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Escrito por José Joaquim

Já postamos diversos artigos sobre a Era da Imbecilidade que tomou conta do Brasil.

O futebol brasileiro que faz parte do sistema nacional é o reflexo da sociedade, que hoje passa por um intenso processo de coletivização da imbecilidade, ao relegar o importante para adotar a vulgaridade.

Quando abrimos os diversos portais das mídias, ou os jornais pelo Brasil afora, encontramos várias  notícias que não somam nada para o debate, que incrementam o vulgar no meio da população.

O que vale para o futebol o novo corte de cabelo de Neymar? Isso é um produto da imbecilidade coletiva.

Hoje quando se entra em um restaurante de qualquer cidade do país, com as mesas repletas, os comensais no lugar das conversas ficam utilizando os seus modernos equipamentos eletrônicos mandando mensagens com fotos. 

O mais grotesco é que trocam mensagens entre eles. Devem estar falando mal de alguém que está na mesa.

O diálogo vai desaparecendo para dar lugar a internet, que substitui a inteligência do ser humano, ou seja a inovação não está sendo bem aproveitada. Internet é o futuro, mas o seu objetivo é bem diferente do que está sendo visto nos dias de hoje.

Isso é sem duvida um processo de imbecilização coletiva.

Estamos criando uma geração do facebook, dos selfies, e das redes sociais, onde existem milhares de amigos que não se conhecem e que nunca se viram, mas assim são considerados. 

A televisão é aquela que mais exporta a imbecilização.

Programas de auditórios apelativos, telenovelas que mostram uma sociedade que não existe, e sobretudo com ensinamentos poucos institucionais, mostrando como enganar, como cornear o marido, roubar e no final como sair bem com o jeitinho brasileiro.

Hoje a maioria das conversas não tem conteúdo. São vazias.

Poucos se interessam pelo que acontece no país, e ai ingressamos no futebol, que é um dos segmentos que mais sofre com esse problema, por conta de uma mídia de um único pensamento, onde quem manda está sempre certo, e não pode ser retrucado, já que os donos dos veículos não lhes dão liberdade para tal. Falou contra o poder é demissão sumaria.

O interessante é que temos bons profissionais do setor, mas esses são castrados pelos que os estão pagando, e que mandam no sistema de comunicação do país.

O Brasil tornou-se palco dos mais diversos especialistas. Quando acontece um problema sério esses aparecem como formigas fugindo do formigueiro por conta do tamanduá.

Discutem o país, as suas mazelas, deixam de lado o mais importante que é a educação, e sem essa jamais iremos acabar com tudo de ruim que acontece em seu território.

A violência explicita serve para promoção de políticos, embora esses sejam os maiores responsáveis quando não fizeram da educação o pilar primordial para as mudanças da sociedade.

Voltando ao futebol brasileiro não existe nada mais imbecil do que as entrevistas coletivas com cartolas e profissionais. Como suportar tantas perguntas fora de propósito, e o medo dos questionamentos que deveriam ser feitos? Entrevistas deveriam sem individuais, de onde se poderia tirar algo que prestasse.

Internet e as mídias sociais são importantes para a civilização, mas deveriam ser melhor aproveitadas, de forma intensa, com debates produtivos.

O mundo ficou plano, mas seus caminhos não estão sendo providos pelas atitudes corretas e racionais.

Não somos saudosistas, mas o tempo das boas conversas era muito mais salutar o que acontece hoje em dia. Uma reunião tinha um sabor bem diferente do que o viva-voz, e a leitura de um bom livro era mais salutar do que uma novela estrambelhada que as nossas televisões nos mostram.

Na realidade uma imbecilização coletiva faz parte do sistema quanto pior, melhor, ao criar condições de enraizar e nunca ser incomodado.

Precisamos romper com a Era da Imbecilidade, para que o futuro do país possa ser outro, e em especial, o futebol. 

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O APITO AMIGO NA ARENA PERNAMBUCO

* A dicionário da língua portuguesa mostra que incontestável é algo que não pode ser contestado.

No caso da vitória do Náutico por 1x0 contra o Afogados, é obvio que tal palavra não caberia nos comentários da televisão. 

Se não tivesse um pênalti inexistente, o alvirrubro poderia ter disputado a classificação na cobrança de penalidades.

O Náutico jogou melhor mas não conseguiu passar pelo biarticulado do Afogados, mas venceu por conta do apito amigo que influenciou no resultado.  

De acordo com o Aurélio o resultado poderia ser contestado.

Por outro lado algo que deve ser destacado, o cheiro de naftalina que tomou conta da Arena, quando os torcedores do alvirrubro da Rosa e Silva tiraram as suas camisas dos velhões baús e foram torcer pelo seu clube.

Um público excelente, e que mostrou que o Náutico ainda vive, e não era a Arena o empecilho.

Quanto ao jogo nada a se comentar, com o Afogados bem arrumado com uma boa pegada da tática do técnico Pedro Manta, e o alvirrubro dominando a partida sem sucesso.

Foi nesse momento que surgiu Gilberto Castro assoprando o apito e marcando uma pênalidade que só esse viu, ajudando assim a vitória do Náutico.

Como tínhamos previsto os quatro melhores clubes passaram para as semifinais, dentro da lógica do futebol.

A arbitragem destoou, e o público merece aplausos.

NOTA 2- A DANCINHA DE MESSI

* Lionel Messi está com outro espirito nessa temporada e que vai ser muito importante na sua participação na Copa do Mundo, que será a sua última oportunidade de conquistar o título.

No dia de ontem no estádio Camp Nou,  assistimos pela primeira vez o atleta comemorando um gol com uma dancinha, que repercutiu em todos os rincões.

O primeiro tempo no confronto contra o time do Athletic de Bilbao foi primoroso para a equipe catalã.

O Barcelona dominou-o, jogando um bom futebol sob o comando de Messi. Fez o placar de 2x0 que foi o do final da partida.

A equipe da Catalunha continua invicta na Liga com 23 vitórias e 6 empates.

Para o atleta argentino o dia não foi apenas de dancinha, posto que esse chegou aos 25 gols na competição, e marcando gols em seis jogos seguidos.

A melhor sequência foi no começo de 2017 quando vazou as redes adversárias por sete vezes seguidas.

O Barcelona é imparável e ninguém segura Messi.

NOTA 3- ONDE ANDA ANDRÉ?

* A novela ¨O DIREITO DE ANDRɨ acabou, mas o atleta que estava sendo esperado no dia de ontem pelo tricolor gaúcho para assistir o Grenal não apareceu.

Sumiu.

Surgiu então uma pergunta: ONDE ANDA ANDRÉ?

Segundo a imprensa gaúcha o atleta está em São Paulo, enquanto a tupiniquim garante que esse ainda está em Pernambuco na espera de receber os atrasados do Sport  e então assinar a rescisão do seu contrato.

Não sabemos qual é a verdade entre as duas noticias.

O importante é que recebemos o modelo da transação efetuada pelos dois clubes.

Não teve a famosa carta de fiança exigida pelo rubro-negro, e André será emprestado até o final desse ano.

O acerto entre Grêmio e Sport é por 70% dos direitos econômicos, os 30% restantes continuam com o Corinthians.

Em relação ao parcelamento o clube pernambucano aceitou a oferta do tricolor gaúcho de pagar o valor em cinco vezes até 2019. O jogador no primeiro ano ficará emprestado ao Grêmio. Esse passará a ser do time tricolor após o pagamento da última parcela, quando vai começar a valer um novo contrato de três anos.

A diretoria rubro-negra deveria colocar no site o que foi acertado, os valores, comissões para agentes, entre outras coisas, como o Bahia faz em Salvador, e que o torna o mais transparente do Brasil.

NOTA 4- O APITO AMIGO NO PACAEMBU

* A estratégia corintiana de jogar os seus dois jogos das quartas de final em São Paulo não causou o efeito desejado.

O Corinthians foi derrotado por 3x2, e o Bragantino que participou desse golpe não teve a renda pretendida desde que os torcedores da equipe paulista não foram ao jogo.

O Pacaembu acolheu apenas 14.153 pagantes.

Os preços dos ingressos foram exorbitantes variando de R$ 50 a R$ 120.

A situação do alvinegro não foi pior graças ao apito amigo, Leandro Marinho, ao confirmar o gol ilegal de Balbuena, empatando a partida na ocasião.

O atacante Romero estava impedido e participou da jogada, inclusive fazendo falta no goleiro do time de Bragança.

Uma vergonha.

O segundo tempo do Bragantino foi perfeito, ampliou para 2x1, logo após para 3x1 que lhe dava uma boa sobra para o jogo final, mas no encerramento da partida o Corinthians marcou o seu segundo gol, por conta de um chute de Pedrinho à longa distancia.

O apito amigo foi o personagem da partida.

NOTA 5- O GRÊMIO DEU UM OLÉ NO COLORADO

* A sobra do Grêmio no Rio Grande do Sul é tão grande, que esse se deu ao luxo de jogar com reservas, ficar próximo a zona da degola, e dar a volta por cima e praticamente está nas semifinais do estadual.

Desde o ano de 2007 que o tricolor gaúcho não vencia o GRENAL duas vezes seguidas.

Desde 2007 o Internacional ficou fora de uma final do estadual.

Dificilmente irá reverter o placar de 3x0 conseguido pelo adversário, mesmo jogando no Beira Rio.

Desde 2010 o Grêmio não conquista o titulo, e dessa vez o cavalo selado está passando por sua porta.

O jogo no primeiro tempo foi mais equilibrado, mas no segundo foi um baile gremista apoiado pelos gritos de olé dos seus torcedores.

O Internacional continua com a mesma cara da segunda divisão de 2017, e terá que melhorar muito para manter-se na divisão maior.

Um outro clássico da rodada aconteceu no estádio Nilton Santos, com o Vasco derrotando o Botafogo por 3x2.

O jogo foi um dos piores entre os piores do estadual carioca.

Pobre de técnica e de qualidade.

Aos dois minutos do primeiro tempo, o atacante Rildo, do time alvinegro levantou o pé em uma dividida com o meia João Paulo que levou a pior.

Esse deixou o campo com fraturas na tíbia e fíbula.

O árbitro Leandro Garcia Cavaleiro apresentou apenas o cartão amarelo. Certamente o vermelho só seria mostrado com a morte do jogador.

A arbitragem brasileira continua aprontado a cada jogo.

Como estava previsto nas tábuas dos Deuses, as semifinais serão realizadas entre os quatro que são chamados de grandes, desde que tanto o segundo gol do Botafogo como a vitória do Flamengo contra a Portuguesa, ajudaram na classificação do alvinegro carioca.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- SEM FANTASMAS NA ARENA

* Os torcedores do Náutico que até agora cabem numa Kombi quanto às suas presenças na Arena Pernambuco, tem a obrigação de superar a casa dos 12 mil pagantes para assistirem a passagem do seu time para a fase de semifinal do estadual Fantasma.

O time dos Aflitos que vem se superando a cada encontro, receberá o Afogados que escapou do afogamento no seu último jogo da primeira fase, graças a famosa pegada do treinador Pedro Manta. O clube de Afogados das Ingazeiras chegou ao limite.

Agora tudo é festa, e o perigo mora ai.

Como deu a lógica nos três jogos anteriores dessas quartas de final, quando aqueles que tinham as melhores pontuações venceram, o Náutico também deverá ter sucesso nesse encontro, e enfrentar o Salgueiro na fase seguinte, como mandante.

A presença da torcida é por demais importante, para mostrar que o Náutico ainda tem vida.

NOTA 2- O SPORT É CAMPEÃO DE 1987 SEM O APITO DE VÍDEO

* Os homens da toga preta bateram o último prego com relação a novela ¨Brasileirão de 1987¨.

O final desse jogo demorou 31 anos, que está na média das decisões da Suprema Corte.

Quando chegam a julgar os processos as partes já faleceram.

A decisão do pleno do STF de considerar o Sport como campeão transitou em julgado sem recurso do time da Gávea.

Agora Homero Lacerda poderá gritar é campeão, mas para que isso acontecesse perdeu os seus cabelos pretos, que foram substituídos pelos brancos.

Os advogados do rubro-negro da Gávea devem ter sido os mesmos que estão defendendo o ex-presidente Luiz Inácio, e sempre levando goleadas de 7x1.

Certamente esses irão ingressar com um recurso perante a ONU alegando perseguição politica do Leão ao Urubu.

Vamos e venhamos essa novela foi bem interessante, e uma  solução além das Nações Unidas poderá vir do Papa Francisco através de uma Bula Papal considerando o Flamengo como campeão.

Mas como o Urubu não se contenta além da ONU e do Santo Papa, irão trocar de defensor, contratando o ex-Ministro do STF, Sepúlveda Pertence, que já definiu o novo caminho, ou seja um recurso à FIFA.

Só mesmo no futebol brasileiro, os apitadores de um jogo foram os homens da Toga Preta.

NOTA 3- ARENAS DA COPA COM ASSENTOS VAZIOS

* Arena Pantanal, Arena Pernambuco e Arena das Dunas são estadios que mais receberam jogos nos estaduais, mas fora dos gramados as arquibancadas estiveram vazias.

Verdadeiros Elefantes Brancos. 

A Arena Mato-Grossense tem média de apenas 538 testemunhas.

A Arena Pernambuco segue o mesmo caminho, e mesmo com jogos mais interessantes tem um público total de 6.303 pagantes, com uma média de 630 torcedores.

Entre os três estádios analisados com dados através dos números do site sr.goool,  a Arena das Dunas foi a que teve um maior número de jogos (18), com o melhor público acumulado (26.231), e uma média de 1.452 por partida.

Na verdade a Caravana da Miséria deixou os camelos e está montada nos elefantes albinos.

São coisas da Copa e do futebol brasileiro.

NOTA 4- A SITUAÇÃO CAÓTICA DO VASCO

* Alexandre Campello que deu um golpe nas eleições vascaínas, deve estar se lamentando por ter assumido uma barca com tantos furos que será difícil evitar o naufrágio.

O clube completou três meses de salários atrasados, tanto no futebol como dos funcionários dos outros setores.

Os meses de dezembro e janeiro e o 13º.

Fevereiro também pode ser englobado.

Os acordos que foram feitos na Justiça não estão sendo pagos, o que complica mais a situação.

O Vasco continua demitindo os funcionários sem pagar nenhum real, e com o agravante mandando todos procurarem a Justiça.

O cartola que o dirige está lutando pelo valor que tem direito pela transferência de Philippe Coutinho, mas isso é um ovo ainda dentro da galinha. 

A legislação esportiva não permite atraso nos salários, e o próprio Regulamento Geral do Circo do Futebol Brasileiro em um dos seus artigos contempla punições para os clubes devedores.

Mas como estamos no Brasil isso só existe no papel.

O Vasco está pagando pelos desastres das gestões Dinamite e Eurico Miranda, que o levaram ao fundo do poço, e com a pouca expressão do novo cartola. 

NOTA 5- O QUE ESTÁ POR TRÁS DAS PALAVRAS DE ANDRÉ

* Em uma entrevista ao portal Globo.com, o atacante André que foi negociado com o Grêmio de Porto Alegre após uma longa novela que teve de tudo um pouco, deixou um recado para o torcedor rubro-negro:

¨Tenho gratidão pelo clube. As vezes, acontece de não cumprir o contrato. Aqui me tornei uma pessoa melhor em todos os aspectos. Infelizmente o torcedor sabe muito pouco do que acontece no clube, cerca de 15%. Mas não me cabe falar agora. Mesmo de longe vai ficar o carinho¨, declarou.

Palavras são palavras, mas  essas proferidas pelo atleta, deixaram algo muito estranho no horizonte.

Na verdade foi um recado.

Para quem?

NOTA 6- SHOWS DE RANIEL E SALAH

* Um jogador de 21 anos, que custou R$ 500 mil que foram pagos ao Santa Cruz, na tarde/noite de ontem substituindo o atacante Fred que teve um custo de cerca de R$ 80 milhões, foi o personagem da vitória do time Cruzeiro por 2x0 frente ao Patrocinense ao marcar os dois gols, sendo o segundo uma pintura.

Raniel é sem duvida um nome a ser anotado.

É um talento já firmado, e irá dar ao time Celeste um grande lucro.

Por outro lado na neve da Inglaterra assistimos uma aula de futebol do Liverpool que atropelou o Watford por 5x0, com mais um show do marroquino Mohamed Salah, que foi autor de quatro gols, sendo o último uma pintura quando driblou meio time adversário.

Quem está jogando bem é o brasileiro Firmino que foi autor de um gol, com a assistência de Salah.

O Manchester City que se cuide na Champions League, desde que o Liverpool está jogando um futebol de alto nível.

No Campeonato Paulista, Diego Aguirre esteve pela primeira vez no banco de reservas comandando o São Paulo, mas cometeu um erro gravíssimo ao escalar Diego Souza e Nenê no jogo contra o São Caetano, tornando o time lento, e no final saiu de campo com uma derrota de 1x0.

Terá que ganhar o jogo de volta para não ser eliminado.

A equipe do tricolor paulista é fraquinha.

Por outro lado, o time do Palmeiras mesmo sem jogar bem derrotou o Novorizontino pelo placar de 3x0, carimbando a sua passagem para a fase semifinal. 

Escrito por José Joaquim

Sabemos que o brasileiro é um povo sem memória, e esquece tudo de forma rápida. Os nossos museus recebem poucos visitantes, uma vez que a nossa sociedade é apenas do presente, sem passado e sem projetar o futuro.

O futebol brasileiro vive um momento de perda de identidade, e não sabe como retoma-la.

O debate para a recuperação do documento é amplo, mas com o sentimento de biruta de aeroporto, quando vai de um lado para o outro no sabor dos ventos.

Jamais Del Nero e seu fiel seguidor irão conseguir achar a identidade perdida, desde que não possuem a devida credibilidade. A sociedade brasileira deveria assumir o comando dessa busca e, quem sabe acha-la e assim promover as mudanças necessárias, mas não o faz por conta da anestesia geral que tomou conta dessa.

Muitas vezes ouvimos declarações estapafúrdias, que sugerem que a ida de jogadores brasileiros para o exterior sofresse restrições para que os talentos ficassem aqui.

Obvio que em um país democrático como o nosso o direito de ir e vir é obedecido, e uma medida como essa é para países ditatoriais. Cuba é um exemplo quando criou obstáculos para a saída de seus atletas para o exterior, e por conta disso perdeu uma geração excelente em alguns esportes. Aquele que saísse não jogaria pela seleção.

No voleibol brasileiro os dois melhores atletas são cubanos, inclusive um deles naturalizou-se e irá jogar pela nossa seleção.

O caminho a ser traçado é bem diferente, e que implantado poderia reduzir essas saídas, que seria o fortalecimento das competições, e por osmose dos clubes disputantes.

Com campeonatos fortes, organizados, competitivos, a demanda será incrementada, o produto ganharia valor agregado, e isso reduz em muito a potencialidade dos recursos, que hoje estão restritos apenas às cotas de uma rede de televisão.

Clubes sem as boas condições financeiras não conseguem formatar bons elencos, e, como consequência, não fazem boas campanhas, afastando os patrocinadores e os torcedores.

Um estádio lotado é sinal de que algo vem dando certo, mas, quando fica vazio é o retorno de que o sistema faliu. Com campeonatos fortes os clubes terão ótimos recursos para a manutenção de seus principais jogadores, já que as suas receitas poderão cobrir os gastos, dentro do limite compatível para tal.

O fortalecimento do futebol se observa em uma Copa do Mundo, quando os times campeões são oriundos dos times locais. O Brasil tem um exemplo com as suas seleções de 1958, 1962 e 1970, com atletas que atuavam no país. Hoje 90% dos convocados jogam no estrangeiro.

A Itália nos anos de 1982 e 2006, conquistou o título com jogadores que atuavam em seu campeonato. Depois disso mudou a relação e não irá disputar a Copa da Rússia. Em 2010, a Espanha tinha apenas três jogadores que não atuavam na Liga maior, e a Alemanha de 2014, apenas sete jogavam em outros países.

Isso reflete o fortalecimento de suas competições e dos clubes, fato inverso do que acontece no Brasil, quando a maioria vive de ilusões, e com o Brasileirão sendo o reino da mediocridade.

A identidade está enterrada em algum lugar, mas falta a iniciativa para acha-la.

Escrito por José Joaquim

Na última quinta-feira assistimos duas tragédias pela Copa do Brasil que nos mostraram o quanto anda o futebol brasileiro.

Vitória e Bragantino, e Avaí e Fluminense abusaram dos maltratos na bola. O modelo adotado pelos times foi o das bolas alçadas nas áreas.

Jogadores a serem destacados, não conseguimos detectar. Duas peladas das antigas várzeas.

Abordamos em vários artigos a seca de bons atletas em nossos times, e que tem reflexo na qualidade dos jogos.

Quando um jovem como Vinicius Junior que já foi negociado com o Real Madrid mostrou-se importante na vitória do Flamengo contra o Emelec pela Libertadores, foi festejado com emoção.

Obvio que tal sentimento aconteceu por conta da ausência dos bons talentos.

O problema do futebol brasileiro também tem o seu reflexo nos seus treinadores, que cometem um equívoco, o de não se reciclarem e acharem que sabem de tudo, quando a realidade é inversamente proporcional.

Os técnicos brasileiros estão na maré baixa, com muitos medalhões desempregados, e os novos que estão chegando ao mercado deixam muito à desejar.

Com raras exceções, esses tem o sistema Infraero como solução.

Na Copa de 2014 aconteceu um fato que passou despercebido de todos que acompanham o futebol, quando pela primeira vez não tivemos um treinador brasileiro em uma das seleções disputantes.

A seca continará em 2018 na Rússia.

O futebol brasileiro só vai bem para alguns desavisados, desde que todos os seus setores estão sofrendo problemas de qualidade, a começar pelos cartolas.

Lemos uma pesquisa que foi publicada nas mídias da Europa, que mostrou o Campeonato Brasileiro como aquele com maior número de faltas, e com menor tempo de jogo.

Para nós nenhuma novidade, porque sempre estamos mostrando que a bola corrida nos gramados tem uma média de 51%, com 49% de bola parada.

As táticas que estão sendo adotadas nos diversos clubes são aquelas que contemplam os chutões, chuveirinhos, as faltas, e a esperança de uma bola parada.

Muito pouco para um bom futebol. 

Não são realizados seminários, cursos para técnicos, e quando os fazem tem Carlos Alberto Parreira como mentor.

Sem comentários.

Por conta disso o São Paulo contratou um técnico uruguaio, Diego Aguirre, como uma solução para o seu problema, deixando de lado uma opção caseira que vem sendo acolhida por alguns times.

Este é o futebol que temos e que vimos nos jogos da Copa do Brasil, e que todos ficam conformados.

Na realidade queremos muito mais do que isso, mas tal coisa é um sonho numa noite de verão.