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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O SANTA CRUZ E O PROFUT

* A noticia sobre a exclusão do Santa Cruz do Profut é verdadeira e foi tomada em uma reunião da APFUT na última terça feira.

O tricolor no início de setembro foi notificado sobre o processo que foi aberto e que estava em fase de recurso. Além do time coral, outros dois estavam na mesma situação, Luverdense (MT) e Vila Nova (GO).

Até o atual momento sem contarmos com as últimas exclusões, 35 associações foram retiradas do Programa.

Do setor futebolístico entre os mais conhecidos tivemos o CENTRAL SPORT CLUB (PE), Auto Esporte Clube (PE), Brusque Futebol Clube (SC), Campinense Club (PB), Esporte Clube Flamengo (PI), Esporte Clube Nova Hamburgo (RS), Esporte Clube Pelotas (RS), Serra Futebol Clube (ES).

Os excluídos perderam o direito aos benefícios da redução em multas e juros, além do parcelamento. Voltaram para o Cadastro Negativo e serão cobrados pela Procuradoria da Fazenda Nacional, ou seja estão mais uma vez na roda viva.

O Profut foi uma benesse do governo, que facilitou o pagamento dos débitos de diversos clubes, e alguns desses não cumpriram com as normas. 

Na realidade foi um golpe duro para o Santa Cruz, que vive numa eterna agonia financeira.

NOTA 2- O FIM DE UM CAMPEONATO INSOSSO

* Na noite desse sábado serão realizados dois jogos pela última rodada de um dos campeonatos mais insossos dos últimos anos, com a participação de dois times que ainda lutam pelo G6.

O Atlético-MG receberá o Botafogo que vem de uma boa campanha de recuperação, e o Flamengo irá receber no Maracanã, o Atlético-PR.

O rubro-negro carioca já tem garantida a segunda colocação, e terá nesse encontro um aspecto de um amistoso oficial, embora a sua torcida tenha esgotado os ingressos.

O Galo Mineiro é o 6º colocado, com 56 pontos, e um empate garante a sua permanência no G6 e na Pré-Libertadores. Com relação ao Furacão, que é o 7º na tabela de classificação, com 54 pontos, para conseguir ultrapassar o Atlético-MG terá que ganhar e esse perder.

Na realidade o time paranaense que vem jogando o melhor futebol do Brasileirinho está de olho no jogo contra o Junior de Barranquilla, pela primeira partida da fase final da Copa Sul-Americana que será realizado na Colômbia na próxima quarta-feira e irá atuar com um time alternativo, que foi a marca registrada desse Campeonato. 

NOTA 3- O BRASILEIRO NOS CANAIS TNT E SPACE EM 2019 

* Algo de novo no reino do futebol brasileiro irá acontecer em 2019, com a presença do grupo Turner com dois canais na transmissão dos jogos do Brasileirinho.

Aliás será a primeira vez em mais de 20 anos que um dos maiores eventos esportivos do país tem uma nova casa, quebrando assim o monopólio da Globo e criando um imbróglio que poderá deixar de fora 187 partidas na TV fechada.

Sem duvida é um fato muito positivo, inclusive com um novo ar para ser respirado pelos telespectadores.

Em um evento que foi realizado em São Paulo, representantes do grupo Turner no Brasil garantiram ao vivo 42 jogos da Série A do campeonato ao longo de 38 semanas.

Além dos canais lineares, Space e TNT, o conteúdo está confirmado no Esporte Interativo Plus, que funciona muito bem.

Esses salvaram os torcedores que acompanham a Liga dos Campeões ao transmitirem os seus jogos, desde que a Globo não aceitou pagar os valores cobrados pela UEFA para a TV aberta, deixando o espaço para a Turner que vem dando um banho de audiência nos outros canais pagos, com 4,77 pontos na primeira fase.

O interessante é que a presença de dois canais de entretenimento no futebol, é sem duvida uma demonstração de que para ser forte no setor não é necessário ter um canal exclusivo de esportes.

O monopólio é algo muito doentio, e a livre concorrência estimula uma melhor qualidade.

NOTA 4- COPA LIBERTADORES E A CARTOLAGEM SUL-AMERICANA

* A Espanha não pediu para sediar a final da Copa Libertadores e por isso não merece ser atacada por uma idiotice coletiva por ter sido a colonizadora da região.

O que isso tem a ver com a atual realidade globalizada?

Para esses que estão escrevendo ou falando abobrinhas, a população portenha em Madrid daria para lotar dois estádios do tamanho do Santiago Bernabéu. Esses certamente não estão considerando o país que os receberam como um colonizador.

Não somos defensores de que o jogo final dessa Copa seja realizado fora da Argentina, que mostra de forma clara a sua incompetência para abrigar grandes eventos por conta dos Barras.

Um atestado de óbito para um país que desejava sediar em conjunto com o Uruguai e Paraguai uma Copa do Mundo.

A cartolagem portenha é pior do que a nossa, e a  cada declaração é mais uma lenha na fogueira. O Boca quer ganhar no tapetão, e briga com seus advogados para tal. O River não quer abrir mão de mandar o jogo em seu estádio, com a sua torcida. Ninguém pensa no esporte.

Por outro lado a Conmebol está mais interessada no dinheiro que vai correr por conta do jogo na Europa, que para essa está bem acima do futebol.

Decidir fora do campo é um absurdo, a politicalha dos cartolas dos dois clubes com suas declarações polêmicas estão minando qualquer acordo, e no final irão jogar fora do país cravando um prego no caixão do futebol da Argentina.

Aquela que seria a mais importante final da história da Libertadores, foi destruída pelos marginais organizados que estão acima da lei de da ordem.

Se tivessem pulso a partida seria no estádio do River, com o governo dando toda a cobertura da segurança, e no final quem iria sair como vencedor seria o futebol, mas isso certamente não irá acontecer.

No meio desse debate, não vimos os pronunciamentos dos jogadores que são os personagens principais do evento.

NOTA 5- O FLAMENGO E A TECNOLOGIA

* O Flamengo fechou novo acordo com a SAP, empresa alemã de desenvolvimento de software que trabalha com diversos clubes da Europa.

Desta vez, para implementar uma plataforma de gerenciamento de futebol.

Trata-se da mesma tecnologia utilizada pelo Bayern de Munique e o Manchester City, atuais campeões alemão e inglês.

Essa é a segunda etapa da parceria firmada entre o clube e a empresa de tecnologia. O time do Flamengo já utiliza um programa que digitaliza os processos de gestão.

O futebol profissional necessita da tecnologia para evoluir, e o clube da Gávea está ingressando na era da modernidade para que possa concorrer com os grandes clubes do mundo. 

* Dados da coluna Radar-On-Line da Veja.

NOTA 6- AS CASAS DE APOSTAS NA RODADA FINAL

* Sempre acompanhamos as movimentações das Casas de Apostas com relação aos jogos do Brasileirinho.

A rodada final segundo o OddsShark tem as seguintes cotações:

Atlético-MG (R$ 1,40) x Botafogo (R$ 7,94); empate (R$ 4,39) 

Flamengo (R$ 1,71) x Atlético-PR (R$ 4,79); empate (3,58)

Bahia (R$ 2,00) x Cruzeiro (R$ 3,47); empate (R$ 3,31)

Ceará (R$ 2,39) x Vasco (R$ 3,37); empate (R$ 2,79)

Chapecoense (R$ 2,31) x São Paulo (R$ 3,52); empate (R$ 3,26)

Fluminense (R$ 2,13) x América-MG (R$ 3,30); empate (R$ 3,35)

Grêmio (R$ 1,29) x Corinthians (R$ 10,93); empate (R$ 4,95)

Palmeiras (R$ 1,27) x Vitória (R$ 10,06); empate (R$ 5,41)

Paraná (R$ 5,47) x Internacional (R$ 1,63); empate (R$ 3,59)

Sport (R$ 1,51) x Santos (R$ 6,60); empate (R$ 3,89).

Não gostamos de apostas mas se tivéssemos que jogar apostaríamos no Vasco, que está pagando por R$ 1,00, R$ 3,37, mais de três vezes. 

Escrito por José Joaquim

O mais importante para qualquer segmento, inclusive para o ser humano é a credibilidade. Quando se perde esse atributo, o fundo do poço se aproxima.

Acompanhamos de perto o futebol brasileiro há muitas décadas, inclusive participando do sistema como um dos seus dirigentes, e sentimos que existe um desânimo com o setor, por conta da perda de sua credibilidade e em especial dos seus gestores.

O futebol brasileiro encalhou por perda de credito. Está endividado e sem as condições para captar financiadores que possam retira-lo do buraco onde se encontra. Poucos clubes irão escapar da queda profunda que se aproxima.

Nada mais parecido com o que acontece no Brasil, país negativado pelas agencias de risco, por falta de credibilidade em suas ações.

Como podemos acreditar numa entidade cujos ex-presidentes foram expulsos do sistema por conta das suspeitas de corrupção? Um está preso nos Estados Unidos.

Como podemos acreditar no setor de arbitragem que a cada rodada, com seus erros grotescos, modificam os resultados dos jogos?

Como podemos acreditar em segmentos das mídias esportivas, que são passivos perante as mazelas que acontecem, sem cobranças, como se tudo estivesse correndo as mil maravilhas? Vivem na Ilha da Fantasia.

Como podemos acreditar em competições que os seus regulamentos são alterados ao bel prazer dos cartolas, ferindo os interesses dos torcedores?

Como podemos acreditar nas entidades esportivas que são dirigidas pelos mesmos cartolas há décadas, como verdadeiros feudos, sem transparência, e com muitas caixas pretas a serem abertas?

Como podemos acreditar em um esporte onde a Confederação é milionária, as Federações ricas, e a maioria dos clubes rotos e esfarrapados?

Como podemos acreditar em um futebol com os seus clubes falidos, devedores de milhões, com salários atrasados, e que vivem no mundo da fantasia como se nada estivesse acontecendo?

Como podemos acreditar em um esporte onde mais de 400 clubes são sazonais, e mais de 12 mil profissionais são desempregados no terceiro mês do ano?

Poderíamos fazer um tratado com fatos que mostram a perda  da credibilidade do esporte da chuteira do Brasil, e gostaríamos de citar mais um: as negociatas que muitas vezes acontecem na venda de jogadores, que representam também o lado maligno desse esporte. 

A falta de credibilidade fez com que o futebol perdesse a vergonha, por tratar o fato como uma banalidade, aliás, procedimentos que acontecem no país que perdeu também esse sentimento, com tantas roubalheiras sendo escancaradas.

Na verdade, no mundo atual, tem-se vergonha de sentir vergonha. 

Escrito por José Joaquim

O que deveria ser o melhor campeonato do Brasil termina no final da semana com um sentimento de melancolia. O título ganho pelo Palmeiras em 48 horas depois já não está sendo discutido, por conta da mediocridade da competição, quando o menos ruim e mais rico levou o troféu, com o retorno do futebol de resultados.

O filósofo alemão Immanuel Kant, em uma de suas obras tem um texto que pode se enquadrar à realidade de nosso futebol: ¨Do pau torto que é a humanidade nunca se fez nada reto¨. Se não mudarmos o sistema desse pau não sairá uma simples bengala.

Uma competição em que o craque deverá ser Dudu, um jogador apenas mediano e voluntarioso, fala por tudo.

Na realidade, o Circo que comanda o famoso esporte da chuteira no país conseguiu o que seria impossível de fazê-lo o de destruir algo bom, quando deixou de agregar bons valores ao seu melhor produto interno que é o Brasileirinho, e isso se fez presente nos gramados quando durante a temporada os times lançaram os seus reservas por conta de outras competições.

A qualidade técnica que já era baixa, afundou. A pobreza tática do futebol brasileiro incomoda e tais arranjos afastam os torcedores.

O oba-oba dos Regulamentos, os protocolos adotados para cada jogo, não agregam nada a um produto que necessita de bons jogos, e para que isso aconteça, existe a necessidade de bons jogadores, titulares de seus times.

O calendário é grotesco e irracional, quando mistura alhos com bugalhos. Brasileiro, Copa do Brasil, Libertadores, Sul-Americana, todos ao mesmo tempo. Na hora da opção os clubes correm para aqueles que distribuem maiores recursos, que deveria ser o inverso.

A atratividade de um jogo é a agregação de valores, que vão além de equipes fortes na sua disputa, com a estruturação da competição e o respeito às suas regras.

O Circo na verdade só acredita na sua seleção, que é a galinha dos ovos de ouro, e permite essa mistura de eventos ao mesmo tempo que vem destruindo o que de bom tinha em nosso futebol.

O maior inimigo desse esporte por incrível que pareça é a entidade que o organiza, destruidora por natureza, conseguiu transformar um produto com um bom valor de mercado, em algo emperrado em uma prateleira.

Por conta disso é que o futebol brasileiro regride ano a ano, e se aproxima do Juízo Final, e parte da imprensa lá de baixo aplaude por conveniência.

O filósofo alemão tinha inteira razão.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- A MELHOR CAMPANHA DO FLAMENGO NA ERA DOS PONTOS CORRIDOS

* A gestão de Eduardo Bandeira de Mello à frente do Flamengo foi exitosa, mas não é reconhecida pelo torcedor rubro-negro por não ter conquistado um título relevante. 

Está terminando o seu mandato sendo criticado e em algumas vezes xingado pelos simpatizantes do clube.

Na verdade torcedor de futebol aceita que o seu time esteja à beira do abismo, mas com um troféu no final do ano tudo é esquecido.

O rubro-negro reduziu as suas dívidas, as receitas cresceram, a formação de jogadores está trazendo recursos para os seus cofres, e o patrimônio teve evolução. Irá inaugurar um Centro de Treinamento de alto nível, que está sendo considerado como um dos melhores do país. Tudo isso com recursos do próprio clube.

No futebol, embora os títulos não tenham chegado à sede da Gávea, a pontuação da temporada de 2018 foi a melhor de sua história, com 72 pontos podendo chegar aos 75. Pela primeira vez nesse período conquistou o vice-campeonato.

O mais próximo que chegou foi em 2016 (3º) com 71 pontos. Em 2009 conquistou o título com apenas 67.

Se o modelo de administração persistir por um longo tempo, além das conquistas que virão, o Flamengo poderá entrar no patamar de alguns clubes europeus.

NOTA 2- O FATOR ALLIANZ PARQUE

* A melhor média de público do Brasileirinho é a do Flamengo com 46.259 pagantes por partida, faltando ainda um jogo. O Palmeiras é o 3º colocado com 31.862, bem menor do que o rubro-negro carioca.

O panorama muda quando se verifica a participação do alviverde no  tocante  as  rendas dos jogos, quando tem uma diferença gigantesca para o time do Rio de Janeiro, que nesse item ocupa a 7ª posição.

O Palmeiras em 18 jogos realizados, teve uma renda líquida de R$ 21.274.913,12 (faltando a 38ª rodada), e uma média por partida de R$ 1.181.939,52.

Para que se tenha uma ideia, um jogo no Allianz Parque tem uma receita liquida maior do os 19 jogos do Santos, que somaram apenas  R$ 1.070.364,67.

Além da equipe santista, o Atlético-PR (R$ 940.496,11), Vasco (R$ 921.456,78) e Vitória (R$ 518.631,24) ficaram também bem abaixo.

Três clubes tiveram  prejuízos em seus jogos como mandantes: América-MG, (- R$1.031.179,68), Botafogo (- R$3.280.251,33) e Fluminense (R$ -3.171,140,34).

O clube alviverde com menos público conseguiu uma receita bem maior daqueles que estão à sua frente na média dos pagantes, por conta dos valores que são cobrados em seus ingressos, que são os mais elevados da competição.

NOTA 3- O FORTALEZA CONQUISTA A MELHOR MÉDIA DOS ÚLTIMOS ANOS

* A Série B do Campeonato Brasileiro, manteve pela sexta vez uma media de pagantes acima dos 5 mil (5.218). O público total nos 380 jogos foi de 1.941.268.

Na temporada anterior essa divisão encerrou com uma média de 5.957 pagantes, a segunda melhor marca do período.

Desde 2013 a Série B supera a casa dos cinco mil, mas não consegue superar os seis mil que aconteceu em 2015 (6.523). A ultima vez que o segundo escalão nacional não atingiu tal marca foi em 2012 (4.688).

Entre os clubes, o destaque foi o campeão Fortaleza. O tricolor do Pici garantiu a melhor média dos últimos anos.

Dono dos sete maiores públicos da Série B, a equipe cearense obteve uma média de 28.702 torcedores por partida, levando em 19 jogos como mandante 545.340, superando a do Vasco na sua primeira participação nessa Série (25.731).

Na temporada passada o Internacional teve uma média de 23.338.

Entre os quatro que tiveram acesso, o único que teve uma média acima de 20 mil pagantes foi o tricolor do Pici. O CSA recebeu por jogo 9.424, Goiás, 8.086 e o pior foi o Avaí com 5.880.

NOTA 4- ENFIM A NOVELA RENATO FOI ENCERRADA

* O técnico Renato Portaluppi segue no comando do time do Grêmio em 2019. O comunicado foi feito na tarde desta quinta-feira pelo presidente Romildo Bolzan em entrevista coletiva no CT.

Finalmente a novela chegou ao seu final com a vitória gremista sobre o Flamengo que fez uma proposta bem alta para o técnico, mas esse optou por sua continuidade.

O contrato será de mais um ano, período em que a diretoria atual termina o seu mandato.

A data não poderia ser mais emblemática, 29 de novembro. Há um ano o tricolor conquistava o seu terceiro título da Libertadores ao derrotar o Lanus na Argentina por 2x1.

Segundo o presidente o processo de negociação foi bem tranquilo, e a proposta feita foi significativa com um pequeno ajuste. Na verdade uma conversa meia furada, desde que segundo informações o time gaúcho chegou perto da proposta do rubro-negro da Gávea. 

O Flamengo terá que correr para a sua segunda opção, Abel Braga, que está sendo pretendido pelo Santos, cujo presidente está no Rio de Janeiro tentando a sua contratação. Entre os mortos e feridos, todos escaparam ilesos dessa novela global.

Portaluppi ao fazer o seu pronunciamento oficial deu um brado: ¨Se for para a felicidade dos torcedores gremistas, digam que eu fico¨.

NOTA 5- O BLOCO DOS NAPOLEÕES RETINTOS ACABOU DE SAIR DO SANATÓRIO GERAL

* O futebol brasileiro tem uma dependência no Sanatório Geral. O que acontece no seu entorno é surreal, e sobretudo insano.

Na véspera do início da última rodada do Brasileirinho mais um técnico dançou, e com a gravidade de que o seu clube está ameaçado da degola. O 28º, um recorde mundial.

Marcelo Oliveira não é mais o treinador do Fluminense, e caiu na dança das cadeiras por não resistir à pressão dos últimos resultados.

O tricolor completou oito jogos sem fazer gols e sem vitória, e viu a situação do time se complicar na reta final do campeonato. A derrota para o Atlético-PR foi  gota d'água causadora dessa demissão.

Obvio que tal fato demonstra a falta de gestão no clube tricolor das Laranjeiras. Uma medida como essa deveria ter sido feita quando a debacle começou. Esperaram por sete rodadas e um jogo da Sul-Americana para demitir o treinador, que é o menos culpado, desde que dirigir um elenco que não recebe salários por quatro meses, certamente é algo muito difícil na obtenção de sucesso.

Na realidade o rebaixamento seria um castigo para uma diretoria que levou um clube da tradição como o tricolor carioca para o fundo do poço.

O bloco dos Napoleões Retintos está saindo hoje do Sanatório Geral, com o presidente do Fluminense, Pedro Abade, como porta-bandeira.

Só mesmo no futebol brasileiro.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O CAMPEONATO DO SUDESTE

*  Com a conquista pelo Palmeiras do título do Brasileirinho de 2018, essa completou nas 16 edições dez troféus para o futebol paulista.

Nas outras seis competições, Minas Gerais ficou com três, todas do Cruzeiro, e o estado do Rio de Janeiro com outras três, sendo duas do Fluminense e uma do Flamengo.

Numa comparação com o Campeonato Brasileiro a partir de 1971, nas suas primeiras 16 edições foram dez campeões diferentes, agora são sete.

O que mais impressiona é a perda do espaço do futebol da Região Sul. Essa conquistou cinco Campeonatos Nacionais entre 1971 e 1985, com os três campeonatos do Internacional (1975, 1976 e 1979) e os títulos de Grêmio (1981) e Coritiba (1985).

Em 2001 o Atlético-PR foi o campeão.

A era dos pontos corridos transformou o antigo Brasileirão em um Brasileirinho do Sudeste, com 4 títulos do Corinthians, 3 do Cruzeiro, 3 do São Paulo, 2 do Fluminense, 2 Palmeiras,  1 do Santos e 1 do Flamengo.

Com o andar atual da carruagem teremos um longo tempo sendo comandado por essa Região, em especial pelos paulistas.

* Os dados foram obtidos na matéria do jornalista Alexandre Simões, do jornal Hoje em Dia, de Belo Horizonte.

NOTA 2- HERANÇA MALDITA

* A negociação de Neymar entre o Santos e Barcelona, sete anos após ainda traz dores de cabeça para o clube peixeiro.

Muita coisa errada aconteceu com essa movimentação, com ações que correm na Justiça do Brasil e da Espanha.

Na última terça-feira na reunião do Conselho Deliberativo do clube, o presidente José Carlos Peres, apresentou a notificação da Fazenda da Espanha com uma cobrança de R$ 3,5 milhões de euros (cerca de R$ 15 milhões), por conta dessa transferência.

O Fisco cobrou uma taxa de 21% sobre os 17 milhões de euros (R$ 74 milhões) que coube ao time peixeiro. Por conta disso o Santos não poderá sair do país para qualquer jogo.

Trata-se de um fato que estamos sempre debatendo com os nossos visitantes, que é o da falta de transparência nas movimentações dos clubes, e sem uma punição para péssimos gestores.

Deixam o rombo nas mãos dos sucessores e nada acontece.

Enquanto a legislação  do futebol brasileiro não for alterada,  com a inclusão da obrigatoriedade de que as suas entidades se organizem como Sociedades Anônimas Desportivas (SADs), fatos como esse continuarão acontecendo no dia a dia.

A situação financeira do Santos é trágica. A atual diretoria pagou R$ 70 milhões de dividas, consumindo uma boa parte que foi paga pela transação de Rodrygo para o Real Madrid, e no último trimestre apresentou um déficit em seu balanço de R$ 63 milhões.

Esse é o futebol brasileiro que vive na Ilha da Fantasia.

NOTA 3- OS BONS NÚMEROS DO GRÊMIO 

* Na noite da mesma terça-feira em que o Conselho Deliberativo do Santos tomava conhecimento da notificação da Justiça Espanhola, o do Grêmio recebia o balancete trimestral com boas notícias.

O superávit de R$ 69,8 milhões foi o maior da história do clube. Um resultado R$ 53,3 milhões acima do mesmo período de 2017.

A Receita Bruta somou R$ 326,3 milhões, sendo 30,4% maior em relação ao ano anterior. Na realidade o que mais pesou no superávit foi a venda de atletas, no total de R$ 120 milhões.

Um fato muito importante para o futuro do clube foi o da redução do passivo total de R$ 95,8 milhões, e a do endividamento bancário em 49,3% na relação com o exercício anterior.

Um outro destaque foi o valor arrecadado de R$ 54,8 milhões, com 86.600 sócios ativos.

Os números mostraram que o Grêmio está com uma boa gestão, que é uma raridade em nosso futebol. 

NOTA 4- O RIO SÓ CORRE PARA O MAR

* O Flamengo tem uma marca poderosa, e por conta disso os mais diversos patrocínios fluem para a Gávea.

Nessa semana a diretoria encaminhou para o Conselho Deliberativo, a renovação do contrato de patrocínio da MRV. Se aprovada a marca da Construtora continuará a estampar a parte superior das costas da camisa do time profissional rubro-negro por mais dois anos. O novo contrato tem valor de quase R$ 20 milhões no período.  

O clube renovou também a sua parceria com a Kodilar. Além do fornecimento de produtos alimentícios ao rubro-negro, a marca estará estampada nas camisas de treinos dos jogadores e próximo aos microfones que são utilizados nas entrevistas coletivas.

Na verdade o rio sempre corre para o mar.

NOTA 5- AS ELEIÇÕES NO VELHO LEÃO

* Três chapas foram inscritas para a disputa no processo eleitoral do Sport Recife. Aliás isso já era esperado, desde que achavam que a situação iria correr do páreo, mas resolveu fazer parte da prova com Augusto Carrera na cabeça da chapa.

A oposição apresentou-se com dois candidatos, uma que representa o novo Sport, capitaneada pelo advogado Eduardo Carvalho, e a outra representando o antigo que tem como cabeça Milton Bivar que estava afastado do clube há dez anos.

Não conhecemos os projetos dos candidatos, e não iremos fazer juízo de valor, mas como conhecemos de perto a vida do Leão, com 52 anos de sócio, com mais seis de atleta, e por muitos anos como dirigente, o candidato da atual diretoria mesmo com os problemas existentes, inclusive com o rebaixamento, entra muito forte desde que o sistema sempre funcionou favorável aos que estão no poder.

Vamos aguardar as plataformas de cada um pretendente para que possamos analisa-las, mas com uma certeza de que o Sport necessita de um projeto de refundação para que possa ingressar na era moderna, e para que isso possa acontecer torna-se necessário muita competência.

Na verdade não nos entusiasmamos com as candidaturas. 

NOTA 6- O ESPORTE NO MINISTÉRIO DA CIDADANIA

* Enfim arrumaram uma brecha para alocar o Ministério do Esporte.

Sempre achamos que esse deveria fazer parte da Educação, mas o governo eleito o levou para compor o novo Ministério da Cidadania, junto com a Cultura.

Aliás o Ministério do Esporte sempre foi uma bonita sinecura para acolher os apadrinhados políticos, e aprovar projetos que muitas vezes os valores liberados tomaram outros destinos.

Uma Secretaria ágil, com pessoas competentes poderá fazer em um ano o que essa pasta não fez em toda a sua vida.

NOTA 7- O FURACÃO PASSOU PELO MARACANÃ

* O Maracanã não estava lotado mas recebeu um número razoável de torcedores do Fluminense, para o jogo da Sul-Americana contra o time do Atlético-PR.

Começaram animados, e levaram um choque com um gol do Furacão aos 4 minutos do primeiro tempo, amentando para 3x0 o placar agregado.

Ainda insistiram no apoio, mas o time não respondia, e no inicio do segundo tempo em uma jogada trabalhada o placar foi ampliado para 2x0.

Depois do segundo gol a revolta tomou conta das arquibancadas com uma série de protestos contra a diretoria, Marcelo Oliveira e o elenco, e com cenas de agressões entre os tricolores.

O Fluminense completou 767 minutos sem fazer um gol, e terá pela frente um jogo decisivo para a sua vida na Série A de 2019 contra o América-MG.

O rubro-negro paranaense passou para a fase final da Copa Sul-Americana, mostrando que foi sem duvida o melhor acontecimento da temporada ao apresentar um futebol simples e de boa qualidade.

O Palmeiras foi campeão, mas o time do ano foi o Furacão.