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Escrito por José Joaquim

Após assistirmos os mais diversos jogos na última quarta-feira nos lembramos de que a Biblia cita o Leviatã como o demônio do mal, enquanto Thomaz Hobbes, em seu livro com esse nome, defende de forma autoritária governos fortes para livrar-se desse monstro, que era representada pelas guerras.

O futebol brasileiro está no seu momento de Leviatã.

Na verdade, o monstro que causava pânico aos navegantes europeus da Idade Media, segundo a mitologia atacou esse esporte no país, levando os seus clubes a uma fase de desespero por conta das dificuldades financeiras criadas pelos cartolas. Poucos escaparam.

Tudo isso que aconteceu tem como um dos maiores responsáveis os torcedores das agremiações que não participam das suas vidas, apenas de seus jogos. Vivemos uma época de alienação, em que a teoria do ¨Rouba, mas Faz¨, é bem recebida, e como está sendo feito não existe a necessidade de cobranças. Isso em toda a sociedade brasileira.

O Leviatã também ingressou com força máxima no mundo politico e governamental, com os escândalos descobertos pela Lava Jato, que levou um ex-presidente da República à prisão. 

Para o sócio ou o torcedor, o clube pode dever, atrasar salários, efetuar transações fora dos padrões normais, mas se conquistar um título, seja ele qual for, tais fatos são esquecidos. No futebol não adianta uma boa gestão sem uma conquista em campo, tudo de bom que foi realizado não valeu nada.

Um exemplo recente vem do Flamengo sob o comando de Eduardo Bandeira de Mello que fez uma excelente gestão, mas não conseguiu um título importante, e o seu candidato foi destroçado no processo eleitoral.

O torcedor apaixonado é um verdadeiro alienado dentro do sistema. Acha normal um salário atrasado no seu clube, desde que os demais atrasam, palavras essas que sempre ouvimos.

Quantos desses procuram saber para onde corre o dinheiro dos recursos que adentram nos seus caixas? Quantos procuram saber dos valores que são pagos em negociações, nos salários e comissões aos agentes?

Vivemos em um ciclo vicioso. Dirigentes detestando a transparência, torcedores/sócios sem cobranças, e um terceiro bloco formado com uma imprensa que se preocupa com o cabelo de Neymar, e não pelas verdades que existem no entorno desse esporte.

Dificilmente com esse sistema, o Leviatã será eliminado.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O MELHOR JOGO DO PERNAMBUCANO

* Pode parecer uma brincadeira, mas na realidade é verdade quando afirmamos que o melhor jogo do moribundo estadual de Pernambuco foi realizado na noite de ontem entre América e Afogados.

Uma partida com o estádio vazio mas com dois clubes pobres de uma boa técnica, mas com muita vontade. Uma briga pela bola como se essa fosse um pedaço de pão. Bem interessante, sem violência e com um bom tempo de bola rolando.

No final a vitória do time da melhor pegada, o Afogados de Pedro Manta, pelo placar de 2x1.

Foi divertido por conta do futebol raiz.

Em alguns estados tivemos goleadas.

O São Paulo derrotou o Novorizontino por 3x0 com muita facilidade.

O Santos mostrou a cara de Jorge Sampaoli com um bom futebol, a recuperação de jogadores que estavam encostados, e uma goleada de 4x0 contra o São Bento.

Em Campos-RJ o Fluminense goleou o Americano por 4x0, mostrando que se os torcedores e a cartolagem tiverem paciência com Fernando Diniz como técnico, o time irá fazer uma boa campanha dentro de suas limitações. O colombiano Yoni González com dois gols e um ótimo futebol foi o grande nome da partida.

No Beira Rio o Internacional foi uma grande decepção para os seus torcedores, sendo derrotado pelo Pelotas por 2x1.

A quinta-feira foi bem melhor do que a quarta.

NOTA 2- O TETRA DO APITO AMIGO

* Como não podia deixar de acontecer o apito amigo enfim apareceu em um dos estaduais, com muita força e com um recordo inédito de ser um tetra campeão.

O personagem da rodada deixou de marcar três penalidades claras e insofismáveis favoráveis ao Botafogo de Ribeirão Preto, no seu jogo contra o Palmeiras, e marcar um favorável ao  time alviverde que não aconteceu.

Não assistimos a partida, mas no dia de ontem vimos os vídeos e ficamos assustados com os erros cometidos por Flávio Rodrigues de Souza.

Algo imaginável um arbitro errar em quatro pênaltis, e prejudicar de forma grotesca uma equipe que perdeu três pontos quando na verdade poderia ter ganho.

Entra ano e sai ano, e as lambanças da arbitragem brasileira continua, confirmando a falta de preparo dos árbitros sejam eles de qualquer estado.

Não existe maldade ou desonestidade, e sim ruindade, e os erros prejudicam o trabalho dos treinadores, de sua comissão técnica e sobretudo da classificação na tabela.

Os resultados são modificados.

A arbitragem tem uma grande participação na decadência do esporte da chuteira no país.

Até quando os clubes irão suportar?

NOTA 3- A VARIEDADE DE PATROCÍNIOS NO FUTEBOL EUROPEU

* Numa postagem publicada nesse blog no dia de ontem, mostramos a dependência dos clubes brasileiros com apenas um patrocinador, a Caixa, que deixou a todos de mãos abanando.

Por outro lado, os clubes europeus são patrocinados por diversos setores. Depois das empresas de material esportivo, aqueles que mais investem recursos em patrocínios no futebol são: financeiro, automotivo, companhias aéreas, casas de apostas e bebidas.

Segundo a Sports Value as receitas de marketing das maiores clubes europeus já superaram 5 bilhões de euros. Deste total, mais de 790 milhões são provenientes dos patrocínios de camisas dos times, cerca de 17% do total.

Sem duvida como a diversificação das receitas de marketing é uma peça fundamental para times de futebol, que jamais podem ficar dependentes de uma ou duas marcas patrocinadoras, fato esse que aconteceu no Brasil, que no inicio do ano recebeu um choque com a saída da Caixa.

NOTA 4- A AVACALHAÇÃO DOS ESTADUAIS  

* A Globo abandonou o meio de semana para forçar a compra dos pacotes pelo pay-per-view para os jogos dos estaduais.

Obvio que em lugares com mais condições financeiras e com clubes com atletas de maior qualidade, as vendas poderão ter uma maior intensidade, mas em estados como o nosso com um futebol de baixo nível, os torcedores não estão dispostos a gastar para assistir jogos sem expressão.

O radinho está de volta com toda a força.

Nas duas rodadas iniciais pelo Brasil afora, vimos que os chamados grandes clubes não tiveram o menor interesse pela competição, alguns colocando times alternativos, outros sub-23, e com o Atlético-MG radicalizando no jogo da última quarta-feira, quando escalou oito atletas da base, sendo dois sub-20 e o restante sub-19.

O que chamou mais a atenção foi a presença de Neto que completou 16 anos há apenas quatro meses, e que jogou contra o Tombense.

Somos favoráveis ao aproveitamento da base, mas  dentro de um limite lógico, para que não haja um desgaste no trabalho de formação e com isso a perda de possíveis talentos. 

Da maneira que estão procedendo estão entregando-os ás feras.

Lançamentos de jogadores tem que ser com cuidado, e sobretudo que tenham o apoio de atletas mais rodados.

Sobre o assunto, o jornal Correio do Povo, de Porto Alegre, publicou uma declaração de Renato Gaúcho, afirmando que o Grêmio iria jogar com o sub-23 total em quatro partidas.

Nada mais, nada menos, do que comprovar o equívoco de se começar uma temporada sem uma boa preparação, e sobretudo com uma competição moribunda.

São coisas do futebol brasileiro, que até fantasmas tem nos estádios.

NOTA 5- PARA QUE SERVE SEDIAR A COPA AMÉRICA?

* A Copa América é uma competição amorfa, insossa, e que de pouco interesse para o futebol.  O pior de tudo é sediar algo que não tem nenhum objetivo, a não ser alguns interesses não institucionais.

Ser campeão dessa Copa é o mesmo que ganhar hoje um estadual no Brasil. Aliás para o nosso país sediar eventos é um desperdício, e que no final não deixa nenhum legado. 

Sediamos a Copa do Mundo de 2014, e os legados foram os albinos brancos, além de alguns bolsos recheados.

Logo após tivemos a Olímpiada de 2016 no Rio de Janeiro, que serviu para a distribuição de propinas, que encheu os bolsos de muita gente, e na área esportiva também pouca coisa à comemorar.

O que mais nos incomoda vem da imprensa com relação ao sorteio dos grupos, com a mesma conversa de Grupo da Morte, etc.

Uma competição fraca com seleções cujo futebol está decadente.

Uma perda de tempo.

NOTA 6- A NOVA ATRAÇÃO DO MARACANÃ

* O Maracanã vai inaugurar o seu primeiro bar temático de futebol na terça-feira.

O estabelecimento feito com a parceria com a Ambev funcionará na área dos camarotes com vistas para o campo.

Batizado de Maracanã Esporte Bar, ele será aberto ao público todos os dias, mesmo quando não houver jogos.

Uma boa iniciativa por conta do local, e dos cariocas que adoram uma cerveja.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- A SUBURBANA 

* A Suburbana é uma competição realizada em Curitiba com times da várzea. Tem uma estrutura espetacular, colunas diárias nos jornais e times mais organizados do que muitos que disputam os estaduais no Brasil afora. O Trieste que é o seu grande campeão tem um estádio para 5 mil pessoas, com arquibancada coberta e uma boa estrutura.

Na noite de ontem ao assistirmos alguns jogos dos estaduais ficamos convictos que a Suburbana é bem melhor. Muito times alternativos, pouco público, e zero futebol, por conta de um início açodado sem uma pré-temporada digna.

Começando por Pernambuco, com o Sport modificando, fazendo seus testes derrotou o novo Íbis por apenas 2x0, placar feito no primeiro tempo graças ao erros do time das Tabocas. No segundo tempo o placar foi 0x0 e algo que se chama futebol passou distante da Arena Pernambuco.

Em Arcoverde, um bumba-meu boi quando o Flamengo que teve duas pedreiras seguidas e saiu-se bem com quatro pontos, empatou em 1x1 contra o Santa Cruz. O campo não permitia algo melhor do que os chutões para o alto. O do Trieste da Suburbana é bem melhor.

Enquanto isso o Central ganhou a sua segunda partida ao derrotar o Salgueiro por 3x2 e assumido a liderança da competição.

Na verdade não existe a menor possibilidade de termos bons jogos com os times que não tem muita coisa nos seus balaios, e que não se prepararam para a competição.

Outros exemplos pelo Brasil.

No Rio de Janeiro, o Flamengo colocou em campo contra o Resende um time alternativo com a presença de Gabriel e Arrascaeta. Jogo ruim e o placar de 1x1. O Botafogo empatou em 0x0 com o Bangu.

Em São Paulo a derrota do Corinthians para o Guarani por 2x1. Em Minas Gerais, o Atlético-MG foi derrotado pelo Tombense por 1x0. No Rio Grande do Sul, o misto do Grêmio empatou em 1x1 com o Aimoré.

Esse conjunto da obra é chamado de Estadual, um moribundo á espera de alguém que desligue os seus aparelhos.

NOTA 2- O COME QUIETO

* Para os analistas de plantão, o Palmeiras e Flamengo são os times a serem batidos nessa temporada por conta das contratações e a manutenção dos elencos.

Na realidade todos estão passando ao largo com um clube do come quieto, que manteve quase o time anterior, negociando Arrascaeta por uma alta quantia, se capitalizando, e ao mesmo tempo fazendo boas contratações.

O Cruzeiro que foi campeão da Copa do Brasil de 2018, é sem duvida o terceiro clube à ser batido pelos demais.

O meia Rodriguinho que foi destaque do Corinthians em 2017 e no primeiro semestre de 2018, se transferiu para o Pyramids, do Egito em julho passado, foi contratado para substituir o uruguaio. Para a lateral esquerda, Dodô deixou o Santos e terá um compromisso de uma temporada.

Antes foram contratados o volante Jadson, do Fluminense, o lateral direito colombiano, Luiz Orejuela, emprestado pelo Ajax da Holanda, e Marquinhos Gabriel, que estava no Al Nassr, dos Emirados Árabes.

Com tais contratações, o Cruzeiro quietinho como todo bom mineiro armou-se, e sem duvida chegou bem próximo aos maiorais.

Comeu quieto, e como não está no eixo Rio/São Paulo conseguiu passar despercebido.

NOTA 3- A POBREZA DO FUTEBOL NORDESTINO

* Os presidentes do Fortaleza e Ceará reuniram a imprensa para o anuncio de um patrocínio para as suas camisas.

Segundo o jornalista Alan Neto, do Jornal O Povo, quando todos aguardavam que seria a substituição da Caixa Econômica apareceu o nome de uma empresa não muito conhecida em Fortaleza, para que tenha a sua marca  exposta em uma parte do uniforme.

O máster continua em aberto.

Segundo o jornalista, o valor do contrato é de R$ 50 mil mensal para ter a sua marca divulgada no Brasileirinho. Só isso e nada mais.

Uma coletiva para mostrar o patrocínio que representa a nossa realidade de estado de pobreza.

São coisas do futebol brasileiro.

NOTA 4- MARTELO BATIDO

* Pedro Guimarães presidente da Caixa Econômica bateu o martelo e a confirmou que a instituição financeira não vai mais patrocinar os clubes de futebol.

O últimos patrocínios vencem em março e não serão renovados. 

Para que se tenha uma ideia, em 2017 o mercado de patrocínios das camisas de times brasileiros somou R$ 720 milhões, sendo a Caixa responsável por R$ 146 milhões, segundo o especialista em gestão esportiva, Amir Somoggi. 

Na realidade mais um erro dos  dirigentes do futebol nacional, que mantiveram uma ultra dependência de um único patrocinador, que sem dúvida é um desastre para o mercado, tanto por conta da dependência financeira, como pela ausência de uma pluralidade de ações de ativação realizadas por diversas marcas.

Uma acomodação com o dinheiro garantido todos os meses e sem a busca de alternativas.

A pancada como sempre irá refletir nos clubes menores, desde que os maiores já estão com novos patrocinadores.

NOTA 5- TAMANHO É DOCUMENTO?

* Como sempre afirmamos 90% dos resultados dos jogos de futebol são previsíveis, inclusive no sistema de mata-mata que tem algumas variantes.

Os dois melhores times da Copa São Paulo de Juniores chegaram à final da competição. São Paulo e Vasco da Gama pelo que apresentaram, com um futebol mais organizado mereceram a classificação. Poucos talentos foram observados.

No tricolor o meia Danilo foi o seu maior destaque, e no Vasco, Lucas Santos numero 10 do time que joga um futebol refinado e do mais alto nível. Trata a bola com todo respeito.

Tem 19 anos e por incrível que pareça mede 1,64 metros.

Durante a transmissão da partida, ouvimos um comentário sobre o atleta,  afirmando que apesar da sua qualidade esse não teria futuro nos profissionais por causa do seu físico.

Discordamos, desde que em todos os esportes os pequenos tem as suas chances, inclusive no basquetebol com seus armadores.

Ontem numa entrevista coletiva com Alberto Valentim técnico dos profissionais do Vasco fizeram uma pergunta sobre o aproveitamento de Lucas Santos por conta da pouca estatura, e a resposta foi de que estava observando-o e que tal fator não impedia de que esse jogasse entre os profissionais.

Para um jogador com o seu nível técnico é obvio que tamanho não é documento.  

Escrito por José Joaquim

Patrocínio ficou uma fruta rara em nosso futebol, uma verdadeira agulha no palheiro, e quando se tem, o escondem na televisão.

No último domingo assistimos ao jogo do Palmeiras e um time que era apresentado pelo Premier, tanto no placar quanto na locução e nas analises feitas pelo comentarista como o ¨ERREBʨ. Até no seu escudo, esse era o nome apresentado de forma absurda pela emissora.

Quem não conhecia o adversário do alviverde tinha a certeza de que era algum clube internacional, e somente depois do jogo, pelas redes sociais que criticavam esse procedimento ficaram sabendo que era o Red Bull, uma equipe organizada e com boa estrutura.

O Premier, pertencente às organizações Globo, segue a mesma linha de não divulgar clubes que tenham nomes de marcas, a não ser que comprem patrocínios. Apesar disso a marca aparece pelo menos por 98 minutos de um jogo na camisa do time.

Na Fórmula 1, o fato também se repete quando a escuderia Red Bull é chamada de RBR. Tais restrições se estendem a algumas equipes de esportes olímpicos que tem patrocinadores em seus nomes.

Há algum tempo o dono da empresa Sada, que patrocina o voleibol do Cruzeiro, reclama sobre esse tema, quando observa que a sua empresa não é citada uma única vez, embora essa tenha o nome de Sada/Cruzeiro, que financia todos os seus custos.

Por outro lado para esse grupo de comunicação a Allianz Arena sequer existiu, e sim a Arena Palmeiras que na realidade não existe.

Em um país que tinha uma instituição do governo como maior patrocinadora do futebol, a Caixa Econômica, que cobria a lacuna deixada pela iniciativa privada, essa omissão as marcas é muito grave, porque tira as oportunidades de varias empresas de participar do segmento, e não o fazem por conta de um retorno inexistente, com suas marcas escondidas pela rede que transmite os eventos.

A Fonte Nova tinha a Cervejaria Itaipava como naming rigth, mas essa estava jogando dinheiro fora, desde que o seu nome jamais foi citado.

O melhor exemplo das dificuldades para a venda do naming right é sem duvida o Corinthians que luta há anos por uma negociação, e não consegue, por conta de um alto investimento, sem perspectiva de retorno, visto que durante as transmissões todos irão ouvir que o jogo está sendo realizado no Itaquerão.

Na realidade para a televisão o Red Bull não jogou, e sim o ¨Errebê¨.

São coisas de um futebol desprotegido, e sem forças para lutar pelo que é melhor.

Escrito por José Joaquim

As mesmas conversas, as mesmas histórias, e tudo continua como dantes, com o início da temporada futebolística com os moribundos estaduais. O malfadado Calendário é a repetição de outros anos, e o produto futebol continua sendo cozinhado em uma panela que é mexida por muitas colheres, saindo no final uma comida ou muito doce, ou muito salgada, e na maioria estragada.

O Brasil tem um amplo território que é ocupado por poucos clubes. A Copa do Mundo na Alemanha teve como grande legado o início da reformulação do futebol do país. A do Brasil sequer foi discutida, e o único debate se deu por conta do 7x1. Nada foi feito para mudar o sistema tirano, medieval e corrupto que comanda esse esporte.

O modelo do futebol brasileiro é como já afirmamos por várias vezes uma cópia do sistema implantado no século XVI no Brasil, das Capitanias Hereditárias, entregues aos seus donatários, que ficam passando para os seus descendentes.

O nosso debate sobre esse esporte no Brasil serve para mostrarmos a preocupação de não ouvirmos, nem lermos nenhuma focagem sobre o sistema atual, em que um pequeno grupo de clubes tomou conta do vasto território nacional.

A Confederação e Federações estaduais são instituições atrasadas, comandados por donatários há décadas, que são responsáveis pela estagnação, quando essas pessoas agem como sem eles o esporte não sobreviveria.

Estão amarrados ao poder de forma grotesca, e não o largam nem que a vaca tussa.

A insistência dos jurássicos estaduais demonstra realmente o século em que o esporte vive no país. Quando se fala em proteção aos clubes menores, fundamentais no processo, os donos do território sempre alegam falta de recursos para que esses sejam atendidos em competições anuais.

Pouco se debate sobre a ampliação do número de participantes nas competições, inclusive com uma nova Série regionalizada. O egoísmo fala maia alto.

Infelizmente é a nossa realidade, sem uma pequena luz no fundo do poço, desde que a permanência desse modelo medieval nas gestões do futebol, como se estivéssemos no Brasil Colônia, a extinção de parte desse esporte irá continuar em pleno vapor, quando clubes com demanda estão sendo consumidos pela autofagia por uma dúzia de proprietários do território nacional.

O esporte da chuteira não pertence a um pequeno grupo, que só na tirania tem poder, pois numa democracia a maioria é ouvida, respeitando a minoria.

No futebol é o contrário, onde poucos mandam, e matam em massa aqueles que formam o conjunto maior.

O inicio dos estaduais nos levaram a postagem desse artigo, desde que o futebol brasileiro vive numa cápsula do tempo que quebrou, e está vagando no espaço.