blogdejjpazevedo

BlogdeJJPAzevedo.com

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- A REABERTURA DOS AFLITOS

* Na tarde desse domingo o Clube Náutico estará reabrindo o Estádio dos Aflitos para jogos de futebol, com um encontro internacional contra o time portenho da cidade de Rosário, Newll's Old Boys.

Sem duvida um tento para a diretoria alvirrubra que irá levantar a auto estima da agremiação que por muitos anos vem rolando ladeira abaixo. e com um trabalho de bom nível.

Obvio que essa reabertura de forma isolada não vai resolver os problemas do Náutico que são graves, mas poderá servir de espelho para o caminho de sua refundação. 

Para que isso possa acontecer o processo será lento e vai exigir dos seus dirigentes um projeto bem elaborado, em especial no tocante aos pagamentos dos seus débitos que são volumosos com relação à sua capacidade financeira.

Os estádio será o pano de fundo para um trabalho árduo, com muito sofrimento e que requer alta paciência dos gestores e em especial da sua torcida.

Na realidade, o Náutico é a cara dos Aflitos, e os Aflitos é a cara do Náutico.

Sem duvida um domingo de alegria para os alvirrubros.

NOTA 2- O RISCO DE MUDANÇA NOS PATROCÍNIOS DA CAIXA

* A Caixa Econômica Federal reservou para o ano de 2018 o valor de 191,7 milhões para patrocínios dos clubes de futebol e campeonatos de alto rendimento.

Uma nota publicada no Twiyter do presidente eleito Jair Bolsonaro acendeu a luz amarela em todos os segmentos que recebem o apoio dessa instituição financeiro federal. Ele disse que iria rever os contratos dos bancos estatais a partir de janeiro.

Segundo o presidente eleito a Caixa Econômica gastou R$ 2,5 bilhões em publicidade neste ultimo ano. Os esportes representaram apenas 7,67% sobre o total.

Em 2018, 12 dos clubes da Série A, a elite do futebol brasileiro, tiveram a Caixa como principal patrocinadora, com um dispêndio de R$ 138,2 milhões, que estão ainda sendo pagos.

Na Série B de 2018, 13 dos 20 clubes assinaram com a Caixa, que reservou R$ 44,8 milhões para esses.

Segundo o jornalista Marcel Rizzo, no tocante ao futebol, o novo governo trabalha com a não renovação de acordos com clubes que tenham altos orçamentos, ou seja aqueles considerados grandes, que podem conseguir com pernas próprias patrocinadores privados.

Há uma possibilidade de manutenção de patrocínios a associações menores, da Série B por exemplo, e de alguns torneios estaduais de federações mais pobres.

Na realidade existe o retorno positivo para a Caixa, desde que os jogos são televisionados e a sua marca aparece por 95/96 minutos.

Quanto as Confederações Olímpicas a sua participação é necessária, mas deveria ter uma maior fiscalização, inclusive com prestação de contas.

A primeira entidade a conseguir o apoio de uma instituição federal foi a do Basquetebol na década de 80, que encaminhava os projetos, os recursos eram liberados, e um membro do Banco do Brasil viajava com a delegação como um fiscal.

No retorno a prestação de contas era realizada, e o representante da instituição bancária aprovava.

Não se deve, nem se poder jogar dinheiro do povo pelo ralo.

NOTA 3- O AL AIN SERÁ O ADVERSÁRIO DO RIVER PLATE

* O Al Ain dos Emirados Árabes Unidos será o adversário do River Plate na semifinal do Mundial de Clubes da FIFA.

No dia de ontem, o time da casa passou por cima do Espérance, da Tunísia, por 3x0 em seu estádio, e se garantiu para enfrentar o time portenho, campeão da Libertadores, na próxima terça-feira, as 14,30 horas.

Em 16 minutos de jogo o time árabe já vencia por 2x0. O primeiro gol foi aos 2 minutos, o segundo aos 16, enquanto o terceiro veio no segundo tempo que foi totalmente dominado por essa equipe.

Do outro lado da chave, a semifinal do Mundial será entre Real Madrid e Kashima Antlers, do Japão, que também no dia de ontem derrotou o Chivas Guadalajara, do México pelo placar de 3x2 em uma partida bem movimentada, e com uma virada da equipe japonesa. 

O encontro será na próxima quarta-feira.

Depois desses jogos e pelo que vimos poderemos ter um novo Raja Casablanca que superou o Atlético-MG em 2013, ou o Mazembe que despachou o Internacional em 2010.

Achamos que o time merengue terá no time japonês um adversário complicado.

NOTA 4- ENTRE A GLÓRIA E A BANCARROTA 

* O jornalista Hiltor Mombach do jornal Correio do Povo, de Porto Alegre, em sua coluna de ontem indicou aos seus leitores o site hhtps://medium.com/sem-firulas, que trouxe um excelente artigo da autoria de Marco Sirangelo, administrador de empresas pela FGV e mestre em Gestão Esportiva pela Loughgborough University no Reino Unido, com o título de: ¨Entre a glória e a bancarrota/O futebol brasileiro em sua útima década romântica¨. 

Como esse é muito longo, escolhemos um capítulo com o nome ¨Contratações¨, e que servirá para mostrar que nem sempre o nosso futebol esteve a reboque no exterior.

O MERCADO FOI ASSIM

¨Atualmente é comum presenciarmos desmanches de elencos no decorrer do Campeonato Brasileiro, por conta da capacidade de compra do futebol europeu.

De acordo com o trabalho e isso foi o que mais chamou  a nossa atenção, é que esta realidade já foi bastante diferente, segundo os dados do site Transfermarkt.

Em 1995, o Milan fechava a contratação de George Weah, que viria  a ser o melhor jogador do mundo naquele ano, por 6,9 milhões de euros, semelhante aos US$ 5 milhões que o Flamengo pagou a Parmalat pelo passe de Edmundo, e ao Barcelona (US$ 7 milhões). para trazer Romário neste mesmo ano.

O português Luiz Figo, que foi o melhor jogador do mundo pouco tempo depois, desembarcou no Barcelona pelo valor igual que foi pago pela Parmalat para tirar Djalminha do Guarani (US$ 2 milhões).

Os clubes investiram milhões em contratações. O Vasco em 1999, pagou a Fiorentina, US$ 14 milhões para trazer Edmundo de volta.

Na realidade foi um breve período que o futebol brasileiro concorreu com o europeu, e a partir de 1999 com o declínio cambial, com uma desvalorização do real, a manutenção desse estágio de rico, tornou-se inviável.

Saímos da glória para a bancarrota, e continuamos até hoje.

NOTA 5- O STREAMING E O CAMPENATO ITALIANO

* Nenhuma emissora brasileira adquiriu os direitos de transmissão do Campeonato Italiano, e por conta disso estávamos sem assistir os seus jogos.

Nesse mês enfim tivemos a primeira aparição através da Dazn que adquiriu esses direitos, e já está atuando em nosso pais. É a mesma empresa que assinou um contrato com a Conmebol para os jogos da Copa Sul-Americana de 2019.

A Dazn é uma empresa responsável por transmissões por streaming que sem duvida irá fazer um rombo nas TVs fechadas. Por enquanto o canal é de graça nas suas transmissões pelo Facebook e Youtube.

A ideia é que no mês de março será lançada uma plataforma que será cobrada, e que estará disponível para todos os tamanhos de tela.

Na tarde de ontem assistimos uma pelada pelo campeonato italiano com a presença de Cristiano Ronaldo, entre a Juventus e o Torino, com a vitória da Velha Senhora pelo placar de 1x0 com um gol de pênalti marcado pelo luso.

Pensávamos que o futebol brasileiro era o pior entre os piores do planeta, mas encontramos um rival da Europa. O primeiro tempo no Estádio Olímpico de Turim foi de uma monotonia que deu sono, inclusive com uma chance de gol para o Torino. No segundo a situação permaneceu igual, quando aos 23 minutos aconteceu a penalidade que consolidou o marcador.

Com essa vitória a Juventus chegou a 46 pontos, com 15 vitórias e um empate em 16 jogos. A sua diferença para o Napoli é de 11 pontos, embora esse jogará hoje pela rodada.

Trata-se de um futebol de um único time, um pouco diferente do Brasil que tem pelo menos dois.

O bom de tudo foi esse novo canal que abriu as portas para mais um campeonato internacional.

O streaming é o futuro.

Escrito por José Joaquim

Por: PAULO CEZAR CAJU- O GLOBO

Muitos leitores mandam perguntas que guardo e acabo não respondendo.

Mas fim de ano, época de arrumações e retrospectivas, resolvi aproveitar esse espaço para esclarecer algumas duvidas. Mas antes, quero agradecer aos deuses do futebol pela vitória do River Plate, indiscutivelmente melhor do que o Boca e Grêmio. Claro que a competição sofreu um desgaste, mas o River seria campeão em qualquer campo.

O Benedetto do Boca é muito bom jogador, mas o conjunto e o toque de bola do River são muito mais bonitos e envolventes. Gosto muito de vê-lo jogar e, além de tudo, é importante o futebol argentino continuar sendo uma potência mundial. E que bom é ver um canhotinho como o Quintero! Chutou aquela bola sem ter muito espaço, lindo demais!.

Bem, mas vamos às perguntas! Verdade que você jogou no Corinthians? Me arrependo de ter aceitado esse convite porque a Democracia Corintiana era uma panela e joguei apenas algumas partidas em torneios internacionais. Eu e Ruy Rey sofríamos por sermos cariocas. Que culpa eu tenho se eles não tem praia. Kkkkk!!!!

Porque você voltou da Europa para o Brasil? Outro erro. O Francisco Horta me convenceu, e também queria voltar para a seleção. Tive uma temporada maravilhosa, marcando 16 gols e com o Olympique sendo vice-campeão. Errei feio.

Como você foi parar no Vasco? Em uma troca com o goleiro Leão. Estávamos muito insatisfeitos em nossos clubes e o Leão achava o futebol carioca muito desorganizado.

Telê x Pep Guardiola? Dois excelentes treinadores, mas fico com o Guardiola. O Telê era muito turrão e e teimoso.

É verdade que você provocava o Dadá Maravilha quando jogavam pelo Flamengo? Ele achava que eu não gostava dele porque vivia reclamando de sua forma de jogar. E para provocar eu mandava os passes para ele cheio de veneno, caprichava na graxa. A bola quicava, ele não conseguia dominar e depois vinha reclamar comigo, Kkkkk!!!

Por ordem qual o melhor time carioca que você jogou? Botafogo: eu, Rogerio, Roberto Miranda e Jair. Fluminense: eu, Rivelino, Dirceu, Doval e Búfalo Gil, Flamengo: eu, Rogerio, Doval e Caio Cambalhota, Vasco: eu, Guina e Pintinho.

1958 x 1970? Para facilitar, vamos colocar uma em cada tempo, mas um time que tem Pelé e Garrincha juntos leva vantagem!

Você é formado em Educação Física? Peraí, aí, não.Kkkkk!!! Quando estava no Grêmio os preparadores físicos pegavam pesado na musculação. Fui ao presidente do clube, disse que não tinha intenção de me transformar em halterofilista e ele me dispensou das aulas. Também queriam que eu corresse não sei quantos quilômetros e avisei que não era maratonista. Caju bombadão, não. Kkkkk!!!!

Aproveito para mandar um conselho aos professores de Educação Física: abram suas academias e deixem o futebol em paz! E viva o River Plate, viva o bom futebol!!

Escrito por José Joaquim

Se discute muito sobre a nova geração que está sendo cooptada para torcer por times europeus, em especial os ingleses, alemães e espanhóis.

A comprovação se dá quando vamos aos shoppings, em especial os de São Paulo, quando as camisas desses clubes proliferam e concorrem com as do país.

Obvio que a globalização motiva tal fato. O mundo ficou plano e o que acontece lá fora chega no tempo real em qualquer parte do planeta.

O caminho para esses jovens torcedores certamente foi delineado por conta das comparações efetuadas, quando de um lado, um futebol organizado, bem produzido, o europeu, e, do outro, uma bagunça total, jogos adiados, troca de locais por venda dos mandos de campo, péssimas arbitragens, times mistos por conta de diversas competições, entre outros ingredientes, o nacional.

No Velho Continente os torcedores assistem os jogos sentados, sem violência nas arquibancadas, com a presença das torcidas dos times disputantes. Sem duvida um excelente ambiente que reflete no gramado.

No Brasil é o inverso, todos de pé, começando pela fila da frente que obriga as demais a abandonarem os assentos. Um exercício de no mínimo 96 minutos de sofrimento.

Algo grotesco e sem cabimento.

Trata-se de um problema cultural, adotado por uma sociedade que gosta da bagunça e detesta as coisas civilizadas. O interessante é que na Copa do Mundo de 2014, no Brasil, todos os jogos foram assistidos nas cadeiras, e quando alguém levantava o que estava atrás chamava a atenção.

Dentro do gramado o nosso futebol é pobre, franciscano, na maioria das partidas, sem qualidade, poucos destaques, excesso de faltas, passes errados, chutões, violência, e arbitragens que modificam os resultados.

O cai-cai e as simulações fazem parte do futebol padrão do Circo. Quando um jogador vai ser substituído, recebe um aviso prévio para cair, esperar a maca para ganhar tempo, no caso do seu time ter a vantagem no placar. 

Na Europa nada disso acontece, a bola rolando sempre está entre 65 e 70 minutos, os clubes não são desfalcados por conta de suas seleções. Quando essas jogam as suas competições param, pois possuem um calendário bem elaborado, enquanto o nosso é uma verdadeira obra prima da imbecilidade.

Quando os jovens comparam tantas diferenças, certamente não podemos culpa-los pela opção da escolha para torcer por um time do Velho Continente, já que lá existem pessoas comprometidas com o futebol, que é tratado como um grande negócio, que é organizado de forma a atender o mercado, e como consequência o consumidor, enquanto no Brasil o espantam em virtude da bagunça que tomou conta desse esporte.

Infelizmente essa é uma realidade que já perdura há muitos anos, e que vem crescendo cada vez mais, para a felicidade dos canais fechados das televisões, que transmitem dezenas desses eventos com boas audiências.

Para que se tenha uma ideia dessa realidade, os Canais do TNT e Space da Turner que substituíram o Esporte Interativo está com 4,6 pontos de audiência nos jogos da Liga dos Campeões, dando uma goleada nos concorrentes.

Na verdade o futebol brasileiro é a cara do Brasil, cuja melhor oferta para um jovem é o aeroporto.

São coisas de um mundo plano e transparente, que não pode ser escondido.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- UM CONTRATO MIRABOLANTE

* Na postagem de ontem mostramos que a BR Foot Mídia que detém o contrato firmado com o Circo do Futebol com relação aos direitos de transmissão do Brasileiro para o exterior, não pagou a primeira parcela que era destinada aos clubes, e ao mesmo tempo ingressou na Justiça contra a casa da Barra da Tijuca por conta de algumas ilegalidades, deixando o contrato suspenso.

O jornal Folha de São Paulo de ontem trouxe uma matéria dos jornalistas Diego Garcia e Sergio Rangel que mostra algo estranho e que beira a insanidade, ou seja, a empresa não apresentou garantias financeiras de que tinha condições de arcar com os valores previstos em contrato.

Só tem a obrigação de fazê-lo no dia 10 de janeiro de 2019, e nas mesmas datas em 2020, 2021 e 2022. São elas fiança bancária, caução ou seguro garantia emitido por um banco de primeira linha.

Pelo que entendemos a BR Foot Mídia só era  obrigada a assegurar que pode arcar com os valores previstos em 2019. Daí em diante dependerá do aleatório.

Não conhecemos nenhuma licitação desse tipo que não apresente uma garantia financeira, e o Circo inventou um novo modelo.

O mais grave é que os dirigentes dos clubes famintos por dinheiro, assinaram esse acordo sem o devido conhecimento das estratégias operacionais da empresa, assim como do suporte que essa tinha.

O Circo foi imprudente, e na verdade um fato como esse deveria ser investigado.

São coisas do futebol brasileiro, que necessita de uma Lava-Jato.

NOTA 2- ANIMAL PARA MIM É ANIMAL!

* O assunto não está ligado aos esportes, mas foi algo que nos tocou quando tomamos conhecimento e que mostra o mundo em que vivemos nos dias de hoje.

O senador Telmário Dias mais uma vez votou contra o projeto do também senador Randolfe Rodrigues, que propunha o aumento da pena para quem maltratasse animais.

Esse foi absolvido em 2016 pelo STF de acusação de ter participado de uma rinha de galo em 2005, como acontece normalmente nesse órgão superior da Justiça, o crime prescreveu.

Telmário justificou o seu voto: ¨Animal é animal. Assim eu conheci desde cedo. Agora achar que animal é gente é demais para o meu juízo.

Esse é o modelo de um representante do povo, que acha que ¨animal é apenas um animal¨, e pode ser massacrado com pauladas como aconteceu com um cachorro indefeso no Rio de Janeiro.

Os animais muitas vezes são melhores do que os seres humanos.

Uma vergonha.

NOTA 3- PRESIDENTE DA CBSURF AFASTADO PELA JUSTIÇA

* De acordo com o blog de Lauro Jardim, Adalvo Argolo, presidente da Confederação Brasileira de Surf, foi afastado do cargo de forma provisória, após decisão da Justiça Federal de Brasília.

O pedido de afastamento foi feito pelo vice-presidente da entidade, Guilherme Pollostri, sob a alegação de administração temerária, e falta de conhecimento sobre a forma como Argolo administra os recursos públicos federais.

A Justiça levou em conta que a entidade do Surf está inadimplente na prestação de contas, e por conta disso o cartola foi afastado. Até quando iremos suportar situações como esse em nossos esportes.

Trata-se de algo que se repete em várias entidades e nada acontece com os seus dirigentes.

Esse é o país das maravilhas.

NOTA 4- OS BENEFICIADOS COM O NOVO ACORDO DE TV 

* A Globosat planeja adotar um sistema para medir a audiência dos clubes no pay-per-view, a partir do ano que vem, o que irá definir o valor recebido por cada um.

Como já afirmamos em uma postagem anterior, esse modelo irá beneficiar os clubes com maiores torcidas nacionais, em particular Flamengo e Corinthians.

Cada telespectador do canal Premiere precisará informar para qual time torce no momento da assinatura. O modelo está em fase de implementação. Os percentuais de cada equipe definiriam, assim, qual a parte da receita cada clube teria direito.

Na realidade, a Globosat não percebeu que milhares de assinaturas permanecem ano após ano, e o modelo cita apenas as novas.

Algo está errado no reino da platinada. Por questões operacionais o sistema não irá ser adotado em 2019.

Diante disso, a Globosat propõe usar provisoriamente uma pesquisa nacional do Ibope para medir a audiência dos times. Obvio que Flamengo e Corinthians irão disparar na corrida, desde que são os clubes mais populares do Brasil e também pelo fato de que essa será em todo o país.

Aliás quando esses clubes emudeceram no momento em que as suas cotas em dois dos itens programados teriam uma redução, a vaca estava no poste por conta do pay-per-wiew.

São coisas do futebol.

NOTA 5- UM NORDESTÃO NO GRUPO A DA SÉRIE C

* O Circo do Futebol anunciou no dia de ontem que o Grupo A da Série C será composto apenas de times do Nordeste.

Tal fato nunca tinha acontecido, mas foi a maneira da entidade de compor a competição por conta do numero de nordestinos. Com isso os times do Norte foram alojados no grupo das outras regiões.

Na realidade embora sejam dez clubes de uma mesma região, a competição para esses tornou-se muito mais difícil, sem favoritos.

Das 10 equipes disputantes, 2 são de Pernambuco (Náutico e Santa Cruz), 2 da Paraíba (Treze e Botafogo), 2 do Rio Grande do Norte (ABC e Globo), 2 do Maranhão ( Sampaio Correa e Imperatriz), 1 de Sergipe (Confiança) e, 1 do Ceará (Ferroviário).

Uma festa do Nordeste.

Na verdade o ideal seria uma disputa o ano inteiro no mesmo modelo das duas divisões maiores, mas o Circo torra dinheiro em outras coisas e não cuida de algo tão importante como esse evento.

NOTA 6- A FORÇA DA BASE DO ATLÉTICO-PR

* Enquanto os clubes de Pernambuco ficam apresentando as suas contratações, muitas vezes de jogadores jamais vistos no circuito do futebol, o Atlético-PR nos dá uma lição com o aproveitamento de sua base que foi fundamental para a conquista do título Sul-Americano.

Os nossos afundaram e o Furacão cresceu. Obvio que estamos errados e eles certos. Os resultados comprovam.

Dos 11 titulares que estiveram no jogo final contra o Junior, 5 desses vieram das bases atleticanas. Sandro (Goleiro), Renan Lodi (lateral), Leo Pereira (zagueiro), Marcelo Cirino e Pablo (atacantes).

A maioria dos jogadores que vieram de fora tem em média dois anos de casa.

A lista de inscritos para a Sul-Americana tinha mais quatro atletas oriundos da base: Lucas Macanhan, José Ivaldo, Matheus Rosseto e Demethrius.

Mirem-se nesse bom trabalho.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- DE UM TIME MEDIANO PARA GRANDE

* O Atlético-PR (vamos continuar chamando-o por esse nome, desde que nenhuma papel muda a sua história), há tempos atrás fazia companhia ao Sport, Vitória, Bahia, Santa Cruz, Náutico, Paysandu, Ceará e Remo. 

Todos tinham o mesmo porte, mas somente o Furacão pegou o bonde da história e tornou-se grande, após a brilhante conquista da Copa Sul-Americana ao passar por cima do Newell's Old Boys, Peñarol, Caracas, Bahia, Fluminense e o Junior Barranquilla. Foram 10 partidas com 8 vitórias.

Com exceção do Bahia os demais considerados medianos como o Furacão estagnaram, hoje estão numa distância para esse como a da Terra para a Lua.

No tricolor baiano a diretoria está com um projeto para torna-lo grande, e os demais estão a cada dia mas decadentes.

Para que se tenha uma ideia, o Náutico na década de sessenta enfrentava os grandes da região Sudeste de igual para igual. Não aproveitou o bom momento para crescer e regrediu chegando a Série C Nacional.

O Santa Cruz na década de 70 era do tamanho do Internacional de Porto Alegre. Deu-se ao luxo de ter o treinador mais bem pago do Brasil, Evaristo Macedo. Hoje está na Série C enquanto o Colorado é um dos maiores clubes do país. Não deu continuidade.

Por outro lado o Sport teve uma década de ouro, a de 90, quando disputou o Nacional por dez anos seguidos, era uma referência administrativa e tinha futuro. Deu no que deu. O Ceará continua na alternância sem sustentabilidade. Os demais não tem futuro.

Enquanto isso, o rubro-negro paranaense foi evoluindo dando os seus passos programados. Construiu a Arena mais moderna do Brasil, um Centro de Treinamento de alto nível, e aos poucos foi ocupando um espaço acima de clubes tradicionais como Vasco, Botafogo e Fluminense, tudo por conta de uma boa gestão.

O seu caminho está aberto e sem duvida com o futuro promissor.

O seu mentor maior não se ajoelha perante ao Circo e a Globo, o que é uma exceção no meio futebolístico.

NOTA 2- DO NADA PARA O NADA

* Não tínhamos lido uma matéria que apresentou o debate entre os candidatos à presidência do Sport, que foi publicado no Jornal do Comercio de ontem. Um amigo nos chamou a atenção.

Nos assustamos por conta de uma capa inteira para algo que foi do nada para o nada, e não deixou nenhum conteúdo para os sócios eleitores do clube.

Na verdade não foi um debate e sim uma entrevista desde que um dos candidatos não compareceu, Milton Bivar, mandando no seu lugar o vice de sua chapa. 

Obvio que o sócio do Sport desejaria saber o que os candidatos pensam sobre o futuro do clube e os seus projetos para o biênio, e como irão tira-lo do atoleiro, e não o que pensa o vice que é apenas um substituto do presidente em suas licenças.

A entrevista não trouxe nada de novo, e no final serviu apenas para encher a página que tinha sido preparada pelo jornal.

Vamos e venhamos, discutir quem será o treinador, ou o gerente executivo é algo grotesco. Isso só interessa aos torcedores das arquibancadas, mas para o sócio que olha o clube no total nada de interessante foi perguntado, ou seja o que pretendem para esse nos próximos dois anos.

Na verdade o candidato a vice-presidência na chapa de Milton Bivar não tinha condições de responder pelo titular, e o debate que seria promovido ficou inócuo.

De uma coisa ficamos com a certeza, de que os candidatos não tem projetos definidos, e quem irá sofrer é o Velho Leão.

NOTA 3- SAMPAOLI E O SANTOS

* O Santos inovou ao contratar o técnico Jorge Sampaoli que dirigiu a seleção argentina na Copa do Mundo da Rússia.

Sem duvida um grande treinador, tendo mostrado isso com a seleção do Chile, vencedora da Copa América de 2015. Fez um trabalho excelente à frente da Universidad de Chile, campeã da Copa Sul-Americana de 2012.

Outro bom trabalho foi no Sevilla com a quarta colocação no Espanhol. Saiu desse clube para dirigir a seleção argentina para a Copa de 2018, que não teve sucesso por conta de um grupo desagregado, e que foi eliminada nas oitavas de final.

Foi uma escolha muito boa para o Santos, na certeza de que terá sucesso, desde que é um dos melhores técnicos de futebol do mundo, e que o insucesso na Copa não poderá tirar o seu brilho.

Foi contratado por dois anos, numa verdadeira ousadia do time santista, com um dos maiores salários entre os treinadores dos clubes brasileiros, US$ 166 mil (equivalente a R$ 644 mil) por mês.

Pelo menos uma boa novidade no futebol tupiniquim onde nada acontece.

NOTA 4- PAU QUE NASCE TORTO, MORRE TORTO

* O Circo vendeu os direitos internacionais de transmissão para uma empresa que tinha uma salinha na cidade do Rio de Janeiro.

Dias após, essa passou o contrato para uma outra empresa que foi constituída apenas para isso. Uma semana após foi repassado para a BR. FOOT- Mídia S.A., com sede em um paraíso fiscal.

Tudo estranho, e que faz parte do modus operandi da entidade.

Os clubes com problemas financeiros assinaram o contrato, com validade de quatro anos. Na última terça-feira esses deveriam ter recebido R$ 5 milhões cada um. O dinheiro não entrou, por conta das divergências contratuais entre o CIRCO e a empresa.

Neste momento não se sabe se as transmissões internacionais serão realizadas.

A BR Foot Mídia, notificou extrajudicialmente o Circo e suspendeu o contrato assinado em outubro deste ano. A empresa o acusa de vender como exclusivos direitos já cedidos à Rede Globo, quebrar o contrato ao negociar diretamente com parceiros e não cumprir a promessa de incluir no acordo os 20 clubes que disputarão a Série A de 2019.

Na verdade tudo que é feito pelo Circo tem algo para se duvidar.

Essa licitação é como um pau que nasce torto, e certamente iria morrer torto. 

NOTA 5- CHAPE NA SUL-AMERICANA 

* A Chapecoense utilizou as suas redes sociais para parabenizar o Atlético-PR pelo título e agradecer a ¨ajuda¨ dada pelo rival brasileiro. 

CHAPE NA SUL-AMERICANA

Graças ao título conquistado pelo @atleticopr, mais uma vaga foi aberta para a disputa da Sul-Americana de 2019, e ela é do Verdão! Parabéns ao Furacão pelo primeiro título internacional da sua história... E muito obrigado! VamosChape.

Na verdade o título que foi conquistado pelo Furacão na noite da última quarta-feira, foi muito comemorado pela Chapecoense, que irá disputar mais uma vez o torneio continental na próxima temporada graças a vitória da equipe brasileira.

Tudo isso aconteceu graças a vaga para a Libertadores garantida pelo time paranaense justamente devido ao título Sul-Americano.

O Furacão que classificou-se para a Libertadores, abriu uma posição para a zona de classificação para a Sul-Americana. Desta forma, a 14ª colocada, a Chapecoense, ganhou a vaga de presente do Papai Noel.