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Escrito por José Joaquim

As mudanças do futebol brasileiro são palavras levadas pelos ventos. Nos veículos de comunicação o que lemos e ouvimos são os debates sobre as transformações necessárias para melhorar esse esporte no país. Tudo muito bonito, bem escrito, bem falado, mas que não será possível acontecer por conta do atual modelo existente.

Que mudanças serão essas com o mesmo sistema enraizado que vem destruindo o futebol nacional? Mudanças com os atuais dirigentes? Mudanças com o atual calendário esportivo? Mudanças sem uma lei efetiva e real de responsabilidade para os dirigentes? Mudanças sem alterações na distribuição dos recursos? 

São apenas elocubrações de quem não deseja mudar.

O pais sediou em 2014 uma Copa do Mundo, não aproveitou nenhum legado. O inverso de tudo que aconteceu com a Alemanha e Estados Unidos.

Acharam que o Profut iria mudar o setor, ao resolver os problemas financeiros. Erraram feio, os débitos continuaram a crescer.

O futebol não é uma brincadeira para amadores, a fim de animar os seus egos. É assunto para profissionais, que tem que ser gerido com planejamento.

Os problemas extra-campo, dos endividamentos, são consequências de uma causa chamada gestão, que em boa parte dos clubes foram temerárias, levando-os ao buraco em que se encontram.

Mudanças não estavam atreladas ao refinanciamento das dívidas dos clubes, e sim nos seus gerenciamentos, das entidades, federações e Confederação, que formam a pirâmide do futebol, e que são dirigidas sem nenhuma visão de administração e de estratégia gerencial.

Precisamos mudar os meios de formação de atletas, tirando-o dos agentes e deixando-o nas mãos de equipes competentes, com boas formações e que possam levar não apenas o futebol, e sim a devida preparação do cidadão através da escola.

Sem profissionais e uma estrutura física adequada que permitam incrementar a formação de atletas, não haverá o resgate da maneira de jogar do futebol brasileiro, e tudo continuará como dantes. Certamente mudar é preciso, mas o como mudar é mais importante, e isso nunca irá acontecer se não forem modificadas as praticas atuais, para que possa aumentar a credibilidade desse esporte.

Com um Circo que foi de Ricardo Teixeira, José Maria Marin, Marco Polo Del Nero e agora, de Rogério Caboclo, com os dirigentes das federações, dos clubes, pensar em mudar é uma mera ilusão, desde que foram esses que levaram o futebol ao fundo do Grand Canyon.

O maior problema do futebol brasileiro está no ser humano, que por conveniência não aceita transformações.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- FIM DE LINHA

* O Grupo A da Série B está chegando no final da linha. Na noite de hoje acontecerá a abertura da 16ª rodada, a qual representa 88,8% dessa primeira fase da competição.

O trem está próximo de sua estação.

Os dois jogos programados afetarão não somente aos quatro clubes disputantes, como também aos dois pernambucanos, Náutico e Santa Cruz, por conta da tabela de classificação.

O Imperatriz que é o quinto colocado com 21 pontos, tem a mesma pontuação do tricolor do Arruda. Com a vitória contra o ABC chegará no patamar do alvirrubro pernambucano, e provisoriamente irá tirar-lhe da posição pelos critérios técnicos para a classificação. Ou seja influenciará na tabela.

Para o ABC é matar ou morrer, e por conta disso o jogo deverá ter muitas emoções.

A mesma coisa se dará na segunda partida, envolvendo o Globo e o Botafogo-PB, sexto lugar. Uma vitória do time paraibano deixará o Santa Cruz com a necessidade de ganhar o jogo de amanhã contra o Confiança e também poderá tirar o Náutico da sua posição.

A equipe do Ceará Mirim está na oitava colocação, com 16 pontos, e luta contra a foice da Caetana.

Dois encontros cujos resultados irão influenciar na competição que está chegando ao seu final, e que motivam as quatro torcidas. 

NOTA 2- SETE TÉCNICOS DANÇARAM EM 13 RODADAS DO BRASILEIRO

* Até a rodada atual sete treinadores dançaram na Série A. 

O ranking da dança está assim composto:

Abel Braga- Flamengo, Marcos Valadares-Vasco, Claudinei Oliveira- Goiás, Ney Franco- Chapecoense, Geninho- Avaí, Marcelo Cabo- CSA, e Mano Menezes- Cruzeiro.

O técnico do clube celeste tinha mais tempo em atividade no mesmo clube no Brasil, entre equipes da Série A. Ele estava na Raposa desde julho de 2016, um milagre em um futebol que adora a dança das cadeiras.

Renato Gaúcho técnico do Grêmio assumiu essa vaga com 2 anos e 11 meses, seguido por Rogerio Ceni- Fortaleza,  1 ano e 9 meses, Odair Hellmann- Internacional, 1 anos e 9 meses, Tiago Nunes- Athetico-PR- 1 anos e 2 meses, Luiz Felipe Scolari- Palmeiras- 1 anos e 1 mês, Fernando Diniz- 8 meses, Jorge Sampaoli- Santos- 8 meses e  Fábio Carille, 8 meses.

Sem duvida a permanência desses treinadores por mais tempo pode ser considerada como uma renovação de um sistema aloprado, cuja alegria é a de demitir esses profissionais.

Como falta muito tempo para o encerramento da competição, obvio que teremos mais algumas danças, desse que a raiz da burrice esta aprofundada.

NOTA 3- ABAIXO OS PRAGMÁTICOS DO FUTEBOL 

* Somos inimigos dos resultados iguais. Todo jogo empatado deveria ser decidido na cobrança de pênaltis, e com isso a alegria estaria de volta aos gramados.

Como isso é totalmente impossível de acontecer em um esporte que pouco evoluiu em suas regras, os que gostam do futebol deveriam abrir uma campanha contra os pragmáticos que adoram as retrancas e jogam apenas por uma bola. O 1x0 para eles é uma goleada.

Três técnicos em ação na Série A estão contribuindo para a mudança do sistema.

Jorge Sampaoli, do Santos, sempre deixa uma marca em seus clubes por ser um treinador que tem a ousadia como meta, ao invés de ser um pragmático. A sua prioridade é vencer, tomar a iniciativa de fazê-lo. Para ele empatar ou perder são meras consequências.

O outro é Fernando Diniz que aos poucos está conseguindo manter um padrão de jogo onde prioriza o ataque e os gols, e ao mesmo tempo cuidando da defesa. O Fluminense, seu time, tem o maior percentual de posse de bola, e de troca de passes, com um futebol do mais alto nível.

O terceiro é Rogério Ceni, que adotou essa mesma linha em um time de menor porte, o Fortaleza, que está jogando um bonito futebol. Nenhum desses está preocupado com os seus empregos.

Na verdade não tem nada mais trágico do que o pragmatismo.

NOTA 4- O IBIS INGLÊS NA PREMIER LEAGUE

* No primeiro jogo da Premier League na temporada 2019/2020, o Liverpool não tomou conhecimento do fraco Norwich, e o atropelou pelo placar de 4x1, que poderia ter sido muito maior.

Logo no início da partida, os Reds contando com o apoio do zagueiro rival que marcou contra as suas redes, abriu o marcador. Dai em diante foi festa e folia. Aos 19 minutos mais uma trapalhada da defesa do visitante, Salah ampliou o marcador.

O Norwich com o placar contrário partiu para o ataque, e chegou perto do seu primeiro gol. Aos 28 minutos, numa cobrança de escanteio de Salah, o zagueiro Van Dijk, de cabeça marcou o terceiro gol do Liverpool que não parou e aos 42 minutos marcou o quarto.

Obvio que no segundo tempo os Reds voltaram sem o ímpeto do primeiro, e os Amarelos conseguiram o seu único tento, e ainda teve algumas chances.

Na realidade a diferença de qualidade entre essas duas equipes está na mesma distância entre a Terra e a Lua.

O Norwich insistiu em jogar contando com a permanência do mesmo time que teve o acesso, fazendo poucas contratações, e isso refletiu na partida ao enfrentar uma equipe do primeiro escalão do futebol mundial.

Se não melhorar será sem duvida um saco de pancadas, e com o retorno mais uma vez programado para a Segunda Divisão.

O VAR que teve a sua estreia nesse jogo, entrou calado e saiu calado, posto que não teve nenhuma intervenção.

Até nisso a Premier League é diferente.

NOTA 5- GASTOS COM O FUTEBOL DO INTERNACIONAL E SANTOS EXTRAPOLARAM

* Não existe solução para o futebol brasileiro, desde que os clubes não seguem os seus orçamentos e os extrapolam com os gastos do futebol. No final os déficits aparecem em seus balancetes.

O Internacional acumulou um buraco de R$ 33 milhões nos primeiros quatro meses do ano. Saiu o balancete de junho, e dois meses após o déficit saltou para R$ 60,7 milhões, quase o dobro.

O Colorado conta com vendas de jogadores que não é fácil, para cobrir os prejuízos, e sobretudo com a premiação da Copa do Brasil, se conseguir passar para a fase final.

É aquilo que chamamos de se contar com o ovo dentro da galinha.

Enquanto isso, o Conselho Fiscal do Santos apontou, em relatório, déficit de cerca de R$ 18 milhões no primeiro trimestre deste ano. A previsão era de lucro de R$ 13,5 milhões. O alvinegro tinha R$ 73 milhões orçados para receitas e acabou com R$ 60 mi.

O Conselho Fiscal também falou sobre a preocupação com a folha salarial do clube, que chegou a R$ 13,6 milhões mensais, que sem duvida é muito alta na relação com as suas receitas.

Tais fatos não acontecem apenas nesses dois clubes, e sim na grande maioria de gastadores que fazem gastos sem a garantia para cobri-los.

Lamentável.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O VAR NA PREMIER LEAGUE

* A bola começa a rolar nesse fim de semana na Premier League, com uma novidade, a implantação do VAR após ter sido analisado por mais de um ano nos jogos da FA CUP (Copa da Inglaterra).

Ao contrário do que acontece no Brasil, o protocolo do sistema terá como meta preservar a autoridade dos árbitros em campo.

O VAR será utilizado somente em situações de erros e/ou omissões sérias em quatro hipóteses: gols, pênaltis, cartões vermelhos diretos e confusão de identidade entre jogadores que receberam os cartões vermelhos.

Por outro lado a Premier League será a primeira liga do mundo a transmitir o replay dos lances nos telões dos estádios uma vez que o procedimento de revisão e consulta estiver concluído.

O replay somente será mostrado caso a decisão original for alterada.

Segundo a BBC, a liga tem orientado todos os árbitros de linha a não levantarem a bandeirinha quando o impedimento não for claro. Isso porque, se houver erro, os árbitros de vídeo poderão verificar e sugerir a revisão.

Porém, aos jogadores fica um alerta: simulação de pênalti, toque de mão intencional, falta grave, pedir que o VAR seja utilizado (com aquele gesto de ¨quadrado no ar¨, ou impedir/dificultar o procedimento de revisão podem gerar punição.

Vamos aguardar a bola rolar para sentimos o que irá acontecer nos gramados. 

* Fonte: BBC, e o site Lei em Campo.

NOTA 2- O CALVÁRIO DO CRUZEIRO

* A queda de Mano Menezes aconteceu como uma morte anunciada, e que um dia iria chegar. O Cruzeiro tem uma gestão desestruturada, com alguns diretores afastados pela Justiça, carros de policia no Centro de Treinamento, demonstrando que o fundo do poço chegou. O estranho é que tudo isso perdura por um longo tempo e nada foi realizado para modifica-lo.

A equipe Celeste está vivendo um  triste calvário nessa temporada. A derrota para o Internacional por 1x0, no jogo de ida das semifinais da Copa do Brasil avolumou a crise que parece ser interminável. O revés fez com que o time estrelado chegasse a incrível marca de apenas uma vitória em 18 jogos.

Obvio que existe algo nos seus intramuros que afetou os atletas, e a insistência na permanência do técnico Mano Menezes no comando da equipe faz parte do inacreditável.

Para que tenha uma ideia, a última vez que a Raposa saiu de campo com uma vitória foi no dia 1 de julho, quando venceu o Atlético por 3x0, no primeiro jogo das oitavas de final da Copa do Brasil.

Desde então, somando as partidas pelo Campeonato Brasileiro, Taça Libertadores e pela própria Copa do Brasil, são quatro derrotas e quatro empates. O time foi eliminado da Libertadores, e hoje está na zona da Caetana no Brasileiro.

A trágica fase do time é refletida dentro de campo com o jejum de gols. São oito jogos sem furar as redes adversárias, a pior da quase centenária história cruzeirense. Antes o recorde era de cinco jogos em 1992. Na ocasião, o jejum chegou a 515 minutos, contra os 825 atuais.

Na realidade tudo isso reflete uma gestão atabalhoada que levou o clube aos confins do inferno.

NOTA 3- A CRISE FINANCEIRA DO VASCO 

* O futebol brasileiro vive eternamente no fundo do poço por conta da crise financeira. Os ilusionistas de plantão o vendem como tudo estivesse as mil maravilhas, e os iludidos torcedores acreditam.

O Vasco é mais um entre as dezenas de clubes que vivem com o pires nãos mãos.

A crise financeira que está bem viva no São Januário ficou embutida por conta da melhora do futebol, mas voltou a aparecer com a greve dos professores do colégio que funciona nas suas dependências. São três meses de salários atrasados dos professores, que se recusam a retomar o ano letivo.

Os prejudicados são os atletas da base vascaína. Não há previsão para que os pagamentos sejam efetuados. Na verdade, o clube está parado, sem fluxo de caixa, com penhoras na Justiça e não consegue obter o empréstimo para quitar as dividas.

Por outro lado, os seus jogadores não recebem direitos de imagem há quatro meses e salários há dois. Vandelei Luxemburgo que chegou em maio, recebeu apenas um mês.

Esse é o retrato do futebol brasileiro, cujos clubes fingem que pagam os funcionários, e esses fingem que estão recebendo e trabalhando.

Uma vergonha.

NOTA 4- A FALTA DE FORMAÇÃO DE ZAGUEIROS 

* Os principais times brasileiros tem zagueiros estrangeiros em seus times que disputam a Série A. Nove das 20 equipes apostam em um jogador vindo de fora do país para compor o setor.

Um levantamento interessante feito pelo jornal Extra RJ, detectou que dos primeiros colocados- Santos, Palmeiras, Flamengo, Atlético-MG, São Paulo e Internacional- apenas o Galo não tem um zagueiro estrangeiro como titular.

Trata-se de uma verdade bem verdadeira. Aguilar (Santos), Gomez (Palmeiras), Mari (Flamengo), Arboleda (São Paulo) e Cuesta (Internacional) são representantes da legião estrangeira na Serie A.

Quem mais jogou, porém não está na parte de cima da tabela, é o zagueiro colombiano, Quintero, do Fortaleza. Esse atuou em todas as partidas da competição. Completam essa lista, Carli, do Botafogo, Henriquez, do Vasco, e Kannermann, do Grêmio.

Sem nenhuma duvida tal fato é um reflexo do trabalho de formação que deixou de lado os zagueiros, para trabalhar com atacantes cujo mercado é grandioso.

NOTA 5- UMA LABAREDA FEZ A ILHA TREMER

* Na tarde de ontem uma grande labareda tomou conta da Ilha do Retiro deixando a família rubro-negra em polvorosa. 

Os bombeiros foram chamados mas demoraram a chegar ao local, dando espaços para que os incendiários atuassem.

Em poucos minutos recebemos dezenas de mensagens tratando do assunto, inclusive de pessoas que não acompanham o futebol mas não gostaram do que viram.

O assunto que motivou tanta revolta está ligado a uma Execução de Título Extrajudicial, tendo como o seu exequente um ex-dirigente do futebol rubro-negro, Laercio Guerra de Melo Junior, e o executado o Velho Leão, que ainda está vivo por conta de um milagre de N.S. de Fátima, a sua padroeira.

O ex-cartola fez alguns empréstimos ao clube para sanar débitos. Tudo de forma legal, e no final do ano admitida pelo presidente de então, através de uma confissão de débito.

Vamos e venhamos, não podemos criticar o exequente, desde que esse estava defendendo os seus interesses, e procurou o presidente do clube para acertar uma fórmula de pagamento, antes da ação. Nada foi concretizado.

O débito total é de R$ 3.048.768,00 da empresa IBG que pertence ao exequente, somado a R$ 519.500,00 como pessoa física.

Esses números constam do balanço financeiro do clube referente ao exercício de 2018.

O que mais repercutiu nesse assunto não foi a citada cobrança, e sim a participação da  advogada de Laercio Guerra, que é ex-esposa de João Humberto Martorelli, que já presidiu o Sport.

Esse fato foi o que incrementou a labareda, desde que trata-se de um procedimento que não poderia ter acontecido, mesmo com essa atuando em outro escritório.

Faltou o bom senso e pegou muito mal.

Trata-se de um problema ético.

Escrito por José Joaquim

Não adianta nada contratações de jogadores famosos se os clubes não tiverem uma estrutura bem fincada para apoia-los. Com pouco tempo tudo desaba.

O sucesso das agremiações está atrelado a quatro postes, que formam a sua base estrutural e que por coincidência não é utilizado pelos seus gestores, que desconhecem as suas importâncias.

Planejamento, Comprometimento, Reponsabilidade e Transparência são os pilares de sustentação de uma gestão.

O PLANEJAMENTO é a base desse quarteto. É o começo, o meio e o fim. Tem que ser feito pelo menos para cinco anos, com algumas mudanças nesse período, e com os objetivos delineados. O equilíbrio nas contas, entre receita e despesas, é fundamental.

Um clube ao montar o seu elenco, deve levar em conta os recursos que estarão nos seus cofres durante toda a temporada, adicionar os encargos aos salários, e comprometer as receitas no setor no máximo até 60% de suas entradas. Nunca antecipar recursos.

Jogador caro não é a solução e, na maioria das vezes, nada resolve. O elenco deve ser uniforme, linear, e com salários dignos dentro das suas condições. Com um bom planejamento, a agremiação viverá uma temporada tranquila, já que foi programada para tal. Os salários em dia são obrigatórios e motivadores. A administração tem que ser voltada para o clube, e não para os interesses de pessoas.

O COMPROMETIMENTO é fundamental. Tanto dos dirigentes, como dos torcedores, como da cidade-sede, e em especial o elenco, que podem cumprir com os objetivos traçados.

O terceiro poste é o da RESPONSABILIDADE, que se reproduz nas ações tomadas, com os devidos pés no chão, com profissionais em cada setor, gerenciando-o, sem sonhos acima da realidade, tudo dentro do seu limite.

No final, o quarto poste, e que é fundamental, o da TRANSPARÊNCIA, com todas as ações sendo divulgadas nos meios de comunicação, sem subterfúgios. Os balancetes deverão ser publicados todos os meses, documentos à disposição dos associados, e tudo apresentado de forma bem clara e cristalina.

Essa é a receita que deve ser aplicada para um clube que deseja vida longa. Um roteiro simples para quem desejar implanta-lo  em uma entidade futebolística, com a garantia de sucesso.

Terminamos com um toque de alerta: Os postes não podem servir para a colocação de vacas.

Escrito por José Joaquim

POR PAULO CEZAR CAJU - O GLOBO

Eu, sinceramente gostaria de entender porque os comentaristas ficam cheios de dedos para criticar os times do chamado primeiro escalão do futebol, os clubes mais populares, ricos, com CTs. Em alguns casos, chega a ser ridículo. O Flamengo ficou na roda para o Bahia, levou um baile, mas o ¨especialista da bancada¨ ao invés de exaltar o trabalho do técnico Roger preferiu arranjar desculpas esfarrapadas para o desempenho do Flamengo. Uma delas é que o time ainda está em formação, e a outra, o desgaste do ¨jogo duríssimo contra o Emelec¨, Kkkkkkk!!!! Peraí, o jogo foi quinta-feira e contra o Emelec, não contra o Bayern de Munique ou o Barcelona. Se deixarem, os peladeiros jogam bola todo dia, mesmo sem toda essa tecnologia médica ao redor.

No outro jogo, o comentarista disse que Fábio Carille começa a ¨dar cara¨ ao Corinthians e que o Palmeiras tem um belo elenco¨, Kkkk, só rindo mesmo!!! Belo só se for pela quantidade de jogadores; de qualidade, está muito longe. Para mim, o melhor do time é o Gustavo Scarpa, mas quase não joga. Felipe Melo é a estrela do grupo, como o elenco pode ser ¨belo¨? E o Corinthians, não apresenta nada de novidade, dá até sono.

Fico muito feliz porque na primeira rodada do Brasileirão elenquei os treinadores que podiam fazer algo diferente, entre eles, Sampaoli, Fernando Diniz e Roger. Depois acrescentei Rogério Ceni, Cuca e Luxemburgo. Pelas redes sociais pediram que eu acrescentasse Tiago Nunes, do Athletico Paranaense. Tudo bem! Sempre critico a escola gaúcha, não os gaúchos. Roger é um ótimo exemplo disso. Elogio o seu trabalho desde o Grêmio, Palmeiras e Atlético mineiro. Agora, no Bahia tem tudo para deslanchar de vez porque vai mesclar churrasco com acarajé e montará um time apimentado! O Flamengo sentiu a força desse tempero!

E o Santos, do baixinho Soteldo? Nunca esqueço a comentarista criticando o fato de o Santos ¨ter um time de jogadores baixos¨. Ouve-se muita besteira! Dá gosto ver o Santos jogar, assim como o Fluminense. Levei amigos franceses no jogo contra o São Paulo, e o tricolor das Laranjeiras fez 15 minutos primorosos no segundo tempo, de arrancar aplausos. Juro, saí feliz do Maracanã só por conta daqueles 15 minutos. Isso deve ser levado em conta sim, porque os times do segundo escalão, como a imprensa vem tratando os que estão em apuros financeiros, vem jogando muito mais bola do que o Clubinho dos Milionários. A imprensa precisa rever os seus conceitos, esquecer essa história de queridinhos e passar analisar futebol, mesmo que se resumam aos 15 minutos do Fluminense. 

Contratações milionárias, balanços financeiros aprovados, jogadores superstars devem ter os seus destaques. Mas Roger e Diniz, por exemplo são tímidos e talvez não tenham o perfil marqueteiro que a imprensa busca, mas de bola entendem, e bola bem jogada é tudo que o povo quer, é tudo que o povo gosta!