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Escrito por José Joaquim

Por Paulo Cezar Caju- O GLOBO

A palavra da vez é jurisprudência. Ela foi repetida pelo presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, durante sua tão esperada coletiva. Tive que recorrer ao dicionário para entender o seu real significado. Sempre ouvi os mais velhos falando que prudência e caldo de galinha não fazem mal a ninguém! Está lá. Vem do latim: jus de justo e prudência, essa mesma que os nossos avós vivem pedindo para termos e o Flamengo não teve.

Na verdade, ss algum clube tem, desconheço. Quando joguei no Grêmio, os alojamentos eram sob as arquibancadas. No Vasco não é diferente. Funciona assim, os pais sabem, os jogadores se submetem e os dirigentes e empresários aproveitam-se disso. Mas quando acontece uma tragédia o clube precisa posicionar-se e não usar essa tal de jurisprudência de escudo.

O presidente Rodolfo Landim estava descontraído, riu, brincou com os jornalistas e fez questão de ¨responder¨ todas as questões. Foi justo, como ensina o jus da jurisprudência. Mas reclamou que as advogadas de algumas famílias vem tumultuando o processo. Mas ele mesmo carregou o seu advogado a tiracolo para a coletiva. Que jurisprudência é essa, que cálculo é esse e de onde foi tirado? É muito fácil falar que é difícil calcular o valor de uma vida.

Apesar de não ser bom em matemática vou tentar ajuda-lo, presidente. Que tal adotar o mesmo método, mão aberta, usado para contratar o Arrascaeta, sem medo de ser feliz? Ter o mesmo empenho que teve no leilão com a diretoria do Cruzeiro? ¨Ah, não querem ceder o Arrascaeta, dobro a proposta!!!¨. Foi assim com Vitinho, Rodrigo Caio, Bruno Henrique, Diego Alves, Ceifador, Gabigol e na renovação de Diego. Foi fácil precifica-los, afinal cobrimos qualquer oferta!!! Por que não arregaçar as mangas e partir para a defesa do valor ¨dos passes¨ desses mortos, brigar por eles, valoriza-los, respeita-los.

Na coletiva, só ouvi valores do tipo ¨cinco mil de mensalidade¨, ¨duzentos mil de indenização¨, cifras que soam como deboche diante da polpuda folha salarial do clube. Vendam um desses tantos jogadores do elenco e resolvam a questão com grandeza. Alguns, garanto, não farão a menor falta.

Fica uma pergunta: o Flamengo vai conseguir contratar algum jogador antes de resolver essa questão das indenizações? Landim, nem sempre contratações milionárias mostram a grandeza de um clube.

Ah, e sobre a fatalidade o dicionário ensina que é destino, o que não se pode evitar.

E só a diretoria do Flamengo pode evitar uma tragédia ainda maior e parar de esquivar-se, culpar administrações anteriores e usar a jurisprudência para fugir das suas responsabilidades. A hora, agora, é de precificar o valor dos mortos, porque dos vivos vocês são imbatíveis.   

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- UM EMPATE TÉCNICO

* O jornalista Flavio Rico do portal UOL publicou após os jogos entre Racing e Corinthians e Palmeiras x Ituano, um gráfico que mostrava a disputa entre a Rede TV e Rede Globo.

De acordo com o gráfico apresentado, a Platinada com a exibição do Paulistinha teve 21,4 de share, e a TV paulista apresentava 19,2.

Sem duvida um empate técnico dentro da margem de erro.

Na cobrança das penalidades na partida entre o Racing e Corinthians, a Rede TV ficou na liderança por 11 minutos, com 15 pontos. Foi o seu terceiro maior pico, ficando atrás do Pânico de 2010 (17 pontos) e de 2011 (16 pontos).

Na realidade isso mostra a necessidade de uma maior concorrência no segmento, desde que o monopólio tem o poder de destruição.

Sem duvida a trágica situação do nosso futebol é o produto de um único dono, o que não é salutar para todos.

O Streaming da DAZN e a Rede TV poderiam colocar entrevistas no pós jogo, e melhorar a imagem, e com isso, certamente a audiência seria ainda maior.

O torcedor quer novidades e a DAZN é uma delas que veio para ficar.

NOTA 2- A AUSÊNCIA DA CAMISA 24 NOS GRAMADOS É HOMOFOBIA?

* Recebemos uma mensagem de um seguidor assíduo do nosso blog com uma pergunta: ¨A ausência da camisa 24 nos times de futebol poderia ser considerada com homofobia¨.

Por coincidência tomamos conhecimento de que o Circo Brasileiro do Futebol quer recomendar aos clubes que convençam seus torcedores a não mais xingar os adversários usando termos como ¨veado¨ e ¨bicha¨. 

No momento em que o STF caminha para equiparar homofobia com racismo- com punições mais duras para discursos violentos ou atos discriminatórios,- a entidade precisa ¨desenvolver as medidas que possam efetivamente coibir tais práticas¨.

O Circo já foi multado pela FIFA por causa dos torcedores e agora é cobrada pelo movimento LGBT para punir os clubes.

Uma outra queixa dos ativistas é a da ausência de camisas com o número 24 nos gramados. 

Não existe um clube no Brasil que tenha uma jogador atuando com esse número, demonstrando que a homofobia é latente.

Na realidade os cartolas e os atletas deveriam responder.

Temos um entendimento de que é algo que entranhou-se no sistema e por um preconceito imbecil, totalmente fora de propósito

Trata-se de um sintoma homofóbico. Quem será o primeiro a tirar os grilhões e entrar em campo com a camisa 24?

NOTA 3- OS NÚMEROS DA ALLIANZ PARQUE

* A Allianz Seguros S/A que detém os naming-rigths da Arena do Palmeiras, divulgou um relatório que mostra as suas contas, além de números interessantes sobre a frequência de público no estádio.

Sete milhões de pessoas passaram pelas catracas desde novembro de 2013, ano da sua inauguração.

Futebol e shows dividiram o protagonismo.

O maior público registrado na história da Arena foi de 45,8 mil, no show da cantora Shakira.

Palmeiras e Corinthians tiveram a maior presença em um jogo de futebol, 41,2 mil.

Dois milhões de pessoas assistiram a 68 shows.

3,9 milhões vibraram em 126 partidas de futebol. Mais de 50 mil participaram do Allianz Tour.

Em 2018, 1,8 milhões dividiram-se entre 34 jogos e 12 shows. O restante distribui-se em eventos diversos.

Na realidade os objetivos projetados foram atingidos a contento.

* Fonte: Números do blog do Paulinho

NOTA 4- CORINTIANOS PRESOS NA ARGENTINA COM DROGAS

* Antes do jogo entre o Racing e Corinthians pela Sul-Americana, 14 torcedores do time brasileiro foram presos pela polícia.

Segundo a Agencia de Prevenção da Violência no Esporte, órgão do Ministério de Segurança da Província de Buenos Aires, foram apreendidas bandeiras irregulares, que excediam às dimensões aceitas pela Conmebol, além de drogas, como maconha, cocaína e pastilhas de ecstasy, e bebidas alcoólicas.

Não sabemos como esses torcedores conseguem viajar com o seu clube, e não são avisados sonbre a proibição de grandes bandeiras nos estádios? 

Que tipo de torcedor vai ao estádio com drogas, inclusive algumas da pesada?

Obvio que são marginais.

Um dos presos para burlar as normas da entidade que administra o futebol da Sul-América, enrolou uma bandeira no corpo.

Os presos foram conduzidos a uma Delegacia onde foram registradas as ocorrências.

Amanhã um desses estará sentado ao lado de um bom torcedor, que não tem ideia do perigo em que se encontra.

NOTA 5- NA ILHA TUDO DENTRO DOS CONFORMES

* Um jogo à tarde numa quinta-feira de Carnaval, com uma pequena torcida, um gramado igual a muito pasto de vaca, não poderia ser melhor do que aconteceu.

Dois times fracos, sem qualidade, fizeram uma verdadeira pelada de várzea.

O arbitro que estava dentro dos conformes errou feio ao validar o terceiro gol do Sport no último minuto, desde que o atacante Helton ajeitou a bola com a mão por duas vezes.

Os dois auxiliares não gostaram da cara de Pedro Manta, técnico do time do Sertão, e quando acontecia um ataque perigoso para esse marcavam impedimento. Torna-se necessário uma consulta com um oftalmologista.

O FEBEAPA dominou o tempo todo, o que aliás é permanente em nossos jogos, e que faz o nosso divertimento.

Não se pode exigir nada do técnico Guto Ferreira, conhecido na Bahia como ¨Guto Gordiola¨, desde que o tempo de trabalho foi curto.

Na realidade é que tivemos de aguentar um futebol insosso, sem bons lances, sem bons jogadores, ou seja, sem nada.

Magrão no banco foi a novidade, mas o gol do Afogados poderia ser evitado pelo substituto Maílson, desde que a bola veio bem devagar, devagarinho.

Ainda bem que começa o Carnaval oficial, com o Galo da Madrugada mais surreal da sua história, uma mistura de um Tucano com um Pica-Pau, e uma crista de um formigueiro, quando o futebol entrará de férias, e o blog também, que é merecedor de um descanso por ter que assistir as cenas grotescas do dia a dia dos esportes brasileiros. 

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- AS DIFICULDADES NA SUL-AMERICANA 

* A Copa Sul-Americana está mostrando as dificuldades do nosso futebol. 

Das onze partidas que foram realizadas pelos clubes brasileiros, sete delas terminaram empatadas.

Somente o Botafogo conseguiu vencer os seus dois jogos.  

O Fluminense tem ainda a partida de volta contra o time chileno Antofagasta, para tentar a sua continuidade na competição.

O último a empatar foi o time do Corinthians na noite de ontem no encontro contra o Racing, que até agora não entendemos a opção do seu treinador de colocar apenas dois titulares para esse jogo.

Apesar disso sufocou o alvinegro que retrancou-se e conseguiu o empate de 1x1.

Nos pênaltis a equipe paulista derrotou o time portenho e passou para a fase de grupos dessa Copa. Na bacia das almas.

Bahia, Chapecoese e Santos foram ceifados na primeira fase.

Dos seis clubes brasileiros que estavam na disputa apenas dois estão garantidos, e o terceiro terá que ultrapassar um adversário fora de casa, o tricolor carioca. 

Não ficamos fora do contexto apenas na Copa Sul-Americana, desde que na Libertadores, o time do São Paulo foi eliminado pelo Talleres da Argentina, enquanto o Atlético-MG classificou-se para a fase de grupos, ao empatar na noite de ontem contra o Defensor Sporting.

Sem nenhuma duvida, o futebol brasileiro está atravessando um dos seus piores momentos.

Os números refletem isso.

NOTA 2- A MARÉ BAIXA DO FLAMENGO

* A quarta-feira (27) não foi promissora para o Flamengo, que anda na fase de maré baixa após um trabalho de recuperação excelente. Pela manhã a Prefeitura do Rio interditou o Ninho do Urubu por conta da ausência do alvará de funcionamento.

O time profissional ficou sem o seu espaço de treinamento, e voltou para a Gávea dos antigos tempos.

Em paralelo a tal decisão, o presidente Rodolfo Landim, segundo o site Antagonista, foi citado na delação premiada de Renato Duque, por ter recebido propina quando ocupava a presidência da BR Distribuidora, por conta de um contrato de locação do edifício dessa empresa, que causou certa desconfiança na presidente da Petrobras, Graça Foster, mas que deixou de lado o assunto por esse ser uma pessoa da presidente Dilma.

Não vamos fazer nenhum juízo de valor sobre a denuncia, desse que precisa ser comprovada, mas ter o nome na Lava Jato não é bom para a imagem do clube.

A maré rubro-negra não está para peixe.

NOTA 3- O BALANÇO DO PALMEIRAS

* A divulgação da aprovação pelo COF do balanço do Palmeiras foi motivo de elogios dos palmeirenses e das mídias do Sudeste. 

Na verdade os números impressionam, com uma Receita de R$ 688,5 milhões, um Lucro de R$ 30,7 milhões, e um Patrimônio Liquido positivo de R$ 59,6 milhões.

Dois pontos deveriam ser analisados e que impactam nos resultados apresentados.

As receitas foram infladas com a negociação de jogadores, no total de R$ 108 milhões, que poderá não ser repetido em 2019, e sobretudo um débito à pagar com a Crefisa de R$ 120 milhões.

São detalhes que não foram discutidos e que dão ao balanço uma cor um pouco diferente.

De qualquer maneira o Palmeiras continua evoluindo, mas está muito vulnerável com a dependência da patrocinadora e isso não é bom para o seu futuro.

O Fluminense é um bom exemplo com a Unimed, desde que após a sua saída o clube desmoronou.

NOTA 4- O SANTA CRUZ NO TOP 10 DA MÉDIA DE PÚBLICO NOS ULTIMOS 10 ANOS NO BRASIL

* Um levantamento feito pela Pluri Consultoria sobre as médias de públicos nos estádios nos últimos 10 anos, mostra o Corinthians em 1º lugar, com 27.314 torcedores por jogo e o Santa Cruz no 10º lugar, com 15.520.

O TOP 10 tem a seguinte formatação:

1º- Corinthians- 27.314,

2º- Flamengo- 23.636,

3º- São Paulo- 22.883,

4º- Grêmio- 22.017,

5º- Cruzeiro- 20.289,

6º- Palmeiras- 19.075,

7º- Internacional- 18.706,

8º- Atlético-MG- 18.516,

9º- Fluminense- 16.331 e,

10º- SANTA CRUZ- 15.520.

O SPORT ficou na 11ª colocação, com 15.056 torcedores por jogo, à frente do Bahia, com 14.519 e Ceará, com 14.384.

O Náutico é o 24º colocado no Ranking dos 50, com 8.641.

NOTA 5-  A FELICIDADE DOS RETRANQUEIROS

* Os trabalhos de Jorge Sampaoli e Fernando Diniz nos times do Santos e Fluminense respectivamente, não devem ser relegados por conta dos últimos resultados.

No geral ambos vão bem.

O período em que esses estão à frente dos seus clubes é pouco para que os objetivos traçados sejam alcançados, e é obvio que alguns insucessos irão acontecer.

O futebol brasileiro precisa se reinventar e esses dois técnicos fazem parte desse contexto, com um futebol diferente que dá gosto aos que assistem os seus jogos.

Após a partida do Santos contra o River Plate, do Uruguai, as mídias sociais passaram a criticar o modelo de jogo de Sampaoli, sem observarem que o time santista tem a melhor colocação entre todos os grupos do Paulista.

Os motoristas dos ônibus biarticulados colocaram as sus unhas de fora, e passaram a criticar de forma dura os bons trabalhos que estão sendo realizados.

São os adoradores da retranca e do futebol insosso, bem diferente do que está sendo adotado pelos dois treinadores.

Que os torcedores dos times do Santos e do Fluminense, não caiam nessa armadilha que está sendo colocada por aqueles que detestam um futebol bonito, e aplaudem o jogo de uma única bola como vem acontecendo no Brasil.

NOTA 6- OS DEFEITOS DA FORMAÇAO DE VINÍCIUS JUNIOR

* O Real Madrid aproveitou os erros táticos do Barcelona e dominou o primeiro tempo do jogo. Várias chances foram desperdiçadas. A mais clara com Benzema livre à frente de Ter Stegen, que fez uma defesa milagrosa.

Vinícius Junior foi um dos destaques do jogo, mas apresentou os mesmos defeitos provenientes do trabalho de formação, com erros técnicos básicos no acabamento das jogadas.

O ex-atacante do Flamengo consegue construir o jogo, mas na hora da conclusão erra, inclusive com relação ao posicionamento do corpo.

É um excelente jogador ,e que irá ser aprimorado por profissionais que conhecem o ramo.

O Barcelona foi demolidor nos seus contra-ataques aproveitando os espaços que foram abertos, e a velocidade de Dembelé. As suas  assistências à Suarez, deram origem a dois dos três gols.

Lionel Messi sacrificou-se pelo jogo associativo do time.

Na verdade, o placar não foi o retrato do jogo, desde que o primeiro tempo do time merengue daria para defini-lo.

Uma encontro da mais alta qualidade, e que deixou bem claro que Vinícius Junior não é promessa, e sim uma realidade.

Escrito por José Joaquim

A Lava Jato tem feito o máximo do possível no combate à corrupção no país, desbaratando quadrilhas que se apossaram do dinheiro público, Muitas prisões, muitas condenações e as cadeias recebendo a fina flor da politica brasileira.

Obvio que o asssunto ainda não está sanado, o caminho é longo, e sobretudo por ser a corrupção um problema sintomático, e como alguns dizem, melhora mas não tem cura.

O futebol brasileiro tem dentro de si esse vírus, quando denúncias são formuladas no dia a dia, apresentando os desacertos de alguns segmentos.

Antigamente se ouvia falar de árbitro esperto, goleiro na gaveta. Quantos dirigentes festejavam com afirmações que ganharam os títulos para os seus clubes com tais procedimentos? Na verdade eram pontuais e não generalizados, e faziam parte do inusitado do futebol. Não era regra geral.

Após o encerramento de uma rodada os torcedores passavam a semana discutindo os acontecimentos, sem nenhuma violência, já que não havia as famosas organizadas, e esses debates faziam parte do sistema.

A televisão acabou com as duvidas, e os erros que continuam são vistos abertamente, e posteriormente pelos vídeos. Hoje o debate não existe, pois corre-se o risco de morrer.

O futebol perdeu o encanto e a qualidade. Os dirigentes na hora do aperto tiravam dos seus bolsos. Aos poucos o esporte foi se tornando um grande negócio, atrelado muitas vezes a grandes negociatas.

Alguns jogadores, a minoria absoluta, enriquecem, as negociações envolvem milhões de reais, e em muitas delas com algo embutido de esperteza e sobretudo de corrupção.

João Havelange, Ricardo Teixeira, José Maria Marin e Marco Polo Del Nero, formaram um quarteto mágico, ao receberem comissões da FIFA (o primeiro), e os três restantes do Circo do Futebol. Até hoje não tem um processo definido contra essa turma.

O ex-presidente da FIFA levou os seus segredos para o túmulo. Deixaram de lado os princípios que norteiam a ética e dignidade.

Quando a Justiça Federal irá dar andamento ao processo contra os cartolas, que foi subsidiado com informações da CPI?

Nas entidades esportivas fica difícil de separar o público do privado. Há uma mistura total. Alguns dirigentes participam ativamente das negociações de jogadores, com interesses próprios, visto que em muitas vezes tem participações nos seus direitos econômicos, em nome de laranjas.

Nas Federações os cartolas dizem que se sacrificam pelo esporte, mas não se ouve a palavra renuncia uma única vez. Na verdade são masoquistas de plantão, desde que trabalhar com sacrifício, podendo largar os cargos, é sem duvidas algo difícil de se acreditar.

São coisas da politica, do futebol e do Brasil bem brasileiro.

Escrito por José Joaquim

Com raras exceções, as mesmas de sempre, os estádios que abrigam os jogos dos estaduais estão ociosos, numa demonstração de que o torcedor perdeu a simpatia por esse tipo de competição.

O Grêmio na noite da última segunda-feira jogou numa arena vazia, com um número reduzido de torcedores. Haja prejuízo.

O futebol nacional tem embutido um sadismo explícito, quando os clubes pagam para jogar e ficam alegres com o sofrimento.

Ano após ano, as respostas aos estaduais estão ficando mais claras, enquanto os anestesiados não percebem o que está acontecendo no seu entorno.

Fizemos uma radiografia nos moribundos estaduais pelo Brasil afora, e os números são chocantes, com médias de público de jogos de Ligas do Interior.

Apenas três estados ultrapassaram a média de cinco mil pagantes por jogo: São Paulo- 7.641, Rio de Janeiro- 5.808, e por incrível que pareça o Pará, com 5.358.

Os demais foram de quatro mil para baixo.  

A Caravana da Miséria continuou a percorrer o país do Norte ao Sul, e em cada estado observamos a imagem da decadência que tomou conta do futebol brasileiro, em especial nessa competição.

Dois campeonatos tiveram médias acima de três mil pagantes por jogo: Minas Gerais- 3.938 e Rio Grande do Sul- 3.412.

Acima de dois mil, são cinco: Bahia- 2.876, Paraná- 2.770, Santa Catarina- 2.590 e, Alagoas- 2.141.

Sete estados superaram a faixa de mil torcedores:  PERNAMBUCO- 1.950, Goiás- 1.858, Rio Grande do Norte- 1.827, Ceará- 1,473, Paraíba- 1.479, Espirito Santo- 1.015 e, Sergipe- 1.011.

Outros oito somaram públicos abaixo de mil pagantes: Maranhão- 915, Brasília- 754, Rondônia- 711, Piauí- 654, Mato Grosso- 540, Amazonas- 442, Mato Grosso do Sul, 418 e Acre- 217.

São números reais que foram tirados das imagens, e que comprovam o que estamos perguntando há vários anos: PARA QUE SERVEM OS ESTADUAIS?

As Federações tem a obrigação de responderem a pergunta, pois são elas que mantém o moribundo ainda vivo numa UTI.

Pobre futebol brasileiro que vive no mundo de forma alienada, e realizando competições com os clubes pagando para jogar.

Nem Freud poderia explicar.