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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- A FÊNIX CATARINENSE

* Madrugada de 29 de novembro de 2015. Á 01h15 por conta da falta de combustível, o voo da LaMia caia no montanha de Cerro Gordo, no município de La Union, a 50 km de Medellin na Colômbia, causando a morte de 71 pessoas.

Dentre as vítimas 42 profissionais da Chapecoense, 19 jogadores, 14 integrantes da comissão técnica e 9 dirigentes.

Um grupo que vinha desde 2013 transformando uma pequena equipe do interior de Santa Catarina como uma boa referência para o futebol nacional.

A fatalidade fez com que a Chapecoense tivesse que passar por um processo de reconstrução que seria imaginável para todos, mas na verdade conseguiu, e quando se pensava que seria rebaixada no atual Brasileirão está na primeira página da sua classificação.

A união de uma cidade, em conjunto com os familiares dos mortos, e dos três sobreviventes, conseguiram dar a necessária volta por cima, e a presença na Série A na próxima temporada é um presente para as vitimas da tragédia.

A recomposição de um time em pouco tempo é algo que tem que ser destacado, um grande desafio e que deu certo graças a competência dos dirigentes, e o retorno está vindo dos gramados, quando a equipe embalou e somou 9 jogos seguidos sem derrotas.

A Chapecoense é uma Fênix saindo das cinzas de uma tragédia, e um exemplo de que a união de todos com a dor que ainda sopra pela cidade, nada é impossível de acontecer.

Há um ano que essa equipe é a segunda preferida dos brasileiros.

NOTA 2- NA 37ª RODADA A FESTA FOI DOS VISITANTES

* Os clubes visitantes fizeram a festa na 37ª rodada.

Esses foram vencedores de 6 jogos (60%), contra 2 empates (20%) e 2 vitórias dos visitantes (20%).

Foram marcados 22 gols, com uma média de 2,2 por partida.

O público dobrou com relação ao da 36ª rodada, que foi um dos menores da competição. Nos 10 jogos, as arquibancadas receberam 211.617 pagantes, com uma média de 21.162 por cada jogo.

A entrega do troféu de campeão ao Corinthians, levou ao Itaquera 46.030 torcedores.

O desespero do Coritiba lotou o Couto Pereira, com 38.059.

O Bahia que já cumpriu o seu dever de manutenção, recebeu mais uma vez um excelente público, com a presença de 35.132, bem maior do que o do último jogo do Palmeiras no Allianz Parque, que abrigou 23.562 pagantes.

O menor público foi do jogo entre Grêmio e Atlético-GO, com 5.780 torcedores.

No cômputo geral, o Brasileirão de 2017 estagnou na relação público  e receita.

Faltando 10 jogos ainda não conseguiu ultrapassar a barreira de 16 mil pagantes por jogo, com 15.902.

Para que se tenha ideia desse micro crescimento, em 2016 a média do público foi de 15.837. Uma evolução grotesca.

O mesmo se dá com relação a renda bruta, com R$ 5.763.521,00 (2016), para R$ 5.836.014 (2017).

São detalhes que mostram que o futebol brasileiro emperrou, e os números de torcedores e a renda não evoluíram como deveriam.

É um moribundo à espera da morte. 

NOTA 3- O GRÊMIO E A LIBERTADORES

* Na noite de hoje será realizada a partida final da Copa Libertadores envolvendo o Grêmio e Lanús da Argentina, que será o mandante do jogo.

A equipe gremista joga com o Regulamento embaixo do braço, isso certamente ajuda, embora não resolva tudo.

Não acreditamos que o time portenho irá jogar como o fez no Brasil, de troca de passes, fazendo o tempo passar.

O Lanús no jogo de Porto Alegre foi gelado, buscando um empate, fato esse que não poderá acontecer em casa, desde que necessita de uma vitória.

O Grêmio tem uma equipe preparada por um bom técnico, Renato Portaluppi, que deverá formatar um tipo de jogo em que se dá a corda para o adversário,  que em determinado momento terá que se abrir, e no contra ataque o tricolor poderá resolver o assunto.

Apesar de ser um jogo difícil por conta de um bom rival, a equipe gaúcha tem tudo para conquistar o título da competiçáo. 

NOTA 4- DEVO NÃO NEGO, PAGO QUANDO PUDER

* Alguns clubes brasileiros mandaram preparar uma placar para afixa-la à frente de suas sedes, com os dizeres: ¨DEVO NÃO NEGO, PAGO QUANDO PUDER¨.

No Vasco da Gama os direitos de imagem que formam a maior parte dos salários dos atletas não estão sendo pagos.

O Botafogo encontra-se na mesma situação, e para completar o trio de ouro do futebol carioca, os atletas do Fluminense não recebem os salários referentes aos direitos de imagem há quatro meses.

Foi pago um mês referente aos valores anotados na carteira, antes do jogo contra o Sport, fato esse que revoltou os jogadores, desde que havia uma promessa de quitação de todos os débitos.

No Rio de Janeiro somente o Flamengo está em dia com as suas obrigações salariais.

Em Belo Horizonte a situação não é boa no Atlético-MG, que ainda não pagou os salários do mês e outubro. O clube não paga a dois meses os direitos de imagem dos seus jogadores.

O dinheiro das negociações de Lucas Pratto e Maicosuel não deram para nada.

O Cruzeiro tem um déficit de R$ 200 milhões.

Na última terça feira o procurador de Ricardo Oliveira afirmou que o Santos deve quatro meses dos direitos de imagem dos seus jogadores.

O Corinthians também está na mesma toada, e aguarda o término da competição para receber o premio destinado ao campeão e quitar os seus débitos.

Que futebol é esse, quando no final do ano os seus clubes estão com o pires nas mãos?

São coisas das gestões alopradas do esporte da chuteira no Brasil.

Se esses estão nessa situação, imagine os menores.

Que o digam Santa Cruz e Náutico.

NOTA 5- PARA QUE SERVEM OS ESTADUAIS? 

* Dos vinte clubes que disputam o Brasileirão, sete foram campeões estaduais, e apenas dois se conduziram bem nessa competição, o Corinthians, campeão paulista, e Chapecoense, campeão de Santa Catarina.

O Sport ganhou o título com o apoio do apito de vídeo amigo, e recebeu o troféu de campeão.

No Nacional está na zona do rebaixamento, usando toneladas de sal grosso para enganar o carrasco da degola.

O Atlético foi campeão mineiro, e no Brasileirão ainda está fora do Grupo da Libertadores.

No Paraná, o Coritiba ganhou o campeonato, e está ameaçado de rebaixamento.

O Flamengo que gastou milhões com as suas contratações, foi campeão carioca, e está lutando para ficar no G7, sem condições de atingir o G4.

A sua salvação poderá ser a Copa Sul-Americana.

Com tais detalhes fica bem claro que o futebol brasileiro já foi para o brejo, e que os estaduais não servem como referência.

NOTA 6- PROCURADO POR SEIS PAISES E FELIZ NO BRASIL

* O Brasil é o valhacouto para os espertos.

Ricardo Teixeira recebe a acolhida desse país tropical que não é abençoado por Deus. Já foi. O abandonou quando foi assaltado no Rio de Janeiro.

O ex-presidente do Circo não conseguiu conquistar o sexto título mundial com a sua seleção, mas ganhou o Hexa com um cerco de seis países que o procuram por conta das denuncias de corrupção.

Estados Unidos, França, Andorra, Suíça, Espanha e agora o Brasil que começou a trabalhar em conjunto com esses países, embora ainda tenha uma determinação de uma Juiza Federal do Rio de Janeiro em 2015, que proibiu o MPF de trocar informações sobre o ex-cartola com a Justiça norte-americana.

O MPF entrou com um recurso no STF e aguarda a decisão que só irá acontecer quando a vovozinha comer o lobo mau, pois esse Tribunal é mais lento do que uma tartaruga, que não é a Ninja.

Nos Estados Unidos em parceria com a Suíça  as investigações giram em torno das propinas que teria recebido dos direitos de transmissão.

Na Espanha, Ricardo  Teixeira é um dos suspeitos de terem montado uma OCRIM para receber propinas de jogos da seleção do Circo.

Na França as investigações tem como foco o elo do Catar e os dirigentes, com propinas pagas através de Mônaco.

Andorra um paraíso fiscal que abrigou algumas contas do ex-cartola também está colaborando.

O Brasil caminha de forma lenta nas parcerias, mas numa troca de informações entre a nossa Policia Federal e as dos outros países, foi descoberto um personagem oculto, Murilo Ramos que foi executivo do Banco Pasche, e que acompanhou Teixeira em uma viagem com o Jato do Circo a um paraíso fiscal do Caribe.

Na verdade o cerco está feito, e apesar da pouca vontade do Brasil, cedo ou tarde o ex-cartola será apanhado.

NOTA 7- PERGUNTAR NÃO OFENDE?

* O Santa Cruz está como biruta de aeroporto, quando ainda não firmou uma candidatura da situação.

Só a oposição tem os seus candidatos, mas na realidade falta-lhes o cabedal necessário para assumir o comando de um clube que está na beira da falência.

Todo dia aparece um candidato da chapa situacionista.

Antônio Luiz Neto, cujo coração foi mais esperto do que o dono, e o levou a desistir dessa loucura.

Depois apareceu Tonico Araújo, cuja aposta era de pagar R$ 100 por R$ 1, de que esse manteria essa candidatura.

Saiu do páreo, mancou na primeira curva.

Agora surgiu o vice-presidente de Futebol e do atual executivo, que após varias consultas resolveu aceitar e disputar no colégio eleitoral.

A pergunta que é feita sem ofender, e que gostaríamos de saber que um membro importante da atual diretoria, que dirigiu o futebol rebaixado, poderá resolver os problemas do clube quando o deixou na beira do abismo?

Quem souber responder que faça-o. 

Escrito por José Joaquim

No próximo domingo, a temporada futebolística do ano de 2017 será finalizada, e começam as férias dos profissionais da bola.

O retorno dar-se-á no dia 4 de janeiro para uma mini pré temporada.

Dois clubes poderão encerrar as suas atividades nos dias 14 e 16 de dezembro, no caso da classificação do Flamengo para a final da Sul-Americana, e da conquista do título pelo Grêmio na Copa Libertadores que levará ao Mundial.

Nesses dez meses com várias competições não conseguimos detectar nada que possa ser destacado.

Os clubes patrocinando um futebol abaixo da mediocridade nas duas maiores divisões. Essas não deixarão saudades, e sim um alivio ao torcedor por conta das mesmices patológicas que tomaram conta desse esporte.

Não existe nada mais complicado para uma escolha do craque do Brasileirão, desde que o nível apresentado pelos jogadores, estão mais baixos do que os reservatórios do Nordeste.

Não existe uma simples revelação.

Os mais novos seguem o mesmo rumo dos antigos, muito marketing pouco futebol.

Os clubes com fracos gestores, as Federações são cartórios e pouco ou nada produzem para o esporte, enquanto a Confederação tem nas páginas policiais por conta dos ex- presidentes, e do atual, Marco Del Nero o seu boletim informativo.

O ano de 2017 não tem um único legado no seu setor esportivo, e pelo andar da carruagem tudo irá continuar como dantes no Quartel de Abrantes.

Na realidade está cada vez mais difícil de assistir, pela manhã e início da tarde campeonatos como o inglês, espanhol e alemão, em seguida encarar as peladas brasileiras jogadas por aqui.

Por conta disso que cada vez se vê pelas ruas crianças, adolescentes e até marmanjos com camisas dos times europeus. A diferença de qualidade desses (e mesmo alguns não tão poderosos, como Real Madrid, Manchester United, Barcelona e Bayern de Munique, entre outros), e os nossos é trágico e cada vez mais se amplia.

O que foi feito para mudar o sistema? Nada.

O futebol brasileiro se contenta apenas com as fotos da namorada de Neymar, ou destacar que Adriano deseja retornar ao Flamengo.

Aqui na terra tupiniquim o roubo de uma bicicleta de Mauro Shampoo é destaque nas páginas esportivas, e nenhuma analise sobre a razão do falecimento desse esporte no estado.

O ano esportivo está chegando ao seu final, e o calendário insano será repetido com maiores dificuldades por conta da Copa do Mundo, e perdendo-se datas com os falidos estaduais.

Em Pernambuco os clubes irão jogar duas vezes em 24 horas, que é sem duvida algo que passa da racionalidade e entra no grotesco.

Obvio que a culpa não está apenas na conta da Federação local, e também deve ser cobrada dos clubes que aprovaram o Regulamento.

No Rio de Janeiro se o Flamengo chegar à final da Sul-Americana, os jogadores irão entrar de férias no dia 15 de dezembro, só retornando em 15 de janeiro, e no dia 17 começa o estadual local.

São uns destruidores de plantão.

Os clubes extrapolaram na quantidade de jogos, alguns chegando a 80 partidas na temporada, e obvio que se não tivesse os estaduais nesse modelo autofágico com suas 17 datas, esse numero seria reduzido para 63, que seria o ideal.

Essas competições poderiam ser disputadas pelos aspirantes.

A contradição maior é que maioria joga 17 partidas, e a minoria 80.

O futebol brasileiro vive sob uma ditadura imposta por uma minoria, contra a maioria, que se cala por conta de algumas benesses, como acontece com uma parte de nossa sociedade.

Será que essa gente não visualizou que o futebol brasileiro se apequenou, por não contemplar 10 meses para a participação de pelo menos 12 mil atletas, que ficam hibernando na espera do próximo ano?

Com essa ausência o número de jogadores ofertados no mercado é bem reduzido, e com os mesmos personagens. Contamos com os dedos das mãos.

Será que os cartolas não entenderam que os clubes sem jogar não criam condições de uma maior estrutura, para um desenvolvimento sustentável, e sobretudo, terem um fortalecimento econômico?

O ano de 2017 se vai, e será lembrado pelo que de pior aconteceu, e 2018 se avizinha sem nenhuma esperança para um esporte que um dia foi a paixão nacional, e que se transformou hoje uma peça de um humor de baixa qualidade.

Escrito por José Joaquim

América-MG, Ceará e Paraná estarão participando da Série A de 2018, que é sem duvida um outro patamar quando comparada a Série B.

O trio está saindo de um navio cargueiro para um transatlântico onde irão viajar em uma cabine mais simples.

Embora as suas receitas serão ampliadas, mas na verdade ficam bem longe das necessidades.

Lemos uma entrevista do presidente do tricolor paranista, e esse declarou que o projeto do clube é o dos ¨pés no chão¨, gastar com racionalidade e com contratações que venham para jogar e não para somar em quantidade.

Esses clubes irão lutar contra o efeito sanfona que acontece todos os anos, e o Coelho Mineiro é uma de suas vitimas, desde que em todos os seus acessos na era dos pontos corridos, caiu no primeiro ano.

O clube é como uma empresa seja ela grande, média ou micro, mas existe um ponto de ação para todos, que é o de gastar mais do que se arrecada.

Aliás esse é o maior mal do futebol brasileiro, quando alguns querem andar de Ferrari quando não tem o dinheiro para a gasolina.

Boa parte dos clubes que disputaram o Brasileirão encontram-se com problemas financeiros, inclusive o campeão Corinthians, com salários atrasados.

É a realidade de nosso futebol.

Existe um excelente livro sobre esse tema, escrito pelos consultores financeiros, André Massaro e Conrado Navarro, com o título ¨Dinheiro é um santo remédio¨, e que deveria ser o de cabeceira de nossos dirigentes.

Segundo os autores, o equilíbrio financeiro é apenas uma relação neutra ou positiva entre o dinheiro que entra e o dinheiro que sai.

Isso é o que sempre discutimos em nosso blog.

A maioria dos problemas financeiros da humanidade sumiria de uma hora para outra, se as pessoas passassem a observar e seguir uma única regra em suas vidas: viver conforme suas possibilidades.

Uma regra simples e elementar que se aplicada nos clubes, esses não estariam com o pires nas mãos, por conta da extrapolação dos limites financeiros.

O endividamento se dá por conta do desequilíbrio financeiro, quando causa perda de reservas, dando lugar aos empréstimos.

O problema de nossas entidades sócio-esportivas está relacionado ao amadorismo das gestões.

Os dirigentes são movidos pela paixão, incapazes de observarem que a sobrevivência dessas está relacionada ao equilíbrio financeiro, e passam a gastar mais do que entra em seus cofres, inclusive com a perniciosa antecipação de receitas, que não é permitido mas continua a acontecer.

O futebol hoje é um grande negócio que não pode, nem deve, ser gerenciado por amadores, e sim por profissionais competentes, com uma boa leitura de economia, que possa ser utilizada nas gestões.

O nosso conselho aos três novos participantes do Brasileirão, é que esses tenham seus pés no chão, e que visitem a cidade de Chapecó para aprenderem como um clube de pequeno porte, que sofreu uma tragédia que está completando um ano, continua firme e forte, bem nas competições em que atua, e principalmente com débito zero em seus balanços. 

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O TAMANHO DO BRASILEIRO

* A pontuação do campeão do Brasileirão da atual temporada, mostra que a competição foi uma das mais fracas entre as doze que foram realizadas a partir do ano de 2006, o primeiro dos pontos corridos com 20 participantes.

Apesar disso, o Corinthians ganhou o título com quatro rodadas de antecedência, o que caracteriza a pouca competitividade dos demais clubes, mas a conquista foi justa.

Foi o melhor, mas o seu futebol não teve uma grande dimensão.

Mesmo se ganhar os três pontos no último jogo que será realizado no próximo domingo contra o Sport, esse continuará na 9ª colocação do ranking da pontuação entre os anos de 2006 a 2017.

Nos três últimos campeonatos as pontuações foram mais destacadas.

Em 2014 o Cruzeiro somou 80 pontos, em 2015 o Corinthians obteve a maior entre as doze disputas, 81 pontos, e na temporada passada o Palmeiras chegou aos 80.

A seguir:

4º-São Paulo- 2006- 78 pontos,

5º-São Paulo- 2007- 77,

6º- Fluminense- 2012- 77,

7º Cruzeiro- 2013- 76,

8º-São Paulo- 2008- 76,

9º Corinthians- 2017- 72 (não mudará de posição),

10º- São Paulo- 2008- 71,

11º- Fluminense- 2010- 71 e,

12º- Flamengo- 2009- 67 pontos.

A equipe alvinegra fica à frente de apenas três clubes.

São números que mostram uma queda na competição, em relação aos três anos anteriores. 

NOTA 2- O TRUCIDAMENTO DE UM GOLEIRO

* Alex Muralha está sendo destruído e terá muitas dificuldades para voltar a ter o equilíbrio necessário para continuar na profissão.

O goleiro do Flamengo está numa fase cinza, em que tudo dá errado nos jogos em que atua.

Parece que os Deuses do Futebol estão perseguindo-o.

Quando substitui o titular Diego Alves, no primeiro lance leva um gol fraco. A torcida se enfurece e passa o resto da partida pedindo a sua saída.

As redes sociais o massacram.

O jornal Extra o condenou á morte com tantas criticas.

O chamam de Alex Roberto, e nunca de Muralha.

Sabemos que o rubro-negro da Gávea não tem um goleiro para o lugar do contundido Diego Alves, e Alex Muralha tem sido a única alternativa e isso está acabando com o pouco que resta do emocional desse profissional.

No último domingo, mais uma vez vimos que os Deuses estão contra, criando oportunidades para seus erros.

O primeiro gol santista foi por conta de uma tentativa do goleiro de driblar o atacante Ricardo Oliveira.

Errou e a rede foi balançada.

No segundo gol da vitória do time da baixada santista, mais um erro grave, chegou atrasado na bola.

As arquibancadas não o perdoam, massacram, mas o Flamengo insiste em sua escalação, e a cada jogo o buraco se aprofunda.

O profissional está arruinado mentalmente.

Depois do jogo do domingo, chorou no vestiário, e isso é um reflexo do seu momento.

O time da Gávea na próxima quinta-feira terá um encontro contra o Junior Barranquilla pelo segundo jogo da Sul-Americana e escalar Muralha será uma temeridade, por conta de uma pressão muito forte, que está destruindo-o.

Melhor seria a escala de um goleiro sub-20 tranquilo, do que um experiente que atravessa uma das piores fases de sua carreira.

No final da noite de ontem o atleta foi barrado e não jogará contra o time colombiano. 

Muralha foi imolado no altar dos Deuses do Futebol.

NOTA 3- NEM TANTO AO CÉU, TEM TANTO AO MAR

* São tantos os especialistas em probabilidades que estão analisando a situação do rebaixamento na Série A, quando 4 clubes tentam se livrar do carrasco da degola, que deixam o campo tumultuado. 

Todos os sites publicam números convergentes, bem parecidos.

Para o Infobola, o Avaí tem 81,6% de chances para a queda, o Sport 76,2%, Coritiba, 28,4% e Vitória, 13,8%.

No site Chance de Gol, o time de Santa Catarina com 98,2%, Sport com 72,6%, Coritiba, 24,99% e Vitória, 9,17%.

De acordo com o Departamento de Estatística  e de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais, o Avaí tem 81,6%, Sport 76,2%, Coritiba, 28,4% e Vitória, 13,6%, ou seja todos derrubam o rubro-negro de Pernambuco e a equipe catarinense.

O nosso blog também tem um sistema mais simples e que produz os percentuais dos clubes que estão nessa luta inglória.

Aliás acertamos em cheio na queda do Santa Cruz e Náutico.

Na realidade a sistemática é bem parecida, utilizando-se os números do ranking estatístico de cada clube.

Obvio que Coritiba e Sport levam vantagem nos estudos por serem os únicos a dependerem de suas próprias chuteiras, mas existe uma variante que não está sendo estudada, que é bem representada pelos adversários dos seus encontros.

O peso do Flamengo no seu jogo contra o Vitória é bem maior do que o do Corinthians contra o Sport. 

O mesmo se dá com relação a Coritiba e Chapecoense.

O rubro-negro carioca ainda luta para garantir uma vaga no grupo da Libertadores, pois a Sul-Americana não está garantida.

Com relação ao Chapecoense, adversário do Coxa, esse continua com o sonho de ingressar nesse grupo, e é um time invicto em 9 rodadas seguidas das 18 do returno.

Um adversário difícil.

Para o Sport, embora o Corinthians seja campeão, sem duvida é um confronto mais leve, desde que esse não tem mais nada a fazer senão comemorar o título.

Por conta dessas variantes os nossos percentuais são diferentes dos demais, embora todos esses sejam feitos por matemáticos da melhor estirpe e que respeitamos.

O Avaí tem 96% de chances de queda, o Sport, 52%, Coritiba, 48% e Vitória com 28%.

Pelos nossos dados o equilíbrio é bem maior.

Só resta aguardar o final da rodada, posto que a bola é que irá resolver o problema, desde que somente os Deuses do Futebol sabem o que vai acontecer mas não dizem.

NOTA 4- O BAHIA TEM A MELHOR MÉDIA DE PÚBLICO ENTRE OS CLUBES DO NORDESTE

* O Bahia teve a melhor média de público entre os clubes da Região Nordeste.

Em seus 19 jogos como mandante, o tricolor da Boa Terra fechou a temporada com uma média de 21.541 pagantes por cada jogo, com a presença de 409.824 torcedores em suas partidas.

Além disso é o 5º colocado no Ranking agregado de público, ficando apenas atrás do Corinthians (40.007), São Paulo (33.825), Palmeiras (29.982) e Internacional (23.320).

O Esquadrão de Aço superou o Grêmio, finalista da Libertadores, com uma média de 19.722, o o Cruzeiro, campeão da Copa do Brasil, que finalizou com 14.491 pagantes por jogo.

Com relação ao seu rival Vitória a diferença é gigantesca, quando o rubro-negro teve uma média de 9.906 pagantes.

O adversário do time baiano foi o Ceará que levou aos estádio 20.555 torcedores por jogo, e com a diferença de jogar na Segunda Divisão.

O Fortaleza jogando na Série C, conseguiu colocar por jogo 18.175 torcedores.

Enquanto isso em Pernambuco, o melhor foi o Sport Recife, com uma média de 12.415 pagantes por jogo.

Muito longe do time baiano e dos cearenses. 

NOTA 5- UMA FESTA DE ZÉ ROBERTO E DE KENO

* No último jogo da 37ª rodada do Brasileirão o Palmeiras não tomou conhecimento do Botafogo que mostrou-se um time esgotado, e sem força, e conseguiu uma vitória de 2x0, retornando ao segundo lugar.

A noite foi dedicada à despedida de Zé Roberto, que encerrou a sua carreira aos 43 anos de idade, tendo recebido as justas homenagens dos torcedores após a partida.

Esse jogador é um exemplo para o futebol, além de jogar no alto nível, tem um caráter exemplar e que serve como espelho para as novas gerações.

Uma bonita e merecida festa.

Por outro lado enquanto Zé Roberto de despedia, Keno nos dava a alegria de vermos um ponta do antigo futebol.

Foi o melhor jogador da partida, deu uma espetacular assistência no primeiro gol, e marcou o segundo numa jogada antológica.

Existem alguns pontas no futebol europeu, mas no Brasil os técnicos trucidaram essa posição, e ao assistirmos uma exibição como essa, entendemos a razão do futebol brasileiro está numa UTI. 

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- VERGONHA DESLAVADA

* Mais uma vez o futebol brasileiro é vítima da violência dentro de um estádio de futebol.

Na tarde de ontem no Moises Lucarelli, em Campinas, durante o jogo entre a Ponte Preta e Vitória, após o terceiro gol do time baiano, a torcida campineira derrubou o alambrado invadiu o campo de jogo para agredir os atletas do seu time.

Daí em diante só confusão, com a Policia tentando contornar, e como sempre as bombas de borracha, e o spray de gás pimenta foram os protagonistas de uma partida que começou eletrizante, com a Ponte Preta em apenas 15 minutos fazendo um placar de 2x0, e o adversário perdido no campo.

Aos vinte minutos do primeiro tempo, o zagueiro Rodrigo do time de Campinas, resolveu dar uma de malandro para provocar a expulsão do colombiano Trelles, passando a mão em seu traseiro.

Foi apanhado pelo árbitro auxiliar que comunicou ao apitador principal, e foi expulso.

No segundo tempo em dois minutos de jogo o rubro-negro baiano empatou, aos 35 desempatou, quando aconteceu o início da invasão.

O estádio apanhou um excelente público graças as promoções, e com a presença de muitas crianças que certamente jamais irão voltar para acompanhar o seu clube.

É o futuro do esporte sendo tolhido.

A violência é um produto do que acontece no país, com a corrupção do setor público, aliada a impunidade, são levados às arquibancadas.

Um cenário bem triste que nos mostrou mais uma vez que o futebol apodreceu, levando consigo todos os seus segmentos.

Não temos duvida que pelo que estava jogando, a Ponte Preta sairia com um placar favorável mas terminou sendo rebaixada graças a atitude de Rodrigo que foi o único culpado pela sua debacle.

Além da conquista que levou o Vitória para fora da zona da degola, o encerramento da partida por falta de segurança, irá dar-lhe três gols, melhorando o seu saldo negativo para efeito de desempate.

O Regulamento da competição prevê que nesse caso, independente do placar, esse será considerado como de 3x0.

O zagueiro da Macaca tentou voltar aos tempos do futebol em que a malandragem surtia efeito, mas encontrou em Tréllez, o atacante do Vitoria um jogador equilibrado, que não reagiu, e deu uma resposta, marcando dois gols.

Rodrigo foi um grande otário.

NOTA 2- ÁGUA NO CHOPP DO CAMPEÃO

* O amistoso entre Corinthians e Atlético-MG que tinha como pano de fundo a entrega das faixas e do troféu de campeão, não teve a alegria desejada com uma vitória do alvinegro de São Paulo, desde que o adversário saiu de Minas para colocar água no Chopp da festa.

Conseguiu.

O Atlético-MG foi superior, saiu á frente do marcador e contou com uma boa exibição de Otero que foi o autor de um gol.

Uma festa bonita, justa para o campeão de um turno, e fraco em outro.

No Mineirão, o Vasco está cumprindo a profecia do seu cartola maior, Eurico Miranda, ao derrotar o Cruzeiro por 1x0 e se creditando a uma vaga no grupo da Libertadores, que poderá se firmar com uma derrota do Botafogo no seu jogo de hoje contra o Palmeiras.

No Couto Pereira com quase 40 mil torcedores, o  time do Coritiba foi derrotado pelo São Paulo que provisoriamente é o melho do returno, pelo placar de 2x1.

O time paranaense saiu na frente mas não conseguiu segurar o tricolor do Morumbi, que ainda sonha com a Libertadores do G9.

O mais grotesco foi o apito amigo que marcou um pênalti favorável ao time da casa, quando na realidade a mão na bola foi do adversário. O apitador foi Anderson Daronco, o Hulk do futebol.

O Coxa está desesperado, e necessita vencer o Chapecoense fora de casa para fugir da degola. 

Se não conseguir poderá ser superado pelo Sport e Avaí, no caso de uma vitória de ambos.

No amistoso com cara de pelada de várzea, os reservas dos reservas do Grêmio empataram em 1x1 com o Atlético-GO.

Em Florianópolis o Avaí que trava uma luta contra a morte, derrotou o Atlético-PR por 1x0, e continuou a respirar na competição na busca do quase impossível.

Na Fonte Nova o espetacular Chapecoense derrotou o Bahia por 1x0, chegando ao 9º lugar com 51 pontos, e com chance de G9, se tal fato acontecer. O time da Boa Terra perdeu um pênalti.

Mirem-se no exemplo desse clube.

No último jogo da noite, o Flamengo que finalizou por 23 vezes, foi derrotado pelo Santos que só chutou ao gol adversário por 3 vezes, e o placar terminou com 2x1 para o time peixeiro que assumiu de forma provisória o 3º lugar, mas com a vaga na fase de grupos da Libertadores garantida.

O goleiro Muralha do rubro-negro foi o responsável por essa derrota. No próximo domingo os amistosos irã continuar, e os jogos com validade serão apenas aqueles dos clubes que estão na briga contra o rebaixamento. 

NOTA 3- A FORTUNA DE RICARDO TEIXEIRA

* Ricardo Teixeira, o ex-presidente do Circo do Futebol Brasileiro sempre dizia aos áulicos que a sua fortuna era proveniente das vacas leiteiras de sua fazenda.

Eram vacas de ouro.

No ano de 2014 foi divulgado no Brasil um áudio com o então diretor do escritório local do banco Pasche, Jurg Schmid, em que esse citou o cartola: ¨Eu sei muito bem que nenhum outro banco em Mônaco quis abrir uma conta para ele¨.

O jornal Estado de São Paulo três anos após, revelou que a Justiça francesa havia identificado uma conta com o nome do brasileiro no valor de US$ 22 milhões (R$ 71,6 milhões).

Foi muito leite para produzir tanto dinheiro.

Segundo o jornal, existem duas suspeitas:

1) O dinheiro que fora depositado nessa conta vinha da relação de Teixeira com um fundo de Catar, o mesmo que pagou um amistoso da seleção do Circo, e que também é responsável por erguer obras para a Copa de 2022.

2) O dinheiro teria uma relação com o voto de Teixeira a favor do Catar, em 2010, para sediar o Mundial de 2022.

Agora, novos documentos revelam que o cartola multiplicou viagens a Monte Carlo organizadas por seu banco, o Havilland, que adquiriu o Pasche em 2013, e chegou a ter reservas no luxuoso hotel Metropole inclusive em dias de jogos no Mundial de 2014.

O mais espantoso é que o cartola tinha reserva marcada para Monte Carlo, enquanto a seleção do Circo vencia a de Camarões no Mané Garrincha em Brasília, no último jogo válido pela primeira fase do Mundial¨.

E esse ¨cidadão¨ continua livre nesse terra que acoita tudo que não presta.

Só mesmo no Brasil.

NOTA 4- OVERDOSE DE JOGOS

* O futebol brasileiro nessa temporada baterá todos os recordes em números de partidas jogadas pelos clubes.

O Flamengo foi o mais sacrificado quando poderá jogar de 82 a 84 partidas até o final do calendário.

Completou ontem 81, faltando mais uma rodada do Brasileirão, um jogo pela semifinal da Copa Sul-Americana, e caso passe para a final dessa competição chegará a 84 gols em 10 meses, o que representa 8,4 por mês, ou 2,2 por semana.

Tudo isso com longas viagens, inclusive internacionais.

O Segundo colocado é o time do Sport que completará 80 jogos no próximo final de semana.

A seguir vem:

Grêmio- 77 a 79, contando com os jogos pelo Mundial de Clubes caso conquiste a Libertadores,

Chapecoense- 79,

Cruzeiro-75,

Fluminense-75,

Atlético-MG- 73,

Botafogo-73,

Atlético-PR- 71,

Corinthians-71,

Bahia- 68,

Palmeiras- 68,

Vitória-68,

Santos- 67,

Internacional- 67,

São Paulo- 64,

Vasco- 60 e,

Coritiba-57.

Enquanto isso na Europa o clube que mais jogou na temporada de 2016/2017 foi o Manchester United, com 68 jogos.

A seguir:

Real Madrid- 64,

Barcelona-63,

Paris Saint Germain- 62,

Juventus- 61 e,

Bayern de Munique- 58.

Um futebol insano, que chegou ao fundo do poço por falta de gestão.

NOTA 5- O TAMANHO DO FUTEBOL DE PERNAMBUCO

* O torcedor do Sport comemorou a vitória sobre o Fluminense como a conquista de um título, mesmo dependendo dos jogos que seriam realizados no dia de ontem.

Atitudes como essa mostram a cara de nosso futebol, que no lugar de comemorar uma boa participação no Brasileirão, chora de alegria com a abertura da possibilidade de uma fuga da degola, que será definida na última rodada.

Nos tornamos pequenos perante o resto do país, e a permanência aos trancos e barrancos na competição é o grande troféu conquistado.

Deveriam dar medalhas aos jogadores e dirigentes do clube que são os responsáveis pelo vexame.

No final de tudo os profissionais ganharão um bônus, caso consigam tirar o clube do atoleiro.

Esse é o futebol de Pernambuco, quando a mídia achou que o Santa Cruz terminou com dignidade a participação na Série B derrotando o Juventude.

Deve ser uma dignidade invertida, posto que o clube foi rebaixado.

São coisas de nosso futebol.

NOTA 6- A NOSSA SALVAÇÃO CONTINUA SENDO GUARDIOLA

* O nosso domingo esportivo começou com uma pelada da Série A Italiana, entre o Genoa e Roma que terminou com o placar de 1x1.

A seguir assistimos mais uma vez uma verdadeira aula de futebol que foi patrocinada pelo Manchester City e por um modesto time, bom de bola, 11º colocado na tabela de classificação, o Huddersfield.

Embora dominando a partida com 77% de posse de bola no primeiro tempo, o time de Pep Guardiola foi surpreendido pelo mandante que já tinha derrotado o United no jogo anterior, que saiu à frente do marcador, com um gol contra de Otamendi.

No inicio do segundo tempo surgiu o gol de empate através de um pênalti cobrado por Aguero.

O placar de 1x1 persistiu até os 40 minutos do 2º tempo quando aconteceu o gol do desempate, e a 11ª vitória do City em 13 partidas pela Premier League.

A diferença do futebol do time de Pep Guardiola para os nossos aqui no Brasil, é que mesmo com o placar adverso continua jogando com bola rolando no gramado.

Nem nos escanteios essa é alçada.

O técnico não gosta do sistema Infraero que é adotado pelos times brasileiros, principalmente quando estão no aperto. O Flamengo ontem em seu jogo contra o Santos foi o maior exemplo desse futebol aéreo.

Ainda bem que temos o City para nos salvar da mediocridade.