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Escrito por José Joaquim

Alguns treinadores e jogadores, raros torcedores os mais avisados pedem mudanças no futebol brasileiro, por sentirem de perto a longa agonia que tomou conta desse esporte nos últimos anos.

O segmento mais interessado com relação ao tema é dos dirigentes, que se omitem e, com raras exceções, não pregam a necessidade de uma grande renovação no setor.

Essa gente parece que vive no modelo do ¨quanto pior, melhor¨, e que o mantém em seus cargos. Não verificamos nenhuma reação dos cartolas, mesmo com seus clubes em dificuldades financeiras, com relação ao sistema comandado pelo Circo, que é um dos mais retrógrados do mundo, comparado ao do Continente Africano.

Existe uma acomodação. Os clubes jogam três vezes em uma semana, com viagens longas, e ninguém reclama. Parece que se trata algo normal, mas os reflexos estão nos seus Departamentos Médicos, com lesões acontecendo em todos os jogos.

Os seus atletas muitas vezes são convocados para amistosos de uma seleção mequetrefe, que se intitula de brasileira, quando na realidade é cebeefiana, e a sua vaca leiteira. Todos ficam calados com medo do poder.

A arbitragem nacional afundou com o nosso futebol, e sabemos que o motivo é o da ausência de um comando com credibilidade. Há muito que esse setor deveria ser independente da Barra da Tijuca. Todos sabem e ficam calados, vendo muitos clubes perdendo pontos por erros cometidos pelos apitadores em seus jogos.

O jornalismo que poderia ser um setor para as transformações, está mais preocupado com o dedinho de Neymar do que a realidade vigente no esporte que é o seu ganha pão.

Os comentaristas dos trágicos jogos que assistimos, dão a impressão que estão em outro local. Como afirmou uma certa vez o técnico Joel Santana, esses parecem que estão comentando um desfile de escola de samba. Tudo bonito e reluzente.

Salários atrasados entre grandes e pequenos, a ociosidade nos estádios, quando as arquibancadas em muitas jogos são entregues aos fantasmas, e nenhum segmento pede mudanças. São felizes com a decadência.

Com a mudança de governo pensávamos que algo poderia acontecer, mas ao tomarmos conhecimento de que o setor do futebol da Secretaria de Esportes será dirigido por um ex-diretor do Circo, sentimos que iremos ter mais quatro anos de sofrencia.

O futebol brasileiro continua a viver no tempo da idade da pedra, não se renova, não apresenta caras novas, sérias e comprometidas com o futuro, que poderiam promover as mudanças necessárias.

Quanto pior, melhor, é o modelo que sustenta os pretensos salvadores da pátria, que aparecem como aqueles que irão resolver os problemas dos clubes, e que na verdade chegam imbuídos de outros sentimento, e de interesses pessoais.

São coisas do tempo da brilhantina, ou do matador de moscas.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- A COBRA COMEU O CORUJÃO 

* O Santa Cruz e Afogados deram continuidade a terceira rodada do moribundo estadual de Pernambuco.

Com apenas cinco minutos de jogo a partida estava 1x1, dando uma impressão que o time Sertanejo seria um adversário duro de bater.

Na realidade o Santa Cruz que no momento é o time mais entrosado da competição, não teve a menor misericórdia e terminou afogando o Afogados, pelo placar de 4x1, que foi pouco pelo que aconteceu na Arena Pernambuco. A Cobra comeu o Corujão do Sertão.

Com essa vitória o tricolor assumiu de forma provisória a liderança com sete pontos.

Mais uma vez a Arena Pernambuco esteve vazia, com a presença de poucas testemunhas. 

É a Caravana da Miséria passeando nos estádios pernambucanos.

Depois dessa partida, o Campeonato do Pingadinho irá continuar na noite de hoje quando a segunda rodada será complementada com o jogo entre Náutico x Petrolina. Além desse teremos os dois últimos encontros da terceira, envolvendo o Salgueiro x Flamengo , e Vitória x Central.

Como uma panela mexida por diversas mãos, fica difícil acompanharmos essa competição desde que não tem uma tabela regular e todos os dias tem um partida.

Os estádios vazios respondem por essa insanidade.

NOTA 2- JOGOS MATINAIS SÃO NOCIVOS PARA A SAÚDE

* O futebol brasileiro necessita da televisão para a sua vida financeira, mas por outro lado os detentores dos direitos de transmissão não podem exigir que partidas sejam realizadas em pleno verão no horário das 11h00, com aconteceu entre Cruzeiro e Atlético-MG.

Quem conhece Belo Horizonte, uma cidade cercada de montanhas sabe que o calor nesse período é assustador, mas, apesar disso a Federação local para atender a televisão marcou o encontro para um horário de 40 graus. Um crime.

Por outro lado, o Internacional no forte verão gaúcho enfrentou o São José no estádio Passo D'Areia com grama sintética, que chega a 70 graus de calor no seu piso. O jogador que cai sofre queimadura.

Que futebol é esse?

Sobre esse assunto, no mês de julho de 1961, o CND (Conselho Nacional de Desportos), baixou o Decreto 51.008, que entre outros assuntos considerava que em um país tropical no período de verão, nenhum jogo poderia começar antes das 16h00, e permitindo apenas que no meio da semana as partidas fossem efetuadas à noite.

O artigo três vetou qualquer competição futebolística na quadra do ano correspondente ao verão, no período entre dez e dezesseis horas, podendo o CND estender este período, em lugares onde as condições climáticas assim o exigirem.

No mesmo Decreto os clubes só poderiam jogar duas partidas por semana, com o intervalo de 72 horas. O mais importante é que isso aconteceu em 1961, quando existia um órgão que normatizava os esportes.

Por isso é que éramos bons em todas as modalidades. Tínhamos uma casa respeitada.

O Brasil já foi bom, mas os pilantras o destruíram.

NOTA 3- OS SAPATOS VOARAM NO QATAR

* No mundo árabe, o ato de atirar sapato em alguém é considerado como um insulto grave.

A seleção do Qatar comemorou pela primeira vez a sua classificação para a final da Copa da Ásia, ao atropelar a seleção dos Emirados Árabes por 4x0.

Os seus jogadores foram alvos da torcida adversária que atirou sapatos durante a comemoração de um dos gols. Tal fato é desrespeitoso para a religião islâmica.

Assistimos as cenas em um vídeo e observamos a revolta dos jogadores do Qatar, que precisaram ser contidos. Os atletas do Emirados Árabes tiveram um excelente comportamento ao pedirem calma para os seus torcedores.

Na realidade os Emirados Árabes romperam relações diplomáticas com o Qatar no ano de 2017, ao acusarem os catarianos de apoiarem grupos terroristas e o Irã. 

Torcedores são todos iguais, seja no Brasil, ou na Ásia.

NOTA 4- UM TIMINHO

* A seleção Sub-20 do Circo do Futebol é grotesca, e comprova que algo está errado na formação em nosso futebol.

Um verdadeiro timinho, sem jogadas, desarrumado, chutões e passes errados em demasia. Nem a presença de Rodrygo, do Santos que foi negociado com o Real Madrid conseguiu impulsiona-lo.

A Colômbia que foi o seu adversário jogou melhor, embora não seja grande coisa.

O placar de 0x0 foi injusto para a equipe colombiana, que deveria ter vencido o jogo.

O time circense não tem a menor ideia do que seja o futebol, e em cinco jogos só marcou três gols.

De que cartola saiu o técnico Carlos Amadeu?

Lamentável.

Enquanto esse timinho jogava, assistamos em paralelo a derrota do Manchester City de virada para o Newcastle por 2x1.

Uma lambança de Fernandinho resultou em um pênalti que deu início a vitória do time dirigido por Rafa Benitez.

Com essa derrota o City irá torcer para a queda do Liverpool hoje no seu jogo contra o Leicester, desde que no caso de uma vitória do rival, a diferença passará para sete pontos, que irá dar-lhe uma tranquilidade para a conquista do título.

O time do técnico Pep Guardiola jogou muito pouco, e a vitória do Newcastle foi justa.

NOTA 5- AS FUNESTAS: COMO COMEÇA E COMO TERMINA

* Por Hiltor Monbach- Jornal Correio do Povo- RS

Até os quero-queros de Pelotas sabem como começam as relações entre os clube de futebol e as funestas organizadas.

Quase sempre a direção do clube cai no argumento de que as organizadas ajudarão a motivar os demais torcedores.

Com o tempo os lideres das organizadas começam pedir mais ingressos.

Que começam a ser vendidos.

Isso vira fonte de renda.

Nos grandes clubes, os lideres garantem mais: viagens com a delegação e até sala no estádio.

Porque estamos diante de uma via de duas mãos.

Algumas direções sustentam as organizadas.

Que ajudam nas eleições.

Grêmio e Inter padecem nas mãos das funestas.

NOTA DO BLOG

Um artigo real e antológico.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O ENGOLIDOR DE FOGO

* A segunda-feira foi dedicada a Jorge Sampaoli e o futebol do Santos. Não teve um único programa esportivo que não falasse sobre o trabalho do técnico.

As palavras repetidas: intensidade, velocidade, superioridade numérica nos diversos setores, ou seja,  todos os segmentos utilizados pelo futebol moderno. Já estávamos cansados. 

Na realidade, o time santista tem encantado aqueles que gostam de um bom futebol, com poucos jogos.

Sampaoli tornou-se o homem que engolia fogo nos antigos circos que chegavam nas cidades. Era a atração.

Alguns programas colocaram analistas no quadro explicando as táticas do técnico portenho. Uma festa. Esse deve estar rindo de todos, e pensando no homem que comia fogo, ou na mulher barbada.

Jorge Sampaoli faz parte de um grupo de treinadores que só fica abaixo de Pep Guardiola e  Jurgen Klopp que estão em um patamar maior, e que estão muito acima dos nossos que ainda não chegaram na prateleira mais alta.

Tem trabalhos excelentes, inclusive um título da Copa América com o Chile, uma boa performance no Sevilla da Espanha, tendo deixado esse clube pela seleção argentina que foi um erro.

O Santos servirá para leva-lo de volta à Europa.

Obvio que falta ao time peixeiro uma condição financeira que possa garantir-lhe o título, mas o técnico irá continuar dando suas aulas de como formatar uma equipe para a alegria de todos, em especial os jornalistas que estão encantados com esse.

São coisas do nosso futebol, e de uma imprensa um pouco desligada da realidade.  

NOTA 2- A PRIMEIRA MORTE POR CONTA DO FUTEBOL

* Mal começou a temporada do futebol brasileiro a violência assolou em alguns estados, inclusive com a morte de um torcedor do Goiás.

Rondinelly Borges de Oliveira, de 22 anos, morreu na tarde do último domingo quando estava se dirigindo para o estádio a fim de assistir o jogo do seu time, o Goiás, contra o Vila Nova, com torcida única como prevenção contra de violência. Esse foi atingido com vários tiros na região metropolitana de Goiânia.

Rondinelly foi encaminhado ao Hospital de Urgência da capital e não resistiu aos ferimentos por arma de fogo.

Mais uma morte para a trágica lista por conta do futebol.

Até quando iremos suportar essa brutalidade entre torcidas?

NOTA 3- UM DOMINGO DE VIOLÊNCIA NO FUTEBOL

* Além da violência que terminou na morte do torcedor do Goiás na região metropolitana de Goiânia, outros fatos graves aconteceram por conta do futebol no último domingo.

Pela manhã, um homem foi espancado e baleado durante uma briga generalizada entre torcidas do Cruzeiro e Atlético-MG, na região da Pampulha próxima ao Mineirão. Segundo a Policia Militar, o emcontro aconteceu na praça São Dimas, local onde os membros da torcida organizada Máfia Azul estavam concentrados, quando integrantes da Galoucura chegaram ao local e deram início à confusão.

Pancadaria geral.

Por sua vez, torcedores do Atlético-PR e do Rio Branco promoveram o caos nas ruas da cidade de Paranaguá, após a vitória do rubro-negro. Esses entraram em confronto na frente do estádio Nelson Medrado Dias.

Um torcedor do time da casa foi levado ao hospital em estado grave, e um rubro-negro foi preso pela Policia.

Além disso houve depredação nos arredores do estádio, contida com a aplicação de gás pimenta pelo policiamento que já virou moda.

A violência continuou e chegou à Pelotas-RS, quando os torcedores do time da cidade agrediram fisicamente o presidente do Pelotas, Gilmar Schneider, e o gerente Alvaro Prange, na sala da imprensa. Além das agressões, quebraram o patrimônio do clube.

O motivo das agressões seria por conta dos ingressos cedidos para as organizadas desde que eles queriam mais dos que foram entregues.

Trata-se de um caso em que a criatura se vira contra o  criador. Um retorno para quem sustenta essas organizações criminosas. 

A violência é um dos fatores da ausência de público nos estádios e na formação da Caravana da Miséria. O torcedor quando sai de casa para ir ao jogo não tem a certeza de que voltará com vida.

São coisas de um país que foi trucidado pela corrupção, que por sua vez estimulou a violência.

NOTA 4- O PINGADINHO CONTINUA NA NOITE DE HOJE

* A tabela pingadinha está destruindo não somente os estaduais do Nordeste, levando também de roldão a Copa Regional, com jogos em dias diversos misturando a cabeça dos torcedores.

A terceira rodada foi iniciada faltando um jogo da segunda entre Náutico e Petrolina, que será realizado no próximo dia 30.

Na noite de hoje teremos mais um jogo isolado na continuidade da terceira rodada que foi iniciada com dois encontros. O Santa Cruz irá receber o Afogados, que junto com o Central tem duas vitórias em dois jogos, e está jogando um bom futebol dentro de suas limitações.

O tricolor está invicto, com uma vitória e um empate, com 4 pontos, e na 4ª colocação. Vem de um 1x1 contra o Flamengo de Arcoverde. O time de Afogados da Ingazeira é o 3º colocado com 6 pontos conquistados.

Obvio que por jogar em casa o Santa é favorito, mas irá encontrar um adversário que é o mais organizado da competição. Teve uma boa pré-temporada e conta com o técnico Pedro Manta, que conhece bem os caminhos do futebol.

NOTA 5- O HOMEM É O LOBO DO HOMEM

* O filosofo inglês Thomaz Hobbes, famoso pelo Leviatã, tornou celebre uma frase do dramaturgo romano, Platus, que em uma de suas peças escreveu o seguinte texto: ¨O HOMEM É O LOBO DO HOMEM¨,

Isso significa que o homem é o inimigo do próprio homem, ou seja capaz de barbaridades contra elementos de sua própria espécie.

Nos lembramos de tal texto por conta do jogo do Cruzeiro x Atlético-MG pelo estadual mineiro e a repercussão negativa na sociedade brasileira, o qual analisamos numa postagem de ontem, por conta da tragédia de Brumadinho.

Os homens da Federação de Futebol local, os da diretoria do Cruzeiro e possivelmente da Globo, foram os lobos de Platus, quando não cancelaram essa partida, assim como as demais.

A distância de Brumadinho ao Mineirão é de 57,2 quilômetros , ou seja área metropolitana.

Apenas para avivar a mente dos cartolas, no dia 11 de setembro de 2001, quando do atentado terrorista nas torres do World Trader Center, em Nova York, a MBL, a liga profissional de beisebol dos Estados Unidos e Canadá, cancelou todos os jogos, sem a mínima preocupação com a TV ou com o calendário.

O futebol mineiro jamais poderia deixar de solidarizar-se com o seu próprio povo, mas não o fez. Entrou na história como o Lobo Homem.

Alguns amigos ligaram por conta da postagem sobre o jogo, afirmando que o voleibol teve a decisão da Copa do Brasil com dois clubes mineiros, Sada/Cruzeiro e Minas também no domingo.

Na verdade isso aconteceu, mas a partida foi realizada em Lages, Santa Catarina.

É um atenuante, entretanto deveria ter sido suspensa. 

Escrito por José Joaquim

Os hipódromos brasileiros trabalham com um sistema de grupos para formatarem as suas programações semanais.

Os animais são enturmados pelo seu ranking técnico, e competem dentro das turmas onde são alocados. Esse é feito pelo número de vitórias, de premiações, entre outras coisas do setor. É quase impossível que um animal da última turma consiga chegar à primeira, visto que os competidores dos grupos mais elevados são tecnicamente superiores, com  uma maior qualidade que desequilibra totalmente a formação dos páreos.

Com vitórias vão ascendendo, mas chega ao ponto em que não possuem patas para competir com os mais fortes, e são negociados para hipódromos menores ou para outras atividades.

O que tem as corridas de cavalos com o futebol?

Na verdade algo bem parecido, em que a desigualdade é latente quando os times são distribuídos em divisões, e aqueles que estão no nível mais elevado sempre sobrepujam os de menor capacidade. Quando sobem duram muito pouco e voltam para a sua antiga turma, e assim segue o processo.

Nas corridas aqueles de tem um maior nível técnico custam fortunas, enquanto os de menor potencialidade são mais baratos, e irão concorrer a prêmios com valores menores. No futebol, existem clubes com elencos de milhões, e numa mesma competição outros contratam os seus atletas por milhares.

Um azarão como se chama nos hipódromos, e zebra nos gramados, é um fato raro, quando um time de turma inferior ganha uma disputa com um maior, com uma larga margem de distância. Na verdade, vitórias como essas são pontuais enquanto na maioria são previsíveis, como acontece nas corridas.

Essa analogia é confirmada na formação de turmas nas classificações dos campeonatos, onde existem equipes diferenciadas, classificadas em grupos diferentes, e que lutam sem maiores objetivos.

O Palmeiras era da primeira turma e foi campeão, teve uma distancia de 37 pontos para o Vasco que foi o primeiro de fora da zona da degola na temporada passada. Os clubes estão enturmados através de suas pontuações, e jogam um campeonato paralelo entre eles.

Quando um clube ascende de uma divisão para outra sente o impacto quando torna-se um estranho no ninho. Como nos hipódromos as modificações são gritantes, e na maioria das vezes retorna à sua origem no mesmo ano.

Isso sempre irá acontecer, com divisões de turmas no futebol, mas se esse esporte fosse contemplado com uma melhor distribuição de rendas, as diferenças entre essas poderiam ser reduzidas, e as competições não teriam previsibilidade que hoje apresentam, com maior competitividade e bom retorno financeiro.

Sabemos que pelas condições econômicas nem todos poderão ser de Grupos Especiais, mas com uma melhor condição financeira, os jogos seriam mais interessantes, com os grupos mais bem equilibradas sem nenhuma zebra correndo. 

Escrito por José Joaquim

Por Paulo Cezar Caju- O Globo

Confesso, ando muito impaciente. Minha natureza é essa, mas o futebol tem contribuído muito para minha intolerância atingir níveis estratosféricos. Agradeço imensamente aos amigos e leitores que pedem para eu pegar leve nas críticas, mas como aliviar, principalmente ao ver as primeiras rodadas dos estaduais?

O mais irritante é a velha lenga lenga de sempre, com os ¨professores¨ culpando o início da temporada. O pior é que quando chega o final da temporada o chororô é o mesmo. Como o Zé Ricardo tem a cara de pau de citar Copa do Brasil e Sul-Americana. O Botafogo não tem elenco para disputar mais do que uma competição. Com o time completo também perderia. O que tem se visto no geral são jogadores para lá de medianos elevados ao topo da pirâmide. A supervalorização é uma estratégia dos empresários, está destruindo o futebol e tentando nos fazer de idiotas.

Volto ao tema para deixar claro a minha opinião. Não quero ofender ninguém, é apenas minha opinião. O Arrascaeta é bom de bola? Claro que e é!!!! Vale todos esses milhões? Claro que não!!!! Conversei com amigos cruzeirenses bons de mandinga que disseram que o Montillo agiu da mesma forma e não arrumou mais nada em clube nenhum...a macumba da nêga é boa, Kkkk!!!

O Diego quando chegou ao Flamengo parecia o Papa! Na época critiquei. Errei? Acho que não. O que ele fez de tão maravilhoso desde que chegou? Lembram-se do Cirino? Contratação milionária, cheia de mais mais mais. Cadê ele? O Vitinho já começou a ser vaiado. Culpa dele ou de quem o supervalorizou?

E o Fábio Carille, ¨professor¨ do Corinthians, que fala igual ao mestre Tite? Foi para um ¨projeto¨ no futebol árabe, estava no pé da tabela e volta como salvador da pátria! Chupou laranja com quem???

Os comentaristas tem muita culpa nisso por embarcarem nessa conversa mole e criarem falsos heróis. Muitos deveriam fazer curso de técnico. Aí, alguém me criticou: ¨Mas, PC, o Gabigol foi o artilheiro do Brasileiro!¨E daí??? O Henrique Dourado foi artilheiro do Brasil e a torcida até se arrepia quando ele é escalado. O cara fez uma penca de gols de pênalti, imita um ceifador na comemoração e vira gênio. 

Prefiro ficar vendo o veterano Ricardo Oliveira fazer seus golzinhos. Vai jogar até os 50! Também gosto de ver o Pablo, ótimo centroavante! Olha aí, como não critico tudo!!! Mas a verdade é que estou amargo mesmo, mas a culpa não é minha! É do que está aí.

O Flamengo anuncia mais uma contratação, a do Rafinha, que está há anos na Europa e não joga mais por lá. Não seria mais inteligente a CBF rever essa divisão de cotas? Dessa forma, talvez seja melhor organizar um triangular e Flamengo, Palmeiras e Corinthians ficarem jogando entre si.

É muito dinheiro rolando e o Carioca começa com aquele gramado horrível do Madureira. É uma falta de respeito generalizada, com torcedor e jogadores. Mas vai ficar por isso mesmo. Será que foi o gramado ruim que fez o jovem Marrony brigar com a bola antes de dar o passe para o gol da vitória? Tomara!

Uma duvida. O que o Tite estava fazendo no jogo do Fluminense? Deve estar com a agenda tranquila nesse início de temporada, Kkkkk!!! É preciso rir muito porque anuncia-se mais um ano complicadíssimo para os cariocas. ¨Mas PC, o Flamengo não pode entrar nessa lista....¨, me repreendeu um amigo, no quiosque do Lebron, onde costumo parar. A obrigação do título é um peso tremendo.

O Palmeiras com um elenco gigante não ganhou a sonhada Libertadores. Essa história de muitas ¨estrelas¨ azeda de vez em quando. Mas se o torcedor do Flamengo se contenta com o time disputando finais e não levando aí é outro papo. Se o torcedor comprou a ideia de que o que importa é o clube sanado, mas sem títulos importantes, e os empresários cada vez mais enchendo os bolsos e querendo nos vender gato por lebre, aí tudo bem.

Me perdoem a acidez, mas sou do tempo em que aquela frase no muro da Gávea, ¨Craque o Flamengo faz em casa¨, era praticamente um mantra.