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Escrito por José Joaquim

POR: PAULO CEZAR CAJU- O GLOBO 

Por muito pouco o Rio de Janeiro não fecha o ano com dois times na Segunda Divisão. Na verdade, três, porque o Botafogo também escapou por pouco e apresentou um futebol de quinta categoria. E ainda sou obrigado a ouvir o Zé-Ricardo agradecendo aos clubes por darem chance a novos treinadores. Pode ficar tranquilo, chances não faltarão porque os clubes estão em busca de tapa-buracos e os técnicos se submetem a qualquer coisa.

Façam as contas e vejam quantos clubes passou por exemplo, Claudinei de Oliveira até chegar a Chapecoense e livra-lo do rebaixamento com um gol de impedimento. Lembro do Avaí, Paraná, Sport... Será que todos os clubes acertaram suas dívidas com ele? O que acontece é que os ¨professores¨ vão acumulando dívidas e, tempos depois são contratados para receberem os atrasados.

Essa tal de multa rescisória, essa forma de negociação, é um câncer no mercado porque elimina o comprometimento do profissional com o clube. O meu amigo Jair Ventura saiu do Botafogo, teve uma passagem ruim pelo Santos, deu uma coletiva constrangedora. Estava feliz da vida mesmo sabendo que já estava demitido do Corinthians. A multa rescisória é alta, chorar para que? Dorival que havia sido contratado pelo Bandeira de Melo, retornou, cumpriu seu contrato e tchau. ¨ Saio sem mágoas¨, disse. E alguém fica magoado hoje em dia.

Outra coletiva constrangedora foi a de Pedro Abad, presidente do Fluminense, dizendo que o herói da noite havia sido Fábio Moreno, técnico interino, Kkkkk!!! Vem cá, o cara fez um jogo contra o América Mineiro, um dos últimos colocados do Brasileiro, em um Maracanã cheio, com o adversário perdendo um pênalti, Gum evitando gol em cima da linha e o técnico é o herói???? E o goleiro??

Além do mais, o Fábio Moreno jogou onde? Chupou laranja com quem? Assinou a súmula quantas vezes? Vestiu a amarelinha quando? Não preciso nem ver para garantir que é mais uma invenção, mais um preparador físico para infestar o futebol! Ô, Zé Ricardo, me perdoe, mas essa nova geração ainda não disse para a que veio.

O Thiago Nunes do Atlético Paranaense, ainda é tratado como interino pela diretoria e se submete a isso. Deve haver alguma lei que não permita esse absurdo. Ele é o melhor dos novos, mas pegou meio caminho andado do trabalho deixado por Fernando Diniz. Treinador novo sem novidades é chover no molhado. Não falo de idade, mas de filosofia, de um olhar diferente sobre o futebol.

Não defendo apenas os ex-jogadores. Marcelo Oliveira jogou muita bola, mas não passa nenhuma emoção aos jogadores, e isso também conta pontos. Bom, vocês que são treinadores que se entendam. Só sei que o Flamengo ofereceu 1 milhão ao seu novo ¨professor¨ e ele negou. Kkkk! Não estou rindo por ele ter negado, mas do valor oferecido.

O futebol carioca me faz lembrar de dois personagens maravilhosos, Paulo Gracindo e Brandão Filho, o primo rico e o primo pobre. A divisão está desigual e, desse jeito, o primo rico vai morrer deprimido e sozinho.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O BRASILEIRINHO NA VISÃO DO CIRCO

* Manoel Flores, diretor do setor de competições do Circo Brasileiro de Futebol, que entende tanto desse esporte como nós de física quântica, em uma entrevista achou que as duas maiores divisões do Brasileirinho foram excelentes, em especial a Série A por conta do aumento de público.

Sabíamos que no picadeiro a saída para uma competição grotesca seria o tema público nos estádios.

Na realidade essa foi uma das piores da história, onde teve de tudo menos o que se chama de futebol.

Um campeonato muito desorganizado, com jogo adiados, arbitragens trágicas, times mistos proliferando nos gramados, e o mais grave a pior média de gols desde a temporada de 1990, com apenas 827 redes furadas em 380 partidas, e uma média ridícula de 1,87 por jogo.

Jamais uma competição poderia ser excelente quando a essência do futebol foi relegada, os gols desapareceram e o 0x0 foi o dono do pedaço.

O campeão Palmeiras teve o melhor ataque com 64 gols. Apenas 1,68 por jogo, o que coloca o time alviverde com a quarta pior artilharia de um primeiro colocado na era dos pontos corridos.

Uma analise como essa mostra o quanto estamos no item gestão, quando o Circo que destruiu o futebol salta foguetes para comemorar algo que poderia ser tratado numa estação de esgotos.

Nós bem que merecemos.

NOTA 2- A GESTÃO TEMERÁRIA NA ENTIDADES 

* A lei 13.156 de 04 de agosto de 2015, em seu artigo 24, considera que os dirigentes das entidades desportivas profissionais de futebol, independente da forma jurídica adotada tem seus bens particulares sujeitos ao disposto no art. 50 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2001- Código Civil.

O artigo 25 dessa Lei, considera como atos de gestão irregular ou temerária pelo dirigente, aqueles que revelem desvio de finalidade na direção da entidade, ou que gerem risco excessivo e irresponsável para o seu patrimônio.

Entre esses, temos a antecipação ou comprometimento de receitas, referentes a períodos posteriores ao término da gestão ou do mandato, salvo: percentual de até 30% (trinta por cento) das receitas referentes ao primeiro ano do mandato subsequente, ou em substituições a passivos onerosos, desde que implique redução do nível de endividamento.

Um item bem importante da Lei é o da punição para o gestor que formar déficit ou prejuízo anual acima de 20% (vinte por cento) da receita bruta apurada no ano anterior.

Obvio que existem atenuantes e entre esses o da comprovação que não houve má fé nos erros cometidos.

Existe uma controvérsia para a aplicação dessa Lei, ou seja só poderão ser punidos os dirigentes dos clubes que estão no Profut, mas existe uma linha jurídica que garante que após a denuncia aprovada pela Assembleia Geral do Clube, independente do Profut os cartolas poderão ser punidos de acordo com o Código Civil.

Os clubes brasileiros deveriam colocar em seus estatutos um artigo sobre as gestões temerárias, como o está fazendo o Internacional.

NOTA 3- A CABRA ESTÁ SOLTA NA ESPN

* O jornalismo brasileiro tem sofrido com relação a insegurança nos empregos, cuja oferta hoje é maior do que a demanda.

Vários profissionais foram afetados com o fechamento do Esporte Interativo, e sentem dificuldades para serem captados pelo mercado.

Na Espn a saída de profissionais tem sido constante. A cabra está solta nos estúdios dessa empresa.

A última vitima foi Eduardo Monsanto, bom narrador e apresentador, que depois de 14 anos de casa foi demitido por um comunicado.

Quem escapou foi Juliana Veiga excelente apresentadora, que estava na relação para ser comida pela cabra.

Por outro lado, tomamos conhecimento de que os profissionais que estão renovando os contratos, estão fazendo mediante a redução dos salários, pelo menos com 20% a menos.

Com um mercado contrário é bem obvio que todos irão concordar por conta da manutenção dos seus empregos.

São coisas do jornalismo brasileiro, que fica preso aos diretores das empresas.

Lamentável.

NOTA 4- TORCIDA ORGANIZADA DO FLAMENGO ESTÁ PROIBIDA DE FREQUENTAR ESTÁDIOS 

* A torcida organizada do Flamengo ¨Raça Rubro-Negra¨ e três dos seus dirigentes estão proibidos de frequentar quaisquer eventos esportivos no Brasil após uma liminar concedida pela Justiça do Rio de Janeiro.

Uma noticia que já vimos muitas vezes, e que em pouco tempo essa estará infernizando os torcedores nos dias de jogos. Falta coragem aos nossos governantes para uma medida extinguindo esses tipos de torcedores.

O pedido dessa liminar foi feito pelo Ministério Público do Rio de Janeiro após a torcida descumprir um Termo de Ajustamento de Conduta que havia sido firmado pelo próprio MP, com o Ministério do Esporte e com a Policia Militar.

Integrantes da Torcida se envolveram em dois episódios de brigas nesse final de ano: um no Maracanã, Rio de Janeiro, e outro no Morumbi, São Paulo.

O MP também pede que a torcida pague uma multa de R$ 100 mil por danos coletivos, e seus integrantes sejam proibidos de frequentarem o entorno dos estádios em um raio de 5 mil metros. A decisão será tomada ao longo do processo.

O Flamengo foi notificado da decisão para que se abstenha de fornecer ingressos aos membros da Raça Rubro-Negra.

O problema será o da logística para o cumprimento da liminar, desde que esses torcedores podem mudar as suas vestes e com isso burlar a fiscalização. 

NOTA 5- SEM FUTEBOL A ATRAÇÃO ESTÁ NA ELEIÇÃO NA GÁVEA

* O Flamengo elege neste sábado o seu novo presidente, e se nada acontecer por conta de algum fato novo nos bastidores do clube, o candidato da oposição, Rodolfo Landim irá se eleger, derrotando a situação representada por Ricardo Lomba, com o apoio do atual mandatário, Eduardo Bandeira de Mello.

Embora a gestão de Bandeira de Mello tenha sido uma das melhores da história do clube, quando o tirou do atoleiro das dividas que estavam acima de R$ 700 milhões, reduzindo-as para um pouco mais de R$ 200 milhões, e totalmente programadas, além do crescimento do seu patrimônio, e com a maior receita entre os rivais do país, essa será julgada pela falta de títulos e não pela consolidação do rubro-negro carioca.

Infelizmente tal fato é uma realidade no futebol brasileiro quando o associado não quer saber de uma boa administração se essa não trouxer troféus para a sua sede. Um campeonato representa tudo, mesmo se esse deixar rombo nos cofres das entidades. 

Na verdade o eleitor de hoje na Gávea poderá tolher um trabalho bem elaborado por seis anos e que certamente iria colher frutos no futuro próximo, para atender o canto da sereia.

Eduardo Bandeira de Mello será mais um a deixar um clube de futebol com o sentimento de um bom trabalho que o tornou um gestor de referência, mas não aprovado por aqueles adoradores de títulos mesmo às custas de um debacle financeiro.

São coisas do futebol brasileiro.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- DEFENDENDO O INDEFENSÁVEL 

* O ex-presidente do Sport, João Humberto Martorelli, em um artigo publicado no Jornal do Comércio de ontem fez uma veemente defesa de Arnaldo Barros, atual presidente do clube. 

Entendemos essa atitude como um gesto amigo como maneira de conforta-lo, e que deve ser louvado. Amigo de verdade é para isso.

Por outro lado discordamos do seu texto quando afirma que Barros foi vítima da politica do clube, o que não é verdade. Ele foi vítima de si próprio ao assumir o comando de um clube do nível do Sport sem ter a devida experiência.

Não fazemos parte de nenhum grupo politico do clube, e portanto temos condições de uma análise desapaixonada.

Na realidade o presidente não soube fazer as escolhas devidas para a sua diretoria, e jamais procurou pessoas com mais experiência sobre a vida do Sport. Fechou-se à sete chaves e deu no que deu.

Arnaldo Barros foi um péssimo gestor, e o final do seu comando retrata essa realidade, com o Sport beirando  falência, e com a gravidade do abandono do patrimônio.

Martorelli equivocou-se quando jogou a culpa na politica, como forma de uma desculpa pela tragédia que consumiu Velho Leão, e como forma de encobrir a sua responsabilidade pelo que aconteceu, desde que o atual presidente foi uma jabuticaba colocada por ele no velho sapotizeiro. 

NOTA 2- FLAMENGO NÃO SOSSEGA ENQUANTO NÃO FOR O CAMPEÃO DE 1987

* Os advogados do Flamengo devem ser os mesmos do ex-presidente Luiz Inácio, quando todos os dias entram com ações nas mais diversas instâncias da Justiça e são derrotados.

Estão passando mico.

O rubro-negro da Gávea não desiste, depois de perder em todas ações na busca do título de 1987. esperou o acordão final do STF, para entrar em campo mais uma vez, impetrando dois recursos.

Na última quarta-feira os seus advogados entraram com uma ação no TJ do Rio de Janeiro contra o Circo do Futebol. O Flamengo vem com um novo argumento, de que em 1987 foram realizados dois torneios, e o clube foi campeão de um deles.

O segundo foi entregue no dia de ontem no STJ, para anular as decisões favoráveis ao Sport.

Na verdade estão solicitando que o título seja dividido, sendo que o time da Gávea seria o vencedor do Modulo maior e o rubro-negro de Pernambuco, no menor.

Trata-se de algo para driblar a Justiça, inclusive confundindo-a com uma nova tese.

Na verdade querem dar ao Sport o titulo da Segunda Divisão.

Vão levar uma nova goleada.

NOTA 3- UM HUMORISMO QUE FAZ CHORAR

* Há algum tempo que criticamos o modelo de alguns programas de esportes nos canais da TV fechada, que tratam o segmento como um humorismo barato.

Tempos atrás quando estávamos mudando de canal, apareceu no Sport TV um programa sobre esportes comandado pelo ¨jornalista¨ Lucas Strabco, tão grotesco que nos assustamos com aquilo que estávamos presenciando, de um humorismo banal, sem graça, e fazendo do torcedor um imbecil de carteirinha.

Como gostamos de investigar, descobrimos que esse quadro levava uma goleada dos demais canais. A Globo tem um bom nível de qualidade, mas trata os esportes de maneira jocosa e um programa como esse retrata essa realidade.

Na ocasião perguntávamos de onde tinham tirado esse Strabko.

Ao lermos os jornais de Fortaleza, encontramos uma nota da diretoria do tricolor do Picí, contra a atitude desse ¨jornalista¨ em um vídeo gravado durante a festa de torcedores do Ceará, quando esse diz: ¨O Ceará tem dono, filho. Fortaleza é pequenininho¨ O fato ocorreu após a partida do Ceará 0x0 Vasco, na última rodada do Brasileirinho.

O presidente do Fortaleza, Marcelo Paz, entregou o caso ao jurídico do clube para as medidas legais e oficiou a Globo sobre o problema.

No final uma suspensão mequetrefe de apenas três dias, quando deveria ser a demissão pelo que aconteceu.

O monopólio da Platinada se sustenta imbecilizando os torcedores com programas como esse. É o mesmo modelo da politica com a educação, para que o aluno não entenda a realidade, e assim o status-quo permanece. 

A escola de jornalismo não ensinou bem ao Strabko.

NOTA 4- AS FEDERAÇÕES COM SUAS BURRAS CHEIAS

* Alguns clubes que disputaram o Brasileirinho tiveram prejuízos nos seus movimentos financeiros.

Enquanto isso as Federações encheram as suas burras com os 5% que são retirados das Receitas Brutas dos jogos. Algo muito estranho desde que a competição é comandada pelo Circo.

No final dos 380 jogos as entidades estaduais embolsaram um total R$ 10.863.287,00, que poderia ser aplicado na Série C para torna-la equivalente as duas maiores divisões.

RANKING

FPF-SP- R$ 4.555.485,64,

FERJ-RJ- R$ 2.292.890,82,

FGF-RS- R$ 1.530.135,52,

FMF-MG- R$ 842.784,70,

FPF-PR- R$ 488.535,75,

FCF-CE- R$ 484.931,65,

FBF-BA- R$ 454.187,22, 

FCF- SC- R$ 243.340,75 e,

FPF-PE- R$ 194.061,25

Os cartolas vivem na Dolce Vita.

NOTA 5- AS FESTAS DA ESPN E DO SPORT TV TEM NÍVEL MAIS BAIXO DO QUE O FUTEBOL BRASILEIRO 

* Segundo o jornalista Flávio Ricco, do Portal UOL e do jornal O DIA, em todo final do ano, a ESPN faz a festa dela e o Sport TV a mesma coisa, premiando os melhores do campeonato brasileiro.

As duas sem entusiasmo nenhum, pessoal mal vestido, público frio e enfastiado.

Na ESPN quebrando um pouco o ritual de outros anos, teve a exibição de um monte de jogadas de Pelé e a reação foi ridícula. A impressão é que vários de lá nem sabiam que era esse tal de Pelé. E isso com um fundo musical dos mais pitorescos.

A festa do Sport TV teve a proeza de ser ainda pior, mais para baixo do que a da ESPN. Gelada, sem roteiro e pobre, usando de recursos antigos, com o Felipe Andreoli, apresentador ao lado de Bárbara Coelho, se metendo a fazer graça a qualquer custo.

Resumo da ópera juntando as duas, somando a festa da ESPN com a do Sport TV não deu uma. Foram bem lamentáveis. Para se ter uma ideia, estiveram bem abaixo até mesmo do nível do futebol jogado em campo. 

Escrito por José Joaquim

Os clubes nordestinos mais uma vez não fizeram uma boa campanha no Brasileirinho. Dos quatro participantes dois dançaram, Sport e Vitória, o Ceará escapou da Caetana na bacia das almas, e o Bahia com uma campanha de mediana para baixo.

Somos meros figurantes, sem direito à fala durante o filme. Os times jogam para a manutenção, sem nenhuma perspectiva de algo mais, e isso influência na captação de investimentos, que os deixam na linha da pobreza.

O prazer que o torcedor sente numa competição é de masoquismo, desde que vão aos jogos para torcerem contra uma queda, nunca pela conquista de um resultado maior. Além das diferenças de receitas, sofremos com péssimas gestões que ensejaram uma queda na qualidade do futebol regional.

Na verdade fingimos que temos futebol, quando somos apenas figurantes que trabalham de graça em busca de uma pontinha, para serem descobertos pelos agentes.

Quando olhamos para a parte mais alta do mapa do país, a região Norte, no período dos pontos corridos só teve três participações na maior divisão, nos anos de 2003, 2004 e 2005, que foi o último ano. São 14 temporadas sem uma única presença de um clube do Pará, que é um estado com uma boa demanda.

No Nordeste, nenhum clube da Paraíba, Alagoas, Sergipe, Piauí e Maranhão. Do Rio Grande do Norte apenas em 2007 com o América-RN, rebaixado no mesmo ano. Dai em diante o estado foi riscado do mapa maior do futebol nacional. Na Bahia, Vitória e Bahia se reversam, algumas vezes participando juntos. Nos anos de 2005, 2006 e 2007, o estado não teve representantes.

A situação pernambucana se agravou no século XXI. Nos anos de 2003, 2004, 2005, 2010, 2011 e na próxima temporada mais uma vez não terá nenhum representante.

O Santa Cruz no período dos pontos corridos jogou apenas por duas vezes na Série A (2006 e 2013), sendo rebaixado nos mesmos anos. O Náutico tem apenas 5 presenças.

O Sport teve o seu melhor momento entre 2014 e 2018 quando participou na maior divisão. Em 17 temporadas (incluindo 2019) tem 9 participações nessa.

O mais preocupante com relação a essa tema, é que os dirigentes dessas regiões não acordaram, e continuam sendo submissos ao atual sistema medieval implantado pelo Circo do Futebol, que não vislumbrou a demanda dessas regiões, e continua trabalhando para o Sudeste.

Norte e Nordeste não existem, e quando participam de uma festa maior é para divertimento sem maiores pretensões, resultante de uma péssima distribuição de renda e de uma cartolagem sem a menor noção do que seja uma gestão esportiva.

Quando assistimos no último domingo o sofrimento do torcedor do Sport que acreditava no impossível de que o clube iria fugir da Caetana, ficamos na certeza de que chegamos ao fundo do poço.

Escrito por José Joaquim

TARCISO, que foi um dos maiores pontas da história do futebol brasileiro, era chamado de ¨Flecha Negra¨ por conta da velocidade e sobretudo pela habilidade. Além disso era artilheiro, com 226 gols jogando pelo Grêmio, faleceu na noite de ontem vítima de um tumor ósseo.

Foi o jogador que vestiu mais vezes a camisa gremista, no total de 721 jogos. Campeão da Libertadores e Mundial em 1983.

Assistimos alguns dos jogos desse ponta fenomenal, cuja posição infelizmente desapareceu do nosso futebol. Dudu poderia ser o jogador dessa setor, mas tornou-se um meia atacante.

No final da semana vimos um gol de Arjer Robben, do Bayern de Munique numa jogada de um verdadeiro ponta direita, saindo na velocidade, driblando a defesa adversária e finalizando com um chute que deve ter furado a rede. Um fato como esse nos fez lembrar da suma importância desses especialistas que fazem o futebol mais bonito.

Há algum tempo lemos um livro do falecido jornalista Sergio (Arapuã) de Andrade, que foi colunista de diversos jornais, e que retrata a extinção dos pontas no Brasil. O título já desperta a atenção: ¨O futebol dos imbecis, e os imbecis do futebol¨, e em um capítulo com o nome de ¨A risada de um futebol sem graça¨ trata desse tema.

Nesse texto Arapuã critica a nova forma de se jogar no Brasil com a morte dos pontas. Citou pontas que eram pontas e sabiam jogar na posição, e fez uma pergunta pertinente: Em que lugar do gramado estariam jogando hoje Garrincha, Julinho, Tesourinha, Friaça, Telê, Claudio, Luizinho, Chico, Petesko, Canhoteiro, Pepe e tantos outros?

A resposta foi igual ao que sempre estamos discutindo em nossos artigos: ¨estariam fora do time pelo critério do ecletismo, isto é, se joga na ponta e também atrás do zagueiro lateral¨.

Observamos na crítica feita pelo jornalista, algo que se tornou imutável no futebol tupiniquim, ou seja, como ele bem retratou, só temos dois ponteiros em campo, quando o árbitro entra com dois cronômetros.

O livro foi publicado em 2002, com 16 anos de existência, e a ignorância de tais procedimentos continua, e com uma gravidade de que os comentaristas já se amoldaram ao sistema e não verificam que temos um futebol preso nas laterais do campo, com uma mesmice patológica. Até nas divisões de base, a fórmula é repetida.

Os ponteiros foram substituídos pelos alas laterais, cujo resultado final foi a perda de função ofensiva e de não ganhar uma barreira defensiva.

O resultado final é que em um contra-ataque rápido, as defesas viram numa cozinha, com todo mundo jogando panelas para o alto, cruzando garfos, voando pelas janelas, se chocando, esborrachando-se na rocha em desespero total e inútil, com a bola acabando por se aninhar nas redes.

Tarciso está sendo transportado para outro universo, com a certeza de que fez a alegria dos torcedores do seu time e dos brasileiros que gostam de um bom futebol.