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Escrito por José Joaquim

¨O hábito faz o monge¨ é um antigo ditado bem conhecido no Brasil, e nada melhor do que esse para analisar o risco que corre o futebol por não incentivar a nova geração a frequentar os campos de jogos.

O futebol está perdendo uma geração de jovens que iriam formatar e garantir o seu futuro. São torcedores que por conta da insegurança, da falta de qualidade técnica, e muitas vezes com ingressos caros, estão deixando os estádios em busca de outros atrativos.

O hábito de ir a um jogo de futebol e torcer por um time local começa na infância e vai amadurecendo no decorrer do tempo, e sempre foi retratado em épocas anteriores quando o esporte era uma reunião de famílias.

Hoje um pai par levar o seu filho menor a um estádio pensa duas vezes. Irá transporta-lo para tudo de ruim que possa existir, desde a chegada até a volta para a casa, onde passa por caminhos tortuosos.

Quem terá a coragem de levar um filho de volta à Ilha do Retiro após os acontecimentos da última partida?

Ir a um jogo não dá mais o prazer, e sim um estresse ao consumidor, por conta dos diversos fatos que ocorrem antes, durante, e após a sua realização.

Um dito bem conhecido diz que ¨a primeira impressão é a que fica¨, e isso sendo transportado para o futebol de hoje, se encaixa na sua realidade.

Quantos jovens torcedores que gostam desse esporte fazem a opção por um time de outro estado, ou de um outro país? É o reflexo do distanciamento do seu habitat, desde que acompanhando de longe não correm o risco do sofrimento que é o de frequentar um estádio.

Um outro ponto importante para a ausência de jovens nos campos do país é por conta do sistema implantado com os preços dos ingressos, que impedem a presença de uma família completa, e entre os seus componentes os mais jovens, que formam o futuro da demanda.

Sempre analisamos as pesquisas realizadas no setor, e não existe nenhuma duvida que o futebol brasileiro estagnou no geral, e em especial no tocante ao público nos estádios, onde os seus vazios são normais, e entre esses ausentes estão os mais jovens, que estão procurando outros rumos.

Sem a solidificação de uma demanda da geração mais nova, o futuro do futebol continuará sombrio, desde que o ingresso de novos torcedores está sendo bem menor do que saída dos mais antigos.

São fatos como esses que deveriam ser analisados pelos que fazem esse esporte no Brasil, que insistem em algo que está errado, sendo dizimado e todos fingindo que não estão entendendo.

Aliás isso acontece nos demais segmentos, em especial na politica, que não se renova, as caras são as mesmas, e nem a Lava Jato está conseguindo romper com o sistema corrupto que tomou conta do setor que hoje tem a repulsa do eleitor.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O ESTADUAL FANTASMA COMEÇA HOJE

* Os 55 jogos que foram realizados no estadual Fantasma na sua fase inicial foram apenas amistosos, pois tudo que foi conquistado terminou no zero.

Foi uma fase de brincadeira.

Na verdade copiaram o Regulamento do Campeonato Mineiro.

Faltou criatividade. 

A melhor campanha não será considerada caso o jogo das quartas de final termine empatado.

Um tempo perdido.

Um bom exemplo para mostrarmos o equívoco é o do encontro entre o Central e América, quando o time de Caruaru somou 19 pontos, e o alviverde apenas 12, e estarão atuando com os mesmos direitos.

O Patativa teve um saldo de 7 gols, e o adversário menos 1.

O mata-mata de uma partida é uma monstruosidade quando poderá contemplar um time de menor pontuação, e que no caso de empate disputará a vaga na cobrança de pênaltis, que faz parte do sistema aleatório.

O futebol sempre deve premiar o que tenha mérito, mas no Fantasma poderá premiar o demérito.

O mesmo se dá nas outras partidas que serão realizados.

Na noite de hoje teremos três jogos, desde que o Náutico estará em Cuiabá para uma partida da Copa do Brasil.

Salgueiro e Vitória se enfrentam no Sertão Central.

Os clubes realizaram uma campanha quase igual, mas a equipe do Monte das Tabocas nos seus últimos jogos mancou como um cavalo paraguaio.

Como o mata-mata não tem lógica, mas existe uma tendência para a vitória, e essa estará ao lado do time sertanejo.

No tocante ao encontro no estádio Luiz Lacerda, o Central apesar do regulamento deverá ser o vencedor.

No ex-clássico das Multidões, embora o Sport seja um time mofino, é um pouco melhor do que o Santa Cruz, e a tendência da conquista está mais para a Ilha do Retiro.

O sistema de Mata-mata em apenas um único jogo é um palco para a utilização do biarticulado.

Esperamos que o público melhore desde que para alguns clubes os resultados serão de despedidas, e que não tenhamos mais o grande desfile das ambulâncias.

NOTA 2- UMA QUARTA DE JOGOS PARA TODOS OS GOSTOS

* Além dos jogos do Estadual Fantasma, a quarta-feira será palco de um bom número de jogos para todos os gostos.

De tudo um pouco, inclusive o FEBEAPÁ.

Teremos a Copa do Brasil e a Libertadores.

Na competição nacional serão realizadas seis partidas e entre essas a do Cuiabá e Náutico.

O time alvirrubro está levando para a Arena Pantanal uma vantagem conseguida na Arena Pernambuco de 2x1.

O encontro será de portões fechados por conta da falta dos laudos técnicos, embora esse estádio tenha sido palco de jogo pela mesma competição.

Só Freud poderá nos explicar.

O clube da Rosa e Silva é aquele que joga pouco mas tem fome de vitória, enfrentará um adversário bem razoável, fato esse mostrado no seu encontro como visitante.

O Náutico tem boas chances de passar para a quarta fase.

Pela Libertadores, o Flamengo que não tem mostrado qualidade, irá enfrentar como visitante uma pedreira para os clubes brasileiros, o Emelec do Equador.

Um jogo difícil para quem não pode perder.

Enquanto isso na Arena de Itaquera, o Corinthians receberá a equipe venezuelana Deportivo Lara, o único que venceu na primeira rodada do seu grupo.

A qualidade do alvinegro paulista deverá prevalecer.

Na noite de ontem em jogo dessa competição, o Vasco foi derrotado pela Universidad de Chile por 1x0, e saiu do São Januário sob vaias.

O time vascaíno é fraco e sem qualidade.

NOTA 3- UM PROBLEMA PESSOAL!

* O futebol brasileiro tem um novo modelo de atuação dos atletas, que é o chamado problema pessoal.

Pernambuco é recordista com três exemplos.

Diego Souza, Rithely e André todos do Sport, são os protagonistas de uma nova tática de pressão para abandonar o clube. 

Todos tiveram sucesso.

O último foi André que foi negociado até a alma com o Grêmio.

No São Paulo, Cuevas também teve seus problemas pessoais e não apresentou-se no dia marcado pelo clube.

Na última segunda-feira o atacante do Flamengo Felipe Vizeu, que está negociado com a Udinese da Itália, na véspera do embarque do time para o Equador pediu ao clube para não viajar, por conta do tal problema pessoal.

Nunca vimos no futebol brasileiro tantos pedidos de atletas para não serem escalados por conta desse novo modelo.

Problemas pessoais qualquer cidadão pode ter, mas no futebol está se tornando em uma indústria.

O mais grave de Vizeu é que esse é titular do time que terá um jogo bem difícil pela frente pela Libertadores.

O clube segundo a sua diretoria o liberou mas não tem conhecimento dos tais problemas.

Na noite do dia em que solicitou a liberação o jogador estava numa festa familiar comemorando o seu aniversário, sem a menor cara de que tenha um problema pessoal.

Esse futebol brasileiro tem de tudo, menos o mais importante que se chama de futebol.

NOTA 4- O SPORT VIROU BARRIGA DE ALUGUÉL

* A diretoria do Sport está tomando um procedimento errado com relação aos empréstimos de dois jogadores do Cruzeiro.

Não pelas vindas, e sim pelo modelo que não vai deixar nada a restar para o rubro-negro.

O atacante Judivan virá para recuperação clinica, enquanto o volante Nonoca terá uma fase de amadurecimento.

O atacante atuou no último domingo no misto do Cruzeiro contra o Patrocinense, e mostrou que está muito longe de sua forma física.

Assistimos uma parte do jogo. 

O volante vem da base do clube e teve raras oportunidades no time principal.

Uma promessa entre as muitas que existem pelo Brasil afora.

Na realidade Judivan mostrou qualidade quando da sua subida para o time profissional, mas em 2015 sofreu uma grave lesão no joelho que o tirou do gramado por dois anos, só voltando no final de 2017.

Quanto a Nonoca a única coisa que temos sobre esse foi a declaração do técnico Mano Menezes, de que o atleta teria que ter um trabalho de amadurecimento para jogar no grupo maior.

O problema maior não será o empréstimo desses atletas e sim o seu modelo, quando o Sport irá pagar os salários e não existe nenhuma cláusula estipulando os seus direitos econômicos, ou seja, se esses despontarem o rubro-negro funcionou como uma barriga de aluguél.

O mais correto em tal negociação seria que o Cruzeiro pagasse os seus salários já que estão vindo com metas bem definidas, um de recuperar-se e o outro para amadurecer.

O próprio clube tem um exemplo com Lucas Lima que veio para a Ilha do Retiro da mesma maneira, quando o Internacional queria o seu amadurecimento.

No time pernambucano esse esteve muito bem e impulsionou a sua carreira, enquanto o barriga de aluguel ficou à ver navios.

Sobre o atacante mineiro temos uma certeza, que se conseguir uma boa recuperação é bem melhor do que Leandro Pereira e Índio, mas será dinheiro perdido desde que voltará para o clube de origem. 

Na verdade tudo isso representa o fracasso do trabalho de formação do time rubro-negro.

NOTA 5- A MANUTENÇÃO DE UMA EQUIPE É SALUTAR

* O blog de Hiltor Mombach do jornal Correio do Povo da cidade de Porto Alegre fez um levantamento bem interessante, que mostra as diferenças entre o Grêmio e o Internacional.

Segundo a pesquisa, o time tricolor que atuou no clássico Grenal do último domingo, tinha em campo cinco profissionais que jogaram a primeira partida do clube no Brasileirão de 2015.

Grohe, Geromel, Maicon, Luan e Everton.

Quase a metade do time.

Enquanto isso o Colorado só tem um atleta de 2015, Claudio Winck que não jogou o clássico.

Há quase três anos o Grêmio encontrou um esquema, manteve a sua base. De lá para cá foi trocando de peças.

Ramiro que é titular, está no tricolor desde 2012.

Esse modelo tornou-se vencedor, enquanto o Internacional até hoje não consegue achar um esquema e um time.

Chegou inclusive à Segunda Divisão.

O futebol europeu dá um bom ensinamento que está sendo cumprido pela equipe gaúcha que é a manutenção de uma base.

O troca-troca é pernicioso para o futebol.

NOTA 6- EXTRADITEM RICARDO TEIXEIRA

* A Constituição do Brasil não permite a extradição de brasileiros, mesmo esses com processos no exterior.

É algo surreal, desde que o país por conta disso tornou-se um abrigo para os praticantes de malfeitos.

A Juíza Canòlic Mingorance pediu a extradição de Ricardo Teixeira ex-presidente do Circo do Futebol para Andorra.

Ela é a responsável por investigar o cartola brasileiro num processo de lavagem de dinheiro, que inclui Sandro RoselL, ex-presidente do Barcelona.

Segundo a magistrada, Teixeira é suspeito de ser membro ativo da rede internacional.

O ex-cartola brasileiro é acusado de ter esquentado 8 milhões de euros (cerca de R$ 32,3 milhões) de propinas envolvendo a seleção do Circo.

Obvio que ele nega as acusações.

Em 2012, ano em que deixou o Circo do Futebol Brasileiro, Ricardo Teixeira oficialmente pediu residência em Andorra, com o apoio dos sócios de Rosell.

No ano seguinte tal autorização de residência foi cancelada por conta do seu envolvimento em denuncias de corrupção.

Já que no Brasil nenhuma investigação foi feita e esse vive serelepe no Rio de Janeiro, que o extraditem. 

Seria um presente aos homens de bem desse país que insistem ainda na sobrevivência do esporte nacional, que perdeu no dia de ontem uma de suas figuras mais serias e que foi o iniciador do processo de crescimento do nosso voleibol com a sua geração de prata 

Os Deuses foram ingratos ao levarem Bebeto de Freitas que ainda tinha muito a dar ao segmento esportivo, e que há muitos anos atrás foi o primeiro a denunciar Carlos Arthur Nuzman por corrupção.  

São coisas da vida.

Lamentável.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- A MELANCOLIA DOS ESTADUAIS

* O gênios que fazem o futebol brasileiro são os responsáveis pela mediocridade que o levou à falência.

Criaram fórmulas mirabolantes e grostescas para que os estaduais possam contemplar nas semifinais os maiores clubes, e isso estamos observando em todo o Brasil.

Esses campeonatos tornaram-se melancólicos, e no último final de semana vimos 9 entre os 16 clubes da Série A participarem dos seus jogos com times reservas, desde que já estavam garantidos para a fase posterior.

Obvio que se os estádios já estão vazios com os titulares, imagine com os reservas.

Segundo um levantamento realizado pelo jornalista Carlos Eduardo Mansur, do jornal O Globo, os jogos em que esses atuaram tiveram a presença total de 7.556 pagantes.

O mais grotesco foi o Fluminense jogar no Maracanã contra o Nova Iguaçu, para 3.317 pessoas.

Em São Paulo, os times que são chamados de grandes já estavam classificados, e alguns utilizaram os seus reservas.

Os estádios ficaram vazios, o mesmo se deu em Minas Gerais.

No campeonato gaúcho aconteceu o clássico Grenal com um grande público, desde que o Grêmio necessitava de um bom resultado para melhorar na tabela, por conta de ter atuado na maior parte da competição com o segundo time, desde que o principal estava de férias por conta do Mundial.

Culpa de um calendário imbecil.

Esse é o modelo autofágico do futebol brasileiro que é vitima de uma cartolagem que tranca-se em um hotel para dar um golpe no esporte.

A insistência nesse modelo de competição irá entregar os estádios aos fantasmas como já acontece em Pernambuco.

Que futebol é esse?

NOTA 2- É DE FAZER CHORAR

* Os números do ESTADUAL FANTASMA de Pernambuco são de fazer chorar, ou então de fazer mangar.

Onze clubes disputaram a primeira fase, e por incrível que pareça 8 se classificaram.

Dois foram rebaixados, Pesqueira e Belo Jardim, e um foi eliminado, o Flamengo de Caruaru, ou seja 72% desses irão continuar mesmo com performances fracas.

O Vitória, 5º colocado com 13 pontos em 30 disputados, somou três vitórias, quatro empates e três derrotas.

A sua defesa tomou 17 gols, ou seja 1,7 por partida. Uma peneira.

Os dois que foram rebaixados fizeram melhor. O time da cidade das rendas levou 12 gols, e o das bateria,15.

O Salgueiro, quarto colocado, pagou para jogar, com um prejuízo nos cinco jogos como mandante de R$ -3.881,10.

Por outro lado o América classificou-se ficando na oitava posição.

O alviverde teve a pior média de público entre os disputantes, com um total em cinco jogos como mandante de 1.692 pagantes, média de 339 por jogo. 

Nem nas peladas de bairros.

Além do alviverde, mas três outros clubes ficaram abaixo dos mil pagantes por jogo.

O Náutico apesar da sua boa campanha teve uma média de 761 torcedores, o Afogados com 799 e o Vitória com 499.

A maior é a do Sport, com 3.995 pagantes, longe de outros tempos quando o Leão era o Leão da Selva. Por outro lado, o Santa Cruz foi abandonado por seus torcedores, com 2.292 de média por jogo.

Enquanto isso a cidade de Caruaru não abraçou o Central que fez uma campanha razoável na primeira fase, apesar disso teve apenas 1.781 torcedores como a sua média.

O Salgueiro que não é mais o Salgueiro de outros tempos, fechou a fase de classificação com 1.028 pagantes em cada um dos 5 jogos realizados em casa.

Esse é o retrato do futebol de Pernambuco, sem tirar nem botar, e o resultado é chorar.

NOTA 3- REVOLVER NO CAMPEONATO GREGO

* Há muito tempo que não se via atos violentos no futebol europeu.

Numa mesma semana três fatos aconteceram e que acenderam a luz amarela no Velho Continente.

Dois foram na Premier League, o último aconteceu na Grécia durante um jogo do seu campeonato nacional.

Esse talvez tenha sido o mais perigoso, quando o presidente de um time invadiu o gramado durante o jogo portando um revolver, e por conta disso o campeonato foi suspenso pelo governo.

Assistimos o vídeo, e esse mostra de forma clara a arma na cintura do cartola do Paok, Ivan Savvidis, quando esse já estava no gramado para protestar junto ao árbitro o gol anulado por uma interpretação de impedimento do autor.

A partida estava 0x0.

Duas horas após aconteceu o inusitado, quando o árbitro Georgios Kaminis validou o gol, mas o governo entrou em campo e parou tudo, inclusive o campeonato.

Savvidis agora é procurado pela policia grega.

São coisas do futebol europeu.

NOTA 4- O VALOR DE RITHELY

* O presidente Barros, do Sport Recife, continua na sua peregrinação para mostrar que a negociação de Rithely foi boa para o clube. É um caso de justificar o injustificável.

Na verdade para quem não tem caixa para cobrir as despesas, é bem obvio que qualquer tostão que entre nos seus cofres são recebidos com flores e fogos.

Na verdade o jogador ganhou no grito e desmoralizou o Velho Leão, quando bateu com os pés e afirmou de forma clara de que não ficaria na Ilha do Retiro.

O Internacional entendeu o momento e fez a sua proposta, que foi aceita com lágrimas de alegria desde que o Sport iria ver a cor de um dinheiro que tanto necessitava.

O cartola maior do clube não publicou o valor que esse recebeu, mas conseguimos junto a uma boa fonte, que esse foi de R$ 1,5 milhão.

É a pura verdade, e voltamos a afirmar que Rithely deu uma goleada no Sport por 7x1, e por cima deu uma lambreta no cartola.

Se essa quantia por um empréstimo de quase dois anos foi  boa, é algo que deve preocupar, posto que trata-se de focagem distorcida e mostra como o clube está sendo dirigido.

Pobre Leão.

NOTA 5- O CAMPEONATO BAIANO É O QUE TEM MENOS EMPATES

* O campeonato baiano entre no estaduais é aquele que tem o menor percentual na relação jogos/empates. Nos 45 jogos realizados esse só contemplou 7 empates- 15,5%.

A seguir: 

MINEIRO- 66 jogos- 14 empates- 21,2%;

CEARENSE- 52 jogos- 12 empates- 23,0%

CATARINENSE- 64 jogos- 18 empates- 28,1%;

CARIOCA- 90 jogos- 25 empates- 28,6%; 

GAÚCHO- 66 jogos- 22 empates- 33,3%;

PARANAENSE- 57 jogos- 19 empates- 33,3%;

PAULISTA- 96 jogos- 34 empates- 35,4%,

PERNAMBUCANO- 55 jogos- 25 empates- 45,5%.

O ESTADUAL FANTASMA não tem público, mas tem empates.

NOTA 6- UMA ARENA PARA SHOWS

* O Allianz Parque, em São Paulo, se divide entre arena de shows e estádio do Palmeiras.

Trata-se do equipamento com mais rentabilidade entre as novas arenas brasileiras.

O ano de 2018 será mais área de entretenimento do que de futebol.

Estão previstos 35 shows de música este ano, contra 30 do esporte da chuteira.

Em 2017 o Allianz Parque foi a arena esportiva que mais recebeu grandes shows no mundo: 17 contra 13 que foram realizados na Amsterdam Arena. 

NOTA 7- PRGUNTAR NÃO OFENDE

* Tite convocou a seleção para os dois amistosos internacionais, e mais uma vez observamos a insistência nas convocações de Fagner e Rodrigo Caio, jogadores que não estão bem em seus clubes, que tiveram chances e não souberam agarra-las.

O zagueiro não tem físico para a posição, é aquele jogador sempre bonzinho, enquanto o lateral tem como dom a violência como joga.

Como perguntar não ofende, perguntamos se isso acontecesse com Dunga, o que a imprensa brasileira iria dizer?

Tite conhece Luan do Grêmio?

Só lembramos que a participação mesmo em amistosos da seleção abre as portas para o mercado exterior.

São coisas do futebol brasileiro.  

Escrito por José Joaquim

* CLAUDEMIR GOMES=Blog do Claudemir Gomes

Nos finais de semana a televisão apresenta um cardápio futebolístico para atender a todos os gostos. A oferta vai dos clássicos de alguns países europeus, onde o nível técnico é excelente, a pobreza dos campeonatos estaduais e das copas regionais, onde constatamos que estamos no fundo do poço.

Numa análise rápida da grade, abdiquei dos bons confrontos que aconteceram na Europa, e foram mostrados ao vivo, para ver as partidas da Copa do Nordeste, nas quais estavam envolvidos clubes pernambucanos.

Bom! Como eu ia fazer uma incursão pela ¨Champions League¨, como é chamada por alguns, apelido que considero pejorativo, embora muita gente ache carinhoso, me preparei para viajar no ¨Expresso Caboclinho¨, com direito a paradas na Arena Pernambuco, para ver a vitória do Náutico sobre o Bahia (1x0); no Estádio Rei Pelé, em Maceió, onde o Santa Cruz empatou (1x1) com o CRB, e no Estádio Cornélio de Barros onde o Salgueiro empatou sem gols, com o CSA, num jogo onde as mariposas roubaram a cena.

O ¨Expresso Caboclinho¨, é o retrato fiel do atraso, mas é possível encontrar algumas unidades trafegando na zona rural por esse Nordeste afora. Os narradores do EI se esguelavam na tentativa de vender um produto cuja qualidade técnica é drástica.

¨Existe vontade no time do Náutico¨, pondera o torcedor alvirrubro que há 14 anos não vibra com nenhuma conquista do seu clube. Verdade. Os comandados de Roberto Fernandes jogam com vontade. Mas este é um comportamento fácil de se observar nas boas peladas.

O Santa Cruz foi a Maceió e empatou com o CRB, resultado que deixou o Tricolor do Arruda na condição de líder do Grupo A. Mas o futebol apresentado pelo líder foi da pior qualidade, somente sendo superado pelo que vimos na queda de braço entre o Globo e Ferroviário/CE, onde o time de casa venceu por 1x0.

Apesar da poltrona confortável, a viagem no ¨Expresso Caboclinho¨ estava cansativa, mas eu precisava concluir aquela prova de resistência para chegar às conclusões sobre a Copa do Nordeste, cujas empresas de comunicação envolvidas na divulgação falam maravilhas, quando na realidade é um produto de péssima qualidade. O jogo do Salgueiro com o CSA, no Sertão pernambucano, parecia uma coisa surreal com a invasão das mariposas que buscavam o calor dos refletores.

O humorista Zé Lezin, assegura que, ¨uma das melhores coisas da vida é mangar dos outros¨. Pois bem! Sentado na poltrona vendo os jogos pela janela do ¨Expresso Caboclinho¨, de onde deu para acompanhar três confrontos pela Copa do Nordeste que se encerra nesta segunda-feira me surpreendi rindo em várias oportunidades. Na verdade acho que estava mangando da conjuntura de uma competição que não atrai o público em virtude do baixo nível técnico. É a realidade do futebol nordestino.

O mestre Ariano Suassuna, dizia ¨que só não se pode mangar de uma pessoa na frente dela¨. No ¨Expresso Caboclinho¨ manguei muito do que estava vendo. Mas não foi na frente de ninguém.

Como disse, a televisão tem oferta para todos os gostos. Na terça-feira estaremos nos deliciando com a Champions League.

NOTA DO BLOG

Claudemir Gomes é sem duvida um dos últimos dos moicanos do jornalismo esportivo de Pernambuco, por conta dos seus bons textos e sobretudo pelo conhecimento profundo que tem do futebol.

Tínhamos preparado uma postagem para hoje, mas após lermos esse artigo que retrata a realidade que sempre debatemos com os nossos visitantes, mesmo sem o pedido de autorização resolvemos publica-lo, para que os nossos visitantes possam se deliciar com algo tão bem pensado. 

Escrito por José Joaquim

Já discutimos esse tema que iremos abordar por várias vezes, mas como faz parte do sistema que vem reduzindo o potencial de mercado e da qualidade do futebol, iremos voltar ao assunto.

Uma das coisas que mais aflige o futebol nacional é o da rotatividade dos jogadores, que deu ao esporte uma cara de motel, por contra do entra e sai constante.

Quando assistimos aos jogos dos nossos clubes, muitas vezes não conseguimos mentalizar o nome e mesmo reconhecer alguns atletas que estão no gramado.

Sem duvida essa é uma constatação perigosa, uma vez que afeta um dos pontos mais importantes do esporte, que é o da empatia entre os consumidores com os jogadores dos seus clubes.

Quando acaba uma temporada, com raras exceções, existe uma debandada de profissionais, contemplada com a chegada de outros, e no final os seguidores do futebol ficam em duvidas com a escalação dos times que irão atuar.

A empatia morreu, desde que durante uma ano, dois a três times são contratados.

No futebol europeu já sabemos de cabeça a escala dos times que perduram por vários anos. Um ou dois são negociados, com o mesmo numero de contratações.

Quantas vezes ao assistirmos a uma partida nos deparamos com um alienígena dentro de campo, e ficamos nos questionando sobre a sua origem, de onde veio, e como chegou ao clube?

Quantas vezes vimos nas coletivas os jogadores beijando escudos, levantando polegares, e logo após alguns desses estarão repetindo as cenas programadas em outras plagas?

Na verdade a manutenção por um tempo maior de uma equipe é fundamental para o mercado de consumo do futebol brasileiro.

Os clubes hoje encontram dificuldades de mentalizar nas cabeças dos seus torcedores, os times que estão disputando as competições.

Poucos conhecem os profissionais, e com o agravante, esses também muitas vezes fazem o papel de um funcionário burocrático que ganha para trabalhar, e não nutre um pequeno traço de amor à empresa onde está exercendo a sua profissão.

Sem saudosismo piegas, os consumidores do futebol em épocas anteriores sabiam de cor a escala dos seus times, cujos atletas atuavam uma, duas e até três temporadas juntos, e formavam uma identidade global entre todos os segmentos que envolviam o esporte.

O sistema modificou-se, quando os times passaram a ser semestrais, com dezenas de contratações, inclusive com profissionais que sequer jogavam.

O processo de formação que ajudava na permanência dos jogadores nos clubes por um maior tempo, foi destruído e entregue aos agentes que tem o seu gado apenas para negociações.

O nosso futebol assimilou a rotatividade dos motéis, e começou a apequenar-se.

São fatos concretos, que podem ser avaliados por aqueles que ainda pensam em algo de positivo para o esporte da chuteira em nosso país.