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Escrito por José Joaquim

A 15ª rodada do Brasileiro teve um recorde de público nos estádios com um total de 311.525, e uma média de 31.152 pagantes por jogo, a maior da era dos pontos corridos.

Com relação a média total nos 149 jogos realizados, essa também ficou acima de todas as edições no Brasileiro à partir de 2003, com 21.087 torcedores por partida, que só perde para a do ano de 1983, com 22.953 pagantes por jogo.

O torcedor está voltando aos estádios, apesar da fraca qualidade de futebol, motivado por algo bem obvio, o equilíbrio da competição.

O maior público da rodada foi do jogo Vasco e Flamengo, com 65.418 pagantes, seguido pelo do encontro entre São Paulo e Ceará, com 47.705. Três jogos ultrapassaram a casa dos 30 mil: Corinthians e Botafogo(38.882), Fortaleza e Internacional (37.644) e Cruzeiro e Santos (36.975).

Enquanto as arquibancadas estavam repletas tiveram poucas bolas balançando as redes. Nos 10 jogos da rodada, foram apenas 18 gols, com uma média grotesca de 1,80 por jogo. O gol é a alma do futebol, e sem ele não existem emoções.

No reverso da história, enquanto as arquibancadas estavam cheias, alguns árbitros e o VAR avacalharam a rodada em três jogos. No jogo entre o Grêmio e Palmeiras aconteceram alguns erros prejudicando o alviverde, por falta de solicitação do VAR.

No Maracanã o Fluminense foi prejudicado por Wagner Reway árbitro da partida, e também pelo VAR, quando o pênalti em Ganso não foi marcado e o apito eletrônico não se posicionou.

O mais grave entre todos os erros das arbitragens foi o de Gilberto Castro Junior, no jogo entre São Paulo e Ceará ao não marcar o pênalti do goleiro Thiago Volpi em Felippe Cardoso.

Um autêntico golpe de UFC que o soprador do apito não enxergou, e o responsável pelo VAR deve ter transmitido uma mensagem para não estragar a festa do tricolor paulista.

Até a velhinha de Taubaté ficou estupefata, nos ligou perguntando onde estava o árbitro durante o lance, desde que nunca tinha visto algo tão grotesco como esse, e se o responsável pelo famoso VAR estava torcendo pelo São Paulo.

Já escrevemos dezenas de artigos sobre a arbitragem brasileira, e chegamos a conclusão de que essa não tem solução, desde que está contaminada e que passa de geração a geração.

Deveriam suspender o VAR, para que esse não seja tão avacalhado.

A melhor frase sobre o assunto foi transmitida na entrevista coletiva pelo técnico Enderson Moreira, do Ceará no pós jogo: ¨Era uma festa hoje e não podíamos atrapalhar, mas não avisaram a gente¨.

Antológica.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- FERNANDO DINIZ E A DANÇA DAS CADEIRAS

* Como já era esperado a música parou de tocar nas Laranjeiras, e a cadeira de Fernando Diniz desapareceu. Foi ceifado para o orgasmo dos dirigentes do tricolor.

Como sempre o aviso veio por Nota Oficial que deseja boa sorte ao treinador em sua carreira.

Estava bem claro que Diniz não iria resistir a derrota para o CSA no último domingo, após o time chutar 33 bolas contra o gol adversário, e esse com apenas duas vezes marcou o gol que definiu o placar.

O Fluminense voltou para a zona da Caetana.

No jogo do domingo pela primeira vez Diniz foi alvo da torcida que vinha segurando-o, e os cartolas aproveitaram para demiti-lo.

Os últimos resultados do time tricolor, deram mais força ainda para tal atitude, com duas derrotas seguidas, quatro no total em cinco jogos. O técnico assumiu o comando do tricolor no mês de dezembro de 2019, e registrou 18 vitórias, 15 derrotas e 11 empates, com 49,2% de aproveitamento.

Fernando Diniz é mais uma vitima da intolerância de parte da mídia brasileira por tentar fazer um futebol com outra cara. Infelizmente seu time jogava bem, mas os Deuses eram contrários ao fechar as portas das traves dos adversários.

A bola sempre lhe agradeceu por não ser maltratada.

Com a saída, são oito técnicos que mudaram de clube no Brasileiro, Claudinei Oliveira-Goiás, Ney Franco- Chapecoense, Abel Braga-Flamengo (pediu demissão antes de ser defenestrado), Geninho-Avaí, Marcelo Cabo- CSA, Mano Menezes- Cruzeiro, Rogério Ceni- Fortaleza (saiu para assumir o time do Cruzeiro) e Fernando Diniz-Fluminense.

O Brasileiro é triturador de técnicos.

NOTA 2- A ESTABILIZAÇÃO NA SÉRIE B

* Mal terminou no último domingo a 16ª rodada da Série B, na noite de ontem foram realizados dois jogos, Oeste e Coritiba e Criciúma e Bragantino.

Hoje teremos mais seis, inclusive o do Vila Nova e Sport.

A rodada contou com 6 vitórias dos mandantes, três dos visitantes e um empate. Foram anotados 23 gols, com uma média de 2,30 por jogo.

A média de público está estabilizada, com 5.539 pagantes por jogo.

O G4 recebeu a Ponte Preta, e a proximidade do Sport.

Aos poucos o grupo que irá brigar pelo acesso começará a desgarrar.

Quanto ao jogo do time da Ilha nessa terça-feira, em Goiânia, contra o Vila Nova, o rubro-negro é favorito por conta da comparação das performances dos dois clubes.

Ambos vem de vitorias na última rodada.

O Leão é o 5º colocado com 26 pontos, e o Vila está na 14ª posição com 17. Como mandante o time goiano somou 7 pontos em 21 disputados, enquanto o rubro-negro como visitante somou 9 também em 21 disputados.

Nas últimas 10 rodadas, o Sport somou 17 pontos (56%), e o Vila conquistou 12 (40%).

Um jogo bom para o Leão, que dependerá de uma escala correta, e que o técnico rubro-negro não queira a Gutempatite.

NOTA 3- TORCEDORES SELVAGENS

* Até quando o futebol brasileiro irá aguentar os torcedores adeptos da selvageria.

Um vídeo que recebemos mostra uma invasão da torcida do Santa Cruz pulando as catracas da Estação Recife do Metrô, sem o devido pagamento.

Uma atitude de bandidos, mostrando bem claro o tipo de gente que frequenta o futebol, e se mistura com os bons torcedores. Aliás é a cara desse país que perdeu o rumo há muito tempo.

Um outro vídeo que nos foi enviado é ainda mais grave, quando um motorista de aplicativo e dois passageiros que eram transportados no veículo ficaram feridos, na noite do último sábado, em uma confusão registrada nas proximidades da Arena da Baixada após a vitória do Athletico sobre o Atletico-MG por 1x0.

Segundo testemunhas, cerca de 30 torcedores do Furacão atiraram pedras no carro após verem que os dois passageiros que estavam dentro do veículo eram torcedores do Galo vestindo as camisas do clube.

O carro ficou completamente depredado e o motorista que levava os passageiros embora do estádio também ficou ferido. São selvagens, inclusive destruindo o ganha pão de um trabalhador.

A impunidade reina no país.

Antes da partida aconteceu uma briga entre as torcidas organizadas dos dois clubes, com a detenção de um menor e um maior que foram encaminhados à Delegacia.

Que país é esse?

NOTA 4- A MAIOR PROMESSA DO FUTEBOL MUNDIAL

* No ano de 2018 os jornais de Portugal nas suas páginas esportivas falavam muito no novo Cristiano Ronaldo. Os torcedores do Benfica o endeusavam.

Muitas vezes assistindo programas das televisões lusas as conversas eram sempre as mesmas e um nome era sempre citado com a maior revelação do futebol português nos últimos anos.

O time da Águia foi campeão do Nacional com muita folga, e o nome mais comentado era de um jovem de 19 anos, João Felix.

Obvio que esse não iria ficar no futebol local posto que os euros dos clubes ricos da Europa estavam prontos para a aquisição dos seus direitos econômicos.

O Atlético de Madrid pagou 127 milhões de euros em uma promessa, deixando muitas duvidas na imprensa madrilenha.

Na sua estreia na primeira rodada da La Liga contra o Getafe, deixou o Wanda Metropolitano de pé.

Em uma partida com pouco futebol, muito tática e físico, o jovem mostrou que é puro talento com uma jogada que partiu do seu campo, driblando os adversários e parando com um pênalti  cometido pelo zagueiro adversário, que cobrado deu a vitória para a equipe de Madrid.

Assistimos o vídeo e ficamos convictos que o preço pago foi pouco pela qualidade de João Felix, que é sem duvida a maior promessa do futebol mundial.

Vai encantar o mundo, como encantava os torcedores do Benfica.

NOTA 5- TÉCNICO DE ESCOLINHA DE FUTEBOL É SUSPEITO DE ABUSAR DOS ALUNOS

* Nesse mundo podre em que vivemos, colocar um filho em uma escolinha, seja essa de qualquer modalidade esportiva, tem que ser bem analisada e mais ainda acompanhada pelos responsáveis.

Obvio que a maioria dos técnicos são pessoas corretas, mas no meio desses aparecem os canalhas que se aproveitam das crianças com promessas de coloca-los em um clube, e assim abusar dessas.

A Policia Civil de Minas Gerais prendeu um técnico da escolinha de futebol, no Bairro Braúnas, na Região da Pampulha, uma área nobre de Belo Horizonte, suspeito de ter abusado de pelo menos seis crianças.

As vitimas tem entre 10 e 15 anos. Esse trabalhava há cerca de 20 anos no clube. Essas contaram que o homem oferecia dinheiro para a prática dos abusos.

A suspeita é que esse técnico se aproveitava das crianças quando estavam sozinhas no vestiário, ou no chalé próximo do campo. Ele mostrava vídeos pornográficos para as vitimas.

Para esse tipo de gente, só cadeira elétrica.

NOTA 6- BRAGANTINO E CORITIBA ABRIRAM A 17ª RODADA DA SÉRIE B COM VITÓRIAS

* A 17ª rodada da Série B foi aberta com dois jogos.

O Criciúma enfrentou o Bragantino e o Oeste recebeu o Coritiba.

O time de Bragança engrenou novamente e foi o dono da jogo, e saiu vitorioso com o placar de 2x0. Continuou na liderança com 34 pontos e 10 vitórias.

Faltando 21 rodadas para o termino da competição, o Bragantino precisa de mais nove vitórias para garantir o acesso, e não temos a menor duvida que isso irá acontecer.

Em Barueri o Coritiba derrotou o Oeste por 2x0, em um jogo difícil, com um primeiro tempo equilibrado.

No segundo a partida ficou mais aberta, mas quem tem Rodrigão e Muralha, tem de tudo. O atacante quando a situação está ruim aparece e resolve, e foi o que aconteceu, ao abrir o placar e marcar o seu 10º gol na competição.

O Oeste passou para o tudo ou nada, teve uma bola na trave e um milagre de Muralha ao defender uma chute que tinha um destino bem certo.

Em um contra-ataque o Coxa aumentou o placar para 2x0, somando 32 pontos, com 9 vitórias, necessitando de mais 29 para também chegar no G4 final.

O time paranaense conseguiu a sua terceira vitória seguida, e sem duvida será um dos quatro clubes que estarão na Série A de 2020. 

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O PONTO MÁGICO DO ACESSO À SÉRIE B

* Nos últimos oito campeonatos da Série B Nacional, a média para a quarta colocação no G4 do acesso é de 55% de aproveitamento, o que corresponde a 63 pontos, que seria o seu ponto mágico.

O quarto colocado na atual tabela de classificação é a Ponte Preta com 26 pontos, com 54% de aproveitamento, dentro do padrão das estatísticas.

A competição ainda continua muito embolada, com o 10º colocado, o Paraná distando de 3 pontos para o 4º, mas com alguns times apresentando sinais de queda, e com uma sinalização de que não irão suportar brigar no grupo maior por mais tempo, tais como Botafogo, Cuiabá, Paraná e CRB.  A luta irá continuar com seis disputantes com possibilidades para o acesso. 

Bragantino (83%), Atlético-GO (75%), Coritiba (69%), Ponte Preta (60%), Sport (32%), Londrina (31%). 

Dificilmente entrará nesse grupo um outro time, e a tendência é que de rodada em rodada o número poderá ser reduzido.

Os que tiverem maior folego, certamente irão chegar.

Os números não mentem nunca.

NOTA 2- SERÁ O PALMEIRAS UM CAVALO PARAGUAIO?

* O Palmeiras começou o Brasileiro como um cavalo de velocidade, que dispara na ponta e não observa os seguidores.

Tudo isso antes da parada para a Copa América. Depois dessa a casa caiu e a situação só não é pior por conta das gorduras acumuladas.

Nesse novo período a equipe do Parque Antarctica jogou seis vezes e não teve o sabor de uma única vitória. Perdeu uma e empatou cinco.

Tornou-se adepto da empatite.

Somou apena cinco pontos dos 18 disputados, aproveitamento de 27,8%, praticamente igual ao do Fluminense que é o 17º colocado com 27,0%.

Nesse novo período da corrida, o Palmeiras caiu da liderança que era disparada para o terceiro lugar.

Se continuar com tal rendimento, o alviverde irá conquistar apenas 50 pontos, o que é sem duvida uma tragédia para quem seria campeão de tudo que acontecesse no Brasil e no Continente.

Largou na ponta, quando fez a primeira curva sentiu algo e parou.

Será que o alviverde é um cavalo paraguaio?

NOTA 3- O VAR FALA INGLÊS

* O problema do VAR no Brasil é que ele fala inglês, e por conta disso os árbitros não entendem o que esse sente, e a avacalhação é geral.

Não tem uma rodada sem reclamações de suas decisões.

Virou a Geni do futebol.

Ao assistirmos o jogo entre o Manchester City e Tottenham no último sábado, o apito eletrônico só interferiu apenas por uma vez e em menos de um minuto anulou o gol do time de Pep Guardiola. 

Para que se tenha uma ideia exata, não aconteceu nenhum protesto, nenhuma rodinha em torno da arbitragem e a bola continuou a rolar.

Na verdade o VAR começou muito bem na Premier League, dando a resposta para dois anos de estudos, além de contar com os melhores árbitros do futebol mundial e que entendem e falam a língua inglesa.

Na primeira rodada também anulou um gol do City, e continuou o jogo sem o menor problema.

Enquanto no Brasil o tempo para análise dos lances demora tanto que dá sono, na Inglaterra é a jato, não a operação Lava-Jato que os corruptos desejam destruir em nosso belo país, e no final a decisão tomada fica apenas para quatro paredes.

Nos telões dos estádios ingleses, as imagens das decisões tomadas são mostradas, e também repassadas no mesmo momento para as televisões.

Uma transparência total.

Em nosso país os árbitros sofrem uma pressão gigantesca durante os jogos, ficam cercados por jogadores por qualquer sinalização. Uma zorra total. São desmoralizados nos gramados e nas telinhas da TV.

São coisas do futebol brasileiro que é a cara do Brasil.

NOTA 4- DUAS VAGAS QUE ESTÃO SENDO RENEGADAS NA SÉRIE C 

* Com dois clubes classificados para a segunda fase da Série C, as duas vagas poderiam ter sido quase ocupadas nessa 17ª rodada, mas não aconteceu desde que os times que tinham melhores condições, jogaram por fora as oportunidades.

O Imperatriz empatou em casa com o Ferroviário, o Botafogo foi derrotado pelo Náutico, e o Confiança perdeu em casa para o Treze.

O Santa Cruz que era o time que estava mais perto da despedida, aproveitou-se da boia deixada e no pior sufoco conseguiu derrotar o Globo pelo placar de 2x1, com a ajuda do apito amigo que anulou o gol do time do Ceará Mirim. Tudo bem arrumado.

Não vamos analisar o jogo desde que esse não interessa pela sua mesmice, e sim pelo resultado.

A decisão ficou para a última rodada, na espera dos resultados dos jogos entre Náutico e Santa Cruz, Sampaio Correa e Imperatriz, Ferroviário e Confiança, e Treze e Botafogo.

Aliás quem elaborou essa tabela deveria ganhar o troféu Cangalhas de Ouro, com encontros de times do mesmo estado, e que irão gerar duvidas em seus resultados.

O tricolor pernambucano leva a desvantagem de ter uma vitória a menos dos que os rivais que estão na luta.

Será que vamos ter malas?

NOTA 5- UM ESCÂNDALO NO MORUMBI

* O ceguinho que foi retratado por Nelson Rodrigues quzndo ia para o Maracanã torcer pelo seu clube, certamente teria visto o pênalti de Tiago Volpi goleiro do São Paulo contra Felipe Cardoso, do Ceará.

O árbitro pernambucano Gilberto Castro fingiu que nada aconteceu e deixou a bola correr. Foi tão escandaloso que um bebê de dois meses iria confirmar o lance. Estava mal colocado na ocasião. 

Enquanto isso o VAR ficou calado para não estragar a festa de Diego Alves.

Esse VAR é uma vergonha e que deveria ser suspenso, desde que não temos condições técnicas e intelectuais para administra-lo. O tricolor ganhou por 1x0, graças a essa lambança.

Uma pergunta: Será que o árbitro acostumado a apitar as peladas pernambucanas poderia ser escalado para um jogo como esse?

Nos demais jogos de ontem, o Cruzeiro derrotou o Santos por 2x0. O time peixeiro teve o seu zagueiro expulso aos dois minutos do primeiro tempo, o Fluminense no Maracanã foi derrotado pelo CSA por 1x0, deixando a cabeça de Fernando Diniz à premio, voltando para a zona da Caetana, o Bahia com 10 jogadores empatou por 1x1 com o time do Goiás, e o Avaí perdeu mais um jogo mantendo a sua invencibilidade de vitórias, ao perder para a Chapecoense por 1x0.

A rodada foi de alegria para o Flamengo.

NOTA 6- A GREVE DOS JOGADORES DO FIGUEIRENSE

* A APFUT que é a Agencia Reguladora do futebol brasileiro estava desde o mês de junho sem presidente.

Abandonada como o Brasil.

Nesse final de semana foi indicado aquele que irá dirigi-la.

Enquanto isso, salários dos atletas em vários clubes estão atrasados.

Por conta desse fato, os jogadores do Figueirense decretaram uma greve que irá afetar o próximo jogo do time pela Série B na próxima terça-feira.

A diretoria do clube e da empresa que administra o setor de futebol publicaram uma Nota prometendo que iriam quitar os débitos até o dia 28.

Os jogadores se manifestaram, e deram o prazo até a terça-feira, sob pena de não entrarem no campo de jogo.

Além disso exigiram também a quitação dos salários das categorias de base, funcionários do clube e prestadores de serviços, e que não aceitam represálias.

O Circo que comanda o futebol não o fiscaliza e situações como essa acontecem no dia a dia.

Que futebol é esse?

Escrito por José Joaquim

Os fatos históricos servem como parâmetros para análises, inclusive como referências para que algumas tragédias possam ser evitadas, quando se conhece as suas causas.

Existe uma insistência da parte de nossa mídia esportiva de creditar a história alguns possíveis resultados nos jogos a serem realizados. Quantas vezes ouvimos que o time A é freguês há muitos anos e isso irá influenciar no seu jogo.

O Chile era a maior referência com relação ao Circo. Há várias Copas era derrotado por sua seleção. Embora tenha perdido no final, nas cobranças de pênaltis, no período de bola correndo empatou, e com o direito de uma bola na trave nos 30 minutos de prorrogação.

A História é uma ciência e o fato histórico não se repete, dependendo de cada momento vivenciado, e tudo que gira nesse período, é bem diferente do que aconteceu no anterior.

O goleiro Barbosa que vimos jogar no Santa Cruz, é uma das vitimas dessa burrice patológica, sempre é lembrado como responsável pela derrota da seleção brasileira, que naquele tempo era realmente do Brasil, contra o Uruguai no Mundial de 50.

O gol da vitória uruguaia é creditado a uma falha do goleiro, o que não representa a verdade. Foi uma bola bem chutada no canto pelo atacante Giggia, e Barbosa que tinha uma estatura pequena não conseguiu alcança-la.

Ninguém creditou aos nossos atacantes os gols perdidos, e somente o goleiro foi culpado pela derrota, criando o Maracanazo.

O mundo mudou. O futebol o acompanhou. Uma equipe que era presa fácil há anos evoluiu e tornou-se uma rival perigosa, daí esse mote fora de propósito de que a história diz isso ou aquilo, na verdade é coisa de quem não tem assunto para conversar.

Cada período tem o seu tempo. Se a história ganhasse jogo, a Costa Rica nunca iria atropelar dois times campeões do mundo, e ajudar a mandar de volta um terceiro, ou a Colômbia não seria sucesso nessa mesma Copa de 2014.

O esporte da chuteira nivelou-se. Os jogadores das seleções que disputam uma Copa do Mundo. jogam sempre em países europeus, que contemplam campeonatos fortes, e já acostumados com as caras dos adversários.

O futebol ficou plano como o mundo. Não existem mais times e atletas desconhecidos.

A ciência das estatísticas informa todos os detalhes de uma equipe de futebol, personalizando-a devidamente, e ajudando a formatar a maneira de jogar.

Temos uma verdade. O futebol atual é para os inteligentes, os mais preparados, que podem ler e entender todas as suas minúcias, e aplica-las em seus times. Não é mais lugar para os apedeutas, que querem usar a história como arma para uma vitória.

A História é a mestra da vida, nos dá ensinamentos, mas  não pode acobertar fatos tão grotescos como o de Barbosa, que apesar de tanto tempo, já falecido, ainda é lembrado como responsável pelo gol que derrotou a sua seleção. 

Escrito por José Joaquim

O título desse artigo deve-se a uma pergunta que ouvimos ontem em uma pequena reunião, quando um dos presentes questionou como os clubes viviam e como cresceram antes da era dos patrocínios e dos investidores. 

Na realidade uma pergunta pertinente e que merece uma análise bem formatada, para que seja devidamente explicada.

O futebol profissional no Brasil começou realmente a solidificar-se na década de 1950, após a Copa do Mundo que foi realizada no país, quando a relação entre clubes e jogadores começou a ser tratada de modo diferente.

Os clubes nessa época tinham os seus patronos, os homens do dinheiro que investiam no futebol, não para lucrarem e sim por prazer de colaborar com as camisas de paixões, e muitos somavam votos para as suas campanhas eleitorais. Foi o período do mecenas que perdurou até o final da década de 1970.

Nas duas décadas posteriores, os investidores dos clubes passaram a ser os associados, com o pagamento de suas mensalidades, e com uma presença forte em suas vidas. Não havia patrocinadores, fato esse que começou a aparecer nos anos 90, como a aquisição de alguns jogos pela televisão e patrocínios nas camisas, solidificando-se nos anos 2000.

Não havia um pacote, e sim a compra de um jogo pontual, com os clubes vendendo as publicidades estáticas, os chamados prismas, que se tornaram uma boa fonte de renda. As bilheterias deixavam bons resultados, já que os descontos não eram indecentes como os de hoje. A renda de um clássico dava para pagar a folha salarial do elenco. 

Para que se tenha uma ideia, a Federação local cobrava uma taxa de 2% sobre as receitas brutas, hoje cobra 8%, o que demonstra uma avidez patológica.

Os sócios passaram a ser a mola mestra para as suas evoluções. Esses construíram ou reformaram as suas sedes e estádios, com recursos próprios provenientes dos seus gastos nos clubes. Somente na década de 1980 que o Bandepe, banco oficial de Pernambuco, injetou recursos nas reformas dos estádios, que nunca foram pagos e depois perdoados, como sempre acontece nesse país tropical.

Os clubes eram pujantes, movimentados, os sócios e seus familiares os frequentavam e recebiam uma boa prestação de serviços. O modelo adotado era aquele de uma maior participação do associado, frequentando as sedes para atividades sociais, a sua área esportiva e de lazer, comprando seus produtos em lojas improvisadas, e outros frequentando os seus jogos.

Eram consumidores que davam uma forte garantia para que muitos pudessem chegar aos cem anos de vida, sobrevivendo dentro da sua normalidade.

O mundo global modificou o sistema, e os cubes do Nordeste não atentaram para as mudanças. A era do marketing, da televisão e suas cotas, dos patrocinadores, investidores, mudaram o foco, e o associado do clube foi trocado pelo sócio-torcedor que em nossa região não conseguiu firmar-se.

O dinheiro das cotas da televisão teve a sua maior parte distribuída para os clubes do Sul/Sudeste, enquanto os nossos recebiam as suas migalhas, e para as suas sobrevivências começaram a gastar mais do que podiam, e deu no que deu, todos com problemas graves e muitos sem uma saída.

O tempo das vacas magras chegou, a bonança tornou-se miséria, e com a falta de recursos penam como fantasmas na busca de espaços, e por incrível que pareça poderão ter os sócios como a pedra de toque para as suas salvações.

Hoje alguns clubes contam com o sócio-torcedor para o pagamento dos salários, em especial os do Rio Grande do Sul.

Infelizmente os nossos dirigentes não entenderam que a roda estava girando, e ficaram esperando a Carolina nas suas janelas.

Essa é a resposta para a pergunta efetuada.

Nos éramos felizes e não sabíamos.