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Escrito por José Joaquim

Por Paulo Cezar Caju- O Globo 

A rodada do Brasileirão serviu para reforçar que não sou tão louco assim. Quando eu dizia que meu amigo Abelão não deixava o Flamengo jogar fui duramente criticado. Quem acompanha a carreira de Jorge Jesus, principalmente no Benfica, sabe que ele preza o futebol ofensivo, Jonas desandou a fazer gols.

Claro que um time que busca o ataque constantemente corre o risco de levar gols, mas e daí? Sampaoli pagou por isso contra o Fortaleza, mas seu time vem evoluindo jogo a jogo. Podia ter feito pelo menos seis gols. Professores como Mano, Carille, Felipão, Argel e tantos outros, primeiro sonham com uma defesa forte, criam verdadeiros muros de contenção, treinam exaustivamente o desarme e deixam o ataque para terceiro plano.

Considero isso um desrespeito aos torcedores. Bastou Fernando Diniz ser demitido para o auxiliar Marcão botar as manguinhas de fora e jogar lá atrás contra o Corinthians. Oswaldo de Oliveira assumiu e foi logo avisando que o time vai parar de tomar gols bobos. Seria tão bom se prometesse um time com sede de gols!

O Palmeiras é um contrassenso nesse sentido, pois deve ser o time com mais centroavantes do Brasil e só joga na defensiva. Por esse estilo covarde de ser, Cuca, que estava na minha lista dos meus preferidos, perdeu pontos após a partida contra o Vasco. Meu Deus, como seu time bateu! E ainda teve gente reclamando da expulsão!!! E outra coisa, me incomoda ver o Daniel Alves vestindo a 10 do São Paulo. Em nome da tradição do clube deveria ter negado, mas a vaidade é vaidade! Se bem que a camisa 10 deveria ser retirada do mercado enquanto continuássemos jogando esse futebolzinho.

Pelo menos tivemos a chance de ver o golaço de Arrascaeta, que amargou o banco de reservas durante um período, vai entender. Gostei que o Roger venceu mais uma com seu Bahia gostoso de ver jogar.

Mas alguém assistiu Avaí x Corinthians e CSA x Cruzeiro? Deveriam devolver o dinheiro dos torcedores. O Luxa vem apostando na dupla de ataque Talles Magno e Marrony e torço para que insista com ela pois esses dois meninos terão um futuro brilhante. Vendo  o Talles lembrei de minha estreia contra o América, também menino, mas com muita personalidade.

A rodada enfim terminou com o meu Botafogo x Chapecoense. A comentarista disse que esperava um grande jogo, Kkkk, deve estar de brincadeira! Para piorar, Barroca disse que lançaria Rodrigo Pimpão porque ele ¨joga com a perna invertida¨, peraí ¨jogar invertido¨ eu lembro no jogo do bicho, e costumava dar burro, Kkkk!

O problema é que vários jornalistas estão fazendo esse curso para treinador e todos ficam com a mesma ¨leitura de jogo¨. Tanto que antes de dormir, com dor no maxilar de tanto rir, ainda ouvi o repórter de campo explicando a razão de o Botafogo ter empatado: ¨O time deveria ter agredido o último terço do campo...¨. Antes de ele terminar a frase, desliguei a tevê, acariciei meu terço, rezei uma Ave-Maria e sonhei com João Saldanha.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O G4 DO TURNO DA SÉRIE B É A REFERÊNCIA PARA O ACESSO

* As estatísticas são bem favoráveis aos times da Série B Nacional que fecharam o turno no Grupo do acesso.

Fizemos um levantamento no período entre os anos de 2006 a 2018, com a competição de pontos corridos com 20 clubes, e os números são bem favoráveis para os que terminaram as primeiras 19 rodadas entre os quatro melhores. 

2006- Náutico e Sport,

2007- Coritiba e Vitória,

2008- Corinthians, Santo André, Avaí,

2009- Vasco, Atlético-GO, Guarani e Ceará,

2010- Coritiba, Figueirense e Bahia,

2011- Portuguesa, Ponte Preta e Náutico,

2012- Vitória,

2013- Palmeiras, Chapecoense e Sport,

2014- Joinville, Avaí e Vasco,

2015- Botafogo, América-MG e Vitória,

2016- Vasco e Atlético-GO,

2017- América-MG, Internacional e Ceará e,

2018- Fortaleza e CSA.

Contra os números não existem argumentos.

NOTA 2- A DERROTA DOS PRAGMÁTICOS E A VITÓRIA DO FUTEBOL ALEGRE

* Grêmio e Flamengo após sete anos farão uma semifinal de times brasileiros. A última foi em 2012, entre Corinthians e Santos, com o alvinegro no final conquistando o título de campeão.

Sem duvida trata-se de uma vitória do bom futebol, e a derrota dos técnicos pragmáticos com o seu futebol de resultados.

Essas duas equipes em conjunto com o Santos, formam um trio que tem como princípio a busca das metas adversárias. O gol é o objetivo principal desses times, e que dá a alegria aos torcedores que gostam de um bom jogo.

Renato Gaúcho fez do Grêmio um time competitivo, organizado, sem a covardia de jogar retrancado. O tricolor sob o seu comando joga para frente, e com muita alegria.

Do outro lado, um dos maiores técnicos do mundo, Jorge de Jesus, transformou o Flamengo em uma equipe que tem diversas variações em um jogo, e como acontecia nas partidas do Benfica em Portugal sempre buscando o gol.

Poucos técnicos tem uma visão de futebol tão larga, e os resultados assim o confirmam. Infelizmente esse não irá ficar muito tempo no Brasil, já que os técnicos portugueses tem um mercado amplo na Europa. Ambos não rejeitam a bola.

O lucro sem duvida veio para o futebol brasileiro que está recebendo ensinamentos de um profissional do mais alto nível.

O vencedor dessa semifinal será sem duvida o campeão da Copa.

NOTA 3- CLUBES NO VERMELHO NO SEMESTRE

* Quando lemos nos sites dos clubes brasileiros os seus balancetes semestrais, nos lembramos da promessa de transparência feita pelo presidente do Sport, Milton Bivar, de tornar o clube transparente.

Nada foi feito e a escuridão continua forte sem que os sócios tenham o devido conhecimento das finanças do clube.

Sete dos chamados grandes times do futebol brasileiro divulgaram os balanços do semestre, e como não podia deixar de acontecer, cinco desses apresentaram-se no vermelho.

Flamengo e Grêmio somaram superávits. Corinthians, Internacional, Vasco e Bahia e Santos, ficaram no prejuízo.

A desculpa está na mudança do sistema da distribuição de cotas dos direitos de transmissão, já que 60% dessas serão alocadas nesse segundo semestre. Mesmo assim faltou o planejamento.

O Flamengo na verdade foi salvo pelas negociações de atletas, senão estaria acompanhando os demais. O inverso se deu com o Grêmio que mostrou competência gerencial, ao fechar o semestre com R$ 30,3 milhões de superávit, por conta do aumento das receitas.

Por sua vez o Bahia apresentou um negativo de R$ 5 milhões nos seis meses, mas em julho reverteu a situação com um positivo em R$ 4,9 milhões.

Em São Januário, o Vasco da Gama apresentou um prejuízo de R$ 12 milhões. A sua receita foi muito baixa, e não teve vendas de atletas.

O Santos gastou uma imensidade com o futebol no semestre, e isso teve aumento na sua divida em R$ 77,4 milhões. A folha salarial santista é exagerada, com gastos de R$ 13,5 milhões. O Peixe teve um déficit de R$ 40 milhões.

O Internacional sem os recursos da TV, da venda de jogadores e com o aumento da folha salarial, registrou um déficit de R$ 61 milhões, ou seja, um pouco mais de R$ 10,0 milhões por mês.

O maior déficit foi apresentado pelo Corinthians, com o vermelho de R$ 100 milhões, e um aumento da divida em R$ 168 milhões.

Vamos e venhamos, o futebol brasileiro continua desorganizado, e o vermelho faz parte dos seus planejamentos.

NOTA 4- PAYSANDU TEM A ARMA ESTRATÉGICA PARA DERROTAR O NÁUTICO

* Os torcedores do Paysandu estão empolgados com o primeiro jogo do mata-mata do acesso à Série B, contra o Náutico. Os ingressos foram colocados nas bilheterias na tarde de ontem e foram vendidos 10 mil ingressos.

O time fez o seu treinamento de portões fechados. Segundo o técnico Hélio dos Anjos, o Papão está diante do momento mais importante da temporada.

A fórmula secreta para derrotar o alvirrubro de Pernambuco, é a da marcação sob pressão o adversário, para sufoca-lo e impor bons lances ofensivos em sequência, aproveitando a força oriunda da arquibancada.

Segundo o jornal "O Liberal', de Belém, a leitura é que o Náutico é um time de forte ofensiva e pode ter dificuldades para segurar o Papão.

Será o jogo do ano no Pará.

Por outro lado, pelo que assistimos em alguns jogos do Paysandu, não temos a menor duvida do que o time da Rosa e Silva irá trazer um resultado positivo na sua mala.

Na verdade é bem melhor do que o rival.

NOTA 5- O STJD E O VASCO NO CASO DA HOMOFOBIA

* Vasco tem até essa sexta-feira para prestar esclarecimentos ao STJD sobre os gritos homofóbicos de parte de sua torcida contra os jogadores do São Paulo, no jogo que foi realizado no último domingo em São Januário, pelo Brasileiro.

A partir dessas informações, sobre as medidas prévias e repressivas adotadas pelo time da Cruz de Malta para coibir a discriminação, é que será formalizada  uma eventual acusação.

Segundo o blog do jornalista Lauro Jardim, o STJD fala em tomar medidas severas e inéditas de punição ao Vasco.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O SÉCULO XXI DO SANTA CRUZ  

* Para quem estuda o futebol e o analisa de forma correta, o Século XXI é sem duvida o espelho para que se entenda a atual situação do Santa Cruz, que há muito vem se apequenando, e os seus dirigentes não detectaram. Deu no que deu.

Se tivessem analisado o andar do tempo, certamente o tricolor não teria chegado ao buraco do tamanho do Grand Canyon.

Na verdade só quem sobrou no afundamento foi a torcida que apesar de tudo ainda o acompanhou. Nesse período o número de novos torcedores foram mais reduzidos, desde que esses sempre marcham com os vitoriosos quando da escolha de um time.

Nesses 20 anos do Século XXI o Santa Cruz esteve em duas divisões deficitárias, a C por seis anos, e a D por mais três. São nove anos de agonia, e com a gravidade de não ter uma reação.

Esteve na Série B por 8 anos, e não conseguiu formatar algo para o preparo de um time que objetivasse a Divisão Maior.  Na Série A que é a mais rentável só jogou em três anos (2001, 2006 e 2016), e por apenas uma temporada. Subiu e caiu de imediato.

Qual o trabalho que foi realizado no clube para a sua recuperação? Obvio que não aconteceu, e nos últimos anos tornou-se um time das Séries C e D. 

O endividamento aumentou de forma explosiva, não tem nenhuma promessa nas categorias de base para uma boa negociação, e esse setor não foi contemplado com um trabalho profissional de formação que poderia dar-lhe melhores dias.

O Botafogo do Rio de Janeiro, que vive com problemas financeiros tem 13 jogadores das categorias inferiores no time principal, e que está fazendo um Brasileiro regular.

Na realidade faltou gestão ao tricolor, não houve renovação dos dirigentes, e os que lá estavam não o prepararam para o futuro.

Foram perdidos vinte anos, e hoje a recuperação é impossível, a não ser que um grupo de investidores sérios o transformem em uma SAD e passem a administra-lo.

Caso contrário o Arruda será a morada dos fantasmas.

NOTA 2- A MÃO QUE AFAGA É A MESMA QUE APEDREJA

* O mundo dá muitas voltas. Um dia se está no céu, no outro nas profundezas do inferno.

No inicio da temporada futebolística do Brasil, o Palmeiras era o favorito para a conquista das três maiores competições, e Luiz Felipe Scolari era endeusado pelas mídias esportivas.

O alviverde em um curto período foi eliminado de duas Copas, a do Brasil e Libertadores, e por conta disso, no dia de ontem após a derrota no jogo contra o time do Grêmio, o técnico passou a ser apedrejado pelos mesmos que o endeusavam, e proclamavam que o seu time era o maior entre todos.

Na verdade nunca gostamos do sistema pragmático adotado por Scolari, com a sua retranca e contra-ataques, e com Felipe Melo o brucutu do gramado, algo que já está enterrado no futebol.

Assistimos vários programas esportivos, e o pau caiu na moleira do técnico, inclusive com indicações de um novo profissional para o seu lugar. Até José Mourinho foi citado como solução. Aquelas mãos que o afagavam, jogaram as suas pedras.

Uma pergunta: Se o Palmeiras tivesse ganho o jogo, como seriam as analises dos jornalistas de plantão?

NOTA 3- OS EXEMPLOS DO FORTALEZA, CEARÁ E BAHA

* O futebol pernambucano se apequenou nos últimos tempos. Saiu da página principal para o rodapé dos veículos de mídia.

Enquanto os nossos clubes eram arrastados para o fundo do poço, Fortaleza, Ceará e Bahia, clubes que passaram por recuperações em suas gestões estão na Série A.

Na realidade esses três estão contribuído para o incremento dos torcedores e com estádios lotados.

No Ranking das maiores médias de públicos do Brasileiro, logo atrás do Flamengo, São Paulo e Corinthians, está o trio Nordestino.

O Fortaleza em 5º tem uma media de 29.761 pagantes por jogo. Na sexta colocação está o Ceará, com uma média de 27.534 torcedores, e o Bahia é o sétimo, com 25.701.

Não são clubes milionários, mas foram estruturados para darem um salto gigantesco nesse esporte, e estão conseguindo.

Infelizmente a gestão do futebol de Pernambuco levou o estado para os confins do mundo.

NOTA 4- O REI RENATO GAÚCHO

* Enquanto Felipe Scolari era crucificado pelas mídias, do outro lado, Renato Gaúcho foi colocado no Panteão da fama, por ter provado mais uma vez que é especialista em mata-mata, ao menos pela Copa Libertadores.

O Grêmio vai para a terceira semifinal sob o comando do treinador.

O clube gaúcho mostrou ontem no jogo contra o Palmeiras, que o nome de 'Imortal' foi bem colocado. Ao todo, o tricolor vai para a sua 10ª semifinal de Libertadores, empatando com o São Paulo, antes no topo entre os times brasileiros.

Por outro lado, Renato Gaúcho vai ganhando o título de ¨copeiro¨ e especialista em Libertadores. Além de duas Copas do Brasil que tem no currículo, e do título da Libertadores em 2017.

Chegou a quatro semifinais, duas vezes foi à final (perdeu com o Fluminense em 2008), e tudo em cinco disputas. Apenas em 2011 o técnico caiu antes, nas oitavas de final.

Enquanto isso, o Brasileiro foi abandonando pelo Grêmio, que era um dos favoritos ao título, e hoje está em 12º lugar.

Renato Gaúcho hoje é a bola da vez.

* Dados do site o gol.com

NOTA 5- O SALTO GIGANTESCO DO AMÉRICA-MG NA SÉRIE B

* O turno da Série B foi encerrado na noite de ontem com dois jogos.

O América-MG venceu o São Bento por 2x0, completando uma série de quatro vitórias e um empate nas últimas cinco rodadas.

Disputou 15 pontos e somou 13. Pulou da lanterna da competição para o 13º lugar com 24 pontos.

Uma evolução sensacional.

No outro jogo, o Londrina foi derrotado por 1x0, pelo lanterna Guarani, continuando a sua queda com quatro derrotas e um empate em cinco jogos.

Estancou no 11º lugar, com 25 pontos.

Um verdadeiro cavalo paraguaio que disparou na largada e no meio do caminho parou.

Enquanto isso no Beira-Rio, em Porto Alegre, o Flamengo de Jorge de Jesus, empatou com o Internacional por 0x0, e passou para a fase da semifinal da Copa Libertadores, quando irá enfrentar outro time gaúcho, o Gremio.

Escrito por José Joaquim

A Série B é uma verdadeira selva com pouca técnica e muita luta por uma vitória. Quando um jogo termina empatado, com o time jogando em casa com o desejo de uma vitória torna-se uma frustação.

O equilíbrio da atual Segunda Divisão se dá por baixo, com exceção do Bragantino que vem fazendo uma campanha vitoriosa, e com chances bem altas do acesso, os demais que pretendem um algo mais estão nivelados, e não são muitos na realidade.

Hoje poucos são aqueles que tem condições de passar para a Serie A. Os números mostram essa situação, embora tenhamos um turno inteiro, com 57 pontos à disputar.

Ontem fomos questionados várias vezes sobre o exagerado número de empates do Sport, e se isso irá prejudicar o clube na sua luta pelo acesso.

Existe um nível estatístico para o numero de resultados iguais, e de acordo com os 13 anos de competição, de 2006 a 2018, na era dos pontos corridos, apenas dois times com 13 empates conseguiram o acesso, Náutico em 2011 e Avaí, em 2016 e 2018.

Acima desse número não teve nenhum dos participantes passando para a Série A do ano seguinte.

A média de empates do 4º colocado nesse mesmo período é de 8,1.

O número mágico para o acesso é de 62 pontos, que é a média dos anos estudados, que bate com a classificação atual da competição.

Na realidade essa é uma selva com animais selvagens de todos os lados esperando para dar o bote.

O Sport terminou o turno com 10 empates, em 19 jogos, ou seja 52% do total, e mesmo assim ainda está no G4. Qual a razão?

Algo muito simples, ou seja aconteceu uma estagnação na busca dos pontos.

O número de clubes pretendentes ficaram resumidos, e aqueles que estão mais próximos ainda não tem a pulsação de uma Série maior, e ficam no elevador no sobe e desce.

Como o rubro-negro tem apenas duas derrotas, tal fato compensou o exagero dos empates, mas corre o risco de que alguns pretendentes que estão mais próximos do grupo de cima tenham crescimentos, como é o caso da Ponte Preta e Paraná.

O Sport com esse percentual de empates sendo firmado, chegará no final da competição com 20 jogos com resultados iguais, ou seja 60 pontos que foram disputados e apenas 20 conquistados. Os outros 40 foram desperdiçados. 

Hoje o time da Ilha do Retiro tem 31 pontos, e precisa de mais 31 dos 57 em disputa para atingir o seu objetivo, ou seja mantendo o ritmo atual com 54% de aproveitamento, tem condições de alcançar o seu desejo, mas terá que enfrentar o perigo de ter um menor número de vitórias, que é um dos itens dos critérios do desempate.

Obvio que se o elevador continuar no sobe e desce, sem que os times que estão com pontuações mais baixas melhorarem nos seus atuais aproveitamentos, o Sport mantendo a atual campanha poderá ser o primeiro a ter o acesso com mais de 13 empates.

Na verdade seria bastante prudente trabalhar para reduzir o número que já está muito alto para um turno.

Tudo irá depender do que irá acontece com os demais concorrentes, mas a situação do rubro-negro pode ser considerada boa.

Os números hoje são bem razoáveis.

Escrito por José Joaquim

* Roda mundo, roda gigante. 

Ao ouvirmos no dia de ontem uma música famosa de Chico Buarque, Roda Viva, nos lembramos do nosso futebol que eternamente vive em uma roda gigante, que sempre para no mesmo lugar, e os seus passageiros descem, sem que nada tenha sido modificado.

Nada muda no sistema há décadas, a exaustão tomou conta dos seus diversos setores, e os reflexos estão bem claros à vista de todos nós.

Nos apequenamos.

Uma análise sobre o assunto nos leva a afirmar que esse pertence a um ciclo vicioso, que não muda o roteiro, como a roda gigante que nós citamos, que tem um sistema pernicioso e destruidor.

A roda parte de um modelo não empresarial que é adotado pelos clubes. O amadorismo reina, sem uma visão correta para negócios, e sobretudo por não contemplar a responsabilidade orçamentária.

Na continuidade do giro dessa roda viva, tal modelo leva a uma má gestão, que por sua vez arruína as suas finanças. O desespero bate às suas portas, e sem as condições de investimentos, os gestores continuam com o endividamento para que possam formatar equipes fortes, que na sua maioria absoluta não saem do papel. Profissionais caros sem retorno para o que investiram.

A roda continua girando, passando por uma quarta etapa, quando a situação financeira do clube se torna insustentável, as penhoras são constantes, atrasos salariais fazem parte de sua rotina, levando a necessidade da vinda de novos gestores para sanea-lo.

Lá no alto a roda dá uma parada, para que o processo de saneamento adotado pelos novos gestores seja implantado, mas para isso existe a necessidade de medidas duras, como aconteceu com o Flamengo que usou o longo prazo para mudar o seu rumo.

Começa a sua descida, quando a falta de investimentos produz uma piora nos resultados dentro de campo, com riscos de rebaixamento. Os torcedores começam a gritar: ¨queremos jogador¨. Os resultados negativos não são explicados aos seguidores, e esses começam a se afastar, como também os patrocinadores.

Quando a roda chega ao seu terminal, o clube começa a abrir os seus espaços para os dirigentes oportunistas, aproveitadores de ocasiões, sem a devida responsabilidade, nem o preparo devido, e concluem o trabalho de desintegração. O Figueirense é o um exemplo claro. Na verdade, o esporte da chuteira vem sendo conduzido como uma roda viva, desgovernada há muitos anos.

Sobre o futebol discute-se até os sexos dos anjos, mas esquece o fundamental, a capacidade e a seriedade dos seus gestores.

Roda moinho, roda pião.