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Escrito por José Joaquim

O Grêmio solicitou a interferência do Circo junto a Conmebol com relação a arbitragem do seu primeiro jogo contra o Lanús.

Algo bem parecido como uma piada de salão.

Qual o prestígio de Marco Polo Del Nero junto à essa entidade Sul-Americana?

Totalmente zero.

Há dois anos e meio que o cartola não sai do país, desde a sua fuga de Zurique quando da prisão de José Maria Marin.

Não viaja para não ser preso pelo FBI.

A cartolagem do Circo é surreal, o ex-presidente José Maria Marin em prisão domiciliar em Nova York desde 2015, cujo julgamento está sendo realizado.

O antecessor Ricardo Teixeira também é procurado pela Interpol, por conta de vários crimes, e sem duvida foi o último a ter força na Conmebol.

Se sair do Brasil será preso.

Sobre o pedido gremista Del Nero só poderia resolve-lo pelo telefone e nada mais, a não ser enviando um preposto que representa o lado sombrio do futebol brasileiro.

Como poderá ser levado a serio alguém que representa um cartola que vive escondido em solo pátrio?

Desde novembro de 2015, o atual presidente do Circo está sendo investigado pelo Comitê de Ética da FIFA e até hoje sem um resultado final, apesar das denúncias que estão sendo feitas na audiência de José Marin na Justiça norte-americana.

Marco Polo que não é o viajante e sim o fugitivo, não compareceu no momento das eleições da diretoria da Conmebol, não frequentou as reuniões da FIFA por todo esse período, e quando perguntado sobre a razão de não sair do Brasil, de forma cínica responde que é por conta dos compromissos.

Como podemos imaginar um sorteio da Copa do Mundo sem a presença de um cartola que dirige um das Confederações mais importantes do sistema FIFA, e que será realizado no dia 1º de dezembro em Moscou?

Realmente é grotesco.

O Grêmio está sem lenço ou documento nas suas pretensões, desde que a sua entidade não tem mais força, e representa o lado ruim do futebol, mas no final de tudo dará o seu voto para a reeleição do cartola por mais quatro anos.

Isso é a cara do Brasil, um país que foi tragado por uma corrupção sistêmica, doentia, que enriqueceu uma quadrilha que assaltou os cofres da nação. 

O Lanús um time modesto da Argentina tem mais força politica do que um grande clube brasileiro, graças ao sistema do Circo, que deveria ser chamado de Confederação Brasileira dos Foragidos.

Nós merecemos que isso aconteça no futebol brasileiro, posto que existe uma passividade doentia daqueles gostam desse esporte no país, e nada fazem para mudar o sistema.

Enfiam as cabeças na terra.

São avestruzes humanos do século XXI.

Lamentável.

Escrito por José Joaquim

 NOTA 1- UMA PISADA NA BOLA

* Poderia até ser normal dentro do chamado espírito desportivo, mas o momento era inadequado, de forma que suscitou uma revolta da maior parte dos torcedores e sócios do Sport, quando o time treinou no CT do Flamengo.  

Na verdade não foi uma gentileza e sim um deboche, e para tal basta ler com atenção a Nota Oficial do clube carioca onde cita o título de 1987 como sendo de sua propriedade.

Lemos uma entrevista de Marcio Braga ex-presidente do clube da Gávea, criticando a atitude da atual gestão, e nessa passou do límite ao afirmar que o clube pernambucano era mau caráter.

A entidade Sport nada tem a ver com os erros dos seus dirigentes, que estão carimbados pela péssima gestão como estão conduzido-o.

Jamais poderiamos chamar o Flamengo como um clube sem caráter, já que esse faz parte da história, e merece respeito tanto quanto o clube da Ilha do Retiro.

O passado de Braga justifica a sua atitude, e todos no Rio de Janeiro o conhecem bem.

Como o Leão não tem quem o defenda, apenas vamos afirmar que o mau caráter é Marcio Braga, que não suporta a realidade de não ter o troféu do Brasileirão de 1987 no seu Museu.

Por outro lado a atitude da atual diretoria do Sport foi uma pisada na bola, desde que não entenderam que estavam desmoralizando um clube com 112 anos de vida.

Honra não tem preço.

O Sport treinar no CT do rival Flamengo, foi sem duvida um golpe na sua dignidade.

Será que o presidente que representa a coletividade rubro-negra não entendeu que isso foi uma jogada para a sua desmoralização? 

Uma vergonha.

NOTA 2- A NECESSIDADE FAZ A OCASIÃO

* O Sport não tinha outra opção.

Era matar ou morrer.

Existe um antigo provérbio bem conhecido no Brasil: ¨A necessidade faz a ocasião¨.

Como não teria outra oportunidade o rubro-negro da Ilha do Retiro, agarrou-se as chances dadas pelo Fluminense que estava perdido no campo, e resolveu a partida nos primeiros trinta minutos.

Fez a sua ocasião pela necessidade.

Depois desse período veio o equilíbrio, com o único gol tricolor, mas no final o placar do estádio do Maracanã mostrava 2x1 para a equipe de Pernambuco.

Essa vitória deu-lhe mais uma semana de sobrevida para que possa se organizar para o jogo contra o campeão Corinthians.

O que não conseguimos entender é a razão de que em outros jogos a equipe não esteve tão ligada, procurando a vitória, fato esse que se acontecesse não estaria hoje lutando contra a degola, deixando a sua torcida desesperada.

O ideal seria um empate no jogo entre Vitória e Ponte Preta, ou então a vitória da Macaca, mesmo essa ultrapassando o time da Ilha do Retiro na tabela de classificação, é uma equipe inferior a baiana.

Esse jogo deverá ser muito equilibrado, posto que ambos já sabem o resultado do Fluminense e Sport, e será um tudo ou nada.

Outro encontro com o lema: matar ou morrer.

Quanto ao tricolor das Laranjeiras, atuou sem apetite, desde que já tinha fugido da degola, mas na verdade pelo que jogou na competição deveria ser rebaixado.

Depois dessa partida ficamos com a certeza de que o técnico Abel Braga deve estar arrumando as malas para a viagem à Porto Alegre, com o sentido de assumir o Internacional. 

NOTA 3- DENÚNCIA CONTRA A GLOBO ESTÁ NO MPF DO RIO DE JANEIRO

* Raquel Dodge Procuradora Geral da República foi rápida no gatilho ao enviar para o Ministério Público do Rio de Janeiro, a denúncia contra a Rede Globo que foi encaminhada por três partidos políticos.

A acusação é de pagamento de propinas na compra dos direitos de transmissão das Copas do Mundo de 2006 a 2030, além dos jogos da Libertadores e da Copa Sul-Americana.

A emissora nega a existência dessas irregularidades, afirmando que não pode comentar o assunto por não ter sido notificada.

O documento tem por base as declarações de Alejandro Buzarco, quando da audiência do julgamento de José Maria Marin na Justiça de Nova York, afirmou que a Globo, a Televisa e sua empresa Torneos Y Competencias pagaram juntas 15 milhões de euros como propinas aos cartolas sul-americanos para a compra dos direitos citados.

A legislação brasileira não contempla crimes de corrupção privada, mas como a Globo teve isenção de impostos na aquisição dos direitos internacionais, e é uma concessão pública, tais fatos poderão permitir uma investigação da parte do Ministério Público. 

Vamos aguardar.

NOTA 4- UM RECORDE NO FUTEBOL ITALIANO

* Benevento é uma cidade italiana que dista 70 km de Nápoles.

É conhecida com a terra das bruxas. por conta dos rituais pagãos que eram realizados no período da Idade Média.

Na temporada de 2016/2017 do Campeonato Italiano o Benevento Calcio clube de futebol local conseguiu o acesso à Série A. 

Uma festa, que está se tornando em pesadelo, e já bateu um recorde nas 13 rodadas realizadas, quando perdeu todos os seus jogos, e está zerado na tabela de classificação.

A sua defesa foi vazada por 33 vezes, e marcou apenas 6 gols.

Tem sido a farra dos artilheiros do campeonato.

Levou uma goleada de 6x0 para o Napoli, e 5x1 para o Lazio.

Na verdade também existem Íbis no futebol europeu.

NOTA 5- UM CAMPEÃO DE FATO E DE DIREITO

* América-MG e CRB protagonizaram um dos melhores jogos entre todos das duas divisões nacionais.

Um encontro aloprado movido a mala branca do Colorado gaúcho.

Um duro sofrimento para o Coelho Mineiro, que contou com o apoio de 22.421 torcedores, que sentiam o tempo correr, o Inter vencendo o Guarani, garantindo assim o título de campeão, que aliás era sua obrigação por conta das diferenças financeiras. A equipe alagoana parecia que estava decidindo o campeonato.

Não respeitou o rival em nenhum minuto.

O seu goleiro Edson fez defesas milagrosas. 

Aos 20 minutos do segundo tempo o gol salvador do zagueiro Rafael Lima que jogava na Chapecoense quando do desastre aéreo, e só não estava com a delegação por conta de uma lesão, formou o placar que continuou até o final do jogo.

Um campeão digno, com 73 pontos, 20 vitórias, 13 empates e apenas 5 derrotas, o que representou uma bonita campanha, ultrapassando um time milionário, com uma folha 5 vezes maior do que a sua.

A Série B foi encerrada no dia de ontem, e como a principal foi a pior dos últimos tempos, com poucos destaques.

Os times pernambucanos Santa Cruz e Náutico foram rebaixados para a Série C, com o alvirrubro encerrando a participação levando uma goleada de 3x0 frente ao Luverdense, e na lanterna da competição

Uma vergonha.

Mais uma vez o blog acertou nas previsões quanto ao número mágico que bateu nos 44 pontos, e teve que ser utilizado os critérios técnicos para garantir o Guarani no lugar do Luverdense.

Contra números não existem argumentos.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O DIA D RUBRO-NEGRO

* Não conseguimos entende a razão do Sport ter sido escolhido para um jogo isolado da 37ª rodada do Brasileirão.

Algo estranho e fora de propósito.

Essas duas últimas rodadas deveriam ter as mesmas datas e horários para os clubes que lutam contra o rebaixamento.

Mas, como o nosso futebol é dirigido por um bando de gestores incompetentes e espertos, certamente nada de bom poderia ser feito.

O rubro-negro por conta de uma gestão desastrada chegou ao final do Brasileirão com altas chances de ser rebaixado (87%). 

Aliás se o time conseguir escapar da degola, os seus dirigentes terão que fazer uma ¨mea culpa¨, pegar o boné e pular fora do barco. 

Com bons recursos em mãos gastaram e não tiveram o retorno, levando os torcedores para a sofrência.

Hoje será o seu DIA D, ou seja ou Tudo ou Nada.

Como diz o antigo ditado: Se ficar o bicho pega, se correr o bicho come.

O Fluminense, o adversário dessa tarde não vem fazendo um boa campanha, tendo fugido da degola na rodada anterior.

Está na 14ª colocação, com 46 pontos, o Sport é o 18º com 39.

Não é um time difícil de ser batido mesmo jogando em casa, desde que a sua defesa é uma peneira furada.

Tomou 50 gols, mas na contrapartida o ataque marcou 48.

O problema maior é que o rubro-negro de Pernambuco é pior do que o tricolor carioca, com uma defesa que já foi furada por 57 vezes, uma verdadeira peneira de obra.

Os números do time das Laranjeiras são melhores dos apresentados pelo clube da Ilha do Retiro, e a vantagem para uma vitória pende para o primeiro.

O Sport é o lanterna do returno, com 21,7% de aproveitamento, enquanto o Fluminense é o 17º, com 39,2%, que também é pífio.

Nos últimos 10 jogos, o tricolor tem uma performance bem melhor, com 50% de aproveitamento, enquanto o Sport tem apenas 30,0%.

Como visitante o rubro negro só conseguiu 14 pontos em 54 pontos disputados (25,93%). A equipe carioca tem 50% de aproveitamento como mandante.

Embora uma vitória para o Sport não seja impossível de acontecer, o Fluminense é o favorito com 56% de chances, contra 22% para o visitante e 22% para o empate, que pelo andar da carruagem não é bom para o rubro-negro de nosso estado.

Não existe alternativa, e o jogo para o clube pernambucano é como já afirmamos, matar ou morrer.

Se perder poderá ser o adeus da Série A, já que os adversários irão jogar sabendo do resultado.

NOTA 2- OS CARTOLAS E AS PROPINAS 

* O relato do Alejandro Burzaco no seu depoimento à Justiça norte-americana é avassalador.

Esse apontou nominalmente 14 cartolas que receberam propinas para manter os direitos de televisão da Copa Libertadores para a sua empresa.

Os montantes eram repassados anualmente, com os bônus após as assinaturas dos contratos.

Segundo o jornalista Rodrigo Mattos do Portal UOL, quem mais arrecadou foi Julio Grondona, ex- vice da Fifa e ex-presidente da AFA, que era a figura mais poderosa da Conmebol. Até a sua morte ele levou US$ 8 milhões.

Segundo Burzaco, os cartolas começaram a receber US 600 mil por ano pela Libertadores, em 2006. O valor cresceu e atingiu US$ 1,2 milhão no caso do presidente Nicolás Leoz, antes de renunciar por acusações de corrupção.

Obvio que as propinas geraram prejuízos aos clubes, desde que essas reduziram os valores dos contratos.

Esses deveriam acionar os cartolas que as receberam, que de fato e de direito os valores lhes pertenciam.

Segundo o delator cada dirigente recebeu os seguintes valores:

Julio Grondona (AFA)- US$ 8 milhões,

Nicolás Leóz (ex-presidente da Conmebol- R$ 6,8 milhões,

Eduardo Delucca e José Luiz Meizner (ex-secretários-gerais da Conmebol)- US$ 6 milhões,

Eugenio Figueiredo (ex-vice e presidente da Conmebol- US$ 6,2 milhões,

Ricardo Teixeira (ex-presidente da CBF (US$ 4,2 milhões),

José Maria Marin (ex-presidente da CBF )- US$ 1, 650 milhão),

Marco Polo Del Nero- R$ 1,650 milhão,

Seis presidentes de outras federações nacionais- US$ 15,2 milhões e,

Juan Angelo Bapout (ex-presidente da Conmebol)- valor não especificado, embora tenha havido indicativo de pagamento.

Enquanto isso os cartolas brasileiros se preparam para reeleger Del Nero de forma antecipada.

Que país é esse?

NOTA 3- UM AMISTOSO PARA A ENTREGA DO TROFÉU 

* O único ponto fraco do sistema de pontos corridos é que esse não produz uma decisão para que seja decretado o seu campeão.

Uma ideia seria de dois turnos, mas a realidade atual esbarra nesse modelo, desde que o Corinthians somou 47 pontos no turno, e o Cruzeiro líder do returno faltando duas rodadas, só obteve 29.

Se o time Celeste ganhar os seus dois últimos jogos chegaria a 35, bem longe do campeão. Não seria razoável uma disputa entre os dois.

A meritocracia dos pontos corridos é sem duvida o seu maior apelo, desde que o melhor ganha o titulo.

A falta de atração provocou uma queda de público na última rodada, com um pouco mais de 10 mil por jogo, que na verdade é grotesco.

Como não existe uma fórmula alternativa, vamos com o que temos, e no dia de amanhã o Corinthians receberá o troféu no jogo contra o Atlético-MG que não tem nenhuma valia.

Um amistoso de luxo, com o Galo sonhando com o G9 para uma vaga na Libertadores.

Quem abre a penúltima rodada é o Fluminense na tarde de hoje no jogo contra o Sport, com valor apenas para o time de Pernambuco, desde que o tricolor mesmo sonhando com a Libertadores, deverá se contentar com a Sul-Americana.

Vamos e venhamos os únicos jogos que prometem emoções estão ligados a zona do rebaixamento.

O confronto direto entre Ponte e Preta e Vitória é motivador.

Quem ganhar vive, e quem perder morre.

É sem duvida de vida e morte.

Em Curitiba, no Couto Pereira, o Coritiba enfrenta o São Paulo para conquistar um pontinho que o livre do carrasco da degola. O tricolor já cumpriu a sua missão, ficando longe do rebaixamento.

Um outro time que está com os pés na Série B, o Avaí, joga em casa contra o time do Atlético-PR, para somar três pontos, que poderão dar esperanças de continuar lutando contra a degola. 

Na Arena do Grêmio um amistoso com cara de pelada, quando o dono da casa enfrentará o já rebaixado, Atlético-GO. Um encontro que até de graça é caro. 

Em Belo Horizonte, o Cruzeiro que está cumprindo a tabela, recebe o Vasco que está rezando pelo G9 para que possa ter uma vaguinha. Um jogo meio amistoso.

O Flamengo que não está garantido na Sul-Americana e precisa se colocar no Grupo da Libertadores, irá enfrentar o Santos. Ambos necessitam de pontos, e por isso o jogo poderá ser interessante.

Na Fonte Nova um amistoso interessante, entre Bahia e Chapecoense, desde que ambos conseguiram alcançar os seus objetivos.

Na segunda-feira a rodada será encerrada com o encontro entre Palmeiras e Botafogo, ambos lutando por posições e nada mais.

A média de público deverá melhorar um pouco, em razão da presença do Corinthians jogando em Itaquera.

Nos demais jogos não existe a perspectiva da presença de muitos torcedores. Irão assistir pela televisão. 

Estamos chegando no final do Brasileirão que não deixará saudades, por ter sido o pior de toda a história dos pontos corridos desde 2003, mostrando a cara de um futebol que foi destruído pela cartolagem, e espantou os torcedores. 

NOTA 4- O MARACANÃ IRÁ RECEBER O SAL GROSSO RUBRO-NEGRO

* O carrasco da degola afiando a sua foice, e os clubes tentando de tudo para fugir desse personagem.

Esses tiveram o ano todo para se organizarem, e no final quando a vaca está caminhando para o brejo, as promoções de ingressos, os vídeos com personagens famosos e até sal grosso entram no sistema.

O Avaí convocou o seu torcedor mais famoso, Gustavo Kuerten, para gravar vídeos motivacionais que estão sendo divulgados nas redes sociais.

A Ponte Preta apostou nos preços dos ingressos.

O mais caro será R$ 6,00 e a meia entrada R$ 3,00. Preços dignos do futebol da Macaca.

Por outro lado os torcedores do Sport que irão ao Maracanã estão levando sal grosso para que possam jogar nas arquibancadas do estádio, como o fizeram na Ilha do Retiro, para limpar a área dos péssimos espíritos.

Consultamos um pai de santo e esse nos disse que o clube tem um pé frio muito pesado, que precisa de um banho de sal grosso.

Deveriam tentar. 

São coisas do futebol brasileiro e dos seus torcedores, que passam o ano observando a queda dos seus times, e no final quando o buraco é profundo, procuram soluções alternativas. 

NOTA 5- O RAIO CAI NO MESMO LUGAR POR DUAS VEZES?

* A lei das probabilidades garante que um raio não cai no mesmo lugar por duas vezes.

Por conta disso procuramos os resultados dos jogos no Turno com os clubes que lutam contra o rebaixamento, tendo os adversários dessas duas rodadas finais.

CORITIBA

São Paulo 1x0 Coritiba,

Coritiba 2x0 Chapecoense,

VITÓRIA 

Vitória 3x1 Ponte Preta,

Flamengo 0x2 Vitória, 

PONTE PRETA

Vitória 3x1 Ponte Preta,

Ponte Preta 0x0 Vasco,

SPORT

Sport 2x2 Fluminense,

Corinthians 3x1 Sport,

AVAÍ

Atlético-PR 5x0 Avaí, 

Avaí 0x0 Santos.

Se as somas dos pontos forem repetidas, Coritiba escapa, e o Vitória continuará na Série A de 2018, mas tais resultados irão confrontar a teoria do raio.

Vamos esperar.

Escrito por José Joaquim

No futebol brasileiro um clube que consegue ascender à sua divisão maior, se não tiver a solidez através de uma boa gestão, irá sofrer o efeito Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, com a sua inesquecível sanfona.

O vai e volta.

Trata-se de algo real e confirmado pelas estatísticas, quando a partir de 2006 com a Série A composta por 20 clubes,  em todas as suas competições pelo menos um time que subiu, caiu no ano seguinte, e outros não retornaram entrando no esquecimento.

Na verdade esse fato não poderia deixar de acontecer por conta das distorções entre as duas Divisões Nacionais, principalmente na parte técnica e financeira.

Apesar da mediocridade do atual Brasileirão, esse está muito acima da qualidade da Série B, e se não houver uma estrutura da parte dos clubes que ascendem à divisão maior isso torna-se em um sonho de verão, bem passageiro. 

Dos quatro times que estão lutando contra o rebaixamento, e um que já foi rebaixado, o mais longevo é o Coritiba, que completou seis anos seguidos nessa divisão, seguido pelo Sport que entrou em seu quarto ano.

A Ponte Preta com dois anos, enquanto Avaí e Atlético-GO estão no primeiro ano após os retornos, com o primeiro com as chuteiras na Série B de 2018, e o segundo já confirmou a presença nessa divisão.

No período estudado, o clube que teve mais degolas foi o Vasco da Gama, com três quedas, embora tenha voltado nos anos seguintes.

No espaço de 11 anos, o Sport subiu em 2006, foi rebaixado em 2009, caiu mais uma vez em 2012, retornando em 2013, onde permanece até hoje, e ameaçado de quebrar essa série de permanência.

O Vitória da Bahia teve uma queda em 2010, retornando em 2012, caindo mais uma vez em 2014, voltando em 2016. Está no perigo.

Nesse mesmo tempo o Coritiba caiu em 2009, voltou no ano seguinte, ou seja o efeito sanfona não atingiu o Coxa, desde que a sua ausência foi de apenas 1 ano.

Enquanto isso, a Ponte Preta de Campinas foi rebaixada em 2006 voltando em 2011, com um longo período na Série B.

Só jogou um ano, caindo mais uma vez em 2013, retornando no ano de 2014, e completou 3 anos consecutivos nessa temporada.

O Avaí teve um acesso em 2014, caiu em 2015, retornando em 2017, com apenas um ano de participação. 

Quanto ao rebaixado Atlético-GO, esse é apenas um visitante, teve um acesso em 2009, foi rebaixado em 2012, retornando em 2016, e voltando para o seu ninho nessa temporada de 2017.

Alguns clubes desapareceram do Brasileirão após os rebaixamentos: Santo André, Barueri, Fortaleza, Juventude, Ipatinga (hoje o BOA).

O Paraná depois de 10 anos do lado de  fora está de volta, embora a sua estrutura não seja adequada para garantir a permanência, e o Ceará que foi rebaixado em 2011, subiu nessa temporada, e que precisa se organizar para não dançar com apenas um ano. 

Com exceção do Coxa, os demais que estão nessa luta já são clientes da sanfona, e todos gostam de um baião do finando Luiz Gonzaga.

No período analisado alguns chamados de grandes foram rebaixados: Corinthians, Vasco (3), Botafogo, Palmeiras e Internacional. 

Na realidade os clubes não se preparam para o avanço, comemoram, mas o projeto de permanência não é elaborado, e ficam participando do efeito sanfona.

Por outro lado, o Chapecoense está dando um salutar exemplo de profissionalismo e competência.

Não tem os recursos do Sport, ou do Vitória, mas depois que subiu para a Série A no ano de 2013, seguiu em frente e apesar do abalo com a tragédia aérea estará pela quinta vez seguida participando do Brasileirão.

Sem boa gestão, não existe solução.

Escrito por José Joaquim

A tabela do estadual pernambucano foi divulgada pela entidade local, e de imediato surgiu uma pergunta: E daí?

Embora o modelo do próximo ano esteja melhor do que os anteriores, na verdade essa competição não traz nada de novo ao sistema, que se esgotou e precisa de novos projetos, e entre esses a perenização dos clubes de futebol.

Tal fato é generalizado para todo o país, sem exceção, e hoje é o maior problema do futebol nacional, com o desperdício de datas para algo que vem do nada, para o nada.

Os estaduais deixaram de agregar torcedores, e hoje é a competição com menos média de público entre as que são realizadas.

A Copa do Nordeste representa a realidade, necessitando de algumas modificações, e deveria ser ampliada com uma Segunda Divisão que receberia clubes de todos os estados participantes, com direito ao acesso.

Seria o fortalecimento dessa competição, e uma maneira de dar uma visibilidade para aqueles que não fazem parte do sistema maior, que são sempre os mesmos.

A criação da Série E regionalizada completaria o sistema, agregando clubes com boas condições de disputa-la, que tenham uma estrutura adequada, bons campos de jogos, boa demanda, e que deixariam a hibernação para se tornarem perenes.

Quantos empregos seriam gerados?

Os pessimistas de plantão poderiam alegar que não haveria recursos para uma competição como essa, levando-se em conta as dificuldades financeiras.

Conversa jogada fora, desde que a Série D começou com problemas, foi se estabilizando e hoje caminha bem, com a necessidade de uma reformulação para que dure uma temporada inteira.

A regionalização dessa competição poderia avivar o interesse de patrocinadores e até das televisões regionais, como irá acontecer com a Copa do Nordeste de 2018.

Se a Caixa Econômica investe nas marcas das camisas dos clubes brasileiros, qual a razão de não investir em tal projeto, que daria um retorno da mais alta valia para a instituição?

Outras empresas poderiam fatiar os patrocínios, mas para que isso possa acontecer existe a necessidade de um projeto bem elaborado, o interesse do Circo, e esse é o grande problema, quando e entidade que dirige o futebol brasileiro não tem o menor sentimento com relação ao esporte, e só pensa em sua $eleção, que é a patrocinadora maior da corrupção que tomou conta dessa Casa.

A municipalização poderia ser implementada para clubes menores, locais, que aspiram a uma maior profissionalização, mas que também tenham uma estrutura sólida para participarem de eventos maiores.

O sistema de acesso e descenso seria uniforme.

O resultado geral seria a massificação do futebol, a apresentação de novos talentos, e sobretudo um processo maior de formação, se o esse esporte tivesse cartolas com discernimento, e sobretudo com uma visão de perceber que os estaduais faliram e não tem mais retorno, inclusive o seu único legado que era o da revelação de atletas que há muito deixou de acontecer.

Uma luta inglória, pois vivemos em um país estático, que não deseja mudar, e cuja sociedade esportiva não está preocupada com o seu futuro, que sem dúvida será tenebroso.  

Na verdade a sociedade brasileira acomodou-se, e poucos são os que desejam mudar, inclusive no futebol. 

O maior exemplo está no Circo com um presidente com seu nome entre os procurados pela Interpol, ninguém fala, ninguém protesta, e o colocarão no poder por mais quatro anos.

Ou um tsunami varre essa gente, como também na politica, ou o futebol brasileiro continuará em sua queda latente, e o Brasileirão é o maior exemplo, com a sua mediocridade que não deixará saudades.