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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O NÁUTICO PULOU UMA FOGUEIRA

* O Náutico jogou dentro dos conformes de um jogo de mata-mata na casa do adversário, cujo empate seria  bem recebido.

O primeiro tempo foi fraco, equilibrado com dois times jogando no meio de campo com raras buscas na procura das metas.

O placar de 0x0 era favorável ao alvirrubro por esse jogar a partida de volta em casa.

Na segunda fase o jogo ficou bem mais movimentado com o time mandante com mais intensidade, inclusive colocando uma bola na trave. O Náutico procurava os contra-ataques.

O Papão do Curuzu esteve mais perto de abrir o placar, mas o goleiro Jefferson não deixou a bola entrar na sua meta. O placar final de 0x0 foi excelente para o Timbu, que estará jogando junto com a sua torcida na partida decisiva, mas sem menosprezar o rival que é sempre um adversário difícil por tradição.

A arbitragem de Anderson Daronco foi de alto nível, e como se diz na gíria do futebol, esse apitou com o jogo no bolso.

O Náutico tem todas as chances para ter o acesso à Serie B no final da semana. O time pulou uma fogueira, em pleno mês de setembro.   

NOTA 2- NA SÉRIE B O GRUPO DA CAETANA TAMBÉM ESTÁ EMBOLADO

* A embolada na Série B Nacional não está apenas ligada ao grupo que briga pelo acesso, desde que na parte da zona da Caetana essa também está equilibrada.

A distância do 17º colocado, Vila Nova, para o 12º, Brasil de Pelotas é de apenas quatro pontos. Para o 14º, Criciúma essa reduz para apenas um ponto, ou seja uma vitória do time goiano, ou uma derrota do 16º ao 14º, o panorama muda.

A segunda página da tabela de classificação está com a foice da Caetana preparada para os 10 componentes. Algo pouco visto nessa competição.

Por outro lado, enquanto um time paulista tem a liderança com folga no campeonato, o Bragantino, os três últimos colocados também são de São Paulo.

O estado poderá bater sua própria marca negativa na divisão, ao ter três clubes rebaixados. O Guarani venceu o Figueirense com a ajuda do apito amigo, tem 19 pontos, a mesma pontuação do São Bento, e um degrau acima encontra-se o Oeste que empatou com o Sport.

Será sem duvida uma queda para abalar o futebol de São Paulo, que poderá dar o campeão da Série B, e ter três cabeças ceifadas.

Como a situação está muito parelha, esses poderão escapar da foice da Caetana, mas terão dificuldades pelo que estão apresentando nas rodadas.

NOTA 3- O FAIR PLAY DO FUTEBOL BRASILEIRO SÓ EM 2023

* O Circo do Futebol Brasileiro conhecido na Barra da Tijuca como CBF, anunciou a conclusão da elaboração do regulamento das regras do fair-play-financeiro para controlar os gastos dos clubes a partir de 2020.

Pelo texto apresentado, as agremiações podem ser punidas por não atender requisitos financeiros como controle de gastos.

O fair-play financeiro faz parte dos sistema de licenciamento dos clubes. As normas ainda não foram publicadas.

Obvio que seria um avanço para o equilíbrio das contas dos clubes nacionais. Mas, como sempre existe um "mas" nessa entidade, segundo o jornalista Rodrigo Mattos do Portal UOL, as punições só irão começar a partir de 2023, já que o período inicial é educativo.

Uma piada pronta, desde que vamos esperar mais três anos para que as punições de clubes que tenham dividas com outros clubes ou com jogadores aconteçam, e mais greves apareçam.

O mais grotesco dessa atitude é que o ano previsto para o inicio do fair-play financeiro do futebol nacional, corresponde ao processo eleitoral do Circo, e é bem obvio que os eleitores não serão punidos e sim perdoados pelos votos.

São coisas do futebol brasileiro, que faz parte do Bloco do Sanatório Geral.

NOTA 4- A AULA DE PEP GUARDIOLA

* Enquanto no Brasil somente os jogadores do Cruzeiro ficaram ao lado dos companheiros do Figueirense quando esses decretaram uma greve por conta dos atrasos salariais, o técnico Pep Guardiola, uma das maiores referências do atual futebol mundial, se posicionou sobre o assunto em uma entrevista ao DAZN, defendendo os atletas do time brasileiro, e ao mesmo tempo cobrando medidas para maior ajuda das federações aos clubes de menor expressão. 

¨Teria que ter um plano da federação, e não punir os jogadores ou o treinador, porque todos queremos que o Figueirense possa continuar na liga do Brasil, e jogando futebol. Mas precisa existir um plano de viabilidade econômica para que essas equipes possam subsistir", declarou.

Continuou de forma dura na sua defesa ao afirmar "que no final é um problema...queremos ver só os grandes clubes e esquecem dos pequenos sempre. A sociedade está estruturada assim. Os clubes deixam de existir porque não tem recursos, porque as federações não pagam, não tem patrocinadores... Ficam sem ter o que fazer, e os grandes só se preocupam com eles", disse o treinador.

Sem dúvida uma aula para todos aqueles brasileiros omissos.

NOTA 5- UM BAILE NO MARACANÃ

* O Flamengo de Jorge Jesus é sem duvida uma máquina de jogar futebol. A qualidade do elenco permite que o treinador mude a sua formação durante a partida criando novas opções.

As contratações que foram indicadas se encaixaram, e deram uma maior consistência ao time.

O jogo contra o Palmeiras para um pouco mais de 65 mil pagantes foi uma aula de futebol. O 3x0 foi muito pequeno pelo que o rubro-negro jogou, enquanto o alviverde assistia de forma pacifica, sem o menor estímulo.

Na realidade quando o rubro-negro ainda não tinha formado o seu time antes da Copa América, o Palmeiras era o melhor, depois ficou bem longe da qualidade da equipe da Gávea, que está sobrando na competição.

O Flamengo investiu alto e bem, e a presença de Jorge Jesus sem duvida foi o ponto de partida da sua subida. Na realidade esse só tem o Santos como adversário na competição, que está na vice-liderança com o desempate pelo critério do saldo de gols.

O encontro foi de um time só, o alviverde não esteve no Maracanã.

No outro jogo da tarde, o Fortaleza fez o dever de casa ao derrotar o Goiás por 2x0, melhorando a sua posição na tabela de classificação.

Não foi uma grande partida, mas o tricolor cearense foi bem melhor. Foi um encontro valendo seis pontos na luta contra a Caetana.

No período noturno foram realizadas duas partidas.

Em Belo Horizonte, o Cruzeiro recebeu o Vasco e o Corinthians em casa enfrentou o Atlético-MG. Como não poderia deixar de acontecer os resultados dos dois jogos foram de duas "goleadas"¨, de 1x0.

Escrito por José Joaquim

POR CLAUDEMIR GOMES

O mundo está muito plano e o futebol nos mostra isso. É preciso entender as mudanças para não ficar remando contra a maré. A mais recente demonstração sobre tal realidade foi observada em coisas simples do cotidiano. A rotina dos atos era a mesma, contudo o teor da discussão, ou seja, o mote da prosa é que viera de lá longe, importado da Europa. E deu conversa por mais de um légua.

Os homens de minha geração gostam de frequentar padaria, mercado público e barbearia. São lugares onde a conversa flora com muita naturalidade, a sabedoria popular impera pelo imaginário de cada um. Evidente que futebol e política sempre ocuparam lugar de destaque nestes celeiros de pródigos analistas.

Pois bem! Chego na padaria para ouvir dos rubro-negros as análises do primeiro balanço do Sport na Série B, e avaliar a ansiedade dos alvirrubros com relação ao jogo contra o Paysandu, em Belém, neste final de semana, válido pelo mata-mata que irá classificar, uma das duas equipes para a Série B em 2020. Um confronto para o qual cabe o rótulo de "jogo do ano", como a turma do rádio gosta de chamar. Para minha surpresa, o assunto dominante era o sorteio dos grupos da Liga dos Campeões da Europa, que seria realizado em Monte Carlo, no Principado de Mônaco, na França.

Entre uma mordida e outra no pão francês, um gole no café com leite, e tome falação sobre o mais atrativo campeonato interclubes do mundo. Impressionante o número de informações que a turma carrega sobre equipes, jogadores, transferências... Parecia mais que o assunto dominante era o Campeonato Pernambucano dos velhos tempos, tamanha a familiarização com os fatos.

Passei 45 minutos- marcados no relógio-, sem prorrogação até porque não houve parada para o VAR. Numa conversa animada daquela não há impedimento, nem ninguém entra de sola para fazer um pênalti. Todos querem apenas exibir o talento, ou seja, o conhecimento. No entra e sai para o café da manhã, como se fosse uma troca de jogadores, a conversa ganhava uma maior dinâmica com novos analistas ávidos em revelar seus conhecimentos.

É preciso entender as mudanças! Ouvi esta frase de uma consultora que viera fazer uma palestra a um grupo de empresários aqui no Recife. Ela estava sendo entrevistada no Bom Dia Pernambuco, na Globo Nordeste. Como estava passando de passagem pela sala, apenas ouvi a frase. Foi o suficiente para me levar a uma revisão nos conceitos.

Lembrei os "gritos de alerta" que são dados por um amigo em seus artigos. Esta planície na qual o mundo se transformou trouxe a Europa para dentro de nossas casas.

Para constatar outras verdades me senti instigado a ouvir um monte de resenhas. Foi inevitável fazer uma comparação das conversas ouvidas na padaria com o teor do noticiário esportivo apresentado pelos rádios. Mundos dispares. Confesso que fiquei sem entender o "buraco-negro" que estava provocando aquela falta de sintonia entre a imprensa especializada em futebol e o público consumidor. De imediato a frase começou a martelar minha cabeça:

É preciso entender as mudanças!

Eis a imposição da nova ordem.

* Claudemir Gomes é responsável pelo blog com o seu nome, e é sem duvida um dos últimos dos moicanos do jornalismo esportivo local.

Escrito por José Joaquim

Quem acompanha os esportes tem a obrigação de ficar atento para os bons livros sobre o segmento, e que trazem informações proveitosas. Um desses foi lançado em 2014, e que continua atualizado, e tem como foco o que sempre estamos debatendo com os nossos visitantes, que é o das gestões dos clubes de futebol.

O estudioso de administração do futebol, Michel Mattar, é o seu autor, onde trata de temas que já foram apresentados em nossos artigos e que na verdade são importantes para os gestores do futebol nacional. O título do livro é: "Na trave, o que falta para o futebol brasileiro ter uma gestão profissional¨, e trata de forma bem clara as administrações dos clubes e a ausência da governança com relação ao poder.

Algo bem interessante, e que sempre estamos destacando, foi anotado pelo autor, quando escreve sobre a maneira como esses são dirigidos, de forma voluntária, por amigos do presidente e na maioria das vezes sem a habilitação profissional para que pudessem assumir tais cargos. 

Na verdade, o nosso futebol está entregue às "famílias¨, que defendem os seus próprios interesses, com decisões que garantam a manutenção dos gestores nos cargos por mais tempo, para que possam continuar a receber suas benesses.

Vivemos numa época do compadrio, e o livro retrata muito bem o tema, onde o conflito de interesses perdura, de um lado as demandas dos amigos do poder, e do outro o mercado consumidor, que não é atendido de forma como deveria ser.

O futebol brasileiro é avaliado por resultados, e um gestor competente que esteja preparando o clube para o futuro, dando-lhe uma estrutura adequada para o crescimento, se não ganhar um título sairá execrado. Trata-se da cultura de ganhar de qualquer forma, mesmo deixando os buracos em seus balanços.

O autor dá algumas sugestões para a melhora desse esporte no Brasil, e uma delas é a criação de uma Liga forte, gerenciada por profissionais competentes, no modelo americano. 

Sempre é bom lermos algo que defende as ideias que postulamos, mas continuamos pensando que as mudanças ainda irão demorar, desde que sem grandes investidores para forçarem as transformações, dificilmente iremos sair do atoleiro em que esse esporte está metido.

O futebol brasileiro tem a necessidade de aporte de recursos privados em todos os seus clubes, e com uma gestão profissional, um dia iremos sair do fundo do poço, desde que temos tudo para tal, menos gestores competentes e com credibilidade.

Nós precisamos de bons pensadores em todos os segmentos.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O DOMINGO É DO NÁUTICO

* O domingo do Clube Náutico e de seus torcedores é de ansiedade por conta do primeiro jogo do mata-mata que dará o acesso à Serie B de 2020. O adversário será o Paysandu, que irá receber em casa o time pernambucano.

O alvirrubro foi o líder do seu grupo, como também teve a maior pontuação entre todos os disputantes, 33 pontos. O Papão do Curuzu foi o 4º colocado do seu grupo com 27.

O mando de campo tem a sua influência, mas pelo futebol que vimos do clube paraense durante a competição, o Timbu tem boas chances de obtenção de um bom resultado.

Para o dirigente de um clube que está nessa situação em um sistema de vida ou morte, apesar da boa performance, é sem duvida um suspense, uma ansiedade sem limite. Depois de tanta luta, disputar o seu futuro nesse modelo irracional é muito duro, mas como o Circo assim o deseja, a solução é a de ir à luta.

Vivenciamos algo bem parecido em 1990 com o Sport na Série B, no mata-mata com o Guarani, que era dirigido por um milionário da cidade e  conhecido pela sua esperteza.

O telefone não parou de tocar durante o dia, e as conversas eram as mesmas: "o árbitro vai prejudicar o time", ou "o jogador tal está no bolso", coisas do futebol antigo.

A nossa resposta era simples: "vamos sair do estádio Brinco de Ouro, classificado para a final".

Não deu outra coisa, a confusão reinante no pós jogo, com  tentativa de agressão ao árbitro pelo presidente do Bugre e os objetos jogados no gramado, não permitiram que o time rubro-negro voltasse ao vestiário. Tal fato durou quase uma hora.

O estresse foi grande, e certamente os dirigentes do Náutico estão sentindo o mesmo do que aconteceu conosco.

Não temos a menor duvida que o clube da Rosa e Silva irá passar por esse obstáculo, desde que os dias de hoje são mais amenos para disputas como essa, e a arbitragem escolhida foi sem duvida uma dádiva.

Anderson Daronco resiste as pressões que aparecem, e certamente a partida será decidida no gramado, e aí entra o elenco do clube com a responsabilidade de uma vitória. 

NOTA 2- NO JOGO DA EMPATITE, DEU A GUTEMPATITE

* Na postagem de ontem afirmamos que o Sport era o favorito para o jogo contra o Oeste, mas tinha dois grandes problemas para vencer: a Gutempatite, e a Síndrome do Ressuscitador.

Permaneceu a primeira e o Leão somou mais um empate chegando ao 11º, igual ao número do time rival.

A rodada começou com quatro empates, três na última sexta-feira e uma na matinal de ontem, e que mostra a péssima qualidade dessa competição que está nivelada de forma rasteira.

A situação é tão ruim que um time como o Sport ainda está no G4, imagine os que estão atrás dele.

O melhor do jogo foi o comentarista Maurício Noriega do Sport TV, que conseguiu achar algo de bom nesse encontro.

Um autêntico comentário de Desfile de Escola de Samba, quando se dá nota 10 para todos os quesitos.

O jogo começou até bem, sob o calor do deserto do Saara, o Sport partiu para cima e perdeu duas boas chances. Parou e começou o futebol bumba-meu-boi de chutões para o alto, dezenas de passes errados, e com a  melhora do Oeste.

No segundo tempo o panorama foi igual e o rubro-negro perdeu um pênalti cobrado por Hyuri. Depois disso esmoreceu e o rival dominou a partida perdendo algumas chances.

Futebol das 11h deveria ser para a cartolagem do Circo, desde que a temperatura dentro do campo passou dos 40 graus.

O Sport está brincando com a sorte, posto que o número de empates está chegando ao seu limite, e com o andar da carruagem vai chegar um momento em que os pontos a serem disputados não cobrirão as suas necessidades para atingir o número mágico.

Hoje com 18 jogos para serem realizados, o Leão tem que conquistar 30 pontos dos 54 em disputa. 

NOTA 3- UM JOGO PARA OS CAMELOS

* Em um dia de sol e calor em São Paulo, com mais de 30 graus, o Morumbi assistiu um jogo que deveria ser de camelos, que são os únicos que conseguem sobreviver de forma tranquila no deserto.

São Paulo e Grêmio fizeram um jogo morno na matinal da Série A.

O tricolor gaúcho atuou com a equipe alterativa montada por Renato Portaluppi, mas não conseguiu criar oportunidades, e assistiu o time do Morumbi, empurrado pela torcida, perder várias chances.

O panorama da partida obedeceu a um roteiro programado de forma antecipada, um samba de uma nota só, com o São Paulo trocando passes e o time do Grêmio com um ônibus biarticulado à frende de sua defesa.

Os 17 chutes ao gol do tricolor paulista, na maioria foram para longe da meta gremista. O 0x0 foi de bom tamanho.

Na realidade a euforia da equipe comandada pelo técnico Cuca, que os analistas já estavam colocando como candidata ao título murchou, com duas rodadas sem vitórias.

Durante a partida aconteceu um acidente grave que foi transmitido para o Brasil para os assinantes do Premiere.

Um torcedor do São Paulo, despencou do anel superior do Morumbi, e atingiu uma adolescente que estava numa arquibancada inferior. As duas vítimas foram encaminhadas para hospitais da região.

Na verdade a queda do torcedor não foi a primeira no Morumbi.

Nos demais jogos de ontem pela Série A, o Bahia derrotou o CSA por 1x0, em um jogo sofrido, o Santos voltou a liderar a tabela de forma provisória ao derrotar a Chapecoense também por 1x0, o Athletico-PR em outro 1x0 venceu o Ceará e no último jogo o Internacional ganhou do time do Botafogo por 3x2. 

NOTA 4- O FUTEBOL BRASILEIRO PRECISA DE MAIS EQUIDADE

* O Flamengo sem duvida é o clube mais estruturado do Brasil.

Tem uma demanda excelente em todo o país, e o ponto de audiência vale ouro.

Hoje tem uma máquina milionária graças ao trabalho da gestão de Eduardo Bandeira de Melo que o deixou  muito equilibrado, e os que o sucederam estão dando continuidade.

Os demais clubes deveriam imita-lo.

Por conta desse poder, a discrepância das cotas de TV recebidas pelo rubro-negro com relação aos outros clubes é preocupante, e no Rio de Janeiro a situação é mais grave.

Para que se tenha uma ideia, desde que os valores foram reajustados em 2012, para efeito de comparação, o time da Gávea recebeu cerca de R$ 500 milhões a mais do que o Fluminense e Botafogo. Obvio que isso ajudou na sua recuperação.  

Não estamos discutindo o tratamento diferenciado para os demais, mas por uma maior equidade no sistema, para evitar que no futuro o futebol brasileiro só tenha um clube.

O Flamengo é importante, mas para solidificar o crescimento precisa de rivais.

NOTA 5- DEZ JOGOS E NOVE GOLS É O RETRATO DA SÉRIE B

* A 20ª rodada da Série B foi encerada na noite de ontem com a realização de sete jogos, e na soma com os três encontros da última sexta-feira, foram 10 partidas com apenas nove bolas dentro das redes, com uma média de 0,90.

Tal fato mostra de forma clara o nível dessa competição que é um dos piores de todos os tempos.

Ao resultados de 0x0 e 1x0 aconteceram por quatro vezes. O 1x1 aconteceu uma vez, enquanto a "goleada" da rodada foi a da vitória do Bragantino sobre o Brasil de Pelotas por 2x1. 

A tabela de classificação ficou mais apertada com as vitórias do CRB por 1x0 contra o Londrina, e da Ponte Preta também por 1x0 contra o Coritiba.

Ambos se aproximaram mais uma vez do G4, e estão com uma diferença de dois pontos para o Sport, 4º colocado.

O Bragantino somou 41 pontos, com uma diferença para o Coritiba (2º) de 7 pontos, e de 10 para o 5º, o Cuiabá.

Está passeando na raia, e em 18 jogos que ainda serão realizados, precisa de 7 vitórias e um empate para chegar ao acesso, ou seja 22 pontos.

O time de Bragança Paulista completou a 12ª vitória na competição. Por incrível que pareça, o Sport é o que tem menos vitórias entre os que aspiram o G4 no final, com apenas sete.

Os seus onze empates roubaram da tabela 22 pontos que irão fazer falta no futuro.

Disso temos uma certeza absoluta.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O ENCONTRO DA EMPATITE NA SÉRIE B

* Sete jogos nesse sábado irão fechar a 20ª rodada do Brasileiro da Série B, e entre esses um encontro dos reis da Empatite, Oeste e Sport, ambos com 10 empates na tabela de classificação.

Embora esses resultados sejam dominantes nas suas campanhas, a situação no campeonato é bem diferente, com o rubro-negro de Pernambuco junto do G4, e o rubro-negro do interior de São Paulo no grupo que está abraçado com a Caetana. O jogo será realizado na matinal, às 11h.

Ao analisarmos a situação desses clubes na Série B, o Sport sem duvida é favorito, posto que apesar da Gutempatite, tem a obrigação de somar os três pontos. O Leão da Ilha do Retiro é o 5º colocado, com 31 pontos, enquanto a equipe de Barueri está na 19ª colocação.

As estatísticas são favoráveis ao Sport. Nos últimos cinco jogos somou 8 pontos dos 15 disputados, com aproveitamento de 53,3%. Por outro lado o Oeste obteve apenas 2 pontos (13,3%). Nas últimas 10 rodadas, o rubro-negro pernambucano teve um aproveitamento de 50%, enquanto o do interior de São Paulo foi de 26,6%.

O Sport tem um sequência de 4 rodadas sem derrota, e o Oeste tem 7 jogos seguidos sem uma vitória. Os números refletem a realidade.

O Leão tem apenas dois problemas a serem superados, e que poderão afetar o resultado: o primeira é a Gutempatite, e o segundo é o título que carrega, o de ser o ressuscitador daqueles times que estão na zona da famosa Caetana.

Apesar disso, temos a certeza de que os três pontos virão para o nosso estado.

Na noite de ontem a carruagem da Série B não andou, por conta de três jogos que terminaram empatados: Paraná 1x1 Vila Nova, Cuiabá 0x0 Criciúma e, Vitória 0x0 Botafogo-SP.

NOTA 2- O SPORT E A BARRIGA DE ALUGUEL

* Ouvimos no dia de ontem diversas criticas de amigos rubro-negros por conta da saída de Ezequiel para o Cruzeiro, considerando que o Sport está se tornando barriga de aluguel para clubes e empresários.

A realidade é bem outra, e esse tipo de empréstimo que dá condição de liberar um jogador pagando um pequena quantia pelo direito de vitrine, se tornou comum principalmente para clubes que vivem com problemas financeiros.

Como segurar um profissional cujo contrato permite a sua rescisão, que foi emprestado sem ônus para o hospedeiro, e recebendo uma proposta de um clube da elite da primeira divisão?

Obvio que não existe escapatória para o fato.

Há alguns dias que Ezequiel já tinha se despedindo do clube por conta do canto da sereia, ou seja já estava tudo arrumado para sua ida à Belo Horizonte, onde já chegou, para fazer os exames médicos e assinar o contrato.

Para o Sport que o mostrou para o Brasil, desde que no alvinegro carioca esse não estava nos planos do técnico, coube uma lama, mas teve a sua utilidade.

Por outro lado, o Botafogo fez um contrato com o Cruzeiro, estipulando um valor para a sua liberação no final do ano.

Rogério Ceni o indicou para compor o seu esquema tático com pontas velozes, e o ex- atleta rubro-negro preencheu esse espaço.

São coisas do futebol, onde os clubes sem recursos para ter um grupo melhor se submetem a uma cláusula contratual que permite que seja chamado de barriga de aluguel.

O problema é outro, e o velho ditado deixa bem claro a realidade: ¨a necessidade faz o sapo pular¨.

NOTA 3- A VAQUINHA NO POSTE

* Em todo o mundo quando existe uma negociação de um jogador as taxas dos empresários são pagas pelo vendedor. Tal fato acontece em outros setores.

Quando um corretor vende um apartamento, o dono do imóvel paga a sua comissão, e não o comprador. No futebol tudo é diferente, quando quem assume o ônus é aquele que comprou os direitos de um atleta.

No balancete do Flamengo aparece um pagamento de R$ 1.610.000 em comissão para uma empresa do filho do empresário Renato Duprat que é ligado ao presidente do Santos, José Carlos Peres.

Segundo o blog de Perrone, do UOL, tal fato provocou alvoroço entre os oposicionistas do time peixeiro. Aliás isso é um tema intrigante.

O clube da Gávea bancou duas comissões na operação. A da Yesport Marketing  Esportivo, que tem como um dos donos Rodrigo Caruso Duprat, filho de Renato Duprat, no valor de R$ 1.610.000, e R$ 1.277.000 para a empresa do empresário, agente de Bruno Henrique.

Fizemos todas as analises possíveis sobre o assunto, e chegamos a uma única conclusão, a da ¨vaquinha no poste¨.

Esse é o verdadeiro futebol brasileiro.

NOTA 4- O NÁUTICO SOFREU UMA PUNIÇÃO INÉDITA NO BRASIL

* Pela primeira vez em nosso país, um clube foi punido por conta do não pagamento do mecanismo de solidariedade doméstico.

O Circo do Futebol Brasileiro puniu o Náutico na noite da última quinta-feira de forma inédita no país, que não poderá registrar novos jogadores por um período de seis meses, mas cabe recurso. O nome do jogador e dos outros clubes envolvidos segue em sigilo.

A informação foi confirmada ao GloboE pela assessoria de Comunicação da entidade.

A punição foi de acordo com o Mecanismo de Solidariedade, que consta no Regulamento Nacional de Registro e Transferência de Atletas do Futebol, em seu artigo 58, que é chamado de Solidariedade Doméstica.

Esse sistema é cobrado pela FIFA nas  transferências internacionais, e nunca tinha acontecido uma representação nacional. O advogado dos clube que fez a cobrança é esperto, e conhece os meandros da legislação esportiva.

Esse assunto é desconhecido em nosso estado, desde que no dia de hoje fizemos um teste ao perguntarmos a pessoas envolvidas em nosso futebol e todos desconheciam, e só conheciam a Solidariedade da FIFA.

NOTA 5- O LIXO QUE VIROU OURO

* A Copa Sul-Americana muitas vezes foi considerada como um lixo, algo da Segunda Divisão.

Hoje é a salvação de dois clubes brasileiros que estão ainda na disputa, e que poderá ser o único titulo do ano para esses.

O Corinthians é o único time paulista que ainda se mantém nos torneios continentais. Os outros foram eliminados.

O mesmo se dá com o futebol mineiro que tem o Atlético ainda vivo nessa competição, que poderá também ser a salvadora do futebol das Minas Gerais.

São coisas do futebol brasileiro.

NOTA 6- A POTÊNCIA DO FUTEBOL GAÚCHO

* O Rio Grande do Sul está na parte mais baixa do mapa do Brasil, e como o Norte que está na parte mais alta, ficam distantes dos estados maiores do país.

A grandeza dos seus dois maiores times, Grêmio e Internacional não são cantadas em prosa e verso, como acontece com o Flamengo e os times paulistas.

O tricolor por mais uma vez será semifinalista da Copa Libertadores, enquanto o Internacional chegou às quartas de final, e ainda está nas semifinais da Copa do Brasil.

O tamanho do Colorado pode ser visto nos cinco jogos realizados no Beira Rio pela Libertadores, com uma média de 48.818 torcedores por jogo. Os pagantes ficaram em 42.583.

A bilheteria bruta bateu nos R$ 11,6 milhões.

A maior renda foi a do jogo diante do Nacional: R$ 3.085.090,00.

O futebol gaúcho precisa de um título nacional para ser visto pela turma do Sudeste, e isso só não acontece por conta do Grêmio ter optado pelas Copas que deixam mais dinheiro nos cofres.

São coisas do futebol brasileiro.