NOTA 1- A AUTOFAGIA ALVIRRUBRA
* Ivan Brondi um cidadão acima de qualquer suspeita foi mais uma vítima da autofagia alvirrubra, ao renunciar na tarde de ontem a presidência do Náutico.
Aos poucos essa vai consumindo o que resta do clube, quando engole aqueles que sempre estiveram ao lado de sua história.
Como vice-presidente, Brondi ganhou um presente de grego, a dura responsabilidade de cumprir o restante do mandato da chapa que foi eleita, que duraria até dezembro de 2018, e cujo presidente tinha renunciado.
No seu período existiu pouco apoio para algo que necessitava de uma união, pelo contrário foi realizada uma eleição antecipada de forma açodada e grotesca, criando dois poderes paralelos.
O presidente de fato errou quando acatou, e deveria ter renunciado no momento entregando o cargo ao Conselho para que esse desse o destino conveniente.
Na verdade o Náutico é um clube com um futuro bem discutível.
Desagregado, com ausência dos antigos alvirrubros por conta dessa autofagia, e com alguma experiência que temos em gestão esportiva, podemos afirmar que dificilmente irá sair do buraco que se encontra.
Ivan Brondi não merecia o tratamento que recebeu, e será mais um que irá passar bem longe da Rosa e Silva, como muitos que estiveram trabalhando para o bem do Náutico.
Lamentável.
NOTA 1- A CADA MINUTO NASCE UM IDIOTA
* P.T. Barnum, foi fundador do Circo mais importante dos Estados Unidos, e é o autor de uma frase lapidar: ¨a cada minuto nasce um idiota¨.
Nada mais real para carimbar a sociedade.
No final de semana o mundo acalentou uma farsa que rendeu milhões de dólares aos seus idealizadores.
As mídias explodiram na divulgação de uma luta combinada entre o campeão mundial de boxe, Floyd Mayweeather, já aposentado, e o campeão de MMA, o irlandês Conor McGregor, que só conhecia o esporte das luvas por noticias nos jornais.
Passaram uma semana em confrontações, um olhando feio para o outro, um verdadeiro circo, enquanto as mídias esportivas entravam em momentos de sublimação.
Seria a luta do século, entre outras baboseiras.
Tudo programado, e não chegou ao quarto dos dez rounds, quando o nocaute técnico foi dado concedendo a vitória para o americano.
Os torcedores juramentados vibraram, enquanto os lutadores alegres contavam os 200 milhões de dólares para o vencedor, e 100 milhões para o perdedor.
O plano que foi programado aconteceu, Mc Gregor aguentaria alguns minutos, e logo após teria a desistência.
Como vivemos em um mundo em que um idiota nasce a cada minuto, certamente iremos ter uma revanche.
Na verdade o planeta Terra está repleto de idiotas.
NOTA 3- UM SACO SEM FUNDO
* Vinte e um clubes do futebol brasileiro, sendo 20 da Série A e Internacional que está de forma provisória brincando na B, juntos somam 3.037 processos trabalhistas, conforme pesquisas efetuadas pelo Globoesporte.com.
O líder é o Botafogo com 391, e o que tem menos é a Chapecoense com 4 que ainda não foram julgados.
A soma dos débitos trabalhistas é de 2,5 bilhões, sendo que a maioria está incluída no acordo do Profut, mas após esse já começaram a aparecer outros. É uma bola de neve.
Os clubes não pagam salários, FGTS, e os prejudicados recorrem a Justiça Trabalhista. O débito total dessas agremiações é de 6,7 bilhões, sendo que 38% corresponde aos trabalhistas.
O maior devedor é o Botafogo, com R$ 751,5 milhões, seguido pelo Atlético-MG (R$ 518,70), Fluminense (R$ 521,8 milhões), Flamengo (R$ 460,6 milhões), e Vasco (456,9 milhões. Os times cariocas são os campeões em dividas.
O SPORT é devedor de R$ 109,6 milhões.
O Chapecoense é o único clube com 0 de débito.
NOTA 4- UMA COMPETIÇÃO FANTASMA
* Sempre estamos afirmando que o Brasil é um país surreal. No seu território de tudo acontece um pouco.
Há muito tempo que não ouvíamos falar da Primeira Liga, que estava com a aparência de uma competição fantasma, que começou e tinha desaparecido sem terminar.
Para surpresa nossa e de muita gente, acabamos de descobrir que na noite de hoje serão realizadas quatro partidas pelas quartas de final dessa competição. O fantasma apareceu.
Na realidade essa foi desvalorizada pelos próprios disputantes, que a deixaram ao largo, após tantas confusões com o Circo do futebol e suas federações para que fosse disputada.
A ideia é boa, mas o calendário não permitia mais uma competição, que começou com times reservas, e irá terminar da mesma maneira.
Hoje os fantasmas estarão em quatro estádios.
Só no Brasil.
NOTA 5- A QUEDA LIVRE DO MOGI-MIRIM
* O Mogi Mirim é o maior exemplo do modelo do futebol do Brasil.
No último fim de semana teve o seu quarto rebaixamento em menos de dois anos completos, ao ser derrubado para a Série D.
Um clube não sobrevive sem demanda, a não ser que tenha do seu lado um mecenas, caso contrário sucumbe.
O futebol do interior em todo o Brasil, com poucas e raras exceções passa por uma lenta agonia, que é um produto do abandono.
Na Série C o time não compareceu a um jogo por conta de uma greve dos jogadores por não receberem os salários.
A Federação Paulista adiantou recursos referentes ao ano de 2018, e os débitos foram pagos.
Atualmente o Mogi tem 85 títulos protestados em Cartório, somando mais de R$ 200 mil, 93 ações trabalhistas, e com todo o patrimônio penhorado.
Como um clube nessa situação pode ser licenciado para a disputa de competições, inclusive à nível nacional?
A legislação não permite, mas as entidades fecham os olhos.
O futebol brasileiro tem que ser repensado, e clubes como esse não podem mais estar nas tabelas das competições.
Uma vergonha.
3 comentários Acessos: 556