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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- A DECADÊNCIA DO BOTAFOGO

* Na última quinta-feira assistimos alguns minutos finais da partida entre o Botafogo e Resende, com a vitória desse último por 1x0.

O Nilton Santos, local do jogo,  estava com as suas arquibancadas vazias como resposta do desencanto dos torcedores.

Um jogo fraco, sem qualidade, com um time amorfo, que representa pelo menos dez anos de queda das suas cores, sem apresentar um desempenho digno da Estrela Solitária que disputava com o Santos de Pelé nas décadas de 50 e 60, o título do melhor do país.

Hoje sem duvida é um candidato a ser um ex-time de futebol.

Ser lanterna de um grupo da Taça Guanabara que contempla Bangu, Boa Vista, Resende e Cabofriense é uma humilhação para os seus torcedores que no pós jogo protestaram. Em quatro jogos somou apenas 1 ponto, 2 gols à favor e 6 contra. Uma participação caótica.

Há anos que batemos na mesma tecla chamando a atenção sobre a decadência de alguns clubes do Brasil que foram grandiosos e hoje passam por péssimos momentos. O Botafogo é um desses entre muitos que estão percorrendo o mesmo caminho, inclusive em Pernambuco.

A marca da Estrela Solitária é poderosa, mas foi pisoteada por conta de gestões desastradas que estão levando-a para o fundo do poço.

No final da partida nos lembramos de um jogo decisivo pela Copa Rio-São Paulo no ano de 1964, quando o time de General Severiano conquistou o título pelo placar de 3x2, contra o Santos, com Pelé fazendo os dois gols santistas.

Craques em demasia capitaneados por dois monstros da história de nosso futebol, Pelé e Garrincha, e com um temporal caindo no Maracanã. Só craques no gramado.

Na realidade sem boas gestões não existe a menor chance de salvação para alguns clubes.

O time da Estrela Solitária está jogando para fora toda a sua história.

Lamentável.

NOTA 2- A COPA DO PINGADINHO

* A Copa do Nordeste também pode ser considerada como a Copa do Pingadinho. É um jogo aqui, um outro acolá, e para que a acompanha um verdadeiro bloco dos Napoleões Retintos.

Os três clubes de Pernambuco que estão na disputa estarão nos gramados nesse sábado, com um confronto estadual entre Salgueiro e Náutico à tarde, e Santa Cruz x ABC à noite na Arena Pernambuco.

O tricolor de forma equivocada batalhou para que o encontro fosse realizado no estádio do Arruda, quando na verdade o gramado ainda não tem condições de receber uma partida de futebol.

Pela primeira vez achamos algo de correto no Circo que comanda o esporte da chuteira no Brasil, quando interditou o estádio.

Os dirigentes deveriam entender que ao utilizar o gramado da maneira como esse se encontra, certamente não terá vida longa após um alto gasto na sua recuperação.

O alvirrubro irá atuar no Sertão. O time está no grupo B na 4ª colocação, com três pontos conquistados nas duas rodadas iniciais, enquanto o Carcará é o 2º colocado no Grupo A, com 4 pontos.

Um jogo complicado para a equipe da capital que está exagerando em números de jogos. Quanto ao tricolor, a sua campanha não tem sido proveitosa na Copa do Pingadinho, desde que em dois jogos só somou 1 ponto, ocupando a 6ª posição no grupo A. Com relação  ao ABC,  esse tem uma boa situação no grupo A, na 3ª colocação, com 4 pontos.

O Santa Cruz é o time mais arrumado do estadual local, e tem tudo para despachar a equipe potiguar, embora com duas atuações fracas na Copa. 

Mais uma rodada para as mariposas dos refletores

NOTA 3- O ESTADUAL DE PERNAMBUCO ESTÁ VIVENDO OS SEUS ÚLTIMOS DIAS DE VIDA

* Há um bom tempo que alertamos sobre uma morte anunciada dos estaduais em todo o Brasil, e em especial no estado de Pernambuco. Os números apresentados nos últimos anos já vinham demonstrando que o torcedor estava abandonando esse tipo de competição que é perniciosa para todos os clubes que a disputam, grandes e pequenos.

Existe a necessidade de que algo de novo possa ser implantado para os clubes que realmente tenham boas condições estruturais, e o mais importante numero razoável de torcedores.

A Copa do Nordeste poderia ter duas divisões com 16 clubes.

A criação de uma Série E regionalizada com acesso, poderia abrigar dezenas de times que ficam hibernando por sete meses. Aqueles sem a estrutura adequada disputariam os campeonatos municipais, com direito de acesso para a Série E.

Poder-se-ia perguntar sobre os recursos, e a resposta seria simples: esses existem nas aplicações bancárias do Circo, e nas despesas administrativas exageradas, e a devolução do que foi afanado por seus ex-presidentes.  

Não é correto assistirmos os times pagando para jogar, e no final partirem para uma caverna deixando dividas a serem quitadas. 

Para que se tenha uma ideia exata da realidade da pobreza do Estadual Pingadinho, na última rodada, sem contabilizarmos o jogo do Vitória e Central que teve menos de 100 torcedores presentes, mas não foi publicado pela Federação local, nas quatro partidas realizadas a soma total dos pagantes foi de 9.506 com uma média de 2.377, graças ao jogo do Sport x Náutico que contemplou 7.614 pagantes.

Nos demais os números foram grotescos, nenhum passou da casa dos mil pagantes. O jogo entre Petrolina e América recebeu apenas 205 testemunhas.

O publico total de 14 partidas (sem Vitória e Central) é de 26.597 pagantes, com uma média de 1.899 testemunhas por jogo.

Algo sem duvida está errado.

NOTA 4- O MODELO DE PATROCÍNIO DO CORINTHIANS

* O BMG está introduzindo um novo modelo de marketing no futebol brasileiro, ao pagar um valor fixo e oferecer 50% dos lucros que o banco conseguir com novas contas e diversos serviços utilizados por torcedores por meio de aplicativo Meu Corinthians BMG.

No mercado atual a maioria dos acordos levam em consideração o faturamento gerado com a parceria. Os clubes tem uma importante carteira de sócios torcedores, com todas as informações necessárias para que sejam utilizadas pelos patrocinadores.

A lista dos sócios é um generoso capital da entidade, que serve para quem patrocina, com a sua fidelização.

Segundo o jornalista Gilmar Ferreira, do jornal Extra, o Palmeiras tem um departamento que chega a monitorar o consumo de seus sócios torcedores e suas potencialidades.

Acreditamos que a Crefisa patrocinadora do clube utilize essa relação para vender os seus produtos financeiros. Trata-se de uma cadeia de consumo que poderá mudar a vida financeira das agremiações.

Um exemplo vem do Internacional que tem mais de 100 mil sócios torcedores, com um número elevado de consumidores de produtos ligados ao clube, contemplando um potencial gigantesco de absorção de recursos.

O BMG lançou uma nova parceria no mercado do futebol.

NOTA 5- O BOM INÍCIO DO GRÊMIO

* As atenções do jornalismo brasileiro estão focadas na espetacular campanha do Santos de Jorge Sampaoli no estadual paulista, ou nas forças do Flamengo e Palmeiras.

No Sul o Grêmio tem um começo avassalador mas é deixado de lado.

Quatro jogos, três goleadas.

São 12 gols pró e um contra.

Líder isolado com 10 pontos, três na frente do segundo colocado.

Maicon e Luan voltaram a se destacar.

Marinho voltou a jogar um bom futebol sob aplausos da torcida. Dois oceanos o separam do Internacional, que até agora nada mostrou.

Na campeonato de 2018, com um time alternativo, o Grêmio saiu da quinta rodada na lanterna, com um ponto e aproveitamento de 6,7%. O time titular só começou a jogar nessa  rodada.

Na temporada atual Renato escalou o seu time principal nessa quarta rodada, quando deu uma goleada de 4x0 diante do São Luiz.

O tricolor gaúcho promete um ano de 2019 de vitórias.

NOTA 6- OS CLÁSSICOS AOS SÁBADOS

* A nossa Globo dona do futebol brasileiro além de eliminar nesse início de temporada os jogos das quartas no horário bacurau, resolveu colocar os clássicos do Eixo Rio/São Paulo para os sábados.

Por conta disso, hoje teremos o que os comentaristas de desfile de Escolas de Samba chamam de Derby Paulista, entre Palmeiras e Corinthians para 17h00, e Vasco e Fluminense que estão fazendo um bom campeonato, para 19h00, no Mané Garrincha, em Brasília.

O domingo que sempre foi o dia do futebol, agora é do Faustão.

Manda quem pode e obedece quem tem juízo.

NOTA 7- A ALEGRIA E AS DECEPÇÕES NO MÊS DE JANEIRO

* A alegria do futebol no início dessa temporada foi sem duvida o futebol apresentado pelo Santos de Jorge Sampaoli.

Mudou a cara do Paulistinha.

Enquanto isso tivemos quatro decepções: Corinthians, São Paulo, Internacional e Botafogo.

As cabeças dos técnicos dos três últimos estão com o risco de serem ceifadas.

Essa próxima rodada será definidora. 

Por outro lado o timinho Sub-20 do Circo está sendo um desastre no Sul-Americano da categoria.

Ontem sofreu mais uma derrota, desta vez para a Venezuela por 2x0.

O retrato da formação no Brasil.

Escrito por José Joaquim

Quando lemos um livro anotamos algumas frases importantes e que servem para que possamos entender a nossa realidade.

O escritor argentino, Jorge Luiz Borges, em uma de suas obras nos deixou uma frase antológica: ¨Nós escolhemos nossas infelicidades¨.

Quando a trazemos para o mundo real essa representa o nosso dia a dia com relação as nossas escolhas. Se cada um de nós tivesse um minuto de reflexão as atitudes erradas que assumimos poderiam ser evitadas.

Iniciamos esse artigo com esse pensamento para voltarmos a falar sobre o futebol brasileiro, que passa por um momento de baixa, com suas ações sendo recusadas na ¨Bolsa de Valores¨, por causa de um calendário que é imposto por uma entidade sem noção do que escolheu uma infelicidade para o esporte da chuteira.

O reflexo de tal fato está na baixa qualidade dos jogos, a queda na formação de talentos, um ambiente institucional para negócios, clubes com problemas financeiros e estádios vazios.

O Brasil com este panorama teve uma perda de importância relativa ao futebol internacional, e sempre estamos sentindo na negociação de atletas, quando ficamos longe do patamar aplicado no mundo europeu. A imagem do Circo na sociedade é trágica, por conta da corrupção que retirou de cena três ex-presidentes.

Outros fatores negativos poderiam ser relacionados, e que serviram para impactar na queda do futebol nacional, tais como preços dos ingressos, insegurança para os torcedores, a ausência de craques e ídolos, horários dos jogos, péssimas arbitragens, concorrência com outras opções de entretenimento, e especial do futebol europeu, pouca oferta no sistema de locomoção e a ausência de locais para estacionamento. Quando os sócios elegem um presidente para o clube, certamente poderá escolher a sua infelicidade.

Um somatório que se alia às péssimas gestões dos clubes, que é praticamente absoluta em nosso país.

O futebol brasileiro tem que ser resgatado, e o principal ponto de partida é uma varredura no sistema, e sobretudo a implantação do sistema de licenciamento, que não seja igual ao que o Circo está tentando implantar, que alinhe os  incentivos e regule a formação, estrutura, finanças, o controle dos prejuízos dos clubes, não apenas salários e tributos, punição esportiva e responsabilização objetiva dos dirigentes.

Junto à essas determinações poderíamos acrescentar alguns outros itens importantes para tal resgate, tais como: a profissionalização dos gestores, reforma do pornográfico calendário despotivo, modelo mais equitativo e transparente na distribuição das cotas de TV, e em especial a criação de um ambiente favorável a investimentos, que só acontecerá com o resgate da credibilidade dos cartolas.

O difícil é de convencê-los para não escolherem as suas infelicidades.

Essa é a parte mais difícil.

Escrito por José Joaquim

Nada mais dramático quando uma nova diretoria ao assumir um clube encontra uma terra devastada. Já vivenciamos um momento como esse em duas épocas distintas.

O Sport é mais um dos clubes que fazem parte do sistema futebolístico nacional que estão com graves problemas financeiros, por conta das heranças de gestões desastradas, que gastaram mais do que arrecadavam, e anteciparam receitas futuras.

Um dos maiores crimes que pode acontecer em qualquer empresa é antecipar recursos que seriam disponibilizados em anos posteriores, adotando um modelo de cobertura de um santo, descobrindo um outro. No final ambos irão morrer de frio ou de inanição.

O rubro-negro era um privilegiado com relação aos outros clubes de nosso estado, e da região. Tinha uma cota de quase R$ 40 milhões, que se comparada com os que são chamados de grandes clubes é ínfima, mas que dava uma boa contribuição para os seus custos do futebol.

Com o rebaixamento para a Serie B, a nova diretoria irá dispor de R$ 8 milhões da televisão, um abalo gigantesco.

Na verdade, a folha salarial extrapolou as suas disponibilidades com pagamentos a jogadores fora da realidade, fato esse que colaborou para o caos. 

O quadro social que é outra fonte de recursos não saiu do lugar, e com a gravidade da antecipação dos seus pagamentos. O setor de cobranças não funcionava, e em muitos casos, como o nosso ligávamos para solicitar o boleto, o que fazemos até hoje.

Os adiantamentos corriam soltos, e até a cota do primeiro jogo da Copa do Brasil foi engolida pelas necessidades do clube e antecipada.

Os cofres para a nova diretoria estavam vazios. Só compromissos e poucas receitas futuras. Os oficiais de Justiça na porta. O patrimônio abandonado. 

O clube tinha e tem um Conselho Deliberativo, que é escolhido pelo presidente de plantão, assim como o Conselho Fiscal, que assistem tudo de forma passiva, aprovando adiantamentos danosos, e que estão afetando o hoje do rubro-negro da Ilha do Retiro. Trata-se de um modelo de amigos para amigos.

A transparência é fundamental para coibir essas péssimas iniciativas, e a publicação dos balancetes mensais é importante para o processo, que certamente evitaria o que aconteceu no clube quando a caixa preta só foi aberta depois da posse da nova diretoria.

O Sport organizado, com as contas em dia, deu lugar a um clube que também ingressou no caos financeiro, graças as administrações amadoras, sem profissionais adequados para conduzi-las, cuja alegria era a de antecipar recursos.

Por pouco, no final do ano passado, a cota da TV da Série B seria adiantada, e só não aconteceu por conta da situação do clube que já estava na beira da segunda divisão.

Não existe sobrevivência para qualquer empresa se não houver o equilíbrio entre as suas receitas e despesas, que deveria ter um placa no gabinete do presidente e de seus diretores sobre o tema.

Para se construir é algo demorado, e para se destruir basta uma administração desastrada, e esse foi o grande problema do Sport.  

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O MODELO FELIPÃO

* Luiz Felipe Scolari é endeusado pelo jornalismo brasileiro. É considerado como o técnico que beira o ideal e bastante ético 

Não aprova as simulações de jogadores, o cai,cai, entre outras coisas. Tudo isso no papel, e na ficção.

Na última quarta-feira o nosso puro treinador foi flagrado numa atitude antidesportiva no jogo do seu time contra o Oeste, quando gritava para que o meia Moisés praticasse o anti-jogo com o objetivo de esperar a substituição.

Com o alviverde vencendo, Scolari gritou para que Moisés ficasse caído no gramado para ser substituído e assim fazer o tempo passar.

O vídeo está correndo por todo o Brasil.

O jogador, não seguiu a ordem do treinador, levantou-se e deixou-o bastante irritado.

No fim o jogo terminou em 1x0, mas deixou bem claro que não existem bonzinhos em um mundo em que o dinheiro vale muito mais do que necessária ética.

Lamentável.

NOTA 2- A CONFIRMAÇÃO DE UMA NOTICIA DO BLOG

* Na tarde da quarta-feira recebemos uma mensagem de um amigo de longos e longos anos, sério e sobretudo profissional, com uma noticia da proposta do Grêmio para o zagueiro Adryelson, do Sport.

Não tivemos o menor receio de publica-la no twitter do nosso blog, desde que a fonte estava acima de qualquer suspeita. Pela primeira vez a nossa rede social passou de 3 mil visualizações por conta dessa notícia.

Na tarde de ontem, o jornal Correio da Manhã de Porto Alegre, confirmava o que tínhamos postado, ou seja por conta do fracasso das tratativas pelo zagueiro Luan Peres, o Grêmio alterou o foco e tenta a contratação do zagueiro rubro-negro.

Segundo o jornal, o presidente Milton Bivar negou proposta do time gaúcho e garantiu que o Sport estava tentando ampliar o vínculo do atleta que vai até o final do ano.

Na realidade o aumento do contrato poderia ser uma estratégia para facilitar o empréstimo desse atleta de 20 anos para uma temporada gremista.

Acertamos mais uma vez, e na verdade Adryelson tem uma proposta do Grêmio que vem dificultando a renovação do seu contrato, pelos números apresentados.

Vamos esperar os acontecimentos finais.

NOTA 3- DURVAL UM EXEMPLO PARA OS JOVENS 

* Existem pessoas que merecem respeito pelo que representam.

Uma dessas é Severino dos Ramos Durval da Silva, zagueiro do Sport que acabou de encerrar o seu ciclo como jogador do rubro-negro pernambucano, no encerramento do seu contrato.

No mundo em que o amor da camisa de um clube pelos jogadores desapareceu, Durval foi um exemplo de um profissional diferenciado, e que usou a braçadeira de capitão do time por longos anos, com seis títulos estaduais pelo Leão, inclusive um tetra, além da importante Copa do Brasil.

Um profissional exemplar, o único a ter dez títulos seguidos, atuando por quatro clubes. Só com o Sport foram seis, inclusive um tetra campeonato, e o mais importante a Copa do Brasil.

Vimos pela primeira vez Durval em nossos gramados jogando pelo extinto time do Unibol, e que na ocasião já chamava a atenção.

Um exemplo para os jovens que estão ingressando no futebol, de caráter, de dignidade e que ficará na história do Sport Recife e no futebol de Pernambuco.

No meio futebolístico de hoje é um diferenciado.

Não sabemos se foi o encerramento de sua carreira, desde que tivemos uma informação ontem que um time de outro estado está interessado em contrata-lo para essa temporada, cujo treinador o conhece muito bem.

O torcedor do rubro-negro da Ilha do Retiro é feliz por ter a honra de ser defendido em sua zaga por um verdadeiro Leão.

O clube deveria fazer uma festa de despedida, que não é favor e sim obrigação.

NOTA 4- A HIBERNAÇÃO DOS PRIMEIROS CLUBES DO FUTEBOL BRASILEIRO

* O futebol brasileiro continua lindo e surreal. Com apenas 25 dias de participação no estadual cearense, dois times foram eliminados e entraram em um processo de hibernação por 11 meses.

Que futebol é esse? É uma pergunta com uma rápida resposta. É destruidor, assassino dos clubes, tudo por conta de um calendário grotesco e pernicioso.

Como iremos ter um esporte com times jogando 10 meses ao ano? Jamais, enquanto tivermos um modelo autofágico e protetor apenas dos maiores.

A hibernação começou para o Iguatu e Guarani de Juazeiro do Norte, que na última quarta-feira foram degolados no estadual cearense. O destino foi impiedoso ao deixar que a última partida da competição fosse entre esses dois clubes.

O Iguatu já estava eliminado e ao derrotar o Guarani por 3x0 carregou-o , levando-o consigo para s cavernas das serras do Cariri.

O time de Juazeiro do Norte estava na primeira divisão do Ceará desde 2010, e a equipe da cidade de Iguatu chegou na divisão principal desde o ano passado.

Qual o destino de dois clubes sem calendário e com 11 meses de caverna como ursos polares?

Obvio que serão extintos.

NOTA 5- O FLAMENGO ESTÁ SENDO CONSUMIDO PELO MARACANÃ

* O Flamengo no seu último jogo contra o Boa Vista, levou ao estádio do Maracanã, um público pagante de 32.600 torcedores com uma renda de R$ 716.169,00.

Ao analisarmos o Boletim Financeiro da partida verificamos que as despesas somaram R$ 924.271,26, um vermelhão de R$ 208.102,26, ou seja pagou para jogar, mesmo com um público excelente para o atual padrão de nosso futebol.

O Maracanã é voraz, e consome tudo dos clubes que jogam em seu gramado.

Por outro lado no jogo anterior contra o Bangu o rubro-negro levou ao estádio 45 mil pagantes, e teve uma receita liquida de apenas R$ 35 mil. O mais grave é que o clube carioca tem um contrato de 2 anos com o Maracanã.

Trata-se de um problema sério e sem saída, desde que esse estádio é  única porta para o Flamengo.

Ou o clube assume a sua administração de vez, ou irá continuar com essa sangria desatada.

São coisas do futebol brasileiro, quando um clube como o rubro-negro da Gávea não tem um estádio próprio.

NOTA 6- PERGUNTAR NÃO OFENDE?

* O Corinthians fez uma proposta ao Sevilla para trazer Arana de volta o seu ninho. A oferta foi de R$ 31 milhões parcelados que não foi aceita pelo time espanhol.

Como perguntar não ofende, gostaríamos de saber como um jogador que foi negociado por 20 milhões em meados de 2017, e um ano após o clube que vendeu os seus direitos oferece 31 milhões para trazê-lo de volta? 

Não temos duvida que existe alguma vaca no poste.

NOTA 7- O PRAZER DE ASSISTIR O SANTOS JOGAR 

* O futebol brasileiro perdeu a sua qualidade no trato da bola que a cada jogo é maltratada pelos chutes errados dos jogadores.

Tínhamos perdido o prazer de assistirmos aos jogos que estão sendo realizados pelo Brasil afora, quando felizmente apareceu um técnico portenho em um clube com sérios problemas, com alguns jogadores desejando deixa-lo, e de repente em menos de um mês hoje joga o melhor futebol do Brasil.

Na noite de ontem, o Santos voltou a dar mais um show, aplicando 4x1 no Bragantino, dentro do Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista. Até o quarto gol foi uma partida brilhante, intensa, com jogadores aplicados. É o único clube com 100% de aproveitamento dos pontos, marcou 11 gols e sofreu apenas 1.

Com a vitória lidera o Grupo A, com 12 pontos.

O paraguaio Derlis González que era um dos que queriam deixar o clube por falta de aproveitamento, resolveu ficar após conversar com Sampaoli, e brilhou mais uma vez marcando mais um gol.

Depois do quarto gol, a intensidade diminuiu, quando o time santista passou a administrar o resultado tocando a bola.

Mais um desfile no gramado de um time considerado como a quarta força de São Paulo, que  veio trazer de volta o bom futebol.

Já estávamos desistindo dos jogos realizados em nosso país, mas Jorge Sampaoli trouxe a alegria que tinha fugido dos gramados.

Por outro lado enquanto o Peixe brilhava o São Paulo era derrotado pelo Guarani por 1x0, e no Rio o Botafogo perdia mais um jogo, para o Resende por 1x0.

André Jardine e Zé Ricardo, pela ordem, técnicos desses dois clubes estão com a faca nos pescoços.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- ARYELSON E O GRÊMIO

* No dia de ontem através do twitter do blog alertávamos o Sport sobre o assédio do Grêmio em relação ao zagueiro Aryelson.

Através de uma fonte com credibilidade, tomamos conhecimento que o time gaúcho fez uma proposta ao atleta que balançou a sua cabeça. Por uma coincidência esse está se esquivando de renovar o seu contrato.

Na verdade trata-se de um jovem com um futuro promissor, com bons fundamentos em sua posição, e que poderá ser uma mina de ouro para o clube em um tempo não muito longe, e não pode ser levado por uma ninharia qualquer.

Com mais um campeonato, mesmo na Série B, se continuar jogando no mesmo nível as portas da Europa estarão abertas.

A zaga do Leão que veio da base é promissora, e Milton Cruz pode até não ter sucesso, mas trazer para o time titular Chico já fez algo bem produtivo para o clube.

Aliás gostaríamos de saber onde esse estava, desde que não foi aproveitado no ano passado com o Sport aguentando Ronaldo. 

NOTA 2- A AVACALHAÇÃO DA GUERRA

* O clássico entre o Atlético-PR e Coritiba, se é que podemos chama-lo com tal nome, desde que o rubro-negro jogou com sub-23, e o Coxa com seu time titular que é tão fraco que não tem peso na balança, foi realizado na noite de ontem, e o mais grotesco é que somente no período da tarde foi confirmado por conta de um imbróglio promovido pelo Furacão, que é o único clube do Brasil que luta por seus direitos.

Mario Celso Petraglia, o manda chuva atleticano quando entra numa luta sempre consegue uma vitória.

O caso começou com o Coritiba ingressando no Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná, solicitando ingressos para os seus torcedores. O presidente desse órgão determinou a entrega desses no prazo de 24 horas.

Por sua vez, o  Atlético não atendeu essa determinação baseado no acordo que foi feito com o Ministério Público para que esse encontro fosse sempre de torcida única.

O Coxa solicitou ao TJD que fosse aplicado o WO e a interdição do estádio, ou então que a partida fosse realizada de portões fechados. Não foi atendido, e sete horas antes do inicio do jogo o presidente desse órgão determinou que esse seria realizado de portões abertos, no modelo desejado pela diretoria do Furacão.

Quem interferiu no processo foi a Federação de Futebol local, e sem ingressos para a torcida do time adversário.

Em um futebol que hoje só tem um grande clube, brigas como essas certamente faz parte da avacalhação geral, e de um empurrão para a decadência. 

Na  verdade, Mario Celso Petraglia é bam, bam. bam do futebol nacional, desde que é o único que em enfrenta de peito aberto a cartolagem, a Rede Globo e alhures. Depois de tanta confusão o Coxa derrotou o Furacão por 2x1.

O castigo veio à cavalo. 

NOTA 3- O PASSEIO DA CARAVANA DA MISÉRIA

* Temos um emissário que acompanha o passeio da Caravana da Miséria nos estádios brasileiros.

Os camelos chegaram ao futebol cearense cujo campeonato começou no dia 5 de janeiro sem a presença das equipes do Ceará e Fortaleza, que irão entrar na segunda fase.

Foram realizadas 24 partidas, sem a contabilização dos jogos que foram realizados ontem, com o total de público de 14.574 pagantes, com uma média por jogo de 607 torcedores por partida.

O mais grave é que com exceção do Guarany de Sobral, os setes restantes pagaram para atuar.

Esse é um exemplo de um modelo que criticamos quando os times menores entram numa competição como essa para aumentar as suas dificuldades financeiras.

Por outro lado, o futebol paranaense está na mesma marcha lenta do pernambucano. Em 18 jogos o público total  foi de 48.813, com uma média de 2.716.

Na terceira rodada nos seis jogos realizados, o maior público foi de 4.508 torcedores no jogo entre Coritiba e Toledo. Foz de Iguaçu e Cianorte (327), e Londrina x Cascavel (779) foram os piores.

A média dessa rodada foi 2.510 pagantes por jogo.

Apesar dos números, ainda tem gente que luta pela manutenção dos moribundos estaduais.

NOTA 4- EM BUSCA DOS PATROCÍNIOS  

* Dos vinte e cinco clubes que foram abandonados pela Caixa Econômica, apenas quatro desses conseguiram patrocinadores para as suas camisas, e assim mesmo com valores bem menores, Atlético-MG, Ponte Preta, CSA e Paysandu.

Para que se tenha uma ideia, o time paraense por intermediação da Federação local, teve o apoio do Banco do Estado do Pará com um contrato de R$ 1,5 milhão, bem longe do que recebia da instituição financeira em 2018, no total de  3,9 milhões. Uma queda grande.

Não vai ser fácil para os clubes menores que ficaram órfãos da Caixa, de conseguirem patrocinadores em um mercado bem restrito. Até os maiores com maior visibilidade, sofrerão para ter uma marca em suas camisas, mesmo reduzindo os valores.

Na verdade, o futebol brasileiro não tem uma boa imagem.

NOTA 5- O BLOCO DOS NAPOLEÕES RETINTOS

* O futebol brasileiro faz parte do Sanatório Geral que tem o famoso bloco dos Napoleões Retintos.

De tudo acontece nesse esporte, inclusive um jogo sendo realizado à 0h30 minutos no horário de Brasília por conta do fuso.

O Circo do futebol teve que mudar o horário do jogo entre Rio Branco e Bahia, que será realizado na Arena da Floresta, em Rio Branco- Acre, para que possa ser formatada uma rodada dupla da mesma competição envolvendo o Galvez e ABC-RN.

O time potiguar disputará a rodada final do Campeonato local em horário simultâneo com os outros rivais em 10 de fevereiro.

No Sanatório Geral os seus cartolas não conheciam essa tabela do estadual, e por conta do intervalo regulamentar entre um jogo e outro, passaram o encontro do alvinegro de Natal para o dia 13, em rodada dupla com o Rio Branco, que será realizado às 21h30 no horário local, enquanto o segundo jogo  será na quinta-feira (14) às 0h10 (horário de Brasilia).

Em Salvador esse poderá ser assistido ainda no dia 13 às 22h30, enquanto nos estados com o fuso horário de Brasília, o jogo será às 0h10 minutos.

São coisas do futebol brasileiro e do Bloco dos Napoleões Retintos.

NOTA 6- ESTAMOS AINDA EM JANEIRO!

* Pep Guardiola após a derrota do Manchester City para o Newcastle  por 2x1, ao responder uma pergunta sobre a distância do seu time para o líder Liverpool que jogou ontem, afirmou que estávamos em janeiro e tudo poderia acontecer.

Na verdade a 24ª rodada da Premier League foi boa para apenas dois times dos que são considerados grandes, o Arsenal e Tottenham que venceram os seus jogos.

O Manchester United empatou, enquanto o City e o Chelsea foram derrotados.

O Liverpool que tinha tudo para disparar na tabela empatou com o Leicester por 1x1 na noite de ontem, aumentando a diferença para 5 pontos.

O Tottenham está no terceiro lugar com dois pontos de diferença para o City, enquanto o Arsenal pulava para a quarta posição.

Janeiro está encerrando, e pelas palavras de Guardiola alguns fatos novos irão acontecer.

Vamos aguardar.

NOTA 7- NO PINGADINHO MUITOS GOLS E POUCO PÚBLICO

* O Central voltou à liderança do Campeonato Pingadinho ao vencer o novo Íbis, o Vitória, pelo placar de 1x0.

A Patativa cantou alto numa Arena vazia, somou 9 pontos, com três vitórias.

Em Salgueiro aconteceu o jogo mais aloprado da competição, quando o Carcará derrotou o invicto Flamengo de Arcoverde por 4x3. Quando um time fazia um gol, o outro empatava de imediato.  Menos de 900 testemunhas tiveram a oportunidade de assistir uma partida movida à eletricidade, fato raro no futebol brasileiro.

Nos Aflitos, o Náutico desencantou ao golear o fraco Petrolina, pelo placar de 5x0.

Enquanto isso pelo Paulistinha, o Red Bull derrotou o Corinthians como visitante pelo placar de 2x0. Em quatro jogos o alvinegro obteve 1 vitória, 1 empate e 2 derrotas.

Um começo fraco para o tamanho do clube.