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Escrito por José Joaquim

Nunca na história das corporações de mídia no Brasil tivemos tanto enxugamento nos seus quadros jornalísticos, em especial na imprensa escrita, que é a que vem sofrendo mais abalo na sua competição com as redes sociais.

Procedemos diariamente com a leitura de vários jornais brasileiros e internacionais, e não entendemos que o nosso jornalismo ainda não percebeu que para continuar ativo precisa acompanhar as tendências e os sinais do seu próprio público.

Os jornais europeus foram aqueles que mais evoluíram na busca de alternativas para os seus leitores, enquanto no Brasil poucos mudaram nas suas editorias, publicando matérias por todos lidas um dia antes pela internet.

Não somos jornalistas, mas temos a percepção de um leitor que não deseja a repetição da noticia, e sim o aprofundamento sobre a sua repercussão na sociedade. O que vale repetir que João de Deus foi preso no domingo, ou seja um dia após o fato?

Na verdade esse ponto, que chamamos de mote, deveria servir para um debate maior na imprensa em geral e sobretudo na escrita, com uma analise de que existem vários personagens como esse.

Um tema que sempre temos destacado em algumas postagens é o da necessidade de um maior número de colunistas formadores de opinião, com a capacidade de observarem que além das noticias existe um algo maior a ser discutido. São essas interpretações que motivam o debate e prendem o leitor.

O futebol é um setor que sofre mais, desde que os bons articulistas desapareceram e não foram substituídos à altura. Não foi por acaso que os jornais e as revistas esportivas sumiram do Brasil, por conta da ausência do novo em suas matérias que se reportavam a fatos que aconteceram por muito tempo atrás, quando na verdade essas poderiam ser analíticas e sobretudo discutindo temas importantes sobre os diversos segmentos do setor.

A Sports Ilustrated é um bom exemplo nos Estados Unidos. Um outro exemplo existe em Lisboa, Portugal, com três jornais diários sobre esportes, com grande aceitação. Os veículos lusos são procurados nas bancas, e logo cedo estão esgotados. O metrô nos dá uma amostragem com os passageiros lendo as noticias do dia.

Obvio que os jornais não irão morrer, porque existem há muitos séculos, mas a necessidade de mudanças é visível, desde que não poderão continuar com uma linha editorial do repetindo o repetido por muitas vezes, um dia após a sua edição.

A era digital chegou e esse é o caminho que será tomado.

O bom colunismo será a peça de resistência dos veículos impressos brasileiros. 

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- A MODA É CONSTRANGER AS PESSOAS

* A sociedade brasileira está entrando em um caminho perigoso que é de constranger pessoas em recintos públicos. Há pouco tempo vimos um Ministro do Supremo Tribunal Federal sendo constrangido por um advogado no aeroporto de Brasília com palavras ofensivas.  

Ninguém tem o direito de ofender publicamente uma pessoa, e com a gravidade de fazer um vídeo e envia-lo pelas redes sociais. Isso é coisa de um país fascista que não é o caso do Brasil.

Resolvemos postar esse artigo por conta de um vídeo que recebemos no dia de ontem, com o senador Humberto Costa na reabertura do estádio dos Aflitos, que foi filmado por outro alvirrubro, algo fora de propósito, quando foi ofendido.

Nesse o torcedor se refere ao senador como uma figura ¨impoluta¨ , que motivou o afastamento de Humberto a procurar um lugar para assistir ao jogo.

O torcedor ainda continuou na sua perseguição, afirmando que ele não terá vida fácil com o futuro presidente Jair Bolsonaro, gritando que em breve seria preso.

Trata-se de uma tática para intimidar as pessoas que frequentam os espaços públicos através de constrangimentos.

Na verdade Humberto é torcedor do Náutico, sempre frequentou os seus jogos, e não pode e não deve ser vitima de atitudes que não condizem com a democracia.

Apesar disso o infrator tem um atenuante, desde que mostrou que não conhece a língua portuguesa ao chamar o senador de impoluto com a convicção de que estava ofendendo-o.

Na verdade o Aurélio deixa bem claro que ¨impoluto¨ é aquele que é puro e não é corrupto.

Deve ser alguns daqueles que escrevem xadrez com CH.

Uma vergonha.

NOTA 2- MESSI MANDOU UM RECADO PARA PELÉ

* Como já citamos em uma postagem que Romário tem uma frase lapidar sobre Pelé, quando disse que esse calado era um poeta.

Como vivemos em uma democracia, o maior jogador do mundo tem o direito de dar os seus palpites, embora alguns desses sejam fora da realidade.

Messi foi uma das suas vitimas, que foi considerado por Pelé como portador de uma única habilidade, a sua perna esquerda.

No último domingo, na cidade de Valencia, no jogo do Barcelona e Levante, o portenho mandou um recado para o brasileiro, dando uma aula de futebol, fazendo três gols, e duas assistências para que o placar terminasse em 5x0.

Messi mostrou sua versatilidade ao furar as redes adversárias de maneiras diferentes, de pé esquerdo, de pé direito, etc.

O primeiro gol de sua autoria no jogo, nasceu de um passe profundo de Busquets que o procurou na intermediária do ataque, quando o argentino apostou corrida com o seu marcador, sem deixar a bola se descolar do seu pé esquerdo. No momento e que o goleiro saiu, o camisa 10 tocou de leve para as redes.

Os três gols desse domingo, melhoraram mais os já impressionantes números de Lionel Messi no ano. O argentino tem 19 jogos, 20 gols e 12 assistências.

É e sempre será o melhor do mundo em atividade, e Mondric como dizem os peladeiros, não amarra as suas chuteiras.

NOTA 3- A COPA DO BRASIL É A MAIOR ATRAÇÃO DO FUTEBOL BRASILEIRO

* Pelo segundo ano consecutivo a Copa do Brasil será a atração do futebol brasileiro, deixando o Brasileirinho ao relento.

Tudo por conta dos recursos que serão pagos, mesmo com 40 clubes jogando apenas por uma única vez. Na realidade tomou conta do mercado, e mais uma vez iremos ter participantes jogando com times alternativos na competição que outrora foi maior.

Nas duas primeiras fases os confrontos serão em jogos únicos. Todos irão faturar.

Na primeira das oito etapas, cada clube receberá R$ 1 milhão. Na segunda R$ 1,2 milhão. Na terceira R$ 1,4 milhão. Na quarta, R$ 1,8 milhão.

Nas oitavas de final, com a presença dos clubes que estavam na Libertadores, além dos campeões de outras competições nacionais, a cota será de R$ 2,4 milhões,

Nas quartas, R$ 3 milhões. Nas semifinais, R$ 6,5 milhões. O vice-campeão embolsará R$ 20 milhões, e o campeão, R$ 50 milhões.

Somando-se o total arrecadado nas etapas, o vice arrecadará R$ 37,3, milhões e o campeão irá embolsar R$ 67,3 milhões.

Enquanto isso, o Brasileirão que se transformou em Brasileirinho, premiará o seu campeão após 38 jogos, com R$ 18, 0 milhões.

São coisas do Circo do Futebol.

NOTA 4- AS PROVAS DE QUE UM RAIO PODE CAIR NO MESMO LUGAR

* Como sempre estamos afirmando que um raio não cai no mesmo lugar, recebemos de um amigo uma mensagem com provas de que no futebol isso aconteceu, e foi com relação ao Atlético-PR.

No Brasileiro do ano de 2001, o Furacão era apresentado como um dos candidatos para receber o abraço da Caetana.

Seu treinador na ocasião era Mário Sérgio Pontes de Paiva, que morreu como jornalista na tragédia da Chape,e que tinha consciência de que com ele, o Atlético seria rebaixado. Por conta disso pediu demissão. Mario Celso Petraglia, responsável pela sua contratação, negou a demissão.

A seguir, depois de uma derrota contra o Fluminense, o técnico deixou o clube. Para o seu lugar chegou Geninho, com o CT e o vestiário do Furacão um amontoado de intrigas.

Conseguiu unir os atletas e a partir da vitória contra a Portuguesa, o Atlético saiu da zona do perigo e em pouco tempo assumiu o segundo lugar, e no final foi o campeão.

Em 2018, Mário Celso Petraglia contratou Fernando Diniz para fazer uma revolução tática no rubro-negro. No começo deu certo, mas aos poucos o time chegou à zona da degola.

Após a derrota contra o Botafogo, o técnico acabou sendo demitido contra a vontade do dirigente.

Tiago Nunes assumiu e o Atlético transformou-se, inclusive jogando o melhor futebol da competição. Terminou o Brasileirinho em 7º lugar, e conquistou a Sul-Americana.

Realmente um raio caiu no mesmo lugar na Arena da Baixada. Não pode ter sido uma mera coincidência, e sim os dedos dos Deuses do Futebol.

Segundo ele, os dados foram obtidos através do jornalista Augusto Mafuz.

NOTA 5-  A MAIS INSOSSA ELEIÇÃO NO SPORT

* Vivenciamos e participamos do processo eleitoral do Sport por muitas vezes, inclusive como candidato, mas nunca vimos algo tão insosso como a atual, que envolve Milton Bivar, como meia oposição e Eduardo Carvalho como oposição literária.

A situação pulou o muro da Ilha do Retiro por não ter a menor condição de lançar um candidato por conta da destruição do clube.

As ruas estão alheias ao processo, o sócio do clube não teve a menor empolgação com as candidaturas, e o resultado é que esse se tornou insosso.

Sem um debate, sem a apresentação de projetos para a refundação do Sport, o ambiente perdeu a graça, e no dia de hoje o sócio que colocar o seu voto da urna está dando um tiro no escuro por não saber o que pensa os candidatos.

Milton é aquele que em 2007 era o presidente do Velho Leão que conquistou a Copa do Brasil. O mundo de hoje é outro e lá se foram 11 anos, em que aconteceram grandes transformações nos esportes.

Do outro lado, Eduardo, que teve uma experiência como dirigente, filho e neto de rubro-negros, mas sem uma maior experiência.

Na verdade um deles irá assumir um buraco maior do que o Grand Canyon, e no dia da posse terá que levar numa bolsa pelo menos R$ 7 milhões para alguns pagamentos imediatos.

A situação do Sport foi bem retratada por Nelsinho Baptista numa entrevista ao Portal UOL, quando afirmou que o clube regrediu.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- UM MODELO INVERTIDO

* O Santa Cruz empresta um jogador formado na base, e ao mesmo tempo contrata um caminhão de atletas. Tem algo muito errado no mundo tricolor.

Por outro lado o Sport que gasta bons recursos na formação pouco aproveitou desse segmento, lotou a Ilha de jogadores fracos, alguns lesionados. Tem algo de errado na casa do Leão.

Pelo menos o Náutico manteve a maior parte do seu grupo para a temporada que se inicia. Tem algo de certo nas hostes alvirrubras.

Esse é o modelo atual do futebol brasileiro e que não está resumido apenas ao nosso estado. A maior parte dos times procedem da mesma forma.

Já mostramos em várias postagens que a salvação do nosso futebol está no trabalho de formação, que representa sem duvida a única saída, principalmente para aqueles com pequenos orçamentos. Os valores em contratações são altos, e os retornos na maioria dos casos são baixos.

O Atlético-PR mais uma vez serve de exemplo, que por conta do aproveitamento da sua base tinha a 16ª folha salarial entre os 20 disputantes (R$ 2,8 milhões). Mesmo assim foi o 7º colocado no Brasileirinho e ganhou a Copa Sul-Americana.

Enquanto isso, o Sport e o Vitória que tinham valores mais altos nas suas folhas foram rebaixados.

Contra fatos não existem argumentos.

NOTA 2- O LIVERPOOL MASSACROU O UNITED

* Jose Mourinho técnico do Manchester United se encaixaria muito bem no futebol brasileiro, onde o biarticulado é a peça principal. É o famoso sistema de não perder e no máximo empatar.

Na tarde de ontem assistimos o jogo entre o Liverpool e o United e ficamos com vergonha com relação ao que aconteceu. A equipe de Mourinho foi derrotada com um baile de futebol do rival pelo placar de 3x1.

Poderia ser algo normal, mas os números mostraram a penúria do time de Manchester, contra o da terra dos Beatles. A posse de bola desses foi de 75%, o numero de finalizações totalizou 36 chutes, enquanto do adversário foram de apenas 5.

O United é um time desorganizado, com jogadores fracos para o seu tamanho, que não poderiam vestir uma camisa das mais importantes do futebol da Inglaterra.

O jogo foi um massacre, e Pep Guardiola deve ter sentido que nessa temporada terá um rival preparado para ganhar o titulo.

O Liverpoll joga um futebol moderno, tem excelentes jogadores e isso foi mostrado na partida contra os Diabos Vermelho.

Com essa vitória reassumiu a liderança com 45 pontos, contra 44 do Manchester City. Hoje sem duvida o futebol inglês é o melhor do mundo.

NOTA 3- CRUZEIRO E ATLÉTICO JÁ MIRAM UM NOVO PATROCÍNIO

* O artigo que postamos sobre a fuga da Caixa Econômica do futebol já está provocando a corrida para novos patrocinadores.

Nos últimos anos essa instituição financeira patrocinou vários clubes brasileiros, e entre esses o Cruzeiro e Atlético-MG.

Segundo as mídias mineiras esses clubes já tinham um acordo para a renovação por mais um ano, e pelo andar da carruagem isso poderá não acontecer.

Na verdade o empecilho não é apenas do novo governo, e sim de um acórdão do Tribunal de Contas da União que definiu ser irregular a prorrogação dos patrocínios dos clubes.

O mais grave é que esse veto não se daria apenas no futebol, mas também em outros esportes, como vôlei, natação e atletismo.

Um processo aberto pelo TCU promoveu auditorias em contratos de patrocínios de diversas empresas estatais, como Banco do Brasil, Petrobras e BNDES, além da Caixa. De forma como acontece hoje, a Caixa estaria aportando a verba pública em troca de visibilidade da marca, sem que haja a exigência de comprovação de como o dinheiro foi gasto.

No caso dos clubes a comprovação é bem clara, desde que as suas camisas estão sendo divulgadas nas telinhas, nas redes sociais e nos jornais, com as marcas dos patrocinadores.

Na verdade achamos que o TCU tem razão com relação aos outros patrocínios pela falta de prestação de contas, mas os contratos da Caixa são contínuos e não podem ser prorrogados, desde que são encerrados nos prazos determinados, mas nada impede que os novos sejam firmados.

NOTA 4- OS DONOS DO FUTEBOL BRASILEIRO

* Como já sabemos os donos do futebol brasileiro são os agentes de jogadores que emprestam dinheiro aos clubes, e se garantem com os seus direitos econômicos.

Na negociação de Ramiro, do Grêmio com o Corinthians ficou bem claro a influência de Giuliano Bertolucci, que é dono de 50% do volante, enquanto o clube só detinha apenas 10% e não poderia segura-lo. Irá continuar com esse percentual mesmo com o jogador no alvinegro paulista.

Em 2013 o tricolor gaúcho passava por uma grave crise financeira, caucionou 50% dos direitos de Ramiro e Bressan ao empresário por  conta de um empréstimo de 4 milhões de euros, para quitar dois meses de salários atrasados.

O tempo passou e Bertolucci não teve de volta o empréstimo que já tinha somado um valor alto de juros.

Pelo que lemos e ouvimos nas mais diversas mídias, o Corinthians não irá desembolsar recursos nesse momento, e no futuro terá que pagar ao agente, ficando com 70% dos direitos do atleta.

Existe uma proibição da FIFA determinando que direitos econômicos do jogadores só pertençam aos clubes, e nenhum agente poderá ter nenhuma parcela. Trata-se de algo estranho desde que esse caso de Ramiro está em todas as mídias.

O Brasil avacalha até as determinações do órgão máximo do futebol.

NOTA 5- UM TÍTULO ESQUECIDO PELOS RUBRO-NEGROS

* No dia 16 de dezembro de 1990, o Sport Recife comemorava na Ilha do Retiro após empatar com o Atlético-PR, a conquista do título da Série B Nacional, fato esse que passa despercebido pelos rubro-negros, em especial dos poderes do clube. O ex-presidente Joao Humberto Martorelli teve a ousadia de propor a retirada da sua camisa a estrela comemorativa.

Passaram-se 28 anos, sem nenhuma referência, nenhuma ressalva das mídias, de um título que, queiram ou não, foi representativo para a sua vida.

Esta postagem era para ser publicada no dia de ontem, mas resolvemos observar a reação da diretoria do Velho Leão, e dos seus torcedores. Passaram em branco.

Fazemos questão de rememora-lo todos os anos, não por termos participado como dirigente do futebol, e muito mais pelas condições do clube, não somente financeira, como política, que elevaram mais o título, que foi conseguido por um grupo simples, sem estrelas, sendo a maioria da sua base ou da região Nordestina.

A data não pode e não deve ser esquecida, desde que não foi apenas o título como algo importante, e sim o início de uma nova era para o Sport, com a década de 90 sendo a melhor de sua história, quando começou a sua modernização.

Se não tivesse retornado a divisão maior, certamente o destino do rubro-negro poderia ter sido diferente do que aconteceu.

O esquecimento é o retrato de um país de memória curta, facilmente apagada, e de um clube que faz questão de renegar uma conquista para a sua vida.

A todos os participantes dessa bela jornada, as nossas reverências.

Escrito por José Joaquim

As mudanças do futebol brasileiro são as palavras da moda. Em todos os veículos de comunicação o que lemos e ouvimos são os editoriais sobre as transformações que serão necessárias para melhorar esse esporte no país. Tudo muito bonito, às vezes bem escrito, bem falado, mas jamais irá a acontecer por conta do atual modelo.

Que mudanças serão essas com o mesmo sistema enraizado destruindo o futebol nacional?

Mudanças com os atuais dirigentes? Mudanças com o atual calendário esportivo? Mudanças sem uma lei efetiva de responsabilidade fiscal? Mudanças sem alterações na distribuição dos recursos? São apenas elocubrações de quem não deseja mudar. O país sediou uma Copa do Mundo e não aproveitou o seu legado.

Todos falam em mudanças, mas não dizem como essas poderão ser efetuadas, e acharam que um Profut da vida iria resolver os problemas que estão bem fincados, e só com a ajuda de uma grande escavadeira poderão ser retirados.

O futebol não é uma brincadeira para dirigentes amadores, a fim de animar os seus egos. É assunto de profissionais, que tem que ser gerido com planejamento.

Os problemas extra-campo dos grandes endividamentos, são as consequências de uma causa chamada gestão, que na maioria dos clubes são temerárias, levando-os ao buraco em que se encontram.

Mudanças não estão atreladas apenas ao refinanciamento das dividas dos diversos clubes, e sim nos seus gerenciamentos, como nas Federações estaduais e da Confederação, que formam a base da pirâmide do futebol, que são dirigidas sem nenhuma visão de administração e de estratégia gerencial.

Precisamos mudar os meios de formação de atletas, tirando-os dos agentes e deixando-os nas mãos de equipes competentes, e que possam levar não apenas o futebol e sim a preparação do cidadão, através da escola.

Sem profissionais e uma estrutura física adequada que permitem incrementar a formação de atletas, não haverá o resgate da maneira de jogar do futebol brasileiro, e tudo continuará como dantes.

Certamente mudar é necessário, mas o como mudar é o mais importante, e isso nunca irá acontecer se não forem modificadas as praticas atuais, que possa assim aumentar a credibilidade desse esporte, e para isso torna-se necessário o que pregamos há anos, a implantação de uma agencia reguladora de verdade, não a de ficção que hoje existe com o nome de Apfut.

Se estão pensando em mudar com o comando do Circo que é a continuidade de Ricardo Teixeira, Jose Maria Marin e Marco Polo Del Nero, com presidentes das Federações e da maioria dos dirigentes dos clubes, nada mais do que uma ilusão, desde que foram esses que levaram o futebol ao fundo do poço, e de maneira lógica seria impossível alguma colaboração de quem assim procedeu.

Ou cortamos os dedos e jogamos os anéis no mar, ou iremos continuar com os mesmos procedimentos. O maior problema do futebol brasileiro é o ser humano, que não aceita transformações.

Escrito por José Joaquim

Os dirigentes dos clubes que fazem o futebol brasileiro não tiveram a percepção de que sem esses o esporte não existiria, e que tem que tomar a iniciativa para a constituição de uma Liga Profissional.

O sistema atual é inoperante e incapaz de gerenciar um esporte que tornou a entidade maior rica, e os que são os donos de verdade vivem no sufoco.

Sem clube não há futebol, desde que sem esse não tem seleção, não tem nada. Campeonato sem CBF tem, sem Federação tem, sem clube não.

Estamos próximos da aprovação da Lei que permite a transformação do setor do futebol em uma SAD- Sociedade Anônima Desportiva, que será o ponta pé inicial para a transformação real do esporte da chuteira no Brasil. O Botafogo está se preparando para tal.

O sistema em vigor foi invertido, quando a sua base que são as agremiações se enfraqueceram, e o órgão maior que o comanda cada vez mais rico. Os clubes precisam abrir as suas portas para os investidores. O amadorismo e a paixão são detalhes de um passado que não volta mais.

O maior exemplo está na Europa, onde times que foram adquiridos por investidores ou por acionistas, se fortaleceram e não perderam torcedores, pelo contrário ganharam o mundo.  Para que um clube brasileiro possa globalizar-se necessita de altos investimentos, o que é pouco viável no país.

O Brasil por falta de credibilidade está fora do mercado. Os poucos que se aventuraram a investir no seu futebol saíram em debandada ou viraram casos de policia.

O modelo antiquado do futebol nacional não permite a presença de investidores e de executivos profissionais dirigindo os seus clubes. Os torcedores por sua vez preferem morrer de inanição a mudar o sistema, que faleceu, e jamais poderá concorrer com o mundo capitalista e mercantilista que tomou conta do setor.

Enquanto o debate nacional é para pagamento de débitos, os clubes europeus faturam fazem altos investimentos, reforçando-se com os melhores talentos do futebol mundial, e a cada dia a distância entre o Velho e o Novo Continente se aprofunda.

São temas que merecem uma melhor reflexão, já que nenhum desses clubes europeus perderam seguidores, pelo contrário, com os seus fortalecimentos acrescentaram-nos desde que esses desejam competitividade e conquistas.

São ideias para serem debatidas, porque se continuarmos apenas na dependência da televisão, de uma negociação de jogadores, nunca o futebol brasileiro irá sair do atoleiro, e passará a disputar apenas com os emergentes.

Na América Latina temos o México como um bom exemplo, quando os investidores assumiram alguns clubes, e ressuscitaram o futebol desse país.

Do jeito que estamos caminhando o destino do esporte da chuteira do Brasil será trágico.

Disso temos certeza.