Já postamos diversos artigos sobre a Era da Imbecilidade que tomou conta do Brasil.
O futebol brasileiro que faz parte do sistema nacional é o reflexo da sociedade, que hoje passa por um intenso processo de coletivização da imbecilidade, ao relegar o importante para adotar a vulgaridade.
Quando abrimos os diversos portais das mídias, ou os jornais pelo Brasil afora, encontramos várias notícias que não somam nada para o debate, que incrementam o vulgar no meio da população.
O que vale para o futebol o novo corte de cabelo de Neymar? Isso é um produto da imbecilidade coletiva.
Hoje quando se entra em um restaurante de qualquer cidade do país, com as mesas repletas, os comensais no lugar das conversas ficam utilizando os seus modernos equipamentos eletrônicos mandando mensagens com fotos.
O mais grotesco é que trocam mensagens entre eles. Devem estar falando mal de alguém que está na mesa.
O diálogo vai desaparecendo para dar lugar a internet, que substitui a inteligência do ser humano, ou seja a inovação não está sendo bem aproveitada. Internet é o futuro, mas o seu objetivo é bem diferente do que está sendo visto nos dias de hoje.
Isso é sem duvida um processo de imbecilização coletiva.
Estamos criando uma geração do facebook, dos selfies, e das redes sociais, onde existem milhares de amigos que não se conhecem e que nunca se viram, mas assim são considerados.
A televisão é aquela que mais exporta a imbecilização.
Programas de auditórios apelativos, telenovelas que mostram uma sociedade que não existe, e sobretudo com ensinamentos poucos institucionais, mostrando como enganar, como cornear o marido, roubar e no final como sair bem com o jeitinho brasileiro.
Hoje a maioria das conversas não tem conteúdo. São vazias.
Poucos se interessam pelo que acontece no país, e ai ingressamos no futebol, que é um dos segmentos que mais sofre com esse problema, por conta de uma mídia de um único pensamento, onde quem manda está sempre certo, e não pode ser retrucado, já que os donos dos veículos não lhes dão liberdade para tal. Falou contra o poder é demissão sumaria.
O interessante é que temos bons profissionais do setor, mas esses são castrados pelos que os estão pagando, e que mandam no sistema de comunicação do país.
O Brasil tornou-se palco dos mais diversos especialistas. Quando acontece um problema sério esses aparecem como formigas fugindo do formigueiro por conta do tamanduá.
Discutem o país, as suas mazelas, deixam de lado o mais importante que é a educação, e sem essa jamais iremos acabar com tudo de ruim que acontece em seu território.
A violência explicita serve para promoção de políticos, embora esses sejam os maiores responsáveis quando não fizeram da educação o pilar primordial para as mudanças da sociedade.
Voltando ao futebol brasileiro não existe nada mais imbecil do que as entrevistas coletivas com cartolas e profissionais. Como suportar tantas perguntas fora de propósito, e o medo dos questionamentos que deveriam ser feitos? Entrevistas deveriam sem individuais, de onde se poderia tirar algo que prestasse.
Internet e as mídias sociais são importantes para a civilização, mas deveriam ser melhor aproveitadas, de forma intensa, com debates produtivos.
O mundo ficou plano, mas seus caminhos não estão sendo providos pelas atitudes corretas e racionais.
Não somos saudosistas, mas o tempo das boas conversas era muito mais salutar o que acontece hoje em dia. Uma reunião tinha um sabor bem diferente do que o viva-voz, e a leitura de um bom livro era mais salutar do que uma novela estrambelhada que as nossas televisões nos mostram.
Na realidade uma imbecilização coletiva faz parte do sistema quanto pior, melhor, ao criar condições de enraizar e nunca ser incomodado.
Precisamos romper com a Era da Imbecilidade, para que o futuro do país possa ser outro, e em especial, o futebol.
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