NOTA 1- RESULTADO ESPERADO
* O Sport venceu o Arsenal de Sarandi por 2x0, o que já era esperado, desde que o time argentino que não é grande coisa, perdeu a maior parte dos seus atletas no final do Campeonato Nacional.
Não se pode analisar a partida, desde que o gramado da Ilha do Retiro não dá condições para um jogo de futebol, e sim para uma pelada de rua.
Com esse resultado, o rubro-negro ficou com todas as condições de garantir no jogo de volta a sua passagem para outra fase.
Pela Libertadores, o Botafogo continuou a surpreender ao conseguir uma vitória em Montevidéu, pelo placar de 1x0, em jogo contra o Nacional.
O time da Estrela Solitária é o que tem a menor folha salarial entre os brasileiros que estão disputando essa competição, e a cada jogo se supera com um futebol coletivo e com o desejo de ganhar.
Até onde vai, não sabemos, mas pelo menos temos um representante que não se entrega, como aconteceu na noite de ontem quando conseguiu segurar a pressão da equipe uruguaia.
NOTA 2- UM JOGO PARA A REABILITAÇÃO
* De treinador novo, o competente Givanildo Oliveira, o Santa Cruz que não vence a quatro jogos, tentará frente ao Brasil de Pelotas a sua reabilitação.
O tricolor do Arruda nos últimos 15 pontos disputados ganhou cinco, ou seja 33,3% de aproveitamento.
Está no 13º lugar com 14 pontos, a mesma pontuação do adversário, distando de dois pontos do Figueirense, 17º, e de cinco para o Vila Nova, o último do grupo de acesso. O seu aproveitamento como mandante é de 53,33%.
O time gaúcho perde para o Santa Cruz no critério saldo de gols, mas a campanha é igual. Está na 15ª posição, e como visitante tem um aproveitamento de 38,89%.
O Brasil nos últimos 15 pontos disputados somou seis (40%).
São campanhas bem iguais numa competição nivelada, quando uma vitória ou uma derrota balança a tabela de classificação.
Para o Santa Cruz somente a vitória interessa, desde que tem se aproximar da zona do acesso.
NOTA 3- CENAS DE INSANIDADE
* O que assistimos na noite da última quarta-feira no jogo entre Atlético-PR e Santos beirou a insanidade.
As vaias dirigidas a Eduardo Baptista mostraram de forma clara que o torcedor de futebol não raciocina, não enxerga a realidade e quer uma vitória do seu clube à qualquer preço.
Os gritos pedindo a demissão do treinador tomaram conta do estádio. Era o ¨Fora Eduardo¨, ¨burro¨, entre outras coisas.
Na nossa ótica o rubro-negro do Paraná fazia um bom jogo, mas encontrou um time que fez a sua melhor apresentação no ano, com Lucas Lima com vontade de jogar.
Mesmo assim o Atlético teve chances até de ganhar, desde que teve o domínio da partida nos vinte e cinco minutos finais, com o adversário na defesa.
A lógica é bem simples, se jogasse mal teria levado uma goleada.
Qual a culpa do técnico dos dois gols que o seu goleiro Weverton deixou passar? Um deles foi grotesco.
Qual a culpa do técnico de ter como opção de gol o jogador Grafite, que não tem mais condições de correr atrás da bola? Já o encontrou no elenco.
O Atletico-PR estava na zona da degola, ganhou com Baptista quatro jogos, com um bom salto na tabela de classificação.
Vamos e venhamos, e como sempre afirmamos que na lógica do futebol, o melhor sempre ganha, que foi o caso do Santos, mas contra um bom adversário.
Na realidade a maior frustação da torcida atléticana foi a de jogar no Dorival de Brito e não na sua Arena, que foi alugada para as finais do Mundial de Voleibol.
As vaias eram para Mario Celso Petraglia, mas os torcedores como não tem a coragem de enfrenta-lo, escolheram uma vitima mis fraca, na pele de Eduardo Baptista.
São uns aloprados.
NOTA 4- O FUTEBOL BOLIVIANO E O CALENDÁRIO EUROPEU
* O futebol boliviano adotou o Calendário Europeu, e o seu campeonato foi encerrado no primeiro semestre.
O interessante é que o Brasil ainda insiste com o seu modelo autofágico, com os clubes jogando diversas competições ao mesmo tempo, e os departamentos médicos lotados de atletas.
O Fluminense é o maior exemplo, com 27% do seu elenco sem jogar por conta das lesões, e uma boa parte graves, com meses fora do gramado.
O Atlético-MG jogou na última quarta-feira na Bolívia com um time que está de férias, o Jorge Wilstermann, e que retornará no período de dez dias para os treinamentos visando a segunda partida que será realizada em agosto.
Enquanto o adversário descansa, o Galo Mineiro irá atuar em 9 partidas no período de 29 dias, ou seja, em 3,3 dias um jogo.
No final, no caso de uma derrota, a culpa é do técnico, e a carta de demissão será entregue.
Por isso é que o futebol brasileiro é um lixo.
NOTA 5- A NOTA DO FORTALEZA DE APOIO À LIGA DO NORDESTE
* Mesmo fora da Copa do Nordeste do próximo ano, a diretoria do Fortaleza publicou uma Nota de apoio à Liga do Nordeste.
Foi referenciado no documento que essa competição tem mostrado a Região para todo o país, que existe futebol, rivalidade e tradição fora do eixo sul-sudeste. Existe público consumidor e existe produto de qualidade.
Segundo a Nota o Fortaleza entendeu que as decisões tomadas em Assembleia Geral, de 24 de março deste ano, atendem ao melhoramento da competição.
No final o clube reafirmou a sua condição de filiado à Liga do Nordeste e favorável à plena continuidade da Copa, nos moldes definidos em Assembléia Geral.
Enquanto isso o Sport que foi fundador da Liga quer destruí-la, e com um agravante um seu ex-presidente, Luciano Bivar, a presidiu.
Aliás o atual presidente está sendo chamado de Trump Tupiniquim por conta de um vídeo que corre nas mídias sociais, em que destrata alguns blogs de Pernambuco.
Lamentável.
NOTA 6- A VITÓRIA DOS MARGINAIS
* Hoje pessoas do bem correm do futebol como o diabo da cruz.
Dirigir um clube esportivo era uma honra, uma alegria para quem assumia, mas no dia de hoje sem dúvida é um sofrimento e que desperta fuga dos bons gestores, dando os seus lugares a pessoas sem capacidade para tal.
Marginais com a camisa de torcedores proliferam pelo Brasil afora, invadindo os treinamentos, ameaçando os jogadores e dirigentes.
No dia de ontem, Sergio Serra, presidente do Paysandu renunciou o cargo após seis meses de gestão.
O motivo foi a ameaça sofrida em plena praça pública quando passeava com a família, inclusive com um filho autista.
Dois bandidos com os rostos cobertos desceram de uma moto, armados, ameaçando matar a todos se o time for rebaixado para a Série C.
O Paysandu completou oito rodadas sem uma vitória.
Depois disso resolveu renunciar para não deixar seus familiares sofrerem algum tipo de agressão.
Nada mais nada menos de que um fato do atual Brasil, onde os bandidos proliferam em todos os setores, e as pessoas do bem tem que procurar refúgio.
Dirigir um clube de futebol é sem duvida procurar sarna para se coçar.
NOTA 7- O INACREDITÁVEL FUTEBOL DE PERNAMBUCO
* O estadual de Pernambuco ainda não acabou.
Depois de uma espera de 52 dias para a realização do seu jogo decisivo, o TJD-PE acatou um recurso encaminhado pelo goleiro do Salgueiro com a alegação de um erro de direito com referência ao gol anulado pelo apito de vídeo amigo.
Na decisão foi determinado que a Federação local não homologue o título do Sport.
O processo irá correr no órgão da Justiça Desportiva de Pernambuco, e que poderá terminar no STJD, e com isso não iremos conhecer o campeão nem tão cedo.
A bola irá rolar no tapetão.
Só mesmo nesse futebol desorganizado que um fato como esse poderia acontecer.
É o Inacreditável Futebol Clube