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Escrito por José Joaquim

No pós jogo do Santos e Grêmio, Ricardo Oliveira, do time santista na sua entrevista criticou o calendário do futebol brasileiro, afirmando que esse estava matando os atletas por conta da overdose de jogos.

Na realidade alguns times estão se arrastando nos gramados, com os seus profissionais no limite máximo das condições físicas e mentais para um jogo em alto nível.

Críticas como essa são constantes e nada se faz para modificar esse vilão que assombra o nosso futebol.

O mais grave é que o próximo calendário será mais contundente, com o encurtamento da pré-temporada, e o inicio das competições no mês de janeiro.

Falar nas mídias não resolve o problema, desde que é necessário uma ação de todos os segmentos envolvidos no sistema.

Há anos que debatemos esse tema, e tudo continua como dantes.

Para atender o nosso calendário necessário se faz o aumento de dias do modelo gregoriano de 365, para 400, para atender a insanidade de competições simultâneas, como Estaduais, Copas Regionais, Copa do Brasil, Copa Libertadores e Copa Sul-Americana, com deslocamentos constantes dos times, inclusive para grandes altitudes, com relação aqueles que disputam os torneios continentais.

É impossível um clube atuar em 80 jogos durante uma temporada.

Sem duvida é um massacre para todos, contribuindo para lesões, e com pouco espaço de tempo na recuperação dos atletas.

O Departamento Médico dos clubes é o setor que mais trabalha. A qualidade do jogo é afetada.

Um ponto que é pouco discutido com relação ao Calendário é sem duvida a grande evasão do publico, que pela quantidade de jogos tem que optar por alguns em detrimento dos demais.

O sistema vigente é trágico, sacrifica tanto os clubes que disputam as maiores competições, como aqueles de Séries Menores.

O Brasil é um dos poucos países do mundo que não acompanha o calendário europeu que é sem duvida o ideal, mas os interesses de grupos que dominam o futebol não permite que esse seja adotado.

Precisamos de um calendário em que os clubes joguem no máximo 60 partidas, que tenham 10 meses de atividades durante o ano, e com a extinção dos sazonais, que hibernam a maior parte do ano.

Sem um amplo debate jamais iremos sair dessa mesmice patológica, com os treinadores e jogadores com as suas lamentações, enquanto a cartolagem continua passiva.

Lamentável.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- TUDO EMBOLADO 

* No encerramento da 36ª rodada do Brasileirão, o grupo que está na luta contra a degola embolou.

Nos dois jogos que foram realizados no dia de ontem, o Fluminense escapou da zona perigosa, com uma vitória por 2x0 contra a Ponte Preta, deixando a equipe campineira numa situação perigosa.

No outro encontro, a zebra passeou na Ressacada, quando o Avaí pulou da pedra do IML, ao derrotar o Palmeiras por 2x1. Saiu vivo e serelepe. 

Com essa vitória o time catarinense ainda pode sonhar com a sua permanência na Serie A de 2018, já que empatou em pontos com o Sport e Ponte Preta (39), e ficou com um a menos do que o Vitória o primeiro de fora do Z4.

A competição esta numa verdadeira embolada do finado Manezinho Araújo, e no próximo domingo os jogos desses times serão decisivos.

O Sport enfrentará no Rio de Janeiro um Fluminense mais tranquilo, que deseja melhorar a sua pontuação por conta dos prêmios do Circo, e para amainar o relacionamento com a sua torcida que vaiou o time no jogo de ontem apesar de ter vencido.

Em Campinas um confronto direto entre a Ponte Preta e Vitória, no chamado jogo de quem perder morre, e finalmente o Avaí, que joga mais uma vez em casa, contra o Atlético-PR que sonha com um vaguinha na avacalhada Libertadores.

O rubro-negro da Bahia tem 45% de chances de ser rebaixado, a Ponte Preta, 79%, Sport, 83%, Avaí, 88%.

As emoções do Brasileirão estarão na luta contra o fogo do inferno.

O fundamental para esses jogos será sem duvida a arbitragem, que não poderá ser amiga de ninguém.

NOTA 2- O BANHO DO FUTEBOL CEARENSE

* O Nordeste poderá perder dois clubes participantes da Série A, Sport e Vitória que ainda estão na luta contra a degola.

Por outro lado o estado de Pernambuco assistiu dois dos seus clubes serem rebaixados para a Série C Nacional, Náutico e Santa Cruz.

Enquanto isso o futebol cearense mostrou pujança com o acesso do Ceará para a divisão maior do futebol nacional, e com o Fortaleza voltando para a Série B após chegar perto por muitos anos.

Além desses dois clubes, assistimos o retorno do Ferroviário, clube tradicional, como vice-campeão estadual, e hoje se organizando para a disputa da Série D.

Tais fatos mostram bem que a gestão do futebol do Ceará melhorou, enquanto a de Pernambuco se estrambelhou nos últimos anos.

A presença do Vovô cearense no Brasileirão é salutar, desde que trata-se de um clube de massa, com bom público em seus jogos, que deram um banho nos pernambucanos.

O Ceará na Série B tem uma das melhores medias do ano entre todas as divisões. Somou 334.546 pagantes, com uma média por jogo de 18.586. Só ficou atrás do Internacional.

O tricolor do Pici jogando na Série C, totalizou 218.099 pagantes, com uma média de 18.121 por jogo, e disparado no primeiro lugar.

Para efeito de comparação com o nosso falido futebol, o Sport na Primeira Divisão tem uma média de 12.923, muito inferior dos clubes cearenses.

Com relação aos públicos dos dois times que disputaram a Série B, foi um verdadeiro 7x1.

O tricolor teve uma média de 4.341 pagantes por jogo, e o alvirrubro com 2.729.

Pobre futebol pernambucano. 

NOTA 3- DEPOIS DA QUEDA UM COICE

* Recebemos no dia de ontem o aviso do leilão judicial que será realizado no Fórum Trabalhista de Paulista, em que um dos seus itens é o CT do Santa Cruz, localizado na propriedade Cova da Onça, nessa cidade. 

Na ocasião pensamos que era uma brincadeira de torcedores rivais, e resolvemos então acessar o site da empresa leiloeira, e constatamos que era realidade, o que é profundamente lamentável desde que esse equipamento esportivo sempre foi o desejo da família tricolor.

O valor do lance inicial será de R$ 1.230.000. 

Depois de uma queda o coice.

Até quando o clube irá suportar?

Lamentável.

Site da leiloeira: www.leilaopernambuco.com.br.

NOTA 4- O RETORNO DA GRALHA

* A nossa pretensão na postagem de hoje era o de falar cobre os clubes do Ceará, e o acesso do Paraná após 10 anos de espera.

A primeira está na Nota 2, e a segunda pedimos licença ao advogado e jornalista paranaense, Agusto Mafuz, do jornal Tribuna do Paraná, para transcrevermos trechos do seu artigo sobre o tema, que reflete o nosso pensamento.

¨O Paraná, parece ter saído da obra maior de Ernest Hemingway, o ¨Velho e o Mar¨. Assim, às vezes falecido, às vezes apenas sobrevivendo, e depois revelando uma capacidade de persistir para viver, voltou à elite do futebol brasileiro.

São raros os exemplos de luta e fidelidade com o ideal, com seus propósitos históricos de existência, de voltar a viver depois de ter feito um acordo de contas com o passado.

A vitória em Maceió (1x0), foi uma vitória qualquer. Embora a sua importância de momento, teve o mesmo significado das vitórias e derrotas que marcaram esses dez anos. Nada foi mais importante do que a essência dessa luta, que transformada numa saga, faz com que os paranistas pensem que Fernando Pessoa escreveu só para eles: Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo¨.

NOTA 5- NA ITALIA PRESIDENTE RENUNCIA, NO BRASIL NEGOCIA

* O vexame da seleção da Itália nas eliminatórias da Copa do Mundo, levou o presidente da Federação Italiana de Futebol, Carlo Tavecchio a renunciar o cargo na última segunda-feira.

Sentindo-se culpado pela queda da Azurra nas eliminatórias da Copa do Mundo, encontrou a melhor solução ao deixar a presidência para um outro cartola que possa trazer de volta os bons momentos do futebol desse país.

Enquanto isso no Brasil da pilantragem, os dirigentes do Circo com exceção de José Maria Marin, que está preso nos Estados Unidos, continuaram no comando da entidade, após os 7x1 da Alemanha, e procedendo com os negócios escusos.

Uma questão de dignidade.

De um lado um oferecendo a sua cabeça por conta de um desastre na eliminação para a Suécia, e do outro, o cartola maior se locupletando às custas do nosso futebol.

São coisas do futebol brasileiro.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O SPORT AINDA RESPIRA

* Não foi um grande jogo, mas pelo menos o time do Sport conseguiu se formatar dentro de campo, e jogar melhor do que o Bahia.

O placar de 1x0 para o time da casa foi mais do que justo pelo que esse apresentou, desde que o adversário pouco incomodou o goleiro Magrão.

Com uma boa marcação, perdeu alguns gols, e finalmente conseguiu o salvador que fechou o placar.

Após quatro meses o Sport conquistou uma vitória em casa, desde que a última foi no mês de julho contra o Atlético-GO.

Essa veio numa boa hora, quando o time mais precisava.

Na verdade, pelo que se comenta isso só aconteceu por conta do sal grosso jogado nas arquibancadas e redes do estádio. 

Além disso quebrou outro jejum, o de 8 jogos sem vitória.

Apesar do bom resultado obtido o time da Ilha do Retiro continuou na 18ª colocação na tabela, com um ponto de diferença para o Vitória que empatou o seu jogo contra o Cruzeiro.

Na tarde de hoje teremos um jogo entre a Ponte Preta que é a 17ª colocada, enfrentando o Fluminense no Rio de Janeiro, com o tricolor necessitando de uma vitória para espantar o carrasco da degola.

Um jogo que é importante para os dois rubro-negros do Nordeste.

A situação do rubro-negro de Pernambuco melhorou, mais as chances de degola ainda são grandes, e o próximo jogo contra o Fluminense será decisivo. 

NOTA 2- MUITOS JOGOS E POUCO FUTEBOL 

* Além do jogo do Sport e Bahia, no dia de ontem foram realizadas mais sete partidas pela 36ª rodada do Brasileirão, e com a exceção do  encontro envolvendo o Atlético-MG e Coritiba, com o Galo fazendo uma boa apresentação, inclusive com um gol espetacular de Otero, do meio do campo, os demais foram fracos e sem emoções.

O Flamengo carimbou as faixas do Corinthians com três gols, contra zero.

O jogo foi fraco, sem qualidade, com o rubro-negro aproveitando-se das oportunidades dadas por um time que estava desligado dentro do campo, e quando teve algumas chances essas pararam nas mãos de Diego Alves, goleiro da equipe da Gávea.

Além disso o apito amigo ajudou o time local, ao marcar um pênalti à seu favor, totalmente inexistente, graças a uma excelente simulação do pscineiro Giovanni Augusto. 

Com esse resultado o Flamengo pulou para o 6º lugar com 53 pontos, zona da Libertadores que poderá virar uma verdadeira zorra caso o Grêmio conquiste essa Copa e a equipe rubro-negra carioca a Sul-Americana, virando G9.

São Paulo e Botafogo jogaram e não jogaram, e o resultado de 0x0 foi justo pelo que apresentaram.

De qualquer maneira o resultado do jogo foi ruim para os dois times, desde que o tricolor sem chances de chegar ao grupo  da Libertadores fugiu da degola, completando 46 pontos, enquanto o Botafogo continuou no G7.

No estádio Olímpico, o Atletico-GO empatou com a Chapecoense em 1x1, sendo o primeiro rebaixado da competição.

Com 34 pontos e 6 à disputar, no máximo chegará aos 40, pontuação do Vitória que tem melhores índices para o desempate técnico, e no domingo haverá um confronto direto entre o time baiano e a Ponte Preta, quando qualquer resultado tira as chances do time goiano de livrar-se do rebaixamento.

O Chapecoense somou 48 pontos, o maior número desde que disputa a Série A.

Um clube espetacular por tudo que passou. 

Na Arena da Baixada, o Vasco da Gama foi derrotado pelo Atlético-PR pelo placar de 3x1, com o rubro-negro ainda sonhando com o G7.

O encontro do Santos contra os reservas dos reservas do Grêmio, que não teve a presença no gramado do técnico Renato Portaluppi, foi tão ruim que não merece comentários.

O time santista venceu por 1x0 e permaneceu no G4.

Finalmente no Barradão o Vitoria complicou-se ao empatar o seu jogo contra o Cruzeiro.

Saiu na frente do marcador, e permitiu que o time celeste empatasse.

De uma posição confortável que poderia ficar, a equipe baiana passou para o desespero, desde que ficou com um ponto a mais do que a Ponte Preta e para o Sport, sendo que essa irá jogar na tarde de hoje contra o Fluminense.

Além disso, para complicar a sua situação, o Vitória enfrentará na próxima rodada em confronto direto com a Macaca, jogando na casa da adversária. 

Na verdade a situação do time baiano ficou complicada, e terá que torcer para o tricolor carioca, para que esse vença no seu encontro dessa tarde, senão a vaca poderá ir para o brejo.

NOTA 3- O APITO AMIGO DO ANO

* Não é nenhuma novidade para os que acompanham o futebol, que a arbitragem brasileira também chegou ao fundo do poço sem contar com uma corda para salva-la.

Já assistimos de tudo nessa temporada, mas o árbitro Heber Roberto Lopes será ¨hors-concours¨ a partir do último sábado, quando foi personagem de um lance que deixou todos perplexos no estádio, que abrigava o jogo entre Goiás e Internacional.

Inclusive nós. 

O lateral Carlinhos do time goiano entrou pelo lado da defesa do Colorado, cruzou para o atacante Gustavo Morais que colocou a bola nas redes do adversário.

Tudo bem limpo e cristalino.

Para surpresa de todos, o apitador amigo marcou como bola no chão sem nenhuma satisfação.

Por coincidência estávamos assistindo esse jogo que tinha começado mais cedo, e não entendemos de onde esse tirou a ideia que houve alguma irregularidade.

No dia de ontem vimos o lance por varias vezes, e procuramos algo de errado nesse como se procura uma agulha perdida no palheiro, e não observamos nada.

Os torcedores do Goiás, os jogadores e o técnico Hélio dos Anjos ficaram estupefatos com a atitude de Heber Lopes, que foi bem estranha e descabida, prejudicando o dono da casa.

Imagine se esse não tivesse garantido a permanência na Série B de 2018, o que iria acontecer.

O jogo estava empatado quando o lance aconteceu, e depois disso o Internacional marcou os dois gols de sua vitória.

Segundo os atletas do time alviverde, o apitador pediu desculpas pelo erro, mas a casa já tinha sido arrombada. 

O futebol brasileiro é trágico, e a sua arbitragem ampliou a  tragédia.

Além do titulo de ser ¨hors-concours¨, Heber Roberto Lopes será o apito amigo do ano.

NOTA 4- A CAIXA FOI DERROTADA PELA SEGUNDA VEZ NO BRASILEIRÃO

* Um levantamento realizado pelo jornalista Marcos Paulo Lima, do jornal Correio Braziliense, constatou que a Caixa Econômica a maior patrocinadora dos clubes do futebol brasileiro, completou o segundo ano sem o título do Brasileirão.

A instituição financeira estatal tem a sua marca em 14 dos 20 clubes que disputam a maior competição de futebol do país.

O Corinthians em 2015 quando também ganhou o troféu estampava a sua marca, mas na atual não chegou a um acordo para a renovação do contrato pelo terceiro ano consecutivo, por não concordar com os valores oferecidos, e optou pela Cia do Terno.

Na temporada passada o time do Palmeiras foi campeão com a marca da Crefisa estampada na sua camisa.

O dinheiro que foi injetado pela Caixa no ano de 2017, chega a R$ 153,3 milhões no patrocínio de 23 clubes do futebol brasileiro, e viu apenas um único parceiro conquistar um título nacional, o Cruzeiro na Copa do Brasil, o que na verdade é pouco para tanto investimento.

Poderá conquistar um outro troféu através do América-MG na Série B, e nada mais.

Pouca farinha para muito pirão.

NOTA 5- O JULGAMENTO DO FUTEBOL BRASILEIRO

* Enganam-se aqueles que acham que o julgamento do ex-presidente do Circo, Jose Maria Marin, em Nova Iorque é individual. 

Na realidade o que está sendo julgada é a cartolagem brasileira representada por Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero, assim como a Globo que nega de forma veemente, e o ex-executivo na área dos esportes, Marcelo Pinto Campos, ligado a Teixeira, e que fazia todas as tratativas para os acordos de televisionamento dos jogos, e que por coincidência foi demitido pela empresa logo após a prisão do ex-presidente do Circo.

Nos lembramos do fim do Clube dos 13, comandado por Pinto Campos que passou a tratar de forma direta com os clubes que participam do Brasileirão.

Todos foram amplamente citados pelo delator Alejandro Burzaco, o proprietário da empresa argentina Torneo Y Competencias dona dos direitos de transmissão de diversos torneios, inclusive a Copa do Mundo, quando do depoimento perante a Juíza Federal Pamela Chen. 

São denúncias e todos tem a presunção de inocência, negam, mas na verdade há um longo tempo o futebol brasileiro foi tomado por uma organização criminosa que utilizou uma seleção que se diz brasileira para encherem as suas burras de ouro.

Como disse bem o jornalista brasileiro, Jamil Chade, em um artigo no jornal El Pais, da Espanha: ¨Em Nova Iorque, enquanto a cegueira começa a se dissipar, estamos vendo que o futebol nacional tem dono, que não é o torcedor¨.

Chegou a vez e a hora do Ministério Público Federal do Brasil atuar, solicitando a documentação à Justiça norte-americana para iniciar o processo de investigação.

O Brasil precisa. 

Escrito por José Joaquim

No mês de maio do ano de 2013 divulgamos o testamento do futebol de Pernambuco.

Quatro anos após, nada mudou e mais uma vez o doente terminal resolveu preparar um novo para que seja registrado na história do ex-esporte da chuteira do nosso estado.

Como um possível defunto que se preza, esse registrou de forma oficial o seu testamento para a sociedade esportiva de Pernambuco, com alguns fatos que foram sem duvidas os responsáveis pela sua grave doença.

Conseguimos obter o importante e elucidativo documento, e segundo esse a Federação Pernambucana que já foi a 5ª no Ranking do Circo passou para a 7ª posição, e com um viés de baixa.

Desde 2013 levou um drible da vaca de Santa Catarina e Paraná, e isso abalou a sua saúde.

Não existiam torcidas organizadas nos bons tempos, e essas com sua violência e os recebimentos das benesses dos cartolas conseguiram tirar o bom torcedor dos estádios.

Fez uma justiça ao Sport que conseguiu afasta-las dos seus jogos.

Os clubes foram descendo a ladeira e se apequenaram.

O Sport que foi grandioso na década de 90, participando por 10 anos seguidos do Brasileirão, a partir do ano de 2003, com o início da era dos pontos corridos, tornou-se um clube mais local do que nacional.

Em 15 anos participou por 8 vezes da maior competição nacional e 7 da Série B, Segunda Divisão. Teve um conquista importante, a da Copa do Brasil de 2008, foi ganhador de 8 títulos estaduais. Nessa temporada está correndo o risco de queda.

O Náutico que também esteve entre os grandes, teve uma queda vertiginosa no mesmo período, com apenas 5 participações na Série A, e 10 na Segunda Divisão. Na Copa do Brasil o máximo que o clube conseguiu foram as oitavas de final, e no estadual amealhou apenas 1 título, em 2004. Uma campanha aquém do antigo Náutico, o que escancara os seus problemas.

Com relação ao Santa Cruz, o testamento mostra um clube com curva de queda acentuada, que ocasionou um grande desastre quando em 15 anos, só participou por duas vezes da Série A, 8 na B, 2 na C e 3 na D. Acabou de ser rebaixado para a C.

Na Copa do Brasil, o tricolor nunca passou das oitavas de final, e no período conquistou 6 estaduais e uma Copa do Nordeste, tonando-se um clube local e sem visibilidade nacional.

O moribundo mostrou muita tristeza com os clubes do interior, por conta da decadência que esses enfrentam.

Até o Salgueiro que seria a esperança chegando a disputar a Serie B , mas nesse período caiu para a D, voltando para a C onde se encontra. Poderia ter ganho o título estadual de 2017, mas o apito amigo do árbitro de vídeo torcia pelo Sport.

No seu texto final, esse lamentou tais acontecimentos, e deixou bem claro que a culpa da sua morte que se aproxima é totalmente dos cartolas, que o deixaram numa UTI por inanição, e não procuraram remédios corretos para salvarem a sua vida, afirmando que morria de forma melancólica, por ter sido um dos respeitados no Brasil e, de repente foi jogado na rua da amargura e finalmente para uma UTI.

Um testamento muito lúcido, registrado no Cartório de Títulos e Documentos, para que possa ser lido pelas novas gerações como uma peça importante da história do esporte da chuteira de nosso estado.

Escrito por José Joaquim

Muito se fala da competitividade do Brasileirão, quando são feitas comparações com as competições europeias, que na realidade é uma meia verdade.

A atual temporada está completando o seu 15º campeonato da era dos pontos corridos, mas a matemática financeira introduzida na competição nesse período de 15 anos demonstra que as posições mais destacadas tem como donos cativos os clubes com uma maior receita, enquanto os demais se contentam em completar a tabela de classificação.

A má distribuição dos direitos de transmissão faz com que alguns dos clubes que participam da competição joguem apenas contra o rebaixamento.

É algo inusitado e irreal.

Os torcedores não conseguem vislumbrar algo no horizonte que não seja a luta contra o descenso. Saem de casa para os estádios rezando contra a queda dos seus clubes.

Para que se tenha uma ideia, fizemos uma análise entre aqueles que participaram da pré-Copa e da fase de grupos da Libertadores, e entre as 59 vagas, 51 ficaram nas mãos dos 12 determinados grandes clubes.

O modelo de pontos corridos tem méritos, inclusive possibilitar que em alguns clubes as gestões fossem melhoradas, mas ocasionou uma distorção gigantesca nas disparidades financeiras entre os grandes centros e o resto do país.

É uma festa entre protagonistas e figurantes eternos.

O domínio financeiro carregou consigo uma participação importante do Sudeste brasileiro principalmente de São Paulo, que ganhou 9 títulos, o Rio de Janeiro, 3, e Minas Gerais, 3.

Além desses estados, só clubes do Rio Grande do Sul figuram entre os primeiros colocados.

Na verdade para quem analisa o futebol brasileiro com a seriedade necessária, observa que a mudança para os pontos corridos deveria obrigar os clubes, mesmo de uma forma rudimentar, investir no planejamento da temporada, em termos técnicos como financeiros.

Quanto melhor a gestão, mais consistente as campanhas.

Na verdade isso aconteceu, mas de uma forma amadora e primária, entretanto o reverso da medalha é bem gritante, com a queda de competitividade, e com a distancia entre o primeiro colocado e o último na tabela, acentuando a cada ano, fato esse que é claramente ocasionado pelas disparidades financeiras.

O Atlético-GO em um dos mais fracos campeonatos da história do Brasileirão, tem 33 pontos somados, com uma longa distância para o campeão, Corinthians de 38 pontos, ou seja 16 rodadas entre as 35 disputadas.

Na época o assunto era tratado como a espanholização do nosso futebol, hoje como mostramos no artigo de ontem é a paulistização.

Temos uma dura realidade, e sobre isso estamos discutindo há muito tempo, embora seja ignorado pelos que fazem o futebol e pelo próprio governo, ao mostrarmos que essa concentração de renda é perniciosa não somente para o esporte, mas para o próprio país, que ajudar a frear o desenvolvimento.

Alguns clubes se empanturraram com as cotas dos direitos da TV, com um sentimento equivocado que tudo vai bem, porém a realidade é bem outra e as noticias confirmam e, pela queda de qualidade do futebol brasileiro, observamos a penetração do europeu com força e subtraindo torcedores dos clubes.

O esporte da chuteira no Brasil perdeu as suas emoções.