NOTA 1- A MARATONA DO NÁUTICO
* O Náutico continua na sua maratona futebolística. Um dia joga, no outro também, graças a ¨inteligência¨ dos que fazem o futebol em nosso país.
O alvirrubro jogou no sábado contra o Santa Cruz pela Copa do Nordeste, e na noite de hoje estará em Imperatriz no Maranhão para atuar contra o clube do mesmo nome pela Copa do Brasil.
Obvio que a viagem foi de avião, mas a distância dessa cidade para a capital, São Luiz, é de 620 km. Uma longa jornada.
O Imperatriz é o 5ª colocado no campeonato estadual do Maranhão com 5 pontos ganhos, e é o que tem a melhor média de publico dessa competição. O Náutico é o 6º no Pernambucano, com 6 pontos, e 5º na Copa do Nordeste com 5 pontos.
O time pernambucano jogará por um empate por conta do ranking para passar para a segunda fase, enquanto o maranhense tem a obrigação de vencer.
Embora o alvirrubro não tenha muita coisa no seu balaio, tem tudo para sair do Oeste maranhense com a classificação para a segunda fase dessa competição nacional.
Não é favoritíssimo, mas é favorito.
NOTA 2- O FLAMENGO ESTAVA FECHANDO UM GRANDE PATROCÍNIO POUCO ANTES DO INCÊNDIO
* Segundo o jornalista Lauro Jardim, a tragédia que atingiu o Ninho do Urubu pegou o Flamengo no final de uma negociação de um mega contrato de patrocínio para 2019.
Até segunda ordem está suspenso.
Obvio que nenhuma empresa vai querer associar o seu nome ao Flamengo neste início de investigação sobre as responsabilidades sobre o ocorrido, mesmo que o clube tenha a maior torcida Brasil.
Vai esperar que poeira seja assentada para continuar as tratativas.
Na verdade depois da queda o clube da Gávea levou um coice.
NOTA 3- A REFORMA DA LEI DO DESPORTO ESPANHOL
* Enquanto no Brasil as mudanças da Lei Pelé permanece por dois anos em uma gaveta do Congresso Nacional, mofando, na Espanha o Conselho de Ministros espanhol aprovou o anteprojeto da nova Lei do Desporto.
Este anteprojeto tem como suas principais inovações a promoção da igualdade, o desporto inclusivo, o sistema de governança das entidades desportivas, uma nova classificação dos intervenientes no desporto, entre outras.
Um dos objetivos essenciais é a proteção efetiva do desporto feminino. Nesse sentido, por exemplo, propõe-se que haja a obrigatoriedade de conceder, a homens e mulheres, os mesmos valores econômicos nos prêmios de qualquer competição.
Outros dos principais objetivos desta lei é o de garantir a igualdade das pessoas com deficiência e a promoção de sua atividade desportiva.
No que diz respeito a questões de governança, destacamos a introdução de um novo regime segundo o qual as entidades desportivas que participam nas diferentes competições, incluindo as profissionais, não terão a obrigação de se tornarem (o equivalente às portuguesas) Sociedades Anônimas Desportivas. É por opção.
O Tribunal Administrativo do Desporto, mantém a sua essência, mas o poder sancionatório é separado das questões relacionadas com a concorrência. Fica agora aberto o período de consulta e a recolha de sugestões a este anteprojeto, que certamente motivará ainda muita discussão.
Em um país civilizado medidas como essas antes de serem aprovadas passam por uma consulta popular.
No Brasil meia dúzia resolve tudo.
NOTA 4- AS INJEÇÕES EM RODRYGO
* O jogador Rodrygo que é do Santos e negociado com o Real Madrid, em uma entrevista afirmou que estava jogando na seleção Sub-20 do Circo com dores, e que para combatê-las estava tomando injeções.
Algo que acontecia no século passado quando atletas recebiam injeções para entrarem nos gramados, para atender as necessidades dos times.
O bom senso seria o de consultar o Santos que é o seu clube até julho, quando então esse viaja para o Real Madrid, explicando a sua lesão e a necessidade de medicações.
Vamos e venhamos, não se pode exigir de um jogador lesionado que seja medicado para entrar em campo. Foge a todas as regras, desde que a insistência na sua escala poderia agravar a lesão.
A necessidade de uma vitória e para tal a presença de Rodrygo era importante, mas o setor medico da seleção não agiu de forma correta ao aliviar as suas dores e colocando-o em condições de jogo.
Obvio que essas retornariam durante os encontros, e de fato aconteceu.
A sua atuação foi fraca, bem longe do bom jogador santista.
São coisas do futebol brasileiro.
NOTA 5- O CERTIFICADO DE CLUBE FORMADOR
* O Flamengo recebeu do Circo o Certificado de Clube Formador no dia 04 de fevereiro, poucos dias antes da tragédia que aconteceu no Ninho do Urubu.
O mais grave é que não aconteceu nenhuma fiscalização das partes, ou seja a da Casa da Barra da Tijuca, ou então da Ferj que tinha poderes de representação.
Foi aprovada apenas com os detalhes enviados pelo clube.
Segundo o blog do Paulinho, para a obtenção do CCF, os clubes precisam obedecer algumas regras, e entre essas, a garantia a saúde dos jovens jogadores (por meio da contratação dos seguintes profissionais: médico, fisioterapeuta, psicólogo, nutricionista e de ações como promover visitas frequentes dos ou aos familiares, oferecer três refeições diárias, manter alojamentos limpos e locais de treinamentos para o atendimento de urgência).
Na realidade um container com apenas uma entrada, que também servia de saída não era um local preparado para urgência.
O Circo aprovou o pleito sem visitar o local de implantação, e deveria ser também responsabilizado pelas 10 mortes que aconteceram.
Obvio que isso só poderia acontece se estivéssemos em outro país do mundo, desde que no Brasil os culpados são as vitimas.
NOTA 6- UMA UNANIMIDADE
* A morte trágica do jornalista Ricardo Boechat comoveu o país.
Uma comoção geral vinda de todos os segmentos, homenageando aquele que foi o último dos moicanos do setor.
Na Band News em seu programa matinal tomava conta dos rádios do estado de São Paulo. Quando pegávamos um taxi no aeroporto, a voz de Boechat estava presente, com as suas criticas bem colocadas, livres e independentes.
Esse foi sem duvida o último dos âncoras de um jornalismo livre, de debates, e descompromissado com relação aos poderosos.
No jornal da Band as suas posições eram claras, duras e muitas vezes irônicas. Um firme contestador, livre para defender a democracia, e sobretudo no combate à corrupção.
Embora não tenhamos a menor simpatia pela televisão aberta, não perdíamos o Jornal comandado por Boechat, pois sabíamos que era bem conduzido, e que transmitia as verdades. Ficamos órfãos.
Ninguém escapa da Cateana, ela fica na espreita e por mais que se tente desviar dessa personagem ela aparece ceifando as vidas. A escolhida foi a de Boechat que vai deixar uma lacuna insubstituível no jornalismo brasileiro.
Os Deuses estão sendo ingratos com o Brasil nesses poucos dias de um novo ano, com tragédias seguidas como a de Brumadinho, das chuvas do Rio de Janeiro, dos meninos do Flamengo e agora desse jornalista.
Perdemos um profissional brilhante, com uma consciência lúcida, que não tinha partido e via à sua frente apenas o Brasil.
Uma referência para todos nós.
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