NOTA 1- O SPORT AINDA RESPIRA
* Não foi um grande jogo, mas pelo menos o time do Sport conseguiu se formatar dentro de campo, e jogar melhor do que o Bahia.
O placar de 1x0 para o time da casa foi mais do que justo pelo que esse apresentou, desde que o adversário pouco incomodou o goleiro Magrão.
Com uma boa marcação, perdeu alguns gols, e finalmente conseguiu o salvador que fechou o placar.
Após quatro meses o Sport conquistou uma vitória em casa, desde que a última foi no mês de julho contra o Atlético-GO.
Essa veio numa boa hora, quando o time mais precisava.
Na verdade, pelo que se comenta isso só aconteceu por conta do sal grosso jogado nas arquibancadas e redes do estádio.
Além disso quebrou outro jejum, o de 8 jogos sem vitória.
Apesar do bom resultado obtido o time da Ilha do Retiro continuou na 18ª colocação na tabela, com um ponto de diferença para o Vitória que empatou o seu jogo contra o Cruzeiro.
Na tarde de hoje teremos um jogo entre a Ponte Preta que é a 17ª colocada, enfrentando o Fluminense no Rio de Janeiro, com o tricolor necessitando de uma vitória para espantar o carrasco da degola.
Um jogo que é importante para os dois rubro-negros do Nordeste.
A situação do rubro-negro de Pernambuco melhorou, mais as chances de degola ainda são grandes, e o próximo jogo contra o Fluminense será decisivo.
NOTA 2- MUITOS JOGOS E POUCO FUTEBOL
* Além do jogo do Sport e Bahia, no dia de ontem foram realizadas mais sete partidas pela 36ª rodada do Brasileirão, e com a exceção do encontro envolvendo o Atlético-MG e Coritiba, com o Galo fazendo uma boa apresentação, inclusive com um gol espetacular de Otero, do meio do campo, os demais foram fracos e sem emoções.
O Flamengo carimbou as faixas do Corinthians com três gols, contra zero.
O jogo foi fraco, sem qualidade, com o rubro-negro aproveitando-se das oportunidades dadas por um time que estava desligado dentro do campo, e quando teve algumas chances essas pararam nas mãos de Diego Alves, goleiro da equipe da Gávea.
Além disso o apito amigo ajudou o time local, ao marcar um pênalti à seu favor, totalmente inexistente, graças a uma excelente simulação do pscineiro Giovanni Augusto.
Com esse resultado o Flamengo pulou para o 6º lugar com 53 pontos, zona da Libertadores que poderá virar uma verdadeira zorra caso o Grêmio conquiste essa Copa e a equipe rubro-negra carioca a Sul-Americana, virando G9.
São Paulo e Botafogo jogaram e não jogaram, e o resultado de 0x0 foi justo pelo que apresentaram.
De qualquer maneira o resultado do jogo foi ruim para os dois times, desde que o tricolor sem chances de chegar ao grupo da Libertadores fugiu da degola, completando 46 pontos, enquanto o Botafogo continuou no G7.
No estádio Olímpico, o Atletico-GO empatou com a Chapecoense em 1x1, sendo o primeiro rebaixado da competição.
Com 34 pontos e 6 à disputar, no máximo chegará aos 40, pontuação do Vitória que tem melhores índices para o desempate técnico, e no domingo haverá um confronto direto entre o time baiano e a Ponte Preta, quando qualquer resultado tira as chances do time goiano de livrar-se do rebaixamento.
O Chapecoense somou 48 pontos, o maior número desde que disputa a Série A.
Um clube espetacular por tudo que passou.
Na Arena da Baixada, o Vasco da Gama foi derrotado pelo Atlético-PR pelo placar de 3x1, com o rubro-negro ainda sonhando com o G7.
O encontro do Santos contra os reservas dos reservas do Grêmio, que não teve a presença no gramado do técnico Renato Portaluppi, foi tão ruim que não merece comentários.
O time santista venceu por 1x0 e permaneceu no G4.
Finalmente no Barradão o Vitoria complicou-se ao empatar o seu jogo contra o Cruzeiro.
Saiu na frente do marcador, e permitiu que o time celeste empatasse.
De uma posição confortável que poderia ficar, a equipe baiana passou para o desespero, desde que ficou com um ponto a mais do que a Ponte Preta e para o Sport, sendo que essa irá jogar na tarde de hoje contra o Fluminense.
Além disso, para complicar a sua situação, o Vitória enfrentará na próxima rodada em confronto direto com a Macaca, jogando na casa da adversária.
Na verdade a situação do time baiano ficou complicada, e terá que torcer para o tricolor carioca, para que esse vença no seu encontro dessa tarde, senão a vaca poderá ir para o brejo.
NOTA 3- O APITO AMIGO DO ANO
* Não é nenhuma novidade para os que acompanham o futebol, que a arbitragem brasileira também chegou ao fundo do poço sem contar com uma corda para salva-la.
Já assistimos de tudo nessa temporada, mas o árbitro Heber Roberto Lopes será ¨hors-concours¨ a partir do último sábado, quando foi personagem de um lance que deixou todos perplexos no estádio, que abrigava o jogo entre Goiás e Internacional.
Inclusive nós.
O lateral Carlinhos do time goiano entrou pelo lado da defesa do Colorado, cruzou para o atacante Gustavo Morais que colocou a bola nas redes do adversário.
Tudo bem limpo e cristalino.
Para surpresa de todos, o apitador amigo marcou como bola no chão sem nenhuma satisfação.
Por coincidência estávamos assistindo esse jogo que tinha começado mais cedo, e não entendemos de onde esse tirou a ideia que houve alguma irregularidade.
No dia de ontem vimos o lance por varias vezes, e procuramos algo de errado nesse como se procura uma agulha perdida no palheiro, e não observamos nada.
Os torcedores do Goiás, os jogadores e o técnico Hélio dos Anjos ficaram estupefatos com a atitude de Heber Lopes, que foi bem estranha e descabida, prejudicando o dono da casa.
Imagine se esse não tivesse garantido a permanência na Série B de 2018, o que iria acontecer.
O jogo estava empatado quando o lance aconteceu, e depois disso o Internacional marcou os dois gols de sua vitória.
Segundo os atletas do time alviverde, o apitador pediu desculpas pelo erro, mas a casa já tinha sido arrombada.
O futebol brasileiro é trágico, e a sua arbitragem ampliou a tragédia.
Além do titulo de ser ¨hors-concours¨, Heber Roberto Lopes será o apito amigo do ano.
NOTA 4- A CAIXA FOI DERROTADA PELA SEGUNDA VEZ NO BRASILEIRÃO
* Um levantamento realizado pelo jornalista Marcos Paulo Lima, do jornal Correio Braziliense, constatou que a Caixa Econômica a maior patrocinadora dos clubes do futebol brasileiro, completou o segundo ano sem o título do Brasileirão.
A instituição financeira estatal tem a sua marca em 14 dos 20 clubes que disputam a maior competição de futebol do país.
O Corinthians em 2015 quando também ganhou o troféu estampava a sua marca, mas na atual não chegou a um acordo para a renovação do contrato pelo terceiro ano consecutivo, por não concordar com os valores oferecidos, e optou pela Cia do Terno.
Na temporada passada o time do Palmeiras foi campeão com a marca da Crefisa estampada na sua camisa.
O dinheiro que foi injetado pela Caixa no ano de 2017, chega a R$ 153,3 milhões no patrocínio de 23 clubes do futebol brasileiro, e viu apenas um único parceiro conquistar um título nacional, o Cruzeiro na Copa do Brasil, o que na verdade é pouco para tanto investimento.
Poderá conquistar um outro troféu através do América-MG na Série B, e nada mais.
Pouca farinha para muito pirão.
NOTA 5- O JULGAMENTO DO FUTEBOL BRASILEIRO
* Enganam-se aqueles que acham que o julgamento do ex-presidente do Circo, Jose Maria Marin, em Nova Iorque é individual.
Na realidade o que está sendo julgada é a cartolagem brasileira representada por Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero, assim como a Globo que nega de forma veemente, e o ex-executivo na área dos esportes, Marcelo Pinto Campos, ligado a Teixeira, e que fazia todas as tratativas para os acordos de televisionamento dos jogos, e que por coincidência foi demitido pela empresa logo após a prisão do ex-presidente do Circo.
Nos lembramos do fim do Clube dos 13, comandado por Pinto Campos que passou a tratar de forma direta com os clubes que participam do Brasileirão.
Todos foram amplamente citados pelo delator Alejandro Burzaco, o proprietário da empresa argentina Torneo Y Competencias dona dos direitos de transmissão de diversos torneios, inclusive a Copa do Mundo, quando do depoimento perante a Juíza Federal Pamela Chen.
São denúncias e todos tem a presunção de inocência, negam, mas na verdade há um longo tempo o futebol brasileiro foi tomado por uma organização criminosa que utilizou uma seleção que se diz brasileira para encherem as suas burras de ouro.
Como disse bem o jornalista brasileiro, Jamil Chade, em um artigo no jornal El Pais, da Espanha: ¨Em Nova Iorque, enquanto a cegueira começa a se dissipar, estamos vendo que o futebol nacional tem dono, que não é o torcedor¨.
Chegou a vez e a hora do Ministério Público Federal do Brasil atuar, solicitando a documentação à Justiça norte-americana para iniciar o processo de investigação.
O Brasil precisa.