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Escrito por José Joaquim

Nada melhor do que uma boa conversa com as pessoas que ainda conseguem pensar em nosso país, cuja cultura está sendo trucidada. No dia de ontem em uma conversa entre amigos, surgiu um tema que nos levou a postar mais um artigo, que está relacionado ao fim dos apelidos no futebol brasileiro.

Na realidade os procedimentos mudaram, o mundo foi globalizado e o que mais importa no dia de hoje é o politicamente correto, onde os apelidos foram extirpados para o atendimento dos marqueteiros.

Quando tínhamos craques em nosso país, eles eram conhecidos como Pelé, Coutinho, Zito, Gerson, Zequinha, Didi, Garrincha, Zico, Canhoteiro, Tostão, Cafú, Almir, Naninho, Bita, Nado, Givanildo, entre tantos outros que povoaram nossos gramados.

Tudo mudou na terra descoberta por Cabral, quando os marqueteiros e os interesses comerciais transformaram os times, contemplando-as com nomes duplos e pomposos. Surgiram, Felipe Melo, Victor Ferraz, Lucas Verissimo, Diego Alves, Filipe Luiz, Bruno Henrique, Fábio Santos, Everto Ribeiro, Roberto Firmino, Thiago Silva e tantos outros nomes de artistas e não de jogadores de futebol.

Tal linha de ação chegou por muitas vezes ao limite da insanidade, quando um jogador do São Paulo, hoje no Grêmio, Paulo Miranda, cujo nome de batismo era Jonatas, mas no processo de formação mudaram-no para atender um marketing positivo. Jonatas assumiu o Paulo Miranda do Marketing.

No sistema educacional infantil, as escolas estão combatendo os apelidos, porque eles podem gerar uma palavra da moda ¨bullying¨. Estão tirando a criatividade. Em nossa geração muitos tinham um apelido, que não era pejorativo, e sim um indicador para diferencia-los. Éramos felizes e não sabíamos.

Será que Pelé se fosse chamado de Edson Arantes, mesmo jogando o seu extraordinário futebol, chegaria ao patamar mais alto com o nome verdadeiro?

Se o atacante Tostão fosse chamado de Eduardo Gonçalves, seria o grande Tostão?

Se Zico fosse chamado de Artur Coimbra, seria assimilado como é até hoje com seu apelido?

Os apelidos criaram as marcas mais fáceis de se assimilar, muito embora os marqueteiros prefiram nomes pomposos. Os três exemplos citados demonstram que esses estão superando o tempo, quando todos continuam sabendo que fazem parte da história do nosso futebol.

Na ocasião da conversa nos lembramos de uma viagem à Malásia, para um Mundial de Basquetebol Feminino com a seleção brasileira, e no hotel quando estávamos com o crachá do Brasil, um hospede asiático citou em sua língua o nome de Pelé, isso após muitos anos que o atleta tinha deixado o futebol. 

Será que Edson Arantes seria uma marca tão expressiva como essa?

Que os marqueteiros de plantão nos respondam.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- VAIAS NOS JOGOS DA MATINAL

* O torcedores do Atlético-MG e do Paraná reagiram com vaias os resultados dos seus times nos jogos realizados em Belo Horizonte e Curitiba. Aliás ambos mereceram.

O Galo entrou no estádio da Independência debaixo de 38º com um excelente público, e apenas dois titulares para enfrentar o Bahia, por conta do jogo pelas quartas de final da Copa Sul-Americana contra o colombiano La Equidad.

Desentrosada por completo, a equipe mineira teve pela frente um adversário arrumado jogando pela única bola, que matou a partida no primeiro tempo, fazendo o placar de 1x0.

Dai em diante o tricolor da Boa Terra cozinhou o Galo e só atacava em contra-ataques.

Haja monotonia.

Por sua vez, o Atlético tentava o empate mas o goleiro Douglas foi o dono do jogo com defesas milagrosas. No final da partida o som das vaias de 22 mil torcedores fizeram a harmonia de um espetáculo sem a menor qualidade.

Enquanto o Galo perdia a sua invencibilidade como time mandante, o Bahia quebrou o jejum de não ganhar jogos como visitante.

Os ventos levaram as vaias para a Vila Capanema, em Coritiba, com arquibancadas ociosas, desde que os torcedores do Paraná jogaram a toalha.

Em meio a uma grande crise salarial o time paranista completou a sua sétima rodada sem vitória, e já começa a observar a luz que está piscando na zona da Caetana.

O adversário Criciúma mesmo com o 0x0 continua na zona da degola. No primeiro tempo a equipe catarinense foi melhor, dando trabalho ao goleiro adversário. O Paraná pouco chegou na área do visitante.

No segundo tempo o tricolor veio melhor, mas o ônibus do Tigre resolveu, mesmo com um jogador a menos.

Moral da história: um jogo para lá de mequetrefe.

NOTA 2- MAIS UM EMPATE DO SPORT  

* O Sport completou na noite de ontem o nono empate em 18 jogos, ou seja 50% do total. Foram 27 pontos disputados, e a conquista de apenas nove, perda de dezoito, que estão fazendo falta na tabela.

O rubro-negro tem o vírus da Gutempatite.

Quanto ao jogo contra a Ponte Preta com o empate de 2x2, mostrou um avanço no futebol que o time da Ilha do Retiro vinha jogando. Foi muito equilibrado, com boa movimentação tanto de um lado, como do outro.

O Sport teve ainda a ajuda do apito amigo que marcou um pênalti inexistente. O replay mostrou de forma bem clara que o volante da Macaca sequer tocou no adversário. Um lance Mandrake.

Com o empate o rubro-negro continuou na 4ª posição, e poderá encerrar o turno no G4. A Ponte fez um dos seus melhores jogos.

Nos demais jogos da tarde/noite de ontem, o Figueirense depois do que aconteceu quando o elenco não entrou em campo no jogo contra o Cuiabá, jogou em casa com o CRB e mesmo sem treinamentos saiu do campo com um empate de 2x2.

O Oeste completou o seu 10º empate, com um 1x1 contra o Vila Nova, e por conta disso permaneceu na Zona da Caetana.

O Londrina jogando em casa continuou com sua queda vertiginosa, ao ser derrotado pelo São Bento por 4x2, com quatro gols de Zé Roberto. No outro jogo, o Vitória empatou com o Operário-PR, pelo placar de 0x0.

A rodada será encerrada nesse domingo com o jogo entre América-MG e Guarani.

NOTA 3- O SANTA CRUZ VAI HIBERNAR COMO UM URSO POLAR

* Passamos a semana recebendo telefonemas, mensagens diversas, com um mesmo tema: a entrega do Náutico no jogo contra o Santa Cruz.

Nas postagens publicadas respondíamos essas perguntas mostrando que não existia a mínima possibilidade de uma diretoria responsável de mandar o seu elenco deixar o adversário ganhar.

Isso só na cabeça de pessoas acostumadas com o sistema corrupto que tomou conta do Brasil. A abertura de partidas é para bandidos que vendem os resultados para os jogos das Casas de Apostas, que não é o caso dos alvirrubros que tem um direção séria e competente.

Com dezenas de anos com envolvimento nos esportes, nunca vimos um clube facilitar um jogo. A diretoria do Náutico está de parabéns por não tirar a partida dos Aflitos que é a sua verdadeira casa, como queria o presidente da Federação local. Com essa atitude começou a ganhar a partida.

Jogou para ganhar, deu olé em um time desesperado na busca do impossível, e fechou o jogo com um justo placar de 3x1.

O Santa Cruz com essa derrota irá hibernar até o janeiro de 2020.

Na verdade o grupo que vem dirigindo o tricolor por 14 anos não tem conseguido sucesso. Por duas vezes o clube esteve nesse período na Série A, sendo rebaixado nos mesmos anos. Participou cinco vezes da Série B, cinco na C e duas na D. Sempre rolando a ladeira.

No ano de 2019 não conquistou nada, a não ser eliminações.

O clube tem uma boa demanda, uma torcida grandiosa e que merecia mais do que lhes foi dado. Os tricolores deveriam repensar o modelo de gestão que vem sendo feito no clube, como também na escolha de seus gestores.

O Náutico terminou em primeiro lugar do Grupo 4, seguido pelo Sampaio Correa, Imperatriz e Confiança, um quarteto que tinha na verdade as maiores chances de probabilidades de passar para a segunda fase da competição.

A situação do Santa Cruz é lamentável.

NOTA 4- A VOLTA DOS PONTAS

* Os mesmos técnicos que mataram os pontas do futebol brasileiro, agora estão voltando atrás na busca de jogadores dessa posição.

Chegaram a conclusão de que para que possam abrir as portas dos ônibus biarticulados a solução vem das pontas. Alguns já contam com bons ponteiros, cujos valores começaram a crescer, e que são peças importantes nos seus elencos.

As penetrações como sempre aconteceu eram feitas pelas pontas, e os treinadores inventaram os alas que não tem a menor visão do que seja atacar pelas laterais.

O melhor jogador do Palmeiras é um ponta, Dudu.

Os jogadores de velocidade pelas beiradas do campo são hoje os mais procurados. Por conta disso, Guilherme, do Sport, que tem os seus direitos econômicos ligados ao Grêmio é um desses que chamou a atenção de diversos treinadores. Andou pelos clubes e foi pouco observado, no Sport tem se saído muito bem, e os olheiros já estão conversando com o tricolor gaúcho.

O rubro-negro levantou o seu jogo, e aparece um esperto para leva-lo. Cruzeiro e Vasco estão sonhando com o atleta.

O melhor jogador da Série B é Claudinho que pertence a Ponte Preta e emprestado ao Bragantino, e que está sendo olhado por outros clubes, mas o seu atual time tem direito de preferência.

Na realidade essa busca pelos novos ponteiros serve para pagar os pecados daqueles que tentaram extermina-los.

O Brasil já teve os maiores ponteiros do mundo, Garrincha, Joel, Julinho Botelho, Tarciso (Flecha Negra), e outros dessa posição que encantaram os torcedores.

São coisas do futebol.

NOTA 5- O MODELO DO FAIR PLAY FINANCEIRO DO CIRCO DO FUTEBOL

* O Circo Brasileiro do Futebol, conhecido como CBF, apresentou o modelo do fair play financeiro que será adotado já em 2020.

O projeto foi aprovado pelos representantes dos clubes das Séries A e B. Esse foi elaborado pela consultoria Ernst & Young, e o sistema será implantado de forma gradativa ao longo dos próximos quatro anos no Brasil.

Em 2020, a Série A já terá a aplicação dos primeiros itens, e a B terá uma fase de ¨orientação¨. O interessante é que as premissas principais são as mesmas que apresentamos em nossas postagens: gastar somente o que se arrecada, estar em dia com pagamentos no esporte e comprovar a origem do dinheiro para saber se esse veio de fontes limpas.

Segundo a consultoria, o fair play financeiro também apresentará ¨controle de endividamento¨, cobrará limites de ¨investimentos em aquisição de direitos federativos nunca exageradamente acima das vendas¨ e ¨dinheiro de fontes de receita vindas de controladores econômicos¨

As punições para clubes que estiverem em desacordo com as regras estabelecidas pelo modelo, o fair play financeiro poderá limitar o número de jogadores no elenco, proibir a compra de jogadores em janelas de transferência e até a exclusão de competições.

Na verdade isso deveria ser implementado pelo governo federal, e não pela entidade que não tem a mínima credibilidade para realizar as cobranças.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O SPORT DE VOLTA AO GRAMADO

* A correria da Série B passa do limite.

Dois jogos por semana e com a gravidade de viagens, que desgastam mais do que correr atrás da bola. O Sport jogou na terça-feira em Goiânia e hoje estará em Campinas. O adversário será a Ponte Preta que já chegou ao G4, e deu um tropeço caindo para o 8º lugar.

O rubro-negro vem de duas vitorias seguidas que foram importantes para leva-lo a quinta posição, e assim dar mais estabilidade a sua campanha.

O Sport está finalmente aprendendo a jogar numa competição como a Segunda Divisão, onde a qualidade é trocada pela vontade. Somou 29 pontos, com 7 vitórias.

A Macaca de Campinas conquistou 26 pontos, três a menos do que o rival, também com 7 vitórias.

Nas últimas 10 rodadas, a equipe da Ilha do Retiro teve 56,67% de aproveitamento, enquanto a Ponte teve 46,67%. Nas últimas cinco, o rubro-negro somou oito pontos, enquanto a Ponte obteve nove.

Como mandante o time campineiro tem 55,56% de aproveitamento, enquanto o Sport como visitante tem 50%.

Um jogo bem equilibrado, com o time de Campinas sem poder ter um resultado negativo, desde que vem de uma derrota perante o CRB. Aí é que mora o segredo para um técnico inteligente.

A Serie B teve a sua continuidade na noite de ontem com o empate de 0x0 entre o Atlético-GO e Brasil de Pelotas, graças a Carlos Eduardo o jovem goleiro do time gaúcho que fez milagres.

No outro jogo o Cuiabá jogando mais uma vez um bom futebol, derrotou o Botafogo-SP por 2x0, assumindo a quarta posição de forma provisória.

O time do Mato Grosso está fazendo história.

NOTA 2- FIM DE LINHA DA PRIMEIRA FASE DA SÉRIE C

* Nesse sábado teremos o encerramento da primeira fase da Série C, e no Grupo A com dois clubes classificados, e cinco disputando duas vagas.

Por longos anos elaboramos as diversas tabelas de campeonatos, e aprendemos que nas competições nacionais não se deve colocar na última rodada os encontros com times do mesmo estado, que podem gerar controvérsias.

Os gênios do Circo Brasileiro de Futebol (CBF) colocaram o Sampaio Correa (classificado), contra o Imperatriz que luta por uma vaga, o caso se repete em Pernambuco com o Náutico já na segunda fase, e o Santa Cruz lutando também pelo G4.

Ainda teremos dois jogos com times do mesmo estado, mas no caso do encontro entre o Treze e Botafogo-PB, a equipe de Campina Grande está lutando para fugir da Caetana, no caso do Rio Grande do Norte a situação é outra, quando o Globo enfrenta o eliminado ABC que não tem o menor interesse na partida.

São detalhes que mostram a falta de capacidade de quem elaborou essa tabela, que está servindo para avacalhar o final da primeira fase dessa competição.

Não vamos analisar o jogo entre o Náutico e Santa Cruz, desde que ouvimos tantas coisas sobre esse, que é melhor esperarmos o seu resultado.

De uma coisa temos a certeza, de que nenhum dirigente manda seu time facilitar um jogo, posto que irá abrir um grave precedente junto ao elenco, abrindo as portas para que esse também o faça no futuro. No máximo pode acontecer a escala de um time misto para facilitar a vida do rival. Abrir um jogo jamais.

O que tem se falado em Pernambuco, está também sendo discutido no Maranhão, com o Sampaio Correa, mas pelo que ouvimos de alguns amigos o objetivo desse é o primeiro lugar do grupo, como deverá acontecer com o Náutico. 

Vamos aguardar para observarmos os jogos e seus resultados que estão na mira dos torcedores e apostadores.

NOTA 3- UMA CLASSE DESUNIDA

* Não existe a menor união entre os jogadores de futebol no Brasil. Eles adotam o modelo de cada um por seu interese, e não participam dos movimentos que são deflagrados.

O Bom Senso que poderia ter sido um ponto de partida para a união da classe ficou no meio do caminho, e sumiu por falta de apoio. Os Sindicatos de Atletas sempre estão de lado dos clubes, e longe dos seus filiados. Ficam na espreita dos direitos de imagem pagos pela televisão para pegarem a sua parte, e nada mais.

Fizemos uma pesquisa nas mídias esportivas, para verificarmos o apoio dado pelos atletas de outros clubes ao elenco do Figueirense por conta da posição tomada por esses de não jogarem contra o Cuiabá pela Serie B, pela ausência do pagamento dos seus salários.

Por incrível que pareça, no meio de centenas de clubes, somente os jogadores do Cruzeiro publicaram uma nota de apoio. Nos demais silencio total.

Na verdade é uma classe de total desunião.

Enquanto isso, atendendo a torcida e para evitar o afastamento do time do campeonato, os atletas do Figueira resolveram jogar no dia de hoje contra o CRB, sem terem os problemas resolvidos.

Mesmo em um momento difícil tiveram o bom senso para não trazer mais prejuízos para o clube, que é o único que não tem nada a ver com o assunto.

Seus cartolas é que não prestam.

NOTA 4- JOGANDO DE CAPACETE

* Para evitar uma nova lesão na cabeça, o volante Klaus Gjasula, do Panderbon, chamou a atenção na primeira rodada do Campeonato Alemão por um motivo bastante peculiar: o jogador enfrentou o Bayer Leverkusen jogando de capacete.

O atleta albanês, que pela primeira vez na carreira disputa a primeira divisão da Bundesliga, acha que os seus companheiros de profissão deveriam fazer o mesmo.

Na realidade temos debatido com os nossos amigos visitantes sobre a necessidade do uso de capacetes em nosso futebol que é recordista de lesões nas cabeças.

De acordo com o portal de noticias T-On Line, Gjasula, que joga com a proteção desde que sofreu um trauma na cabeça em 2013, disse que o capacete pareça curioso à primeira vista, mas pode proteger os jogadores de pancadas na região.

Apelidado de gladiador pelas mídias, esse garante que o capacete em nada atrapalha seu desempenho em campo, e que se sente muito mais protegido.

A indústria de material esportivo deveria estudar um modelo de capacete para que seja usado no futebol. Seria uma ajuda contra a concussão cerebral que pode causar a morte.

NOTA 5- GUERRERO O BOM PROFISSIONAL

* Paolo Guerrero defenderá o Internacional na partida de volta da semifinal da Copa do Brasil, diante do Cruzeiro, no Beira Rio.

O atacante pediu licença da seleção peruana e foi atendido pela Federação do país com o apoio do técnico Ricardo Gareca.

Houve um entendimento obvio da necessidade de sua presença nos jogos que serão realizados pelo clube que lhe paga os salarios. Na verdade esses amistosos de seleções são caça niqueis e atrapalham os clubes.

O treinador do Peru confirmou na tarde de ontem, que o atacante não será convocado no mês de setembro, o que o deixaria fora do jogo contra o time de Belo Horizonte, no dia 4 de setembro.

¨Dei permissão ao Paolo porque foi um pedido pessoal¨, disse o treinador argentino.

O artilheiro deu uma lição de profissionalismo ao fazer a opção pelo clube que lhe paga os seus proventos e que tinha necessidade de sua presença.

São coisas do futebol.

Escrito por José Joaquim

Somos de uma geração apaixonada pelo Rio de Janeiro, que era sem duvida o coração do país. Uma cidade acolhedora, e sem a violência de hoje.

Era uma alegria quando íamos a uma reunião da UNE, da CBDU, isso na década de 60, nos anos 80 estávamos ligados ao Basquetebol, quando participamos da diretoria da Confederação. Com o futebol na época de 2000 as coisas já estavam piorando e a violência começava a imperar, e ficávamos na cidade por pouco tempo, chegávamos pela manhã e voltávamos na noitinha.

O medo começava a tomar conta do pedaço.

O Rio é o Rio de Janeiro, do Cristo Redentor, da praia de Copacabana, dos antigos cinemas, do Maracanã, do Flamengo, Vasco, Fluminense, Botafogo, Bangu, América, Bonsucesso, Madureira, etc. Alguns vivem do passado, outros ainda estão na luta.

O preâmbulo desse artigo foi por conta de um comentário feito pelo jornalista português Rui Santos, no programa SIC Noticias na TV, quando esse revelou que o técnico Jorge Jesus não renovará o seu contrato com o Flamengo.

Ouvimos o vídeo e o jornalista foi bem claro no seu comentário: ¨Ele não vai continuar no Flamengo no próximo ano. Vai passar o Natal em Portugal e creio que não voltará ao Flamengo. As coisas estão correndo bem no Rio de Janeiro. O futebol brasileiro é apaixonante, mas é complicado. Há a questão da segurança/insegurança no Rio de Janeiro¨. 

Vamos e venhamos, para um europeu que vive em um local seguro como Lisboa, ao assistir pela televisão, e ler nos jornais as mortes por conta da violência urbana da cidade, deve ter levado um choque quando assistiu o sequestro de um ônibus na Ponte Rio/Niterói, e a comemoração do governador do estado pela ação do ¨snipe¨ que matou o sequestrador.

Que pais é esse onde as autoridades comemoram uma morte como um gol no Maracanã? Obvio que a Policia fez o correto, mas festejar o que aconteceu é bem diferente.

Em Lisboa, Jesus quando no Benfica podia ir de Metrô para o estádio, que tem uma estação colada à esse, podia andar pelas ruas sem olhar para os lados como medo de assalto, podia retirar dinheiro em um caixa na rua sem ter medo do ladrão. Podia atravessar uma rua sem o receio de ser atropelado, desde que os motoristas mesmo sem semáforo param para que o pedestre passe. Um mundo diferente.

Por outro lado a permanência de Jorge de Jesus é importante para o futebol brasileiro, posto que esse poderá trazer bons ensinamentos através do Flamengo.

Trata-se de um técnico com o mercado europeu aberto, e hoje é muito necessário ao Brasil futebolístico. Na verdade com mais um ano deixará o time da Gávea bem em outro nível.

Segurem o Jesus.

Escrito por José Joaquim

O W.O. do Figueirense tocou o sinal de alerta em diversos cubes do Brasil, em especial os três do Rio de Janeiro que continuam com os atrasos salariais. Na realidade esses foram vitimas de várias gestões desastradas, que gastaram mais do que as suas receitas.

Entre os vinte clubes disputantes da Série A, apenas três tem o devido equilíbrio financeiro, Palmeiras, Flamengo e Athletico-PR. Os demais sofrem para que possam pagar as suas folhas salariais. A venda de jogadores tornou-se a salvação de alguns, assim como antecipação de receitas. É uma vida dura, e seria facilitada se todos adotassem a relação entre receitas e despesas para os seus gastos.

Quando do debate para a aprovação do Profut, a proposta original do governo estabelecia um teto de 70% da receita bruta da atividade futebol dos cubes para pagamento de salários e direitos de imagem dos seus profissionais. A bancada da bola não concordou e aprovou como teto 85%. Um erro que agora está sendo observado.

Esse teto é proveniente das receitas da atividade futebol, e 15% da atividade social, e entre essas as mensalidades dos sócios, ou seja, em uma renda geral de R$ 250 milhões, R$ 212,5 milhões vem desse esporte, e as agremiações poderão investir nos gastos com salários dos atletas até o máximo de R$ 170 milhões, restando assim R$ 42,5 milhões para os demais custos do setor.

A sobra para o atendimento dos demais segmentos, inclusive o pagamento do refinanciamento dos débitos será de R$ 37,5 milhões, o que certamente não seria o necessário para as devidas coberturas, inclusive as folhas administrativas.

Na realidade essa matemática financeira para que tenha sucesso está atrelada principalmente ao talento dos jogadores, para que os resultados esportivos sejam positivos. Quanto mais alto os seus níveis maiores os salários, melhores os resultado, maiores receitas, Trata-se de um ciclo virtuoso.

Pela nossas análises não existe a menor possibilidade de um clube gastar 85% das receitas que são advindas do futebol com a folha salarial, quando o numero ideal é no máximo 65%, que garante uma temporada tranquila sem a necessidade de financiamentos bancários ou antecipações de receitas.

Os clubes que estão passando do limite ideal, irão continuar com problemas, e promovendo algumas pedaladas para sobreviverem.

O futebol tem boa demanda, o público está voltando aos estádios, e os clubes bem administrados economicamente, com base em alguns parâmetros que são recomendados pela ciência econômica, serão aqueles que terão melhores resultados esportivos a médio e longo prazo. Para nós isso é uma certeza absoluta.

O controle financeiro sem a menor duvida equilibra a vida de um clube, enquanto as extravagâncias o levam a destruição, e isso vem acontecendo no futebol nacional nos últimos cinco anos, quando os dirigentes gastaram além do que podiam, e com isso levaram as suas entidades ao fundo do poço.

Futebol não é apenas uma folha salarial, e sim um conjunto de outras obrigações que fazem parte do contexto.

O que aconteceu com o Figueirense certamente se repetirá em breve em outras plagas.