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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O ÁUDIO DE LUXEMBURGO

* Só no dia de ontem ouvimos o famoso áudio de Luxemburgo, que foi vazado de forma muito estranha, em que o treinador do Sport, Vanderlei Luxemburgo critica os jogadores no vestiário, elogia a diretoria, se exime da responsabilidade pela acachapante derrota por 5x0 contra o Grêmio.

Esse profissional não perde a soberba, e na entrevista coletiva trouxe para si os méritos da colocação em que o clube chegou no Brasileirão, ou seja na sua tese, os jogadores nada fizeram. Tudo que aconteceu foi por sua causa.

Ao jogar a culpa no elenco certamente foi criado um ambiente de mal estar entre todos, e o vestiário irá ficar mais pesado para o resto da temporada.

Na realidade Luxemburgo tinha no Sport a sua tábua de salvação para voltar ao mundo maior do futebol brasileiro, e uma avacalhação como essa irá produzir um efeito bumerangue, daí a culpa total do insucesso ser dirigida os profissionais que estavam no gramado por conta da escala promovida por esse, que por sinal foi errada.

Foi uma fala retrógrada.

Luxemburgo voltou a ser o Luxemburgo de outrora, que sempre é o herói pelas boas jornadas, e sempre procura um bode expiatório nos momentos difíceis.

Não tem solução.

NOTA 2- A FALTA DE UMA DIRETORIA DO ¨VAI DAR MERDA¨

* Chico Buarque na época em que ainda pensava, sugeriu a um ex-presidente do Brasil que criasse um Ministério do Vai dar Merda.

Aliás se esse tivesse seguido tal conselho não estaria condenado por corrupção, desde que o Ministro iria chamar a atenção para o sistema da roubalheira que foi implantado sob a sua complacência, afirmando que iria dar em merda.

E Deu.

O Sport perder de 5x0 não é o fim do mundo, desde que são coisas do futebol, mas bem que poderia ter sido evitado se houvesse um diretor encarregado de alertar que a equipe que foi escalada contra o Gremio poderia dar em merda.

E deu.

Era só conversar com o treinador, e mostrar-lhe que Oswaldo há tempo que está aposentado, que o volante Anselmo maltrata a bola, que Wesley continua o mesmo sem jogar nada, e que Diego Souza e Rithely estão de férias prolongadas, entre outras coisas.

O vexame seria bem menor.

O mesmo diretor poderia ter evitado a grotesca entrevista coletiva de Luxemburgo no pós jogo, posto que essa iria também dar em merda.

E deu.

Por outro lado,  um cartola como esse seria de suma importância para o clube, e poderia ter evitado a fraca entrevista do Presidente rubro-negro ao canal Premier, mostrando uma arrogância sem limite, e com pouco conhecimento de algo que se chama gestão, quando deixou a entender que só o seu clube praticamente existia em Pernambuco. O resto era o resto.

Não foram essas palavras, mas a intenção existiu.

Na gravação da entrevista, o diretor especial pediria um minuto para conversar com o entrevistado, mostrando que tudo aquilo poderia dar em merda.

E deu.

Ainda é tempo para que esse departamento seja criado, antes que a vaca vá para o Brejo.

Aliás temos um bom nome para indicar para tal cargo.

NOTA 3- CORINTHIANS CONTINUA COMO FAVORITO

* O Sport ajudou a alimentar novas esperanças com relação à disputa do título do Brasileirão, ao ser derrotado pelo Grêmio, que reduziu a sua distância para o líder Corinthians para 7 pontos.

As alegações feitas pelos especialistas, é que o o alvinegro paulista chegou a atual pontuação por conta do abandono do time gaúcho, que fez a opção por outros torneios, como a Copa do Brasil e Libertadores. Existem controvérsias à respeito.

Na verdade a redução da distância aumentou o sonho gremista, mas esse ainda tem um outro que é o título da Libertadores, e não vai abrir mão de tentar essa conquista, e por conta disso outros times mistos serão escalados.

O Corinthians perdeu seus pontos com equipes que lutam contra o rebaixamento, e viu as chances de conquista ter uma redução para 78%, enquanto a do seu maior adversário evoluiu para 18%.

Santos com 2%, Palmeiras e Flamengo com 1% cada, só poderão chegar se acontecesse um tsunami.

A vantagem corintiana é muito larga, e mesmo com o novo patamar não irá deixar o título voar de suas mãos, desde que poderá reduzir o seu aproveitamento e ainda obter tal intento.

O que mais preocupa aos seus dirigentes é a queda de rendimento do time nos últimos jogos, e se essa persistir certamente poderemos ter uma disputa bem mais acirrada, longe da que vinha acontecendo.

Se tivéssemos que fazer uma aposta, ainda colocaríamos todas as nossas fichas no Corinthians.

NOTA 4- O PÚBLICO DA ERA TITE PERDE PARA A DE DUNGA

* O oba, oba é grande.

Os ufanistas já começaram a bradar que a atual seleção do Circo irá conquistar o tal hexa, história aliás que ouvimos em outros carnavais e todos nós sabemos dos resultados, inclusive um tal de 7x1 para a Alemanha.

Apesar de tanto entusiasmo a média de público nos jogos do time do Circo na Era Tite, perde daquele da Era Dunga. Na atual essa é de 40.164 pagantes por jogo, enquanto na anterior chegou a 42.808.

Com relação as receitas dos jogos realizados no Brasil, a atual teve um crescimento de 122% sobre a da preparação para a Copa de 2014, mas tal fato não pode ser comemorado, desde que teve um aumento apenas virtual, por conta das diferenças dos preços dos ingressos.

Na eliminatória anterior, o bilhete mais barato foi vendido por R$ 60,00. Na atual o valor é de R$ 160,00, o que representa um aumento de 155%, para um crescimento apresentado nas receitas de 122%.

A receita nessa eliminatória somou R$ 8.816.825, enquanto a do anterior correspondeu a R$ 3.956.986.

Para acompanhar a evolução dos preços essa teria que chegar a R$ 10.091.363, fato que não aconteceu.

Mostramos tais dados por ouvirmos elogios ao público e renda da era Tite, na comparação da Era Dunga, mostrando que a primeira é bem superior, o que não condiz com a verdade.

Hoje até nesses segmentos o São Tite é louvado.

NOTA 5- AS SELEÇÕES FAVORITAS PARA 2018

* Os nossos analistas colocam a seleção do Circo como favorita ao titulo mundial em 2018.

Em 2006, 2010 e 2014 também era, mas voltou para casa mais cedo. Sempre o ufanismo prospera.

O entusiasmo por conquistas nos jogos da fraca eliminatória do nosso Continente, que só tem dois países com mais qualidade no esporte da chuteira, Brasil e Argentina, não condiz com a realidade.

Ganhar de Bolívia, Venezuela e Equador, é como tomar um pirulito da boca de uma criança.

Na verdade a seleção do Circo sempre é favorita no papel, mas no mundo real, pelo menos três times estão muito acima dessa, e isso estamos observando nas atuais eliminatórias europeias.

A Alemanha continua muito forte, com 100% de aproveitamento, e irá chegar na Rússia com altas chances de uma nova conquista.

A Espanha mostrou em sua vitória contra a Itália que recuperou o seu bom futebol que deu-lhe um título mundial.

Foi um verdadeiro espetáculo de posse de bola, com verticalidade e troca de passes positivas.

Isco nos chamou a atenção pelo futebol que está jogando.

A sua atuação foi brilhante.

Enfim, a seleção da França, que conta com uma geração do mais alto nível, composta por atletas como Griezmann, Kanté, Dembélé, Pogba, Mandy, Mpappé, Lemar e outros, que estão desfilando nos gramados mostrando um futebol acima do nível. O empate ontem contra Luxemburgo não reduziu o poder dessa seleção.

A Copa da Rússia será bem melhor do que a do Brasil, principalmente por conta da participação dessas três seleções, e com altas chances para que uma delas seja a campeã.

Por outro lado não devemos esquecer a Bélgica que também tem uma geração de ouro.

NOTA 6- LONDRINA NA FINAL DA PRIMEIRA LIGA

* O Londrina fez história na manhã de ontem no estádio do Café na cidade do mesmo nome, ao derrotar nos pênaltis a equipe mista do Cruzeiro, com o seu goleiro Cesar, segurando três desses.

Após ser derrotada por 2x0 no primeiro tempo a equipe paranaense empatou o jogo no segundo (2x2), levando a decisão para a cobrança de penalidades.

No dia 8 de outubro ainda no estádio do Café acontecerá a partida final que decidirá o titulo dessa Liga fantasma, cujos jogos passaram despercebidos de maneira tal, que em uma semifinal como essa  bem importante para a cidade, o público que esteve presente para assistir o time local atuar foi bem reduzido.

São coisas do futebol.

Escrito por José Joaquim

Em nossas andanças pelo Recife, sempre somos parados por um torcedor desejoso de conversar sobre o atual futebol brasileiro, e em especial o pernambucano.

Ontem tivemos mais um desses encontros, e o assunto foi sobre as dificuldades da ida a um estádio de futebol, para assistir um jogo do seu time, que no caso especifico seria o Sport Recife.

Suas colocações são muito mais importantes do que muitas pesquisas realizadas, por tratar-se da vivência do dia a dia, ou do jogo a jogo.

Na realidade falou muito mal das acomodações do Arruda, por conta da falta de limpeza, mas centrou as suas reclamações no tratamento que é dado por seu clube, e deixou bem claro que tais fatos o tiraram do evento futebolístico, dando preferencia a poltrona de sua casa.

Como ele, certamente são milhões de torcedores em todo o país, que perderam totalmente a vontade de frequentar os estádios de futebol. Estamos no meio desses.

Nos contou que tinha um adesivo com o escudo do seu clube posto no carro, e que após uma partida encontrou-o riscado. Aliás sempre fazemos uma pesquisa visual nos veículos que se movimentam em nossas ruas, e tais adesivos são raridades, pelo receio de que possa acontecer o que sofreu esse torcedor.

Para ele, o futebol de Pernambuco está atrasado com relação à venda de ingressos, e que existe um esquema preparado pelos clubes para esgota-los antecipadamente, e posteriormente os cambistas fazem a festa.

Tentar compra-los é um verdadeiro sofrimento, desde que não existe uma descentralização de vendas, o que é obrigatório pelo Estatuto do Torcedor. Na realidade nada mais grotesco do que as filas para a aquisição dos bilhetes, como estivéssemos ainda no século XX, sem a tecnologia necessária.

Nos jogos realizados no Mineirão em que fomos algumas vezes, os ingressos foram comprados via internet, com pagamento pelo cartão, e o boleto pago com o código de barra, é comprovado nas catracas eletrônicas da Arena. Tempos modernos, enquanto Pernambuco vive na era da brilhantina.

A saga continua de forma espetacular, que segundo o nosso torcedor, usar o transporte coletivo é impossível, e o carro é usado. Ao chegar no estacionamento do clube esse está lotado, desde que entram os não sócios, graças a um¨pedido¨ formulado a um dos responsáveis pelo setor.

Por isso fica procurando nas ruas paralelas e, enfim consegue uma vaga. Ao estacionar um ligeiro flanelinha aparece, com uma cobrança antecipada. Se não pagar, pobre carro.

Reclamou da falta de orientação quando segue para as entradas do estádio, Filas desorganizadas, com a lei do mais forte imperando, e mais um sacrifício. Algumas vezes os portões são arrombados, ou fechados pela Policia.

O nosso torcedor é proprietário de uma cadeira. Quando chega ao local, sempre encontra alguém sentado na sua propriedade, e quando se identifica, o abusado intruso manda-lhe procurar um outro lugar.

O interessante é que todo esse sacrifício poderia ser abonado se a partida fosse de qualidade, mas a ausência de bons jogadores, dos gols, o excesso de faltas e de passes errados, não compensa essa dura saga.

Quando se encerra o primeiro tempo procura um sanitário, e toma um susto com a falta de higiene, o mesmo com os bares. Os fundos de suas calças estão sujos, posto que as cadeiras não são limpas.

Sua história daria para um roteiro cinematográfico.

O único elogio foi para a Arena Pernambuco, apenas para os jogos diurnos, onde tudo corre bem como nos lugares civilizados. Não frequenta os noturnos por conta da volta em uma estrada dentro da mata escura, ficando sujeito aos assaltos.

Imagine se esse torcedor fosse a um campo do interior.

O seu depoimento representa não apenas a saga de um torcedor do nosso estado, e sim de milhões de brasileiros que sofrem com tais problemas, e com a gravidade maior de que ninguém se apresenta para resolve-los, mesmo observando uma ociosidade nos campos de jogos.

O torcedor brasileiro é um verdadeiro herói da resistência.

Escrito por José Joaquim

O carnaval e o futebol são dois importantes segmentos de nossa cultura, e por uma coincidência esses apresentam uma identidade bem próxima no tocante as suas evoluções, especialmente no estado de Pernambuco.

Ambos perderam a sua base.

O Carnaval pernambucano perdeu as suas raízes por conta de uma palavra bem divulgada chamada de multiculturalidade, que foi criada para ser vendida para as cervejarias, distanciando-o do povo.

Trata-se de uma afronta a dignidade dos antigos foliões, que conseguiram dar ao frevo uma dimensão sem fronteiras,  e que hoje assistimos desaparecer em nome do progresso e de uma mistura alienada.

Os jovens não conhecem o Carnaval do povo, com os blocos nas ruas, desfilando nos bairros, com suas tradições e rivalidades. A cada passagem por uma rua do Recife arrastava os foliões que os seguiam.

Onde andam Toureiros, Bola de Ouro, Pás, Lenhadores, Batuta de São José, entre tantos outros? Onde andam os maracatus com suas roupagens vistosas? Onde andam as troças dos bairros, os ursos de porta em porta, solicitando a colaboração da população?

No Carnaval atual as ruas ficam vazias, criaram-se polos de animação em alguns setores, onde tem de tudo, e o frevo é raro. É o carnaval das cervejarias e do marketing. É uma festa do palanque.

Uma aparência total com o futebol.

Esse também sofreu a má influência de um progresso equivocado e perdeu o contato com suas raízes. A violência também os afetou.

Onde estão as grandes equipes de futebol? Onde estão os craques?

Onde está o Náutico de Ivan Brondi, Bita, Salomão, Lula Monstrinho, Gena, Nino, entre outros. Onde está o Santa Cruz, de Lanzoninho, Aníbal, Adelmar, Zequinha, Fernando Santana, Luciano, Givanildo, entre outros? Onde está o América de Cido, Geroldo, Neca, Macaquinho, Mourão, Decadela, e tantos outros?

E o Ferroviário de Renato, Pitoco, Baiaco e companhia? O Central de Vadinho?

Esse futebol de raízes, com a maioria de atletas locais, mesclado com profissionais de bom nível que aqui chegavam, foi substituído por um novo modelo, que sequer conseguimos gravar os nomes de seus participantes. Esses chegam, vão embora de forma rápida sem deixar saudades. Jogam, recebem bons salários e dão adeus em busca de novos caminhos.

São os reais protagonistas do novo futebol, dos chutões, das faltas, da linha direta, e sem a habilidade do verdadeiro craque. Uma boa parcela é produzida pelos marqueteiros.

Na realidade esse dois produtos sofreram com a influencia de um progresso que não foi bem aproveitado, o tornaram danoso, e hoje ambos se entregaram ao mercantilismo, que rende dinheiro para os envolvidos, e pouca coisa para os consumidores.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O SPORT E A QUINA DA INDEPENDÊNCIA

* Cansamos de afirmar que o futebol de Pernambuco só tem passado, enquanto o presente é lastimável, e sem a perspectiva de futuro.

Durante a semana ainda bem que não tivemos jogos pela Série B, que iriam trazer a sofrência para os torcedores. Pelo menos esses ficaram tranquilos.

Esperamos o dia de ontem com uma esperança de que pelo menos o Sport fizesse uma partida digna de um Leão bravo de 112 anos de vida, que sofreu um estupro na Arena do Grêmio.

Não respeitaram a sua idade.

Quando ouvimos a escalação do time, ficamos na certeza de que a vaca iria para o brejo, com um ônibus velho com três volantes sem a menor qualidade, certamente o jogo ficaria fácil para o Grêmio, pois esse iria capotar.

Foi o que realmente aconteceu. Um desastre previsto. 

A goleada foi surgindo de forma gradual e tranquila sob os aplausos dos torcedores gremistas. Bonitos gols, troca de passes, a bola sendo bem tratada, concluindo com uma acachapante e deprimente goleada pelo placar de 5x0.

O Sport ganhou a quina da Independência.

Jogar de inicio com oito jogadores contra onze, obvio que seria muito complicado.

Diego Souza e Rytheli são bem apadrinhados, não jogam nada e estão sempre escalados, e dessa vez tiveram a companhia de Anselmo mais uma contratação da cartolagem do clube, que certamente não devem ter visto esse atleta atuar nas poucas vezes que entrava em um jogo do rebaixado Internacional.

O pênalti de Gabriel Xavier foi grotesco. Esse é bem fraco. 

O Sport sofreu uma grande humilhação, completando cinco jogos sem o sabor de uma vitória, sem jogar nada parecido com o que se chama futebol, e foi merecedor dessa surra dada pelas crianças gremistas.

Que esse jogo sirva como lição e efeito demonstração que o time é ruim, não tem defesa, não tem meio de campo e não tem ataque, e com esse modelo irá lutar contra o rebaixamento, cuja diferença para o Chapecoense primeiro da zona da degola é de 4 pontos.

Uma tarde triste para um clube de tradição que não tem comando, comprovando que estávamos certos ao convidarmos os desportistas de Pernambuco para uma Missa de Réquiem pela alma do falecido futebol de nosso estado, que foi realizada na Rua Dom Bosco.

Não entendemos a patética entrevista de Vanderlei Luxemburgo, que deu a entender que existem alguns jogadores fazendo corpo mole, mas esqueceu que o maior culpado pela tragédia de ontem foi o próprio, ao escalar o time de forma totalmente equivocada. 

Na realidade o Leão não merecia pois faz parte da história do nosso futebol, e é dono de uma grande tradição.

Os dirigentes rubro-negros estão desmoralizando-o.

Com a vitória do Grêmio, o Brasileirão ganhou outro contorno, com a diferença desse para o líder sendo reduzida para sete pontos.

Pelo menos a goleada serviu para alguma coisa.

Lamentável.

NOTA 2- UMA DANÇA DAS CADEIRAS ESTRANHA

* O Paraná anunciou em Nota Oficial na manhã de ontem, a saída do seu treinador, Lisca, que apanhou a todos de surpresa, desde que o profissional estava em Belo Horizonte com o time para o jogo contra o Atlético-MG pela Primeira Liga.

Nessa nota os motivos não foram explicados, mas tornou-se estranho por conta dos resultados conquistados pelo treinador no comando da equipe paranista.

Lisca teve uma rápida e intensa passagem pela Vila Capanema. Tornou-se ídolo da torcida pelo seu estilo ¨doido¨, apesar de não querer ser chamado pelo apelido.

Como não somos apenas repetidores de noticias publicadas na Internet, procuramos nos inteirar com algumas fontes amigas de Coritiba, e fomos informados que o treinador com o aval da diretoria iria escalar a equipe principal para o encontro de ontem, mas voltou atrás e resolveu colocar em campo um misto, pois estava preocupado com o desgaste e a classificação para a Série A que está próxima, seria mais importante do que esse torneio.

Os cartolas do clube com o pensamento no prêmio que será pago ao campeão da Primeira Liga, não concordaram e numa reunião no hotel o demitiram.

As mídias do Paraná afirmam que o técnico estava com problemas de relacionamento, o que é bem estranho, posto que esse tinha viajado com a equipe.

A dança das cadeiras se dá sempre pelos péssimos resultados, e no caso desse profissional foi pelos bons, e um desses foi a eliminação do Flamengo nas quartas de final do torneio.

Comandou o Paraná em 8 partidas, com quatro vitorias, três empates e apenas uma derrota.

Só mesmo em nosso país, em que o rabo balança o cachorro.

NOTA 3- DE SENSAÇÃO EM 2002, O ASA FOI BATER NA SÉRIE D 

* O ASA de Arapiraca ficou famoso quando eliminou o Palmeiras da Copa do Brasil de 2002.

Depois disso foi campeão estadual (2003, 2005, 2009 e 2011). Parecia que um grande clube estava surgindo no futebol de Alagoas.

Chegou à Série B, disputando-a por alguns anos, e depois voltou para a C, de onde foi expulso na noite da sexta-feira, após empatar com o Botafogo-PB pelo placar de 0x0.

A sua degola se deu com uma rodada de antecipação o que já era uma morte anunciada há algum tempo, pela sua performance nessa competição.

O ASA completou 9 partidas sem vitórias, o mesmo número quando atuou em casa.

Tudo pronto para a degola de um time que já foi sensação e terminou na última divisão nacional, onde terá a companhia do América-RN.

O Nordeste é prodigo em rebaixamentos nessa divisão, com um total de 12 em nove anos.

São coisas do futebol.

NOTA 4- O BOM APROVEITAMENTO DO MINEIRÃO

* Das Arenas que foram construídas pelos estados para a Copa do Mundo, e que foram entregues aos Consórcios, sómente o Mineirão tem obtido sucesso, mesmo sem a presença do Atletico-MG.

Como só tem o Cruzeiro levando os jogos para esse estádio, o item entretenimento é aquele de maior contribuição na  busca das receitas que são necessárias para a sua manutenção, inclusive com lucros.

Hoje o Mineirão é o local mais requisitado de Belo Horizonte, para shows de todos os portes, e ao mesmo tempo recebe um variado numero de eventos.

Segundo dados fornecidos pelo jornalista Thiago Nogueira, do jornal o Tempo, a Minas Arena, concessionária que administra o complexo, só em 2017 recebeu 27 eventos, e tem outros 30 até o final do ano.

Com as 40 partidas anuais de futebol, a expectativa é de mais de 100 dias com a agenda ocupada, o que daria quase um evento a cada três dias. Um dos locais mais visitados com cobrança de ingressos é o Museu do Futebol Brasileiro.

Já o visitamos, e observamos que trata-se de um espaço de educação e cultura, com um excelente acervo digital da história do futebol, e contando com um espaço voltado para a literatura infanto-juvenil.

De 2013 a 2017, o Museu recebeu a visita de 242 mil pessoas.

Há algum tempo sugerimos ao governo estadual a implantação do Museu do Futebol na Arena Pernambuco, como forma de atração.

O exemplo de Minas Gerais deveria ser estudado por estados como o nosso, que estão alimentando elefantes albinos.

NOTA 5- O CORITIBA E O ABISMO

* Os torcedores do Coritiba picharam os muros do Couto Pereira em protesto contra a situação do clube no Brasileirão.

Além disso as criticas nas redes sociais foram incrementadas após a derrota contra o Vitória da Bahia.

A cabeça do técnico Marcelo Oliveira está à premio, e será degolada se acontecer um revés no Atletiba.

A situação do Coxa é precária, na 15ª colocação, beirando a zona do rebaixamento, com 26 pontos conquistados.

Os retrospectos de seus rebaixamentos assustam os torcedores.

Em 2005, na 22ª rodada o clube tinha uma pontuação melhor (32) e foi degolado.

Já na segunda queda, que aconteceu em 2009, a equipe paranaense estava na mesma 15ª colocação de hoje, com 25 pontos.

Se não houver uma reviravolta através de vitórias, o Coritiba é sem duvida um sério candidato a jogar na Série B de 2018. 

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O SPORT HOJE SERÁ UM CLUBE NACIONAL

* Passamos uma semana sem sofrimento por conta da paralização das duas maiores divisões nacionais. Sem jogos dos nossos clubes a sofrência desapareceu, pois quando esses entram nos gramados, acontece de tudo menos uma vitória.

O Sport viajou para Porto Alegre sem o dinheiro de Everton Felipe, cuja negociação nunca existiu. Aliás já sabíamos, posto que o futebol russo só contrata atacante que faz gols, que não é o caso do rubro-negro. A ida de Pedro Rocha só aconteceu porque esse tem uma boa média de bolas nas redes adversárias.

Com o caixa vazio, só resta apelar aos Deuses do Futebol, que pelo menos ajude para que esse encontro contra o Grêmio traga um bom resultado, e anime os seus torcedores.

A equipe gaúcha irá jogar sem Luan, sua referência, e Pedro Rocha que viajou para o fim do mundo, que irão fazer falta.

O jogo tem uma importância nacional, não é para cumprimento da tabela, desde que uma vitória gremista irá  reduzir a diferença desse para o líder Corinthians, de 10 para 7 pontos.

Todos os adversários estarão torcendo para a equipe pernambucana.

O Grêmio é o vice-líder na tabela de classificação do Brasileirão, com 40 pontos (63,6%), enquanto o Sport está na 10ª, com 29 pontos (46%).

Nos últimos cinco jogos a equipe gaúcha somou 8 pontos (53%), e a rubro-negra conquistou 5 (33,3%).

Como mandante o time local tem um aproveitamento de 66,6%, e a equipe da Ilha do Retiro tem 33,3% como visitante. Um jogo difícil, por conta na necessidade de uma vitória gremista, e que terá uma audiência total dos torcedores dos clubes que ainda sonham com o título.

NOTA 2- A CRUCIFICAÇÃO DE ALEX MURALHA

* O goleiro do Flamengo, Alex Muralha está sendo crucificado pelas mídias do Sudeste. 

Assistimos na última quarta-feira o debate no Bate-Bola da ESPN em que o jogador de forma bem explicita foi criticado não como deveria ser de maneira técnica, e sim com forma de desmoralização.

Tudo na vida tem limite.

Criticar um atleta profissional de futebol por um jogo em que esse esteve mal é normal, mas ridiculariza-lo é anormal, desde que é um ser humano, pai de família, com conceito muito bom no seu clube, e que merecia um tratamento bem melhor.

Por outro lado o jornal EXTRA-RJ, especialista em noticias policiais, e de crimes acontecidos no Rio, tratou o atleta como um verdadeiro marginal, desses que são estampados nas suas páginas, inclusive publicando um  editorial de baixo nível, com criticas despropositais, grotescas, comunicando que a  partir da data de sua publicação, iria chama-lo de Alex Roberto, posto que esse tornou-se o ex-Muralha pela fraca atuação no jogo contra o Paraná, na Primeira Liga.

Um Editorial mais para o lado do humor, que é a verdadeira cara do jornalismo esportivo brasileiro que não trata os temas com a devida seriedade, tentou desmoralizar o profissional, que retrucou de forma contundente com uma Nota.

Louvável foi a defesa do presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Melo, que criticou duramente o periódico, exigindo desculpas.

Nesse mundo em que um idiota nasce por minuto, um editorial como esse é um estopim para uma violência contra o jogador.

O futebol brasileiro no atual momento vive em um esgoto sanitário. 

LAMENTÁVEL.

NOTA- 3- QUANDO SETEMBRO VIER

* ¨Quando Setembro Vier¨ é o título de um clássico do cinema do ano de 1961, que teve como protagonistas Rock Hudson, e a atriz italiana Gina Lollobrigida. Foi sucesso.

Sport Recife e Santa Cruz estavam esperando chegar o mês de Setembro para sentir se os ares foram mudados, por conta de um agosto com um total desgosto para ambos.

Já o Clube Náutico não tem que reclamar desse último, por ter sido o melhor da sua temporada.

Enquanto o alvirrubro obteve três vitorias e duas derrotas, os seus rivais amargavam uma série de percalços.

O rubro-negro jogou quatro vezes e não conseguiu uma única vitória. Somou 2 pontos dos 12 disputados referentes aos dois empates. A performance só não foi pior por conta do adiamento do seu jogo contra o Grêmio.

Enquanto isso o tricolor do Arruda teve uma representação de uma tragédia grega ao ar livre, quando atuou por cinco vezes e ganhou uma quina de derrotas. Realmente foi um agosto bem trágico.

O primeiro jogo do mês de setembro será realizado pelo Sport, que tem uma pedreira pela frente, o time do Grêmio em sua Arena.

A questão é essa, será que agosto vai continuar, ou setembro trará novos ventos?

Só os Deuses do Futebol sabem.

NOTA 4- IMPRESSÕES DE DOIS JOGOS

* Não assistimos ontem o jogo da seleção do Circo contra o Equador, só hoje observamos o vídeo, e nada do que os ufanistas comentaram aconteceu no campo de jogo.

O primeiro tempo foi de uma pelada de bairro da pior qualidade.

O time brasileiro cansou de errar passes, inclusive o atleta do Qatar, Neymar Junior, que saiu aborrecido no final da partida, por ter que aguentar Coutinho como a estrela da noite.

O adversário tem alguns jogadores razoáveis, mas no contexto geral é fraco e com pouca qualidade, e mesmo assim o Circo não soube aproveitar.

Na segunda etapa com a entrada de Philippe Coutinho, que sabe pensar bem o jogo, esse melhorou e os dois gols da vitória saíram. Neymar continuou com o mesmo futebol mequetrefe da fase inicial.

Algo que não ouvimos dos analistas, que são tão desligados como o de Bagé, de Luiz Fenando Verissimo, foi o desentrosamento de um grupo que até março estava afinado.

Achamos que foi por conta do hiato que aconteceu entre esse período e final de agosto, posto que a seleção circense jogou mais duas vezes, com caras diferentes, ou seja perdeu o balanceamento.

Por outro lado a seleção do Uruguai que vinha de três derrotas seguidas, recebeu a Argentina de Jorge Sampaoli, em um jogo duro de se assistir, e duro de jogar.

O time portenho foi superior a partir dos 30 minutos do primeiro tempo, mas o uruguaio teve mas chances efetivas de gol, apesar de ser dominado.

O ônibus que foi colocado em sua defesa garantiu a sua meta.

A equipe argentina melhorou muito sob o novo comando, e Messi mais uma vez foi o melhor com uma participação efetiva no encontro.

O problema maior do jogo foi que o Uruguai não queria perder, e trancou-se com um ferrolho suíço.

NOTA 5- OS PROTESTOS DOS TORCEDORES DA CHAPECOENSE

* Pela primeira vez as vozes dos torcedores da Chapecoense foram levantadas.

Os protestos pela campanha do time e as viagens para o exterior, serviram de mote para a sua torcida que colocou faixas na cidade pedindo para o presidente Maninho ir embora, e que levasse consigo o executivo Rui Costa.

O time de Chapecó encontra-se na perigosa zona do rebaixamento, em uma situação desconfortável, e hoje com chances de degola conforme todas as previsões.

Os seus torcedores estavam acostumados com as boas campanhas do time, e agora chegou a uma realidade que nunca tinha acontecido, a de estar na espera do carrasco.

Por outro lado, o ambiente entre as viúvas do acidente do time com a diretoria do clube não anda muito bem. Essas estão reclamando do abandono e da ausência de uma solução firme para o assunto.

Como no Brasil a coisa mais fácil é criar um Sindicato, ou Associação, essas criaram a Associação dos Familiares e Amigos das Vitimas do Voo da Chapecoense, e afirmaram que mais coisas precisam ser feitas para ajuda-los financeiramente.

Na verdade Setembro chegou e a Chapecoense poderá estar em um turbilhão.

São coisas do futebol.