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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O ENCONTRO DOS DESESPERADOS

* Nesse sábado encerra-se a 23ª rodada da Série B, ou seja 60,5% do campeonato já está sendo consumido, com 39,6% dos jogos ainda a serem realizados (45 pontos).

Na cidade de Natal teremos um encontro dos desesperados, entre o ABC que foi reprovado na prova do alfabeto, ao receber a lanterna de Diógenes entregue pelo Náutico, com 16 pontos em 66 disputados, com 24% de aproveitamento, e o Santa Cruz que é o 18º da tabela, com 23 pontos, 35% de aproveitamento.

Nos últimos cinco jogos, o alvinegro potiguar conquistou apenas um ponto, com 4 derrotas e apenas um empate. Enquanto isso o tricolor do Arruda leva uma mala vazia com cinco derrotas seguidas. 

Nas dez últimas rodadas realizadas, a equipe do Rio Grande do Norte conquistou apenas 4 pontos dos 30 que foram disputados, enquanto a de Pernambucano somou 6.

Ambos tem campanhas desastradas.

Como mandante o ABC tem um aproveitamento 33,33%, enquanto o Santa Cruz como visitante tem 24,24%, que é sem dúvida é pífio.

O alvinegro está quase rebaixado, e o tricolor ainda tem chances de escapar dessa trágica zona, mas para que isso possa acontecer, esse jogo deverá ser o inicio da sua recuperação, desde que perder do saco de pancadas da competição é sem duvida um suicídio.

Os torcedores do Náutico estarão torcendo pelo ABC, enquanto os do Santa Cruz terão mais uma tarde de sofrência.

NOTA 2- O GRÊMIO É O CLUBE QUE MAIS OCUPOU O G4

* Quem pensava que o Corinthians é o clube que mais ocupou o G4 do atual Brasileirão errou feio.

Na realidade o maioral foi o Grêmio ao completar a 21ª rodada nesse grupo seleto entre as 22 disputadas, enquanto o alvinegro participou de 20.

Por outro lado o time gaúcho liderou apenas uma vez, na 2ª rodada, enquanto o alvinegro já contabilizou 18, à partir da 5ª até a 22ª.

O Bahia na 1ª rodada, e Chapecoense na 3ª e 4ª foram os outros dois clubes que chegaram a liderar a competição, ou seja apenas quatro disputantes conseguiram esse objetivo.

Depois disso o Corinthians tomou conta do pedaço.

O Santos é o terceiro com 13 participações nesse grupo, o Palmeiras (9), Flamengo (8).

Um fato que deve ser destacado é o do Coritiba que teve um inicio promissor, com seis presenças nesse grupo até a 8ª rodada, dai em diante sucumbiu e hoje está namorando com o rebaixamento.

Um verdadeiro cavalo paraguaio.

Outro clube que teve uma queda vertiginosa foi o Chapecoense que teve cinco participações no G4, inclusive com duas lideranças. Dá 8ª rodada em diante começou a despencar, e chegou finalmente à zona do rebaixamento.

O grupo maior começou a se consolidar da 10ª rodada em diante, quando Corinthians e Grêmio sempre estiveram nos dois primeiros lugares, e do 3º ao 4º ficou sendo disputado por Santos, Palmeiras e Flamengo, sendo que o time da Baixada Santista está seguidamente na terceira posição por 10 rodadas.

No futebol nada acontece por acaso, e sempre os melhores chegam na frente, e o caso desse Brasileirão é sem duvida a comprovação que a lógica atua em 95% dos fatos que acontecem nesse esporte.

NOTA 3- O BRASILEIRÃO É UM BRASILEIRINHO

* O Brasileirão é um nome mal colocado para servir como referência do maior Campeonato Nacional, como esse abrigasse muitos estados do país, o que não é verdade, desde que a realidade é bem diferente quando 2/3 do mapa está do lado de fora dessa competição.

Todos nós sabemos que o Brasil pela sua área é um Continente, com 27 estados (incluído o Distrito Federal) em sua Federação, e desde o ano de 2006 o número máximo de participantes não passou de nove. Dezoito ficaram de fora do baile.

O primeiro ano dos pontos corridos foi 2003, e teve a participação de onze estados, com 24 clubes disputantes, com as cinco regiões sendo representadas. O mesmo aconteceu em 2004. No ano de 2005 o número caiu para 22, mas os representantes do Sul e Sudeste  somaram 18, restando 4 vagas para as demais regiões.

Em 2006 iniciou-se o atual formato com 20 clubes, e por conta disso começou o processo de exclusão da Região Norte, que depois desse ano desapareceu da competição.

Nos últimos anos o número de estados caiu para 8, como se o resto do país não existisse. O Sul/Sudeste representam em média entre 80 a 85% dos clubes disputantes.

Para que se tenha uma ideia exata da realidade do futebol nacional, a participação do Norte, com os clubes do Pará, deu-se em 2001, 2004 e 2005 que foi o último ano. São 12 anos sem uma equipe de uma região que tem uma excelente demanda.

No Centro-Oeste existe uma participação anual com média sempre com uma equipe. Brasília disputou apenas uma vez nesse período em 2005, com o Brasiliense que foi logo rebaixado.

Do Nordeste não existe nenhum clube da Paraíba, Alagoas, Sergipe. Do Rio Grande do Norte, em 2007 com o América-RN, rebaixado no mesmo ano. O Ceará há seis anos que não disputa a maior divisão brasileira. Vitória e Bahia se reservam na Bahia, no atual campeonato estão os dois, enquanto em Pernambuco somente o Sport conseguiu demorar mais tempo, enquanto o Náutico passeia de elevador no sobe e desce, e o Santa Cruz de 2003/2017 só jogou por duas vezes.

São números para serem analisados na busca de uma solução, e que mostram a realidade de nosso futebol, quando três regiões do Brasil simplesmente não existem, e quando participam é para divertimento, sem maiores pretensões.

Só lembramos que o país tem a dimensão de um Continente que cabe os estados da Europa dentro do seu mapa.

NOTA 4- O RECOMEÇO DO BRASILEIRO

* Duas partidas abrem a 23ª rodada do Brasileiro da Série A trazendo um sonho de um possível recomeço dessa competição por conta da disputa do título entre Corinthians e Grêmio.

Atlético-MG e Palmeiras jogam no período da tarde, com pretensões  diferentes.

O alviverde desejando manter a sua consolidação no G4 e afastar-se do Flamengo, enquanto o alvinegro mineiro deseja chegar ao G6.

A partida da noite é sem duvida a mais importante por contar com o primeiro jogo do Grêmio após a sua maior aproximação da liderança, e que irá enfrentar o Vasco da Gama no São Januário de portões fechados, sob o novo comando de Zé Ricardo.

Pelo que lemos nos diversos periódicos gaúchos, Renato Portaluppi, técnico gremista deverá colocar um time misto mais uma vez, mesmo com as chances de se aproximar mais do rival Corinthians, por ter um encontro com o Botafogo pela Copa Libertadores, na próxima quarta-feira. 

Cada cabeça uma sentença, e após a derrota para o Cruzeiro pela Copa do Brasil, irá repetir o que fez durante a temporada, com times alternativos e perdendo pontos para os adversários.

NOTA 5- OS RESULTADOS DA SÉRIE B 

* A 23ª rodada da Série B teve a sua continuidade na noite de ontem com a realização de dois jogos.

Em Varginha o BOA recebeu o Figueirense para um jogo que era do maior interesse do Santa Cruz, desde que com uma vitória do time catarinense o tricolor mesmo vencendo o ABC na noite de hoje não iria sair da zona do rebaixamento.

A partida entre esses dois clubes foi recheada de muitas faltas que originaram duas expulsões, uma de cada lado, e teve dois tempos diferentes.

O primeiro favorável ao Figueirense, que teve o domínio e fechou o placar em 1x0.

Já na segunda etapa a equipe de Santa Catarina foi dominada pela mineira, que conseguiu chegar ao empate e concluir a partida com o 1x1 estampado no placar.

Cabe agora ao tricolor do Arruda aproveitar esse resultado, e jogar um melhor futebol para que possa sair da perigosa zona.

No segundo jogo, o América-MG visitou o Paysandu e conseguiu uma vitória pelo placar de 1x0, que foi conquistado no primeiro tempo.

Com esse resultado a equipe mineira assumiu de forma provisória a liderança da competição, que poderá ser retomada pelo Internacional no seu jogo de hoje contra o Juventude.

Enquanto isso, a cada rodada concluída o Papão fica mais próximo da zona de degola.

Escrito por José Joaquim

O futebol Nordestino vive a mesma saga que foi enfrentada por um dos ilustres personagens dessa região, o nosso jegue, que ajudou o seu desenvolvimento, principalmente nas cidades do interior.

O animal contemplado com a música de Luiz Gonzaga, e com estátuas em alguns locais, servia para tudo: do transporte ao plantio, e condutor de arados.

Um dia surgiram os tratores, os jipes modernos, e os serviços que eram executados por esse nobre animal, passaram a utilizar os novos equipamentos colocados à sua disposição.

Os jegues tornaram-se uma matéria-prima para uma indústria que exportava sua carne para o Japão. O mercado fechou e a empresa trocou de linha, passando para a avicultura.

Os descendentes desses animais agradeceram, mas passaram a viver abandonados, soltos nas ruas e praças públicas, inclusive sendo atropelados em algumas estradas.

O mesmo problema aconteceu com o futebol do Nordeste, quando os seus clubes tradicionais entraram em fase de declínio e perderam a representatividade, desde que não prepararam as suas gestões para os novos tempos, e continuaram usando os jegues, e as cadernetas das antigas vendas de bairros.

A maior comprovação do que estamos afirmando é sem duvida a Copa do Nordeste da próxima temporada, que caracteriza a decadência de um esporte que já teve seus dias de glorias em nosso país.

São vinte clube dos nove estados da Região, sendo que doze já estão classificados para a fase de grupos, e os oitos restantes jogarão uma preliminar em mata-mata, classificando-se quatro, que irão juntar-se aqueles já definidos.

Dessa etapa, apenas o Clube Náutico joga na Série B, um na C, CSA, enquanto Fluminense de Feira-BA, Codino-MA, Parnayba-PI, Globo e Itabaiana, disputaram a Série D na temporada, e um sem divisão o Treze-PB.

Dos 12 disputantes que já estão classificados e distribuídos entre os grupos (4 x 4), apenas dois jogam na Série A, Bahia e Vitória, o que representa 10% do total.

Da Série B, teremos quatro clubes: CRB, Ceará, Santa Cruz e ABC-RN.

Enquanto isso, a participação da Série C nessa fase, será de quatro equipes: Sampaio Corrêa, Botafogo-PB, Salgueiro e Confiança.

O Altos-PI disputou a Série D, e o Ferroviário-CE não pertence a nenhuma das divisões do Brasileiro.

Tais dados mostram que a Copa do Nordeste será uma competição que abrigará 11 clubes das divisões menores, (6 da D, 5 da C) e dois que sequer tem uma definida.

Tais participações representam 65% do total, o que determina a cara do futebol regional.

São dados como esses que deveriam servir de análise para todos os segmentos envolvidos com o futebol brasileiro, mas infelizmente os pensadores sumiram, e os que ficaram não conseguem vislumbrar os motivos e as causas da decadência.

Na realidade todos esses clubes tem algo em comum, a ausência de um planejamento, de uma visão estratégica das modificações que estavam acontecendo no cenário nacional. Não se prepararam para uma luta desigual, contra os tratores e jipes, preferindo o abandono como os dos nossos jegues.

Escrito por José Joaquim

O acesso do Ceará para a Série A Nacional em 2018, embora não seja fácil, seria importante para o futebol da Região Nordestina, assim como a manutenção das presenças de Vitória, Bahia e Sport, desde que voltaríamos a ter pelo menos 20% dos participantes, mas com o agravante de serem clubes de apenas três  estados entre os nove dessa Região.

No atual Brasileirão são apenas dois estados participantes, Bahia e Pernambuco.

A sinergia entre esses clubes produziria um efeito positivo para os demais que disputam outras divisões, com chances de provocar um crescimento maior ao futebol regional que se apequenou nos últimos anos.

No dia de ontem aconteceu o sorteio da Copa do Nordeste para o ano de 2018, que serve para movimentar alguns clubes, mas não resolve os problemas dos demais.

Na realidade essa competição deveria ser Campeonato do Nordeste com duas divisões, substituindo de forma definitiva os falecidos estaduais, e que serviria para fortalecer os clubes.

Com exceção de Pernambuco e Bahia,  que ainda continuam com seus clubes no Brasileirão, a região Nordestina vem minguando no esporte nacional, onde times com boa demanda não conseguem se impor nas competições que participam.

No Ceará, o clube do mesmo nome está na 4ª colocação do grupo de acesso da Série B, e se não conseguir o objetivo terá mais um ano longe da grande mídia e de maiores recursos. O rival Fortaleza há anos que faz uma boa campanha na Série C, no momento da decisão para o acesso à Série B, tropeça. Os demais clubes desaparecerem do mapa futebolístico.

No Rio Grande do Norte, o duopólio ABC e América está em queda livre. O alvinegro conseguiu o acesso à Série B de 2016, mas já está de malas arrumadas para retornar ao seu antigo mundo. O rubro vem de queda em queda, e acabou de ser rebaixado para a Série D.

Na Paraíba, o futebol sumiu do noticiário esportivo nacional, pois há vários anos que os clubes não disputam as duas maiores divisões. O Botafogo está caminhando de volta para a Série D.

Em Pernambuco, o único sobrevivente do naufrágio é o Sport Recife que continua na maior divisão brasileira, enquanto o Náutico e Santa Cruz lutam contra o rebaixamento para a C, onde já estiveram.

No estado de Alagoas, o CRB faz uma boa campanha na Segunda Divisão e deverá permanecer nessa por mais um ano, enquanto o CSA vem mostrando melhoras, quando subiu da Quarta Divisão para a Terceira, e está classificado para  segunda fase que definirá o acesso de quatro clubes. O ASA como um cavalo paraguaio teve mais um rebaixamento, dessa vez para a Série D.

Em Sergipe a falência é geral, com apenas o Confiança na Série C, com a decadência de clubes tradicionais como Sergipe e Itabaiana.

No estado da Bahia, a situação é a mesma, embora tenha os seus dois clubes da capital no Brasileirão, e terá em 2018 pela primeira vez com um representante na C, com o acesso do Juazeirense.

Deixamos para o final do diagnóstico os estados do Maranhão e Piauí, que pelo segundo vez terão times na Copa do Nordeste, e há dezenas de anos não tem um clube na Divisão principal. O Sampaio Corrêa disputou a Série B, tendo sido rebaixado para a C, e com chances de retorno.

Na realidade houve uma liquidação no futebol da Região Nordeste, e cujo motivo principal foi a da falta de um planejamento, aliada a submissão.

Não existe uma visão estratégica nos clubes sobre as modificações no cenário nacional, desde que não prepararam-se para a luta desigual, mas que pode ser combatida contra os gigantes do futebol nacional.

Existe uma desigualdade nas receitas entre os clubes brasileiros, mas na verdade ficamos presos a isso e não procuramos alternativas.

A Copa do Nordeste foi o primeiro passo e o segundo poderia ser o Campeonato do Nordeste, com as duas divisões, que iria fortalecer os clubes disputantes nas suas participações nas diversas divisões do Nacional.

Para que isso aconteça é necessário algo tão simples e em falta,  coragem e inteligência.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- COMO RECONHECER UM APITO AMIGO

* A nossa mídia juvenil não consegue detectar o modus operandi de um apito amigo.

Falta a devida experiência.

Existe até um manual com alguns artigos a serem acomanhados.

Em primeiro lugar acompanhar se o apitador não está observando as orientações da Comissão de Arbitragem, para que cartões não sejam apresentados no início da partida, a não ser que seja algo bem grave.

Sempre conversar e advertir os infratores.

Por outro lado se o homem do apito no inicio de uma partida punir a zaga de um time, para intimida-la nos ataques do adversário, alguma coisa está errada, e algo grave irá acontecer.

A oportunidade surge quando um pênalti é marcado, ou então um gol legitimo é anulado.

Nesse ponto a vaca já foi para o brejo, e leva a um momento em que a regra é esquecida, e a história do último homem é apenas para os comentaristas falarem abobrinhas.

Se um fato ocorrer contra o time amigo, só será aplicado um simples amarelo.

Os lances de bola na mão, ou de mão na bola que são usuais, e que terminam sempre em penalidades, é um outro caminho utilizado pelo apito amigo, o de ter uma definição para um lado.

Com uma cópia desse manual nas mãos, qualquer torcedor poderá descobrir durante um jogo se o árbitro está sendo amigo ou não.

Aliás em nosso estado existe um antigo personagem bem conhecedor do assunto, que poderia dar algumas lições sobre o modelo amigo de apitar. 

Qualquer semelhança é mera coincidência.

NOTA 2- O GRÊMIO OCUPOU O G6 EM TODAS AS RODADAS

* Segundo os números que foram publicados no site sr. goool, 16 clubes entre os 20 que disputam o atual Brasileirão, já estiveram no G6.

Alguns de passagem, outros com mais intensidade, e o único a ter uma permanência nas 22 rodadas foi o Grêmio, já que o Corinthians na primeira empatou com a Chapecoense, e ficou fora.

O time alvinegro começou a participar desse grupo da Libertadores a partir da 2ª rodada, e da 5ª em diante assumiu a liderança onde permanece até hoje.

O Santos que é o terceiro colocado na tabela de classificação esteve por 16 vezes nessa zona de conforto, três a mais do que Palmeiras e Flamengo. Todos estão no G6 atual, que é fechado pelo Cruzeiro que marcou sua presença por seis vezes na zona da maior competição Continental.

Sport e Coritiba estiveram oito rodadas cada no G6. A Chapecoense, ficou seis, Bahia, Ponte Preta e Vasco (3), Botafogo (2), São Paulo e Atlético-PR (1).

Um fato que deve ser destacado é a repetição dos mesmos clubes  da 15ª a 19ª rodadas, com modificações pontuais nas classificações, com Corinthians, Grêmio, Santos, Flamengo, Palmeiras e Sport juntos cinco rodadas seguidas. São detalhes que mostram a realidade da competição, e de seus principais protagonistas.

NOTA 3- UM TIRO NA PATA DO LEÃO 

* Presidente de um clube sócio-esportivo não é sinônimo de dono, desde que esse pertence aos associados e seus torcedores.

Quando um sócio é eleito por um colégio eleitoral para essa cargo, não recebe uma carta branca para agir da maneira que lhe aprouver sem uma consulta aos demais poderes.

Existem temas que deveriam ser debatidos numa Assembleia Geral, em especial aqueles que irão influenciar em suas receitas futuras.

Tal fato aconteceu no Sport, quando a presidência do clube resolveu tira-lo da Copa do Nordeste, e na ocasião dizia que tinha o apoio do Santa Cruz e Náutico que iriam acompanha-lo.

No sorteio dos grupos dessa competição que foi realizado durante essa semana, lá estavam os cartolas desses dois clubes felizes por mais uma participação, e o cartola rubro-negro pagando o seu mico. 

Enquanto isso Leão da Ilha do Retiro estava recebendo um tiro no pé, sob a alegação do dirigente que a competição não era satisfatória no seu lado financeiro.

Um argumento fora de propósito e irreal.

Na verdade o clube ficará sem lenço ou documento no período inicial do calendário, jogando um estadual que renegou muitas vezes no ano corrente, e que deu-lhe o único titulo, embora com o sacrifício do Salgueiro, e cujo retorno financeiro é negativo.

A Copa do Nordeste tecnicamente é muito fraca, mas se comparada ao estadual consegue dar uma boa goleada.

O Sport errou através do presidente, mas o seu Conselho Deliberativo ficou mudo e surdo para o que estava acontecendo.

Onde andava Homero Lacerda dirigente desse órgão em tal ocasião?

A ausência do rubro-negro nessa competição é lamentável.

NOTA 4- NÚMEROS DO TURNO DO BRASILEIRÃO

* 190 JOGOS REALIZADOS 

Cartões Amarelos

2015- 898 (4,73), 

2016- 863 (4,54),

2017- 881 (4,64).

Cartões Vermelhos

2015- 54 (0,28),

2016- 44 (0,23),

2017- 32 (0,17)

FALTAS

2015- 5.270 (27,74),

2016- 5.728 (30,41),

2017- 6.065 (31,92) 

TEMPO DE BOLA ROLANDO

2015- 54'27¨,

2016- 54'05¨,

2017- 54'08¨,

JOGOS ACIMA DE 60 MINUTOS

2015- 52,

2016- 56,

2017- 23.

Verificamos que houve um acréscimo nos cartões amarelos de 2016 para 2017, e uma boa queda nos vermelhos aplicados.

Por outro lado o número de faltas explodiu, o que não é novidade, desde que o futebol brasileiro tem se tornado faltoso.

Quanto ao tempo de bola rolando, esse ficou na média dos últimos dois anos, e a queda de jogos com mais de 60 minutos com a bola correndo teve uma redução drástica por conta das faltas cometidas.

NOTA 5- POUCO FUTEBOL, GÁS PIMENTA, CONFUSÕES E O APITO AMIGO NA COPA DO BRASIL.

* Como não poderia deixar de acontecer posto que é a grande marca do futebol brasileiro, o gás pimenta e as bombas de efeito moral foram aplicadas fora e dentro do Maracanã antes do inicio do jogo pela Copa do Brasil.

Tentativas de invasão, torcedores querendo furar as filas, ingressos falsos, brigas entre flamenguistas, tudo fora do estádio.

Cenas lindas. 

Na parte interna da Arena os espertos que compraram bilhetes mais baratos, tentaram pular para o local de maior valor. Confusão, policia, e o gás pimenta para comemorar.

E o jogo?

Tanto o Flamengo como Cruzeiro não jogaram futebol, principalmente o time mineiro que tentou segurar o 0x0 durante todo a partida.

Os ufanistas acharam que houve um jogaço, mas achamos que devem ter assistido uma outra partida.

No primeiro tempo um único chute a gol, do rubro-negro.

No segundo, o jogo virou um bumba meu boi, quando o time carioca de forma desorganizada tentava abrir o placar, e conseguiu através de Paquetá, com a ajuda do apito amigo que não marcou um impedimento claro do atacante.

Na boa vontade e com pouca bola, o Cruzeiro resolveu tirar o ônibus do gramado e tentar empatar pelo menos, aos 38 minutos Arrascaeta que tinha entrado um pouco antes marcou o gol, fechando o placar de 1x1, graças a uma falha do goleiro Thiago que foi escalado pela torcida no lugar de Muralha.

Imagine se fosse o massacrado Muralha? Estaria morto.

Um público espetacular que merecia um espetáculo melhor, mas na verdade é isso que nós temos.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O APITO AMIGO AJUDA O NÁUTICO 

* Dando continuidade a 23ª rodada do Brasileiro da Série B, na noite de ontem foram realizadas duas partidas.

Na primeira o Paraná sem o técnico Lisca que foi demitido conseguiu a sua segunda vitória em 12 jogos como visitante ao derrotar o Goiás por 1x0, ajudando a afundar cada vez mais o alviverde goiano que poderá terminar a rodada na zona do rebaixamento.

Enquanto o Goiás sofreu com esse resultado, a equipe paranista ficou com a mesma pontuação do Ceará, 4º colocado, que tem um jogo à menos, mas confirma o que estamos escrevendo por algum tempo, ou seja se vencer como visitante, estará na Série A Nacional após 10 anos fora dessa, desde que é a melhor mandante da competição. 

No outro jogo dessa mini rodada, o Náutico recebeu o time do Brasil de Pelotas, e saiu vitorioso por 1x0 com um gol aos 42 minutos da fase final.

A partida foi movimentada com uma superioridade da equipe gaúcha, que foi prejudicada pelo apito amigo, o piauiense Antonio Moraes de Souza, em dois lances fundamentais.

No primeiro erro, e esse foi mais grave, o assoprador do apito anulou um gol legitimo do atacante Lincoln atendendo o auxiliar, e no segundo outra derrapagem, a de não expulsar o zagueiro Ayslan do alvirrubro, quando esse cometeu uma falta no atacante do time adversário que entrava na área sozinho.

O Náutico lutou, conseguiu o seu gol, alimentando as esperanças de que poderá sair da zona do rebaixamento, fato ainda muito difícil de acontecer.

Mas, enquanto há vida, existe esperança.

 

NOTA 2- UM PRODUTO DO CONTINUÍSMO

* Sempre afirmamos que ninguém fica por muitos anos no comando das Confederações, Federações e Clubes, só por idealismo. Quantos presidentes dessas entidades foram afastados dos seus mandatos por conta de suas administrações temerárias, inclusive com prisões?

Na verdade não é salutar.

Carlos Arthur Nuzman está à frente do Comitê Olímpico Brasileiro-COB por 22 anos, após 20 na Confederação de Voleibol. O poder é inebriante e pode corromper, e muito mais quando esse é longo.

As investigações sobre a compra de votos para a aprovação do Brasil como sede das Olímpiadas de 2016 no Rio de Janeiro, bateram nas portas dessa entidade, e na do seu presidente.

Quanto mais anos no comando, maior fica a mistura entre o público e o privado, e chega a um ponto em que fica impossível de separa-los.

Quem guarda em casa R$ 400 mil, como o que foi apreendido no apartamento do cartola olímpico, é sem duvida bem esquisito, desde que existem as instituições financeiras para recebe-los e aplica-los em operações com rendimentos. Só pode ser dinheiro sujo.

O mais interessante de tudo não está sendo analisado, desde que foram anos de muitos recursos, com promessas de colocar o nosso país entre os 10 maiores do mundo, e tal fato jamais aconteceu, inclusive nos últimos jogos que foram realizados no Brasil em 2016.

O custo benefício de Nuzman não foi positivo, posto que o Brasil continua bem longe de chegar. Deve ter sido bom para esse de forma particular.

Na verdade essa investigação ainda não é o bastante.

Enquanto não forem buscar Marco Polo Del Nero e Ricardo Teixeira, é muito pouco para a varredura geral.

NOTA 3- PORTAL DE TRANSPARENCIA PARA OS CLUBES

* Alguns clubes do Sul e Sudeste tem um portal de transparência, mas pelo que acompanhamos o sistema não funciona bem, desde que vários fatos acontecem bem longe do alcance dos seus associados e torcedores.

No Internacional de Porto Alegre, na última terça-feira a empresa Ernst & Young entregou ao seu Conselho Deliberativo, o relatório final da auditoria sobre as contas da gestão anterior, e nesse levanta muitas duvidas sobre pagamentos efetuados, em especial em obras.

Obvio que se o Conselho Fiscal do clube fosse um órgão independente e escolhido pelo voto direto do associado, certamente poderia ter observado tais fatos.

Por outro lado o imbróglio que envolveu Felipe Melo e o Palmeiras, que foi resolvido de forma parcial, mas, só aconteceu por conta do Departamento Jurídico do clube que alertou sobre o risco que esse corria de pagar ao jogador R$ 21 milhões, que seria a multa pelo não cumprimento do contrato vigente, já que o atleta tinha enviado uma notificação extrajudicial com a alegação de estar sendo proibido de exercer a sua profissão.

Foi reintegrado mas não jogará.

O jogador recebe R$ 700 mil mensais entre luvas e salários, e o seu contrato só termina em 2019.

Como um clube que se diz ter um boa gestão contrata um profissional com um histórico problemático por um período tão longo?

O problema é que poucos sabiam dessa realidade, e vão ter que aguenta-lo por um longo tempo.

Enquanto isso o Corinthians para reduzir o seu prejuízo com Crustian, emprestou-o ao Grêmio com a responsabilidade de pagar 40% dos seus salários, mas economizando R$ 900 mil até o final do ano.

Nessa contratação o alvinegro teve um dispêndio de R$ 22,6 milhões, com o pagamento das luvas de 2,7 milhões e R$ 19,9 de salários, para que esse atuasse em apenas 14 jogos.

Se existisse um portal de transparência efetivo, fatos como esses poderiam ser detectados, e todos teriam conhecimento, e não após a casa ser arrombada.

Esse é o modelo do futebol brasileiro.

NOTA 4- A BOA COLOCAÇÃO DO SPORT NO RANKING DE VENDAS DA NETSHOES

* Levantamento efetuado pela empresa Netshoes sobre a venda de camisas dos times do futebol brasileiro, demonstra que o Corinthians ultrapassou o Flamengo e assumiu a liderança nesse setor de vendas on-line.

Um fato importante é sem duvida a presença do Sport entre os nove clubes ranqueados, aparecendo no quinto lugar.

No levantamento de 2015 feito pela mesma empresa, o rubro-negro sequer aparecia.

A Netshoes é uma grande empresa do sistema e-commerce, com uma boa movimentação, e que serve de referência ao mercado.

Outro ponto a ser destacado, está relacionado as vendas das camisas da seleção do Circo, que em 2015 estava na quarta colocação, e na atual sumiu.

Reflexos do tempo.

O ranking de vendas desse ano é o seguinte:

1- Corinthians,

2- Palmeiras,

3- Flamengo,

4- São Paulo,

5- Sport,

6- Santos,

7-Cruzeiro,

8- Internacional e,

9-Vasco da Gama.

NOTA 5- DOCUMENTOS FALSIFICADOS

* O STJD- Superior Tribunal de Justiça, puniu o Internacional por conta dos email-s que serviram de provas para a denúncia sobre a transferência de Victor Ramos para o Vitória, com uma multa pesada, por esses serem comprovadamente falsificados

Segundo a denúncia Godoy teve acesso e adulterou e-mails sobre o prazo de transferência do jogador no âmbito internacional, trocados entre o departamento de futebol do Vitória-BA, e o setor de registro de atletas do Circo Brasileiro do Futebol (CBF).

Os documentos adulterados foram enviados pelo empresário para Antônio Gutierrez, dirigente do Club Monterrey, do México, que detinha os direitos de Victor Ramos.

Esses foram usados pelo Colorado como supostas provas de possível escalação irregular do jogador pelo time baiano.

O MPRJ também demandou a abertura de um outro inquérito policial para a investigação da participação de outros suspeitos, a fim de comprovar eventual dolo no uso de e-mails adulterados.

São coisas do futebol brasileiro, e do país de Geddel Vieira, o homem dos milhões de dólares.

NOTA 6- O QUE PODERIA SE FAZER COM O DINHEIRO DE GEDDEL

* Os R$ 51.030.866,40 que foram encontrados no apartamento de Geddel Vieira Lima, dariam para pagamentos de alguns setores bem importantes para a vida dos brasileiros.

1- Financiar a Lava-Jato por 32 anos,

2- Comprar 134.717 cestas básicas,

3- 54.429 salários mínimos,

4- Contratar 400 médicos do Programa Mais Médicos e,

5- Pagamento para 1.900 bolsistas dos doutorados do CNPQ.

Tudo isso nas malas de Geddel.

Só aquele brasileiro que acredita em Papai Noel, irá acreditar que tal dinheiro pertencia apenas ao ex-ministro.

Em um comentário postado em nosso blog, um dos nossos visitantes sugeriu que o dinheiro apreendido fosse destinado as reformas dos estádios de futebol de nossas cidades interioranas.