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Escrito por José Joaquim

A 23ª rodada do Brasileirão teve de ¨Tudo um Pouco¨. Oito clubes mandantes venceram seus jogos, um empatou, no caso do Santa Cruz e uma única vitória dos visitantes, que na verdade não pode ser contabilizada de forma real, desde que o Cruzeiro derrotou o América-MG no Independência, em Belo Horizonte, que muitas vezes já foi a casa do time Celeste.
Os componentes do G4 sairam vitoriosos dos seus encontros, a distância do 4º colocado, o Corinthians, para o 5º, Santos, aumentou para 4 pontos, e independente dos resultados da rodada que começa hoje, esse grupo não sofrerá alterações, a não ser nas colocações entre os disputantes.
Figueirense e Internacional estavam na zona do rebaixamento, e sairam vitoriosos em seus jogos, escapando do carrasco da degola de forma provisória.
O Palmeiras salvou o público, com os seus 39.944 pagantes, seguido do Internacional com 29.986, que resultou numa média de 16.154 torcedores por jogo. O número de gols foi razoável, com 27 marcados, 2,7 por partida.
Um fato estranho aconteceu no jogo entre Internacional vs Santos, com a expulsão aos 45 minutos do primeiro tempo de Lucas Lima quando o jogo estava empatado. Era o jogador mais importante da equipe peixeira, que não suportou a pressão dos colorados na segunda fase e saiu derrotado pelo placar de 2x1. Rodrigo Raposo, o árbitro tem que dar explicações por sua atitude, que maculou a partida deixando dúvidas a quem o estava assistindo, inclusive nós.
Aliás sobre o tema, a contratação de Marcos Aurélio Cunha tão festejada como fosse um astro da bola pelo São Paulo, tem que ser olhada de viés pelos outros clubes disputantes, desde que o cartola era diretor do Circo e ligado a Marco Polo Del Nero, que tem o nome de viajante mas não viaja por conta do FBI. No desespero, e pelo que conhecemos do nosso futebol o vale tudo poderá imperar.
A rodada foi péssima para os clubes que estavam colocados entre a 5ª  e 8ª colocações, Grêmio, Ponte Preta, Atlético-PR e Fluminense, que foram derrotados e tiveram um afastamento maior do G4.
Os clubes de Pernambuco tropeçaram. O Santa Cruz dando continuidade a sua tragédia empatou em casa com a Chapecoense, em um jogo que teve de tudo um pouco, enquanto o Sport foi goleado pelo Corinthians por 3x0, aproximando-se da zona de degola de forma assustadora, e hoje contando com 30% de chances para ser rebaixado.
Para que se tenha uma ideia da campanha dos representantes do nosso estado, nos últimos 18 pontos disputados, o rubro-negro conquistou 6 e o tricolor 3. Nas três últimas rodadas, com 9 pontos em disputa, ambos ganharam apenas 1 ponto. São números de times que querem ser rebaixados.
O futebol do ¨Tudo um Pouco¨ deixou um legado bem interessante. O G4 aumentando a distância para os demais competidores, a permanência do Palmeiras na liderança, mostrando a sua solidez, o crescimento do Flamengo, que nos últimos 18 pontos disputados conquistou 13, um a menos do que o Palmeiras, e tornou-se um sério candidato ao título, e o equilíbrio na luta contra o rebaixamento, quando a diferença do 11º (Chapecoense), para o 17º (Figueirense), é de apenas 4 pontos. Essa batalha contra o carrasco da degola será o grande mote do final do Brasileirão, já que o título só tem dois pretendentes, e no rebaixamento são oito clubes disputando as duas vagas disponíveis, já que Santa Cruz e América-MG estão praticamente esperando a última pá de terra em seus caixões.
Hoje começa tudo de novo, com mais sofrimento para os torcedores do Sport e Santa Cruz, que poderão se juntar em um abraço de afogados.

 

Escrito por José Joaquim

O Santa Cruz já foi marcado pelos Deuses do Futebol que não aceitaram os erros cometidos na falta de planejamento, e estão fazendo de tudo para leva-lo de volta à Série B de 2017.
Botafogo, Coritiba e Figueirense são clubes que lutam contra o rebaixamento, e estão recebendo o apoio dos Deuses. O clube carioca vem de uma série de bons resultados e fugiu da degola com uma diferença de seis pontos para o 17ª colocado. O time paranaense e catarinense respiraram um pouco, mas as suas lutas continuam, desde que duas vagas estão abertas para recebê-los. Cruzeiro e Internacional também foram bem sucedidos em seus jogos pela 23ª rodada. 
O tricolor pernambucano e o América de MG não conseguem resultados positivos há muitas rodadas, sendo que o primeiro completou 8 jogos sem vitórias, e hoje conta com um percentual de 91% para ser degolado pelo carrasco da foice, enquanto o mineiro as chances são de 99,9%.
Quem assistiu o jogo do Santa Cruz vs Chapecoense observou de forma clara que os chamados Deuses estão revoltados no Olimpo do Futebol. O primeiro tempo foi fraco, saindo de campo derrotado. Na segunda fase uma melhora, com o gol de empate e o da virada. Tudo parecia que depois de sete partidas surgiria uma vitória, mas as coincidências aconteceram. Uma expulsão após o empate, uma reação com o segundo gol, mas o seu destino já estava traçado, quando no final do jogo um pênalti favorável ao adversário definiu o marcador. As mãos dos Deuses impediram o seu gol da vitória nos últimos segundos. 
Uma gestão falha, sem projeto, contratando jogadores na reta final da competição, foi reprovada pelos que dirigem o esporte da chuteira de suas alturas, que resolveram impedir qualquer reação, pelo contrário extrapolaram ajudando os concorrentes que lutam contra os mesmos problemas. O Santa Cruz não pode enfrentar os desígnios dos Deuses que já o marcaram para o rebaixamento.
Quando esses querem premiar o bom trabalho o fazem. Temos dois bons exemplos nessa última rodada, com o Atlético-MG e Flamengo. Embora os seus adversários Vitória e Ponte Preta respectivamente tenham realizado um bom jogo, nos minutos finais as suas vitórias foram decretadas, quando as suas torcidas já estavam certas dos empates. 
Contra a força maior não existe escapatória, e pelo que estamos sentindo mesmo com a vontade de fugir do carrasco, o Santa Cruz não irá escapar da ira emanada pelos Deuses, desde que luta contra o impossível, quando em 15 jogos, necessita de 8 vitória e 2 empates. Algo que será bem difícil de acontecer.
Por outro lado, o Sport que se cuide, o 3x0 que levou do Corinthians é um recado vindo do alto.
SÃO COISAS DOS DEUSES DO FUTEBOL
Escrito por José Joaquim

Tínhamos uma visão equivocada do apresentador Fausto Silva, o Faustão, talvez pelo conteúdo vulgarizado do seu programa, mas, depois de assistirmos a sua entrevista no ¨Programa do Jô¨, verificamos um outro lado, o do cidadão bem informado, com cultura e pensamentos corretos e avançados.
O que nos chamou mais atenção foi um texto sobre o futebol brasileiro, algo que sempre escrevemos sobre o tema, que é abandonado pelo jornalismo Pokemon, onde o ufanismo prevalece por conta dos interesses.
¨Já falava o meu amigo Flavio Costa que o futebol brasileiro só evoluía dentro das quatro linhas. Fora de campo, não. Hoje em dia você vê a situação do Brasil. Embora tenha ganho a medalha de ouro, a situação é cada vez mais catastrófica. Por que? A ascensão social e econômica e social no Brasil ou é através do futebol, da música sertaneja e do ¨Big Brother Brasil¨. Então é um país que não investe na educação. Conclusão: É O APOGEU DA MERDA¨, afirmou.
Trata-se de uma realidade que constatamos muitas vezes em nosso cotidiano, quando os pais desembolsam recursos que irão lhes fazer falta para que os seus filhos participem de uma escolinha de futebol. O sonho que hoje se coloca na cabeça do jovem, é de que o futebol irá leva-lo a riqueza, e daí poder dar maiores condições a todos os do seu convívio. Na sociologia trata-se de um fato social.
A realidade é bem outra, muito distinta, desde que no universo dos atletas profissionais 90% desses tem salários de um a três mínimos, o que caracteriza as distorções existentes no setor. Uma minoria é levada a clubes maiores e com faixas salariais mais altas.          
Aí é que entra o poder público, no seu projeto esportivo, que na maioria dos estados é inexistente, quando através de um planejamento, levar os alunos de suas escolas a praticarem esportes, tornando-se na realidade o celeiro alimentador de todas as modalidades esportivas.  
A educação brasileira é falida, nada acrescenta ao jovem, e muitas vezes só existe para que o aluno tenha sua refeição diária através da merenda escolar. Existe uma necessidade de mudança do foco, com a inclusão dos esportes, inclusive o futebol, colocando-os como parte de sua grade de educação e lazer, e daí com pessoas especializadas orienta-los devidamente, da importância da atividade esportiva, que aliada a educação poderá visualizar um melhor caminho para esses, inclusive com uma perspectiva profissional e de melhoria de vida.    
O esporte não pode ser tratado como salvação familiar, e sim como um rumo a ser tomado para dar mais vida, saúde, formação humana e social, e que poderá ser concretizado na formação de talentos esportivos. A base esportiva é a escola. A educação física e desportiva é um elemento específico da cultura geral adquirida na escola, e é sem dúvidas um dos três mais importantes princípios para sairmos desse ¨APOGEU DA MERDA¨, citado brilhantemente por Fausto Silva.
Um novo Brasil será aquele em que a base esportiva seja a escola, com condições de produzir uma geração de homens e atletas, sem que os pais tenham que dispender um valor tão grande para que o seu filho tenha o sonho de ser um jogador de futebol.                                                                                                                          
Escrito por José Joaquim

O povo brasileiro está se acostumando com as coisas ruins. Ninguém grita fora ladrões, pelo contrário os festejam. No futebol o torcedor não liga para a mediocridade geral que tomou conta do esporte em todos os setores. O jornalismo Pokemon vibra com uma seleção que eles chamam de brasileira, que na verdade é do Circo do Futebol Brasileiro, uma entidade que exala mau cheiro. E aí segue a vida.
Por acaso alguém observou que o nosso futebol tornou-se uma sucursal do Samu por conta do número de contusões, que são produtos de um calendário irracional formulado por apedeutas com um excesso de jogos, atrelados a longas viagens?
Não tem um único jogo sem que um profissional não saia lesionado. A maior parte é de ordem muscular. Até os goleiros são afetados. Fizemos um levantamento para o blog, e constatamos que até o dia de ontem eram 77 jogadores nos diversos departamentos médicos, o que representa 7 times completos. Realmente é assustador.
Qual o veículo de mídia que divulgou ou analisou tais números? Estão mais preocupados com a dança de Neymar e com os uniformes grotescos dos clubes. É a realidade que convivemos, que faz parte da era da imbecilidade.
O Circo e as federações estaduais são instituições atrasadas, e esse atraso se deve a pessoas, que agem como sem elas, o esporte não existiria. A insistência dos jurássicos estaduais, que ocupam várias datas do calendário, demonstra realmente o modelo superado que é adotado. Quando se fala na proteção aos clubes menores, e que esses campeonatos pelo menos servem para movimenta-los, esquecem que a grande maioria torna-se sazonal com apenas três meses de atividades.
Não se debate a ampliação do número de participantes nas competições, inclusive com uma nova Série, com um modelo regionalizado e bem distribuído durante toda a temporada. Pelo contrário, são Estaduais, Ligas Regionais, Copa do Brasil, Libertadores, Sul-Americana e Brasileiro. Os atletas se preparam para o sacrifício, atendendo a um calendário ponográfico, podendo realizar até 75 a 80 partidas em um ano, para atender os interesses de terceiros e não dos esportes, enquanto os europeus jogam no máximo entre 60 e 65 por conta do seu calendário bem elaborado.
Os clubes formatam elencos gigantescos para que possam atender a maratona de jogos, inflando as folhas salariais, e onerando os seus cofres. Mas apesar de viverem sob esse guarda-chuva perverso ficam calados, desde que são dependentes da televisão e dos órgãos que administram esse esporte.
No final do ano serão premiados com o Troféu Samu, que é entregue aquele que conseguiu ter menos gente no Departamento Médico.
Grotesco.
São coisas de um futebol dirigido ¨muito bem¨ por Del Nero e seguidores
Escrito por José Joaquim

Uma foto, publicada no dia de ontem em um dos jornais de nossa cidade com um atleta do Santa Cruz apresentando a nova camisa do time nos chamou a atenção, por conta do fim da tradição tricolor, que está se tornando bicolor e sem vida.
O mesmo se dá com o Sport. As tradicionais camisas rubro-negras foram substituídas por cores que nunca fizeram parte da vida do clube. Hoje são laranjas, azuis, cinzas, e até os calções tornaram-se vermelhos, fato esse que nunca vimos acontecer. 
Tal fato também é visto em outras agremiações brasileiras, como uma resultante do marketing que vem influenciando na perda de suas identidades. A justificativa dos marqueteiros é de que as camisas poderão ser usadas no dia a dia pelos torcedores. Tudo conversa fiada.
Não somos contrários ao trabalho de marketing, mas na realidade uma camisa é uma camisa, é a tradição, faz a empatia do torcedor, a sua força carrega muitas vezes um time para a vitória. O torcedor de um clube é rubro-negro, é tricolor, é alvirrubro, é alvinegro e tantas outras cores, e hoje quando participa de uma partida de futebol encontra um padrão totalmente diferenciado que não exprime a realidade de anos e anos de existência.
Óbvio que não somos contrários ao marketing que hoje faz parte do sistema e tem a sua importância, mas os clubes não podem e não devem abandonar as suas cores tradicionais, desde que a tradição também é fundamental para a consolidação de sua história.
Quando assistimos uma partida de futebol pela televisão e as arquibancadas aparecem com os torcedores, ficamos com o sentimento que trata-se de adeptos de times europeus, já que as camisas que são utilizadas nada tem com a realidade dos clubes locais.
Os torcedores cresceram vendo a cor e o formato de uma camisa e de repente isso lhes é roubado, fazendo com que a sua força seja reduzida, e o clube torna-se igual aos demais que existem no país. Os gritos de rubro-negro, de tricolor perderam o seu eco, desde que os padrões não tem mais as listas que os caracterizavam.
Estranhamos a apatia dos torcedores e dos associados dos clubes que não reagem a tais mudanças, e isso pode ser parte do início de um abandono que estamos presenciando nos jogos realizados. No momento que não se briga por algo como a tradição, uma parte da vida de cada agremiação está desaparecendo, para dar lugar aos novos tempos que não refletem um futuro promissor.
Para que se tenha uma ideia sobre o problema e a apatia que citamos, podemos mostrar um caso pessoal que aconteceu conosco em 1973 quando dirigíamos o futebol do Sport, em uma época difícil e que necessitava de algo novo para ser apreciado. Não trocamos as cores do clube, nem as listas rubro-negras, mudamos as suas posições, de horizontal para vertical. O mundo caiu sobre nossa cabeça, sócios, torcedores, conselheiros protestaram e o novo padrão foi riscado de sua vida.
Era uma época em que todos acompanhavam a tradição, tinham o respeito por suas cores. Nesse ponto as mudanças foram para pior, desde que essas novas camisas roubaram a identidade de cada clube, e dificultando a empatia, já que são várias as apresentadas durante uma temporada.
Bons tempos em que os clubes tinham as mesmas camisas por décadas, tinham elencos com jogadores formados nas bases, e era o mesmo em toda a temporada. Hoje o futebol perdeu o encanto, um time dura menos de um ano, a cada mês uma nova cara é apresentada, e assim segue a vida, e o esporte que já foi das multidões as vem perdendo, a a destruição de suas identidades é um dos fatores que mais prejudicam a evolução.
Lamentável.