geral, e mesmo com tudo isso sendo visualizado não existe nenhum movimento para melhorar o futebol nacional, que tornou-se uma grande estrela cadente.

No último sábado uma cena nos chamou a atenção, a da fuga de Raí de Oliveira, executivo do futebol do São Paulo, para não ser confrontado com os torcedores que estavam no Pacaembu.

O tricolor do Morumbi foi o padrão para todos os clubes brasileiros, com uma gestão adequada ao sistema do futebol, e que foi destruída nos últimos dez anos.

Estivemos analisando o futebol brasileiro e chegamos a conclusão de que a quase totalidade dos clubes não se libertaram do amadorismo. As exceções cabem nos dedos de uma mão, Flamengo, Palmeiras, o Internacional de hoje e o Grêmio, que adotaram o profissionalismo, embora na sua fase inicial.

Para que o amadorismo seja ceifado do nosso sistema futebolístico, teríamos que mudar os procedimentos das gestões, começando com a varredura na Confederação, nas suas Federações, que representam hoje as sinecuras do atraso, com a manutenção de um clientelismo barato e de péssima qualidade.

A nossa agencia de regulação não conseguiu se impor ao sistema, em especial na modificação da legislação eleitoral desses segmentos, ponto de partida para uma transformação total.

O planejamento a Longo Prazo é raro entre nossas agremiações, com um modelo que possa limitar o raio de ação dos dirigentes, mesmo que haja mudança no poder. Outro ponto fundamental é o da transparência financeira, quando se deixa de lado as caixas pretas e abre a realidade para todos, principalmente os associados.

O profissionalismo a ser adotado nas suas gestões, obviamente com pessoas competentes, na substituição dos amadores é um outro passo importante para modificarmos essa estrutura carcomida.

Embora o futebol português não esteja entre os cinco maiores da Europa, o sistema da SAD que é adotado pelos clubes é salutar, e um bom exemplo para o Brasil, desde que em Portugal a situação financeira das entidades está em um bom nível.

Obvio que a adoção dessas formulações com os dirigentes atuais seria algo impensável. Eles adoram entrevistas coletivas, fotos com jogadores contratados, e não desejam nunca entregar os clubes a gestores profissionais e sobretudo competentes.

Isso seria tirar a razão de viver dos cartolas, que na sua maioria, tem neles um espelho para as suas promoções pessoais.

Existem diversas barreiras a serem derrubadas, e a primeira delas será a queda do Muro de Berlim Nacional, que é representado pelas entidades de administração do esporte. Se isso não acontecer vamos continuar desfilando na ala dos rotos e esfarrapados do Bloco do Sanatório Geral.

Na verdade, uma boa gestão ganha jogos.

NOTA 1- CANGALHAS DE OURO

* O Regulamento do Campeonato Pingadinho é um dos favoritos para a conquista do ¨Troféu Cangalhas de Ouro¨.

Foram realizados 45 jogos do nada para o nada, com um único objetivo da preferencia pelo mando de campo. A pontuação dos clubes e suas performances não valem nada nas fases seguintes.

Depois de tantos jogos foram eliminados apenas dois times, e oito continuaram na competição.

Obvio que tal fato é surreal, desde que o correto seria a classificação de quatro participantes com as melhores pontuações para a fase de semifinais.

Vamos dar um exemplo claro da deformidade desse Regulamento, ou seja: o Sport somou 21 pontos, terminou na liderança, e irá enfrentar o 8º colocado, o Petrolina, que conquistou apenas 8 pontos nos 27 disputados.

Apesar da longa distância entre os dois clubes, ambos entram nas quartas de final com as mesmas possibilidades. Se houver um empate a decisão irá para os pênaltis.

Para que serviu a boa campanha do rubro-negro da Ilha do Retiro?

É latente que esse seja favorito desde que o futebol tem a sua lógica e essa sempre é determinante, mas por uma fatalidade o adversário fechar a sua defesa com um ônibus, conseguindo um 0x0, vai para a cobrança das penalidades e se classifica.

Uma campanha meritória jogada fora.

O mesmo se dará com os outros três clubes que tiveram as melhores pontuações.

Já que os ¨gênios¨ que fazem o futebol formularam um Regulamento ridículo, pelo menos quando do empate nas decisões, o clube de melhor pontuação passaria para a fase seguinte. Seria mais lógico e prudente.

Não podemos culpar apenas os cartolas da Federação que na verdade não sabem fazer Regulamentos e Tabelas, mas a culpa é mais expressiva para os dirigentes dos clubes filiados que aprovam o modelo da competição de forma açodada sem uma leitura correta do que estava escrito.

Uma chuva de cangalhas caiu na Rua Dom Bosco.

NOTA 2- O TRITURADOR DE TÉCNICOS

* A única utilidade dos moribundos estaduais é a de demitir técnicos. Um verdadeiro triturador. No final da semana dois profissionais perderam as cadeiras na famosa dança.

A derrota de 3x0 para a Ponte Preta, no Dérbi de Campinas, derrubou Osmar Loss técnico do Guarani. A demissão foi confirmada pela diretoria do clube.

O presidente do Bugre, Palmeron Mendes Filho, classificou a derrota como vergonhosa, e que não poderia segurar o profissional.

Loss em 12 jogos no comando do time obteve 4 vitórias, 2 empates e 6 derrotas.

Enquanto isso, Claudinei de Oliveira teve a sua dança logo após a derrota do time da Chapecoense para o Joinville, completando a terceira queda seguida.

O time de Chapecó é o terceiro colocado do estadual catarinense.

Na realidade a Chapecoense tinha um bom modelo de administração, mas entrou na vala comum e juntou-se aos demais clubes que tem como alegria derrubar técnicos.

Para completar a relação, a música parou para Marcelo Chamusca, que foi degolado na tarde de ontem após a eliminação do Vitória na primeira fase do estadual baiano.

Anteriormente o rubro-negro saiu de forma bem precoce na Copa do Brasil. No comando de Chamusca o Vitória participou de 14 jogos, com 3 vitórias, 7 empates e 4 derrotas.

O modelo do futebol brasileiro é autofágico. 

NOTA 3- A CANETADA DE W.W.

* Wilson Witzel, governador do estado do Rio de Janeiro reuniu parte de secretariado e anunciou, em uma entrevista coletiva realizada na manhã de ontem, o rompimento unilateral do contrato de concessão do Maracanã.

Com a medida que ainda será publicada no Diário Oficial, o poder público retoma o controle do estádio. 

O estranho foi que a Concessionária Maracanã que administrava o local, só tomou conhecimento do fato quando foi avisada pelos jornalistas.

Uma decisão da Justiça de setembro do ano passado determinava que a parceria firmada entre o Estado do Rio de Janeiro e a IMX-Holding S.A, que administrava o estádio apresentava ilegalidades. A parceria foi firmada em 2013 para um período de 25 anos.

Segundo o governador, a decisão foi motivada principalmente pelas dívidas do consórcio que atingem R$ 38 milhões. O valor se refere às parcelas da outorga.

Com o fim do vinculo, será encerrado automaticamente, de acordo com o governador, os contratos da concessionária com os clubes cariocas, que ainda não se manifestaram sobre a decisão do governo estadual. Com o fim do contrato não vai alterar a programação do estádio.

Era algo que já se esperava.

O Maracanã tornou-se um desastre financeiro nos dias de jogos, por conta dos prejuízos que os clubes apresentavam. As taxas eram massacrantes. Na verdade o estado não tem a mínima condição de administra-lo, e certamente irá promover uma nova licitação.

Desde o ano de 2013 o Consórcio Maracanã assumiu o comando do estádio, e os atritos eram frequentes.

Primeiro com o governo, desde que não foi cumprido o que estava acordado na licitação, como as demolições do Parque Aquático Julio Delamare, do estádio de Atletismo Célio de Barros para a construção de um complexo de lojas, restaurantes e estacionamento para a Copa do Mundo.

Por outro lado o contrato previa a construção de um novo estádio de atletismo e um parque aquático alternativo em diferentes locais da cidade. Nada foi feito.

Os problemas com Flamengo, Vasco e Fluminense, por conta dos altos custos para atuarem no estádio, eram cotidianos.

Na realidade a posição tomada pelo estado foi correta, mas é bem obvio que não poderá assumir a sua administração.

O ideal seria um consórcio dos três clubes para administra-lo, mas com exceção do Flamengo, os outros dois não estão em situação para assumirem um encargo como esse.

O Maracanã que era o grande palco do futebol brasileiro tornou-se um empecilho.

NOTA 4- LÍDER E INVICTO O TÉCNICO DO PAYSANDU FOI DEMITIDO

* Sempre temos afirmado que o futebol brasileiro é surreal. No último domingo o técnico do Paysandu foi demitido, mesmo com o seu time na liderança, invicto há oito jogos, com cinco vitórias e três empates.

A vitima foi João Brigatti, que deixou o clube após o empate de 1x1 contra o Castanhal pelo estadual paraense. 

Ricardo Gluck Paul, presidente do Papão não gostou do resultado do seu time jogando em casa, no Curuzu, e ceifou a cabeça do seu treinador, mesmo com a liderança do time na tabela. 

O inesperado empate foi o motivo, o que mostra de forma clara o modelo dos cartolas brasileiros, que não permitem um trabalho mais longo, e por um percalço após rodadas com sucesso os técnicos dançam.

São coisas do futebol brasileiro, onde tudo pode acontecer.

Por isso o futebol paraense está no fundo do poço. O time vai bem e um resultado fora da curva derruba um profissional.

Só mesmo no Brasil.

NOTA 5- A DANZ E A FOX SPORTS

* Recém chegada ao mercado brasileiro, a DANZ poderá dar um largo passo para a sua afirmação em nosso pais.

A empresa que é considerada como a ¨Netflix dos Esportes¨, está próxima de comprar a Fox Sports.

Trata-se de uma empresa de streaming que cresce na área esportiva e vem ganhando bastante espaço no Brasil, e que entrou forte na briga para se tornar a dona dos canais que possuem o direito de transmissão da Libertadores e de outras tantas competições.

A venda dos canais Fox Sports é uma exigência do Cade, Conselho Administrativo de Defesa Econômica. Isso porque o mesmo órgão aprovou a fusão dos grupos Disney e Fox, mas como a Disney já é dona da ESPN-Brasil a venda do canal esportivo FOX é necessária para evitar o monopólio. 

A Dazn tem como foco apenas o esporte, e já existe no mundo desde 2016, quando foi lançado o serviço na Áustria, Alemanha, Japão, Suíça e Canadá.

Está em fase de experiência no Brasil, mostrando alguns jogos de times da Europa, nos campeonatos da França e Itália, e até o final desse mês de março estará vendendo os seus pacotes para a transmissão da Copa Sul-Americana, Ligue 1 da França e a Série A da Itália, todos com exclusividade até 2021.

Sem duvida alguma, uma novidade excelente para quem acompanha os esportes.

Não aguentamos mais o monopólio que é pernicioso.

NOTA 6- TELÊ É O ÚNICO BRASILEIRO ENTRE OS 50 MELHORES DA HISTÓRIA

* A famosa Revista France Football publicou ontem a sua lista dos melhores técnicos da história, com apenas um brasileiro presente, Telê Santana que ficou na 35ª posição.

Bi-campeão da Libertadores e Mundial pelo São Paulo, e comandante da histórica seleção brasileira de 1982.

O primeiro lugar ficou com o técnico holandês, Rinus Michels, que foi o treinador da seleção da Holanda na Copa do Mundo de 1974, com a famosa Laranja Mecânica, que provocou uma revolução no futebol mundial.

Na verdade foi um time espetacular.

O TOP 5 ficou assim composto:

1º-Rinus Michels - Holanda,

2º- Alex Ferguson- Escócia,

3º- Arrigo Sacchi-  Itália,

4º- Johan Cruyff- Holanda, e

5º- Pep Guardiola- Espanha.

NOTA 1- MUITOS JOGOS E POUCA BOLA

* A primeira fase do Estadual Pingadinho foi encerrada na tarde de ontem com a realização de cinco partidas. Na verdade muitos jogos e pouca bola.

O Sport terminou no primeiro lugar dessa fase ao derrotar o Central por 2x1, resultado que não refletiu a realidade do segundo tempo quando o time rubro-negro tomou conta do jogo e perdeu diversas oportunidades.

O primeiro tempo foi além do grotesco, com um monte de jogadores maltratando a bola. Muitas faltas e com uma grande quantidade de passes errados.

Na segunda etapa o Sport melhorou, embora sem apresentar um bom futebol conseguiu fazer o placar.

O Central não mostrou nada no gramado, com um time limitado, que foi castigado pela vitória do Salgueiro contra o Petrolina por 2x1 tomando o quarto lugar, e irá enfrentar a Patativa em casa.

Nos Aflitos tivemos mais um ex-clássico das emoções, com um pouco mais de 5 mil pagantes, numa demonstração do abandono dos torcedores com relação ao moribundo estadual, com o empate do Náutico com o Santa Cruz por 0x0 terminando na segunda colocação na primeira fase.

Um jogo fraco no primeiro tempo, sem a utilização dos goleiros durante esse período. Na segunda parte o alvirrubro melhorou, chegou mais perto do gol, mas o seu ataque é cardíaco e não conseguiu furar as redes do adversário. O time dos Aflitos continua sem ganhar do Santa Cruz. Já é uma síndrome da Cobra Coral.

Nos demais jogos o América que já estava rebaixado, terminou a fase sem uma única vitória. Em nove jogos foi derrotado por oito vezes, e conseguiu apenas um ponto com um empate. Em pleno mês de março vai para a hibernação em uma caverna de Paulista. Na tarde de ontem foi derrotado pelo Flamengo por 2x1.

No último jogo aconteceu o empate entre o Vitória e o Afogados por 2x2, com o time sertanejo garantindo a sexta colocação e a vaga na Série D, que era o projeto do técnico Pedro Manta. A primeira perna da competição foi encerrada sem deixar algo que se possa comemorar.

Times fracos, jogadores sem a necessária qualidade, e os estádios ociosos.

Esse é o retrato do futebol de Pernambuco.

NOTA 2- UM ESCANDALOSO APITO AMIGO 

* Obvio que em um futebol decadente como o nosso, além de jogos fracos e sem a devida qualidade, a arbitragem não poderia ficar de fora dessa queda vertiginosa.

Trata-se de um segmento que a cada rodada sempre tem um ou mais jogos com os seus resultados alterados por erros dos apitadores e assistentes.

Já virou uma rotina.

No último sábado o Flamengo foi prejudicado com a anulação de um gol legitimo de Hugo aos 46 minutos do segundo tempo, que daria a vitória por 1x0 contra o Volta Redonda.

O árbitro Pathrice Wallace Correa, atendeu a sinalização da auxiliar Rachel de Matos Ribeiro, ao anotar um impedimento que somente essa conseguiu enxergar, invalidando o gol rubro-negro.

Não precisava de VAR ou de outros apetrechos tecnológicos para que fosse constatada que a posição do jogador do Flamengo era legal.

Quem estava assistindo a partida pela televisão verificou de imediato o erro grotesco que foi cometido.

O quadro de árbitros do Rio de Janeiro é sem duvida o pior entre todos os piores dos outros estados. A Federação local tomou uma providencia depois da casa ser arrombada, ou seja, afastou os responsáveis pelo erro, mas o time da Gávea foi prejudicado e não terá os seus pontos de volta.

São coisas do futebol brasileiro e de seus apitadores famosos.

NOTA 3- VENDA DAS DÍVIDAS DO FLUMINENSE PARA UM FUNDO DE INVESTIMENTO 

* Ontem em uma postagem mostramos as dificuldades que estão sendo encontradas pelo Fluminense para o cumprimento das suas obrigações financeiras, e que o presidente Abad estava na Europa para fechar uma operação de venda da divida trabalhista e fiscal para um fundo de investimento, estimada em R$ 200 milhões.

Trata-se de uma operação financeira que é bastante utilizada no Brasil entre empresas e bancos, e no futebol não é novidade, desde que o Flamengo logo após a eleição de Eduardo Bandeira de Mello utilizou-se de uma operação como essa para reduzir a sua divida financeira.

Na Europa os juros são bem menores, e por conta disso o tricolor das Laranjeiras procurou o empresário brasileiro Giuliano Bertolucci para intermediar o encontro do presidente com banqueiros estrangeiros.

O sistema é bem interessante, e a sua ideia é de diminuir o número de credores e alongar a dívida pelo menos ao médio prazo. O clube juntaria então, suas dívidas cíveis e trabalhistas, o fundo quitaria os valores com as instituições, e o tricolor teria um alivio no fluxo de caixa.

A garantia para a operação seria 50% das suas divisões de base.

Trata-se sem duvidas de um modelo que poderia ser visualizado por outros clubes nacionais.

NOTA 4- UMA DECISÃO JUDICIAL QUE PODE TER UM FORTE IMPACTO NA VIDA DOS CLUBES

* Segundo o economista Fernando Ferreira, da Pluri Consultoria, dias atrás houve uma decisão judicial que poderá ter um forte impacto no modelo como os clubes gerem as suas categorias de base.

A 40ª Vara do trabalho de São Paulo condenou o São Paulo a pagar indenização a um jogador da base que atuou dos 9 a 18 anos e foi dispensado por ter sofrido duas sérias lesões.

Trata-se de algo novo.

Pela Lei Pelé em vigor, os clubes não tem a obrigação legal de pagar indenização a atletas dispensados das categorias de base, mesmo em casos de rompimento unilateral de contrato.

Na realidade a decisão abre, no mínimo, uma discussão pela falta de direitos da garotada da formação. E junto a isso, mais pressão sobre os clubes para olhar para a base com mais carinho, o que já deviam fazer até por inteligência, desde que nesse setor está o futuro dos clubes.

NOTA 5- O CORINTHIANS AJUDOU O SÃO PAULO 

* O Corinthians prestou um grande serviço ao rival São Paulo ao derrotar o Oeste por 1x0, deixando o futuro do tricolor no estadual dependendo apenas de suas próprias chuteiras no seu último jogo. Um joguinho bem fraco.

No Rio de Janeiro, o Vasco da Gama foi derrotado pelo Cabofriense por 2x0.  

Na Bahia, o Vitória continuando na sua via crucis foi eliminado pelo Fluminense de Feira pelo placar de 2x0.

O time baiano passa por um dos seus piores períodos da sua história, e se continuar nessa situação estará na Série C no ano de 2020. Em Porto Alegre, o Grêmio também colocou um time misto para enfrentar os reservas do Internacional e saiu com uma vitória de 1x0.

O melhor jogo desse domingo no futebol brasileiro aconteceu no período da noite envolvendo os times do Fluminense e Botafogo, com mais uma brilhante exibição do time das Laranjeiras.

O alvinegro foi um grande adversário e com Diego Souza fazendo um bom jogo em sua estreia. O placar de 1x1 foi justo pelos que os dois times jogaram.

Uma partida que nos tirou da mediocridade.

NOTA 6- A OBRA DE ARTE DE UM ARTISTA DA BOLA

* Ainda no período da tarde tivemos uma das maiores exibições de Lionel Messi em toda a sua carreira.

Não tínhamos assistido o jogo entre o Barcelona e o Bétis, e depois de uma mensagem do jornalista Claudemir Gomes sobre a atuação do jogador portenho fomos na busca do vídeo e constatamos a sua grande exibição.

O placar de 4x1 deixou bem claro a superioridade do time catalão, que contou com mais uma exibição assombrosa de Lionel Messi, autor de um hat-trick, com dois dos três gols para ver, rever, ver e rever. Espetaculares.

No final da partida, depois de sua monstruosa exibição, assistimos uma das cenas mais belas em um jogo de futebol, quando os torcedores do Bétis o aplaudiram de pé.

Ainda bem que temos um jogador desse nível para nos lembrar que ainda existe um bom futebol, fato esse que é raro em nosso país.

Na verdade Messi pertence a um outro planeta.