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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O RACISMO NAS ARQUIBANCADAS GAÚCHAS

* O futebol gaúcho está brilhando dentro dos gramados, com os seus dois maiores clubes participando das quartas de final da Libertadores e nas semifinais da Copa do Brasil. Internacional e Grêmio sem duvida estão no patamar mais alto do esporte da chuteira no país.

Por outro lado, o reverso é trágico.

Segundo o jornalista Hiltor Mombach, do jornal Correio do Povo, de Porto Alegre, pelo 5º mapa do racismo no país que será divulgado, referente a 2018, dos 29 casos que ocorreram nos estádios desde o ano de 2017, o Rio Grande do Sul liderou com 10, mais do que o triplo do ranking, Bahia e Rio com três.

O estado liderou três dos quatro anos analisados pelo Observatório da Discriminação Racial no Futebol.

O mapa do racismo já apontou os 29 casos até julho deste ano, e a liderança é do Rio Grande do Sul, com 10.

Há pouco tivemos mais uma noticia sobre o assunto, que ainda não foi mapeado, que veio de Erexim, na partida entre o Ypiranga e Volta Redonda pelo Brasileiro da Série C, que ganhou nota oficial do clube gaúcho.

Lamentável, para um país que tem uma ampla diversidade racial.

NOTA 2- A FORMAÇÃO MAIS RENTÁVEL DO BRASIL

* O Flamengo sempre foi uma máquina de formar jogadores, mas por conta da sua antiga situação financeira apurava pouco nas diversas negociações para o exterior. Jogadores da seleção do Circo foram negociados com preços baixos, tais como Júlio César, Juan, Adriano e Felipe Melo.

Uma safra anterior com Djalminha, Marcelinho Carioca, Paulo Nunes e Junior Baiano, também deixaram poucos recursos no seus cofres.

A partir de 2017 já com o trabalho de recuperação do rubro-negro, e sem cobradores nas portas da Gávea, a produção de talentos cresceu e as negociações começaram a trazer para seu caixa alguns milhões de reais.

Em 2017, a venda de Jorge por R$ 29,5 milhões foi o início de uma nova era. Foi assim com Vinicius Junior, Lucas Paquetá, Jean Lucas e Felipe Vizeu, que foram negociados por 103,5 milhões de euros.

No dia de ontem, o Milan da Itália, negociou a compra de mais um jogador formado nas bases flamenguistas, o zagueiro Léo Duarte, com 23 anos e que somente no ano passado se firmou como titular da equipe. A equipe italiana desembolsou 10 milhões de euros.

As transferências dos seis jogadores totalizaram 113,5 milhões de euros, (R$ 441 milhões). A participação do Flamengo ficou entre 70 e 80% do total.

Não existe nada melhor para um clube como o trabalho de formação, desde que, além de alimentar o elenco, ainda tem a garantia de bons negócios no futuro.

Já afirmamos várias vezes, que o trabalho de formação é a solução para o futebol brasileiro.

NOTA 3- OS VALORES PAGOS PELOS DIREITOS DE TRANSMISSÃO DA SÉRIE C FICARAM COM O CIRCO

* Os dirigentes dos clubes que participam do Brasileiro da Série C, estiveram na sede do Circo Brasileiro do Futebol, e foram recebidos pelo presidente, Rogério Caboclo, e lhes solicitaram que o dinheiro que foi pago por conta dos direitos de transmissão fossem divididos entre esses.

A resposta foi de que o campeonato não se paga.

Obvio que isso representa um equivoco programado, posto que o Circo sempre bancou por obrigação as despesas dessa competição, como as da Série D, e não poderia ficar com os recursos desde que o campeonato é feito pelos clubes e seus jogadores.

Quem deveria negociar as vendas dos direitos de transmissão seriam as agremiações, e não o Circo, que embolsou indevidamente os R$ 20 milhões pagos pela Dazn.

Na divisão principal as negociações são feitas pelos participantes da competição, e a entidade recebe apenas a sua comissão. Isso deveria ter acontecido na C, mas como são clubes sem força politica ficaram ao relento.

O campeonato só existe porque as agremiações entram em campo, ou seja sem elas e os atletas não haveria transmissão.

Do dinheiro que foi pago, subtraindo-se os direitos de imagem dos jogadores e a taxa do Circo que comanda o futebol, sobrariam R$ 18 milhões, que deveriam ser distribuídos em partes iguais aos 20 clubes disputantes, que dariam para pagar pelo menos três meses de suas despesas.

Uma vergonha para quem tem os cofres abarrotados de dinheiro.

NOTA 4- A HEGEMONIA DE SÃO PAULO

* Entre os anos de 2009 a 2014 apenas um time paulista conquistou o título do Brasileiro, o Corinthians em 2011.

O Flamengo foi campeão em 2009, Fluminense em 2010 e 2011, e o Cruzeiro em 2013 e 2014.

O ciclo foi encerrado e nos últimos quatro campeonatos esses foram ganhos pelo Corinthians (2015 e 2017), e Palmeiras (2016 e 2018).

A hegemonia deverá continuar, e o campeonato de 2019 deverá ter uma luta entre os quatro times paulistas, e com a possibilidade do Flamengo entrar no bloco.

O atual contexto deixa poucas duvidas sobre esse domínio. O Santos está na liderança com uma diferença para o Palmeiras de 4 pontos, para o Flamengo, e Atlético-MG (3º e 4º), de 8 pontos, 9 para o Corinthians (5º),11 para o São Paulo (6º), 12 para o Internacional (7º), e 15 para o Grêmio (13º). 

Os dois times gaúchos estão mais focados na Libertadores e Copa do Brasil, e o técnico do tricolor já afirmou que essas duas competições são prioritárias.

Ainda tem um longo caminho a percorrer, mas pelo andar do torneio mais uma vez um time paulista poderá ser campeão.

Para nós, o titulo ficará entre o Santos e Palmeiras.

NOTA 5- A VITÓRIA DO FUTEBOL PRAGMÁTICO

* Pelo padrão do Corinthians o placar de 2x0 é uma goleada. Em 13 jogos o alvinegro marcou 15 gols, ou seja 1,15 por partida.

Na noite de ontem conseguiu subir de sua média ao derrotar o Goiás por 2x0, com o segundo gol de pênalti no final do jogo. O placar foi exagerado pelo que o time goiano jogou, inclusive com duas bolas na trave e boas defesas de Cassio.

A equipe corintiana tem como arma a retranca para não perder, de preferência empatar, e se possível ganhar.

Os comentaristas de Escolas de Samba são apaixonados pelo time do Parque São Jorge, quando o elogiam durante qualquer encontro, mas na verdade o verdadeiro futebol passa por mais de um quilômetro de Itaquera.

O ponto positivo é sua torcida que não falha e lota o estádio em seus jogos.

O algo mais dessa partida foi o ponta Michael, do Goiás, que deixou os defensores do Corinthians tontos com tantos dribles. Foi autor de um gol de alto nível, deixando Gil perdido, mas por um milímetro foi anulado pelo VAR. Muitas vezes ficamos pensando que esse sistema não gosta do belo no futebol.

O mais grotesco foi a substituição desse jogador feita pelo técnico do alviverde. Deveria se demitido sumariamente do cargo que ocupa.

O Corinthians subiu para o quinto lugar, com 23 pontos.

No estádio Mineirão pela Copa Libertadores, o Internacional derrotou o Cruzeiro por 1x0, o que provocou o obvio, a dança das cadeiras com a queda do técnico Mano Menezes.

Com a atual gestão do clube Celeste não encontramos solução, a sua trajetória irá terminar na Série B.

Escrito por José Joaquim

A Casa da Mãe Joana é uma expressão vinda de Portugal para o Brasil colônia, que significa aquele lugar onde vale tudo, sem ordem, onde predomina a confusão, e a desorganização.

Segundo Câmara Cascudo, a expressão se deve a Joana I de Nápoles, que viveu na Idade Média e foi sua Rainha. 

Passou a residir em Avinhão, quando publicou a regulamentação de todos os bordéis da cidade. Uma das normas dizia: ¨O lugar terá uma porta por onde todos possam entrar¨. Em Portugal tal expressão adotada foi chamada de: O Paço da Mãe Joana e chegou ao Brasil como Casa da Mãe Joana.

Na realidade o sentido do termo é o de caracterizar uma casa que não possui janela nem porta, onde todos entram e saem sem pedir licença, imperando, portanto indisciplina e desrespeito.

Buscamos um fato da Idade Média para caracterizarmos o futebol brasileiro, cujas partidas são verdadeiras Casas de Mãe Joana.

Tudo isso por conta do jogo entre o Grêmio e Chapecoense, quando os jogadores em especial os gremistas transformaram-no em uma avacalhação total, onde todos mandavam menos a arbitragem. O encontro com a bola correndo foi excelente, o placar de 3x3 é sem duvida um resultado final que mostrou o que aconteceu no gramado.

Por outro lado os atletas do time gaúcho resolveram apitar o jogo, e a cada lance era uma rodinha agressiva contra um fraco apitador, o mineiro Felipe Fernandes, que só faltou apanhar. Aliás tal fórmula de pressão domina em nosso futebol. O zagueiro Kannermann deu uma aula de agressividade, e só faltou uma agressão física. O arbitro não tomou nenhuma providência.

No final outra rodinha, contando com Renato Gaúcho, seu auxiliar, o preparador físico, diversos atletas, os reservas, sem nenhuma reação do quarteto que apitou o encontro.

O mais grave  de tudo, é que em todo o Brasil o policiamento no final do jogo cerca como garantia os responsáveis pela arbitragem, como medida de proteção, mas por conta de uma ¨mera coincidência¨ não apareceu. Na verdade esses fatos não são da exclusividade desse jogo, já que são repetidos na maioria dos torneios nacionais.

Quando se assiste uma competição europeia, em nenhum momento com a bola rolando, e no seu final os atletas no lugar de agredirem com palavras os árbitros, se confraternizam com esses. Uma questão de civilidade.

Se tivéssemos uma entidade forte, moralizada isso seria cortado com uma única medida, cartão amarelo para a primeira reclamação e vermelho na segunda.

Tudo seria resolvido, mas como isso não vai acontecer, esses fatos grotescos irão continuar, desde que o futebol virou uma rara ¨CASA DA MÃE JOANA¨.

Escrito por José Joaquim

Quantas vezes ouvimos questionamentos a respeito de defeitos dos jogadores oriundos das bases de diversos clubes. Reclamam que cabeceiam de olhos fechados, quando zagueiros não aprenderam sair jogando, além de outras erros.

O problema existe na maioria dos clubes brasileiros.

O atleta nasce com o talento para o trato da bola, como em qualquer outra profissão, mas necessita de aprender o básico, que é o ABC do futebol, para que possa prosseguir com a sua carreira. Quantos atletas de futebol sofrem com um grave erro de marcação, que é o de marcar a bola e não o adversário?

Falta-lhes uma boa orientação dos técnicos formadores, na maioria ex-atletas, portadores dos mesmos problemas, que são transmitidos aos seus alunos, os jogadores em formação.

Os atletas passam pelo ciclo básico, sem o aprendizado ideal daquilo que está na cartilha do futebol. Quando assumem o profissionalismo, carregam em sua bagagem vários defeitos graves que deveriam ter sido corrigidos pelos seus treinadores.

O período de aprendizado é na formação, como acontece no colégio, e se isso não for bem feito, todo o futuro ficará comprometido. São atletas com as dificuldades no passe, na disputa da bola, no cabeceio tanto ofensivo como defensivo, entre outros itens, que formam um conjunto de fundamentos essenciais para um bom profissional.

O trabalho de base é trabalhado de forma bem açodada, imediatista, sempre colocando os atletas apenas na busca de títulos que pouco representam, e deixa de lado o mais importante para esses, que é o básico, a cartilha da bola, fundamental para o futuro de todos.

Corrigir os seus defeitos depois de adultos é um trabalho difícil, mas não impossível, e para tal torna-se muito importante a participação de profissionais qualificados, pacientes, que possam assim transmitir os ensinamentos necessários.

Pernambuco nos idos de cinquenta teve um treinador que foi muito comentado pelo trabalho de fundamentos que era executado, mesmo com os profissionais. O uruguaio Ricardo Diez que foi técnico do Sport, e passava horas no gramado ensinando os seus atletas todos os fundamentos que não aprenderam.

Na sua primeira passagem pelo clube rubro-negro, em 1946/1947, descobriu Ademir Menezes que estava no juvenil, e lhe passou vários ensinamentos, que serviram para o seu futuro, onde consagrou-se como um dos maiores atacantes do esporte da chuteira no Brasil.

Sem duvida um dos grandes problemas do futebol brasileiro está na sua formação, que sofre com a ausência de profissionais qualificados para a execução dos trabalhos mais fundamentais, e os resultados observamos nos gramados.  

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- SEIS TIMES EM BUSCA DE UMA VAGA

* A 15ª rodada da Série B foi encerrada na última segunda-feira com duas surpresas, as derrotas do Náutico e Ferroviário, que embolaram a tabela. Nos cinco jogos realizados, não aconteceu nenhum empate e com quatro vitorias dos mandantes e uma dos visitantes.

Faltando três rodadas para o encerramento da fase, os times terão os seguintes encontros:

NÁUTIC0 - Sampaio (C), Botafogo-PB (F) e, Santa Cruz (C),

CONFIANÇA- Santa Cruz (C), Treze (C) e Ferroviário (F),

FERROVIÁRIO- Treze (F), Imperatriz (F) e, Confiança (C),

IMPERATRIZ- ABC (C), Ferroviário (C) e, Sampaio Correa (F),

BOTAFOGO-PB- Globo (F), Náutico (C) e, Treze (F),

SANTA CRUZ- Confiança (F), Globo (C) e, Náutico (F).

As chances de classificação para a segunda fase, estão na seguinte ordem:

Confiança (80%), Náutico (62%), Imperatriz (58%), Ferroviário (31%), Botafogo-PB (23%) e, Santa Cruz (13%).

NOTA 2- UMA RODADA DE MANDANTES NA SÉRIE A

* Apenas um visitante venceu na 13ª rodada da Série A Nacional. Os abarrancados somaram cinco vitórias, os visitantes venceram apenas uma vez e um empate complementando a tabela.

O Santos manteve-se na liderança com 32 pontos, quatro a mais do que o Palmeiras segundo colocado. O público total somou 191.219 torcedores, com uma média por jogo de 21.247.

A média de gols foi muito boa, com 28 bolas nas redes e 3,11 por partida.

Nos 128 jogos realizados, tivemos 67 vitórias dos mandantes, 27 dos visitantes e 34 empates. O total de público é de 2.566.758, com uma média de 20.053.

As chances de probabilidades para a conquista do título mudaram de forma bem consistente.

O Palmeiras que chegou a ter um pouco mais de 80%, hoje tem 15%, enquanto o Santos pulou para 53,3%, o Flamengo (8,0%), Atlético-MG (6,0%), São Paulo (4,0%), Corinthians (3,0).

Ainda tem muita água para rolar por baixo da ponte, e algumas trocas poderão acontecer.

NOTA 3- RENATO RETIRA OBRIGAÇÃO DO GRÊMIO DE CONQUISTAR O BRASILEIRO

* Com 13 rodadas realizadas pelo Brasileiro da Série A, o Grêmio parece ter jogado a toalha com relação ao título.

Após o empate contra a Chapecoense na última segunda-feira, o time gaúcho ficou mais distante do G4, e na entrevista coletiva do pós jogo, o técnico Renato Portaluppi mostrou que o tricolor segue com o pensamento de priorizar a Copa do Brasil e a Libertadores, e que não tem o dever de conquistar o Campeonato Brasileiro.

Considerou que essa responsabilidade está com aqueles times que tem apenas uma competição no calendário.

O Grêmio está numa semifinal da Copa do Brasil e nas quartas da Copa Libertadores. Segundo o treinador, ¨entre uma Copa do Brasil e uma Libertadores, a gente tem que tentar campeonatos em que faltam poucos jogos para o título¨.

O time gaúcho está na 13ª colocação na tabela, com 17 pontos, quinze a menos do que o líder Santos, que tem 32. Essa diferença corresponde a cinco vitórias do tricolor, e cinco derrotas do time da Baixada Santista. Só um milagre faria isso acontecer.

O problema maior para o treinador gremista, será o de justificar no futuro as derrotas nas três competições.

Poderá ficar sem mel nem cabaça. 

NOTA 4- O FLAMENGO NO SEMESTRE TEVE O MAIOR FATURAMENTO DA HISTÓRIA

* O Flamengo no primeiro semestre de 2019 apresentou a maior receita bruta da sua história. 

A receita operacional bruta do clube até 30 de junho foi de R$ 407,1 milhões, contra R$ 270 milhões no mesmo período de 2018. Trata-se do maior faturamento de um clube de futebol brasileiro em seis meses.

Desta soma, R$ 214 milhões são de repasses de direitos federativos de transferências de jogadores.

Os custos com o futebol ficaram nos R$ 288 milhões.

O rubro-negro publicou o valor das luvas da TV: R$ 120 milhões por um contrato até 2024.  

Com tanto dinheiro nas mãos, o clube contratou Luiz Filipi, Rafinha e agora está negociando com Mario Balotelli.

São coisas do futebol brasileiro e suas diferenças.

NOTA 5- A BRIGA DO CEARÁ COM O BAHIA PARA SER MAIOR DO NORDESTE

* Em uma entrevista ao programa Futebol do Povo, no dia de ontem, o presidente do Ceará, Robison de Castro, disse considerar que o clube briga firme para ser o maior do Nordeste.

¨O projeto atual do Ceará é um projeto vencedor. Desde a fundação do Clube dos 13 até aqui nós participamos em quatro oportunidades na primeira divisão. Bahia, Sport e Vitória tiveram, mesmo não estando na Série A, as mesmas cotas da Série A durante quase 30 anos, com injeção de caixa constante. Se nosso projeto tivesse tido essa oportunidade nós éramos campeões do mundo porque é muito dinheiro¨. 

O que a gente fez com apenas essas quatro passagens e o resto do tempo estando na Série B com um orçamento bem menor... agora estamos brigando para ser o maior clube do Nordeste, porque hoje considero o Bahia um pouco na frente só por conta do orçamento, não é por prática, por estrutura esportiva, dentro de campo, nada disso, embora temos uma vantagem porque nosso endividamento é de apenas R$ 8 milhões e o deles (Bahia) é de R$ 170 milhões¨.

Na realidade a entrevista tem um bom fundamento, mas se o Sport não tivesse sido destruído nos últimos anos seria sem duvida o maior do Nordeste, como o foi na década de 90.

NOTA 6- UM FUTEBOL ELÉTRICO 

* Dois jogo deram início a 15ª rodada da Série B Nacional, e ambos mostraram um bom futebol. O primeiro envolveu o Atlético-GO e CRB que fizeram uma partida taticamente perfeita.  

O rubro-negro no ataque, e com o goleiro Vinicius, terceiro reserva da equipe alagoana fazendo milagres. O CRB esperava a sua bola e no final da partida essa apareceu e o gol da vitória foi marcado.

O futebol tem as suas ingratidões, e esse foi um jogo em que o time da casa não poderia perder pelo que jogou. Foram 27 chutes contra a meta adversária, e a maioria defendida pelo goleiro milagroso.

Com esse resultado o CRB provisoriamente assumiu o 4º lugar.

Logo após no Independência tivemos o jogo mais eletrizante entre todos já realizados na Série B.

América-MG e Londrina proporcionaram tudo aquilo que gostamos no futebol, os gols, e o placar de 4x3 para a equipe mineira demonstrou a intensidade dos dois times.

O Coelho teve a sua melhor partida na competição, e o Tubarão o acompanhou. Foi um jogo elétrico entre duas equipes que desejavam a vitória.

O América pela primeira vez saiu da zona da Caetana.

Valeu a pena esperarmos essa partida, por tudo que foi apresentado.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O NÁUTICO COCHILOU E FOI DERROTADO

* O time do Náutico cochilou e perdeu o cavalo selado que passou na sua porta ao ser derrotado pelo Globo por 2x0. Uma vitória justa de quem jogou melhor.

O alvirrubro foi um time muito desorganizado, com pouca criação e sobretudo sem procurar o gol. Os ataques surgiram no desespero, enquanto o dono da casa segurava o placar, que foi ampliado no final do segundo tempo.

Um jogo fraco tecnicamente.

Com uma vitória, o time do Náutico ficaria numa posição privilegiada, mas jogou por fora essa chance de ficar com as chuteiras na segunda fase da competição.

No outro jogo da noite, mais uma queda do Ferroviário, que parece ter abandonado a competição. Um cavalo paraguaio que parou na reta de chegada.

O G4 continuou o mesmo, desde que apenas o Sampaio Correa saiu vitorioso em seu jogo, os demais foram derrotados.

O time maranhense está na segunda fase, enquanto os outros ainda irão lutar pelas três vagas restantes.

Uma embolada.

NOTA 2- O TRIPLEX NA DANÇA DAS CADEIRAS 

* O futebol brasileiro faz parte do Sanatório Geral, com o seu bloco dos Napoleões Distintos.

Não existe maior avacalhação do que a dança das cadeiras, que é a alegria da cartolagem, os seus orgasmos quando colocam no twitter a demissão de um técnico. Dessa vez foi uma dose tripla, com um time da Série A, Goiás e outro dois da Série B, Vitória e Criciúma. 

A primeira vitima à perder a cadeira quando a música parou de tocar foi Claudinei Oliveira do time Esmeraldino, após duas goleadas pelo placar de 6x1, contra Flamengo e Santos. O treinador deixou o cargo com um aproveitamento de 47%, cinco vitórias, dois empates e cinco derrotas.

O Goiás fez uma ótima campanha até a parada para a Copa América, e quando retornou foram duas derrotas e dois empates.

Enquanto isso, a música parou de tocar na Bahia, e a bola da vez caiu nas mãos de Osmar Loss, técnico do Vitória, que dançou por conta da derrota de 1x0 do jogo contra o Brasil de Pelotas.

O rubro-negro em 14 jogos da Série B já demitiu três profissionais. Os números desse técnico foram fracos, duas vitórias, dois empates e seis derrotas (26%). Loss ainda não firmou-se como treinador. 

A dança continuou e foi bater em Criciúma, com a queda de Gilson Kleina que não suportou a pressão após o fiasco no jogo contra o São Bento, jogando em casa.

O técnico foi contratado em 13 de março, período em que comandou o time por 24 jogos, sete vitórias, seis empates e onze derrotas.

Um tríplex de demissões. Só no futebol surreal do Brasil.

Uma pergunta do blog: A culpa é dos profissionais ou das péssimas gestões?

NOTA 3- O SPORT É FREGUÊS DO CRICIUMA JOGANDO FORA

* Na manhã de ontem, ao conversarmos com um amigo, afirmamos que se o Sport perder o jogo contra o Criciúma no próximo domingo teria que desistir da competição.

Como retorno recebemos a relação dos confrontos entre esses dois times, com jogos realizados na cidade de Criciúma, confirmados pelo site meutimenarede.com.

1994- Série A- Criciúma 5x0 Sport

1995- Série A- Criciúma 1x0 Sport

1997- Série A- Criciúma 2x0 Sport

2002- Série B- Criciúma 5x1 Sport

2011- Série B- Criciúma 1x0 Sport

2014- Série A- Criciúma 2x2 Sport

Seis jogos sem uma derrota para o time catarinense, demonstrando uma freguesia. 

Ficamos preocupados por conta de que afirmamos sobre a vantagem do rubro-negro.

NOTA 4- O AVAÍ TEM O PIOR INÍCIO DO BRASILEIRO NA ERA DOS PONTOS CORRIDOS

* O Avaí completou 13 rodadas sem sentir o sabor de uma vitória.

Tal campanha é a pior do Brasileiro na sua era dos pontos corridos, de forma isolada, deixando o Ceará de 2018 para trás.

O time catarinense ocupa a lanterna com apenas cinco pontos.

O Ceará no Brasileiro do ano anterior passou 12 rodadas sem vencer, mas recuperou-se no final da competição escapando da Caetana, e terminando na 15ª posição.

Para o Avaí sonhar com a permanência na Série A, é preciso ter uma reação rápida. Faltando 25 rodadas por disputar, o clube precisa de pelo menos 40 pontos (13 vitórias e um empate), para escapar da foice da Caetana, e seguir nessa divisão em 2020.

Pelo andar da carruagem certamente isso será difícil de acontecer e só um milagre o salvará.

São coisas do elevador do futebol brasileiro, com clubes que tem o acesso em um ano, e no outro volta ao seu devido lugar.

NOTA 5- OS ABARRANCADOS FUTEBOL CLUBE

* O Internacional é o imbatível em casa, no Campeonato Brasileiro e na Libertadores, mas como visitante é uma tragédia.

Segue sem ganhar uma única partida fora de casa pelo Brasileiro. No último sábado foi derrotado pelo Fluminense por 2x1.

Em seis jogos que foram realizados, o Colorado somou cinco derrotas e um empate. É o próprio retrato do Abarrancados Futebol Clube.

Mais cinco clubes que estão disputando essa competição continuam com o jejum de vitórias jogando fora de casa. O Bahia em 6 jogos teve dois empates e quatro derrotas, Vasco da Gama, 6 jogos, dois empates e quatro derrotas, Cruzeiro, 7 jogos, 2 empates e cinco derrotas, CSA, 6 jogos, dois empates e quatro derrotas e, Avaí, 7 jogos, 1 empate e seis derrotas.

Campanhas pífias.