NOTA 1- DERROTADOS
* Os dois clubes brasileiros que atuaram fora do país pela Libertadores na noite de ontem foram derrotados.
O Palmeiras que jogou para empatar com o Barcelona, que não é o da Espanha, mas do Equador, foi castigado nos acréscimos finais com um gol do adversário, e o 1x0 foi merecido para os donos da casa que jogaram para ganhar.
Na Bolívia, o boliviano Jorge Wilstermann, com um gol de bicicleta, derrotou o Atlético-MG por 1x0, de forma merecida desde que a equipe brasileira teve um fraco futebol, e também queria empatar.
Ambos terão que reverter o placar nos encontros da volta. Na verdade, o futebol brasileiro nivelou-se com os dos centros que eram menores antigamente.
Pela Sul-Americana o Flamengo goleou o Palestino do Chile por 5x2, com os sete gols sendo marcados no segundo tempo.
No Brasil tivemos um bom jogo entre o Atlético-PR e Santos pela Copa Libertadores, que terminou com o placar de 3x2 para o time santista, com direito a um frango engolido pelo goleiro da seleção, o rubro-negro Weverton, e após muitos meses com um boa partida de Lucas Lima.
NOTA 2- A ESPANHOLIZAÇÃO
* A tão falada e discutida espanholização do futebol brasileiro, está chegando de forma silenciosa para não chamar a atenção.
Nessa temporada, a distribuição das cotas dos direitos de transmissão criou um abismo maior entre os clubes, e deu o privilégio a dois entre os vinte disputantes.
O Grêmio ainda é um intruso na segunda colocação, que em breve será ocupada pelo Flamengo, que deverá lutar com o Corinthians pelo título de campeão.
Por uma coincidência não do destino, mas dos que fazem essa distribuição, são os dois clubes que mais recebem recursos oriundos dessas cotas.
No momento em que o clube da Gávea ingressou no Profut, os problemas com os débitos desapareceram, e com receitas maiores o poder de investimento evoluiu.
No caso do alvinegro de São Paulo, embora também seja bem aquinhoado, na parte financeira ainda sofre por conta do pagamento mensal de sua Arena. Apesar disso está fazendo um campeonato brilhante.
Quando ajustar o problema, dará um pulo gigantesco com relação aos demais rivais.
Corinthians e Flamengo marcham para tornarem-se os nossos Barcelona e Real Madrid, e disso não temos nenhuma dúvida. O Brasileirão mostrará no final a realidade.
Ambos receberam R$ 170 milhões do contrato pelas transmissões dos seus jogos, e R$ 3.5 milhão por cada jogo no pay-per-view, bem distante dos demais clubes chamados de grandes.
Para os medianos o buraco é muito maior. com R$ 35 milhões fixos e uma média de R$ 150 mil do sistema de pay-per-view.
Com uma boa gestão e com tantos recursos torna-se obvio que os investimentos sejam maiores, e com isso elencos mais fortes e competitivos.
Há um ano atrás chamávamos a atenção de que tal fato iria acontecer, mas a mídia juvenil descartou tal possibilidade por conta do Palmeiras, que na verdade hoje tem um bom suporte financeiro, como teve com a Parmalat, e quando o ciclo encerrou a vaca marchou para o brejo.
No dia que Leila Pereira dona da Crefisa se aborrecer, adeus patrocínio.
O futebol como qualquer segmento gira em torno do dinheiro, e quanto mais para os cofres de um dos lados a balança penderá para esse, e com isso uma variação muito grande entre os disputantes.
NOTA 3- PETRAGLIA E OS ESTADUAIS
* Na longa entrevista que deu ao Jornal Folha de São Paulo, Mario Celso Petraglia, presidente do Conselho Deliberativo do Atlético-PR, falou sobre os estaduais e deu uma sugestão para resolver o problema.
Para esse a Rede Globo só tem interesse por quatro estaduais, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. O resto é resto.
Tem que mudar o modelo.
Achar uma fórmula de financiamento para que sejam disputados o ano inteiro e por times Sub-23.
Achamos que trata-se de uma ideia a ser discutida, mas a criação de uma Série E é fundamental para o sistema do acesso e descenso, e com clubes jogando o ano inteiro, e sonhando em participar de uma divisão maior.
Na realidade esse tipo de competição faliu, está em liquidação, e apenas aqueles que não tem a visão da modernidade não conseguem enxergar.
NOTA 4- UMA SUGESTÃO PARA A ARENA PERNAMBUCO
* Tomamos conhecimento de que o Corinthians está negociando com a Universidade do Brasil, que é uma das patrocinadoras de sua camisa, para a implantação de um Campus no estádio de Itaquera, aproveitando as partes ociosas.
Trata-se de uma jogada bem pensada, desde que não é apenas o aluguel do espaço que irá trazer dividendos para o clube, e sim uma ocupação que poderá gerar recursos na movimentação comercial através da parte de alimentação, e de produtos licenciados.
Com mais de dois mil universitários diariamente nesse local, esse ganhará vida e retorno financeiro.
Um exemplo que poderia ser estudado pelos gestores da Arena Pernambuco, que está necessitando de vida, e uma das nossas Universidades poderia proporcionar.
Obvio que teria que ser repensado o seu acesso, mas isso faz parte de um outro processo.
Junta-se a educação ao agradável.
Hora de acordar.
NOTA 5- SPORT E A COPA SUL-AMERICANA
* O Sport Recife enfrentará na noite de hoje pela Copa Sul-Americana o Arsenal de Sarandi, clube de Sarandi uma localidade da cidade de Avellaneda, província de Buenos Aires.
O clube pertence a família Grodona, cujo chefe Julio foi presidente da AFA por décadas, e terminou envolvido no escândalo da FIFA por recebimento de propinas. O presidente e o técnico são Grodonas.
Trata-se de uma equipe de mediana para baixo, que já conseguiu o título Sul-Americano em 2007.
Um jogo em que o rubro-negro é favorito para a obtenção de uma vitória.
A preocupação é com o gramado da Ilha do Retiro, por conta das chuvas, desde que no último jogo a lama tomou conta, e prejudicou o futebol.
NOTA 6- ROGERIO CENI E WAGNER MANCINI
* Uma só medida com dois pesos bem diferentes foi o tratamento dado pela mídia esportiva com relação as demissões de Rogerio Ceni e Wagner Mancini.
Com relação ao primeiro uma comoção que perdura até hoje nos programas esportivos, e com o segundo tudo na forma ¨en passant¨.
O jornalista Hiltor Monbach do jornal Correio do Povo tratou o caso Ceni de forma inteligente, afirmando que a sua diferença para os outros técnicos, era que esse era um ídolo do clube, mas ser ídolo não é garantia vitalícia de emprego.
Mombach tem razão.
Na verdade técnico de futebol vive de resultados e o São Paulo repetindo 2013, está na zona da degola, e apesar disso deram uma folga até a 11ª rodada, que marcou mais uma derrota.
O erro dos cartolas não foi a demissão do técnico e sim a sua contratação, que não tinha experiência adquirida para o encargo.
O mesmo que um piloto que tira o seu brevê, e no outro dia irá pilotar um Boeing, no lugar de um teco-teco. Termina com um desastre.
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