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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- ABRAÇADOS COM O CARRASCO DA DEGOLA

* O tamanho do futebol de Pernambuco é nada mais, nada menos, do que está sendo caracterizado pela presença de seus dois clubes que disputam a Série B na zona da degola, e na verdade de forma mais de que justa.

Em três minutos da primeira fase, o Guarani marcou os dois gols que decidiram a partida, no seu jogo contra o Santa Cruz.

O tricolor do Arruda como já afirmamos colocou a sela em um cavalo paraguaio que largou muito ligeiro, perdendo o folego nos primeiros 600 metros da corrida, e daí em diante saiu de galopinho chegando finalmente nos braços do carrasco da degola, onde recebeu um abraço festivo do Clube Náutico que estava na porta do inferno com a bandeira do estado esperando-o.

Quem pensava que o maior problema do Santa Cruz era o relacionado aos salários em atraso equivocou-se, a sua queda é por ruindade do elenco, e em especial a idade de mais da metade de seus jogadores, que pesa muito numa competição longa e com viagens de uma ponta a outra do país.

O tricolor não jogou nada, esteve desligado do jogo o tempo todo, e mereceu a derrota, muito embora o Guarani não tenha nada no seu balaio de equipe de futebol.

Essa Série B é a mais mofina do que já assistimos, e os nossos clubes não poderiam estar realizando uma campanha tão medíocre. Não houve um planejamento, inclusive  o financeiro, e por conta disso a vaca está caminhando de forma lenta para o brejo.

Lamentável o que estamos assistindo em nosso futebol, que faleceu há muito tempo e inclusive já tivemos uma missa de Réquiem na Rua Dom Bosco, com a presença dos nossos torcedores e da mídia juvenil que ainda não conseguiu observar que Pernambuco já foi e hoje não é mais um centro de futebol.

Nos demais jogos que foram realizados no dia de ontem, o BOA deu uma goleada de 4x1 no Ceará, fugindo de forma bem clara da proximidade com a zona do rebaixamento, o ABC como se esperava levou uma paulada do Internacional (3x0), o CRB em casa empatou com o Luverdense (2x2), tirando o clube do Mato Grosso das mãos do carrasco, e finalmente o Paysandu mais uma vez não venceu em casa, empatando com o Paraná (0x0), que mais uma vez não obteve o sucesso como visitante. 

 NOTA 2- SPORT E CRUZEIRO IGUAIS NOS ÚLTIMOS CINCO JOGOS

* O domingo esportivo do Recife terá que se contentar com o jogo do Cruzeiro e Sport que será realizado no Mineirão, já que os nossos estádios estarão fechados por falta de programação.

Sobre esse encontro, apesar da boa colocação na tabela da equipe rubro-negra, a sua campanha nos últimos cinco jogos é preocupante, posto que só obteve uma vitória, que foi acompanhada por dois empates e duas derrotas, somou 5 pontos nos 15 disputados, com um aproveitamento de 33,3%, bem menor do que o geral que é de 55%.

Aconteceu uma queda brusca na sua performance, que foi pouco discutida pelos analistas.

Por uma coincidência o Cruzeiro, o adversário dessa tarde também realizou idêntica campanha. A equipe mineira tem uma decisão na próxima quarta-feira pela Copa do Brasil, e optou por colocar um time que os professores chamam de alternativo, que na verdade são de reservas, o que poderia facilitar a vida do Sport, mas para que isso possa acontecer esse terá que melhorar.

O clube pernambucano está na 6ª colocação na tabela, com a soma de 29 pontos, enquanto o time mineiro é o 9º, com 27.

Como mandante o Cruzeiro tem um aproveitamento de 59,2%, enquanto o rubro-negro como visitante tem 37,2%.

Um fato bem interessante é que a equipe comandada  pelo técnico Mano Menezes completou um total de180 minutos sem vazar as redes adversárias jogando no Mineirão.

Na realidade são detalhes que poderiam ajudar o Sport para a conquista de uma vitória, mas os números mais recentes trazem duvidas se isso poderá acontecer.

Só resta esperar.

NOTA 3- O VITÓRIA DERRUBOU O ÚLTIMO BASTIÃO

* O que poderia ser impossível aconteceu, com a primeira derrota do Corinthians em pleno Itaquera, para um clube que está na zona de rebaixamento, o Vitória da Bahia, que quebrou o bastião de uma invencibilidade no ano de 34 partidas.

Obvio que o fato iria acontecer, mas o adversário que conseguiu não estava na lista das probabilidades de ser o herói da competição.

Aos 12 minutos do primeiro tempo em um contra-ataque fulminante o rubro-negro baiano resolveu a partida.

O alvinegro paulista tentou reverter o placar, lutou, mas encontrou pela frente uma equipe bem estruturada, que fechou-se de forma perfeita, impedindo o ataque do rival, cujas chances de gol foram reduzidas.

Na verdade o Vitória mereceu a vitória, foi uma equipe competente, conhecedora de suas diferenças em relação ao rival, e mesmo com a retranca aplicada teve mais chances de aumentar o placar, do que o Corinthians empatar.

O melhor momento dessa partida aconteceu quando da entrevista coletiva de Vagner Mancini, técnico do rubro-negro baiano, que ficou incomodado com uma pergunta de um jornalista sobre os 78% de posse de bola corintiano, contra 22% do seu time, respondeu que esse estava sendo parcial, e que precisava rever os seus conceitos de futebol, e que a imprensa paulista precisava olhar também para os outros estados.

Uma atitude que merece aplausos de todos nós.

No outro jogo da Série A, o Flamengo com o seu time misto derrotou o Atlético-GO, saco de pancadas da competição por 2x0, com a Arena Urubu com menos de cinco mil pagantes. 

NOTA 4- INSANIDADE FUTEBOL CLUBE

* Contando com a 21ª rodada do Brasileirão que está em andamento, alguns clubes brasileiros serão recordistas em números de partidas disputadas numa temporada.

Estão participando do Insanidade Futebol Clube, clube formado pelo Circo Brasileiro do Futebol.

O líder é o Sport que completará hoje 59 jogos, e que poderá chegar ao final do ano com no mínimo 78, que beira o absurdo, desde que o Brasil é um verdadeiro continente com longas distâncias entre os estados a serem percorridas, que provocam um maior desgaste.

O segundo colocado é a Chapecoense que somará 55 jogos, e pela ordem aparecem o Flamengo e Atlético-PR (53), Fluminense (53), Grêmio, Cruzeiro e Botafogo (52),Vitória, Atlético-MG (51), Palmeiras e Bahia (49), Corinthians (48), Santos (47), Avaí (46), Ponte Preta e São Paulo (45), Coritiba e Vasco (40), e Atlético-GO (39).

O número ideal para um clube durante uma temporada é de 54 jogos. Entre os nossos muitos irão ultrapassar 70 e a maioria acima de 60. Por conta disso em todas as partidas que estão sendo realizadas, vários atletas saem dos gramados com lesões musculares.

A maior vantagem do Corinthians, além do bom futebol que está jogando, está no número de jogos, e com locomoções de percursos menores, do que alguns dos seus adversários estão enfrentando.

Na verdade o Brasil não tem uma entidade dirigente do futebol, e sim uma dona de um matadouro sacrificando os seus filiados.

São coisas do futebol.

NOTA 5- A DANÇA DAS CADEIRAS AFETA AS FINANÇAS DOS CLUBES

* A ausência de um planejamento adequado para uma boa temporada futebolística é o motor propulsor da dança das cadeiras.

Os clubes contratam seus treinadores sem uma visão correta de que esse poderia adequar-se ao projeto elaborado.

Muitos não acertam e são demitidos, e levam consigo as multas indenizatórias.

Um exemplo bem recente vem do Coritiba, com o técnico Paulo Cesar Carpegiani, que foi demitido em fevereiro desse ano, e que ingressou na Justiça do Trabalho com uma ação cobrando uma indenização de R$ 2,2 milhões.

O profissional trabalhou para  clube por apenas seis meses, e cujo contrato inicial era de R$ 156 mil por mês, que foi aumentado para R$ 281 mil, e R$ 301 mil.

Após a eliminação do time da Copa do Brasil na primeira fase, Carpegiani foi demitido, e agora está cobrando e com a certeza de que vai ganhar, essa alta importância, como se o salario inicial fosse o último.

Fatos como esse ocorrem na maioria dos clubes brasileiros. 

NOTA 6- PERGUNTAR NÃO OFENDE?

* Será que a sábia diretoria do Sport vai concordar com uma nova pré-temporada do time em Porto Alegre, na espera do jogo contra o Grêmio.

Aliás isso estava faltando para marcar a presença de Luxemburgo nas hostes rubro-negras.

O estranho é que Atibaia em São Paulo não foi a sede escolhida.

O futebol brasileiro tem de tudo um pouco.

Escrito por José Joaquim

O Circo que comanda o futebol brasileiro não conseguiu formatar o Calendário da temporada de 2018, fato esse que deveria ter sido procedido no mês de julho passado.

Mais uma vez, estamos presenciando a falta de competência dessa entidade que paga salários milionários para alguns ¨aspones¨, e não tem a devida capacidade de analisar que o ano tem apenas 365 dias, e nesse período as competições esportivas devem ser enquadradas.

A ausência do roteiro esportivo do ano vindouro cai como uma bomba nos colos dos clubes que disputam as diversas competições, desde que planejamento não se faz de uma hora para outra, em especial no país em que o açodamento faz parte da sua cultura, e que no final resultam em diversas lambanças em todos os seus segmentos. 

O maior perdedor é o esporte da chuteira, e obvio os seus torcedores que irão ter mais um ano com competições amontoadas, como uma verdadeira Torre de Babel.

O futebol brasileiro é a casa da Mãe Joana, onde todos ficam metendo as mãos nas panelas, e não conseguem preparar um prato de bom paladar.

Os cartolas do Circo sabiam de forma bem antecipada, que o ano de 2018 seria o palco da Copa do Mundo na Rússia, que demandará um encolhimento de datas necessárias para a locação dos vários eventos futebolísticos, assim como as das Copas Continentais que demandam o ano inteiro.

Ou se tem inteligência para preparar algo de positivo, ou então pedir licença e alongar o ano para 400 dias, que seria uma solução para os apedeutas esportivos. Como o Brasil é o único país do mundo onde o rabo balança o cachorro, certamente é capaz de poder acontecer.

Na verdade os cartolas estão conseguindo o apoio das Federações filiadas com relação as datas necessárias para os seus estaduais, aqueles que são, sem nunca terem sido, para que esses comecem no mês de janeiro, logo após uma pré-temporada mais curta com inicio previsto para o final de dezembro.

Tal projeto irá afetar o período de férias dos jogadores que começa no início de dezembro, e termina nos primeiros dias de janeiro. O Circo deseja dividi-las em dois períodos, quinze dias nesse mês, e quinze dias no período da Copa, datas essas que o futebol nacional estará paralisado, focado na competição mundial.

Até agora não conversaram com os representantes dos atletas, mas pelo que conhecemos do sistema é um ponto resolvido, posto que esses sempre caminham ao lado dos cartolas.

O futebol em nosso país continuará nas mesmices patológicas que o vem dominando há muitos anos, e pelo andar da carruagem não evoluirá enquanto o seu comando continuar nas mãos de pessoas despreparadas para conduzir o seu destino para dias bem melhores do que os atuais.

Lamentável.

Escrito por José Joaquim

Os mais antigos conhecem bem a tabuada que todos aprendiam no curso primário como era chamado na época. Todos tomavam conhecimento de como somar, diminuir, dividir e multiplicar. 

Usamos um mecanismo que utiliza números que dão a certeza dos clubes que poderão chegar ao titulo, grupo da Libertadores, ou rebaixamento, no caso da Série A, sendo que na B esses são definidores do acesso, e da degola.

O item divisão é utilizado, ao compomos quatro ciclos de 16 pontos em cada um desses (acesso), e 11 no caso do rebaixamento. O sistema nunca falhou e serve para que os clubes possam projetar o futuro.

Quando a 18ª rodada dessa divisão foi concluída, os clubes que tinham como meta o Brasileirão de 2018, deveriam ter 32 pontos, e aqueles que estão lutando contra o rebaixamento, 22.

Por incrível que pareça sómente o América no caso maior, conseguiu a pontuação projetada com sobra de 4 pontos. Os demais ficaram em débito para o terceiro ciclo. 

No campo da degola e próximo à essa, cinco clubes ficaram devendo alguns pontos; Brasil de Pelotas, Luverdense, Figueirense, ABC e Náutico, e terão que recuperar-se no ciclo que já está em andamento, com duas rodadas realizadas, e uma com apenas dois jogos (21ª).

Os clubes necessitam chegar à 27ª rodada somando os seguintes pontos, (entre os 27 que serão disputados): 

ACESSO 

AMÉRICA-MG-12 pontos, INTERNACIONAL- 18, VILA NOVA- 19, CEARÁ- 20, JUVENTUDE- 20, PARANÁ- 21, LONDRINA- 21,  CRICIÚMA- 22, GUARANI- 20, CRB- 23. 

REBAIXAMENTO

BOA- 08 Pontos, BRASIL DE PELOTAS- 12, OESTE- 9, PAYSANDU- 10, GOIÁS- 10, SANTA CRUZ-10, LUVERDENSE- 10, FIGUEIRENSE- 16, ABC- 17 e, NÁUTICO- 22 pontos. 

Náutico, Figueirense, Londrina e Brasil já atuaram em três rodadas do terceiro ciclo, enquanto os demais estiveram em campo por duas vezes, as pontuações que tiveram deverão ser abatidas dos números necessários.

Quanto ao alvirrubro de Pernambuco, que jogou três rodadas depois da 18ª e somou pontos, para completar o ciclo ainda terá pela frente 6 jogos, com 18 pontos a serem disputados, necessitando de ganhar 16 desses, ou seja  88% de aproveitamento.

Simples e elementar.

Quem desejar acompanhar as pontuações dos clubes, basta tirar uma cópia do artigo e usar a tabuada. Ou ficará alegre, ou deprimido.

São coisas do futebol.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- A CAMPANHA DO SPORT

* As grandes mídias esportivas do Brasil deixam de lado a campanha do Sport no Brasileirão, que até o presente momento é digna de ser destacada. 

Na quinta colocação, à frente de vários clubes que eram considerados favoritos no início da competição, com uma diferença gigantesca de recursos, o rubro-negro tem se comportado de forma exemplar,  encontrando-se depois de 20 rodadas no G6 da Libertadores.

São fatos que deveriam ser analisados, mas os tratam de forma ¨en passant¨, por conta de ser um clube de fora do eixo principal do futebol nacional. 

Um dos poucos e raros jornalistas que analisou de forma correta a performance do Sport, foi Emerson Gonçalves do blog Olhar Crônico Esportivo, de forma bem positiva.

Na verdade, o cube pernambucano tem apenas a 15ª receita entre os 20 disputantes, de conformidade com os dados dos balanços de 2016, com 119,1 milhões, e com um custo de futebol nesse mesmo ano de R$ 58,6 milhões, que é o 17º entre todos.

Se a classificação fosse feita pela receita, o time da Ilha do Retiro estaria na zona do Rebaixamento, ou seja dinheiro resolve, mas não é tudo. 

Como acompanhamos diariamente as diversas mídias de todo o Brasil, verificamos o esquecimento que essas tem com relação a um clube bem distante dos maiorais e que está superando-os.

O Sport poderá até cair de posição, mas nas rodadas realizadas a campanha do clube é excelente, queiram ou não queiram as mídias do Sudeste que só enxergam os seus clubes.

NOTA 2- A RECUPERAÇÃO DO SALGUEIRO

* Da mesma maneira que criticamos o jornalismo esportivo da região Sudeste do Brasil, o fazemos também com relação ao que acontece em nosso estado no tocante ao Salgueiro.

O time do Sertão Central foi locatário de uma das vagas para o descenso na Série C, com um turno negativo, além de ser prejudicado por conta dos problemas do estadual, do qual teve o seu titulo tirado pelo apito amigo, e com a colaboração do árbitro de vídeo.

O clube após um início fraco, frequentou por várias vezes o caminho que poderia degola-lo.

Deu a volta por cima e tem o melhor índice de aproveitamento no returno, quando em 15 pontos disputados somou 12, com quatro vitórias e apenas uma derrota fora de casa para o Fortaleza, com 60% de aproveitamento.

Na classificação geral está no 4º lugar, zona da classificação com 20 pontos, sendo que 60% do total foi conquistado na segunda etapa. 

Na realidade o Salgueiro surpreendeu a todos, e vem fazendo uma campanha de recuperação acima do limite.

Tal fato tem que ser mais divulgado, quando o nosso futebol na Série B atravessa momentos de agonia.

NOTA 3- A RECUPERAÇÃO JUDICIAL DO LANCE

* Entre os jornais e revistas esportivas que existiam no Brasil, o único sobrevivente era o jornal o Lance, que continua na atividade como um herói da resistência, mas pelo que parece está encontrando dificuldades para a sobrevivência, desde que ingressou na Justiça com um pedido de recuperação judicial, que substituiu as antigas concordatas preventivas.

Na realidade esse veículo vem sofrendo os mesmos problemas dos demais jornais impressos no Brasil, com uma queda de 22,8% na circulação no período de 2016/2017, segundo o IVC (Índice de Verificação de Circulação), que o abalou.

O Lance por conta dos problemas foi substituindo os seus melhores jornalistas por terem salários altos, contratando outros com valores menores e sem a experiência necessária, que na verdade é o modus operandi que vem acontecendo em todo o Brasil.

Deixou de ser um veículo que buscava o fato de forma real, para tornar-se mais um entre aqueles que não mostram a realidade do futebol, e assim foi perdendo os seu leitores.

O mais grotesco de tudo é quando lemos ou ouvimos que o Brasil é o país do futebol, mas não consegue manter em atividade uma revista ou um jornal dedicado aos esportes.

Trata-se de uma mentira deslavada.

NOTA 4- NETO, O QUE ESTÁ CAINDO É O JORNALISMO

* Tem fatos que não podemos deixar passar em branco, e em especial quando esses vão ao encontro de nossos pensamentos.

O ex-jogador Neto, hoje com um programa na BAND sobre o futebol, foi proibido pela diretoria do São Paulo de transmiti-lo de um camarote no estádio do Morumbi, pertencente a uma empresa. Por conta disso começou a fazer criticas e ameaças ao clube.

Estávamos postando uma nota sobre o caso quando recebi um artigo do blog do Menon que tratou o tema com a realidade que caberia, e o pinçamos para o conhecimento de nossos amigos visitantes. 

DO BLOG DO MENON

¨O caso Neto/São Paulo é um exemplo de fundo do poço em que se está transformando o nosso jornalismo esportivo em sua vertente entretenimento televisivo. Um show de horrores com ex-jogadores destilando pseudo conhecimento (eu sei tudo e você chupou laranja com quem), e fazendo gracinhas. E agora ameaças.

Neto está revoltado porque a diretoria do São Paulo vetou a cessão de um camarote no Morumbi para a realização do programa Baita Amigos, como tem sido há um tempo. A diretoria está sendo pressionada por conselheiros e torcidas organizadas.

A justificativa é risível. Neto fazia criticas ao São Paulo. Mas se o time está péssimo ele iria elogiar? As criticas seriam jocosas. Mas se fossem contra outro time, poderia?

Bem, o fato é que Neto vai sair do Morumbi. E qual a sua atitude? Amalucada e desprezível. Ele ameaça o clube. Como? Com sua opinião. E desnuda a falta de seriedade desse tipo de jornalismo. Se estou fora, vou torcer para o time cair. Que coisa ridícula! Uma ofensa a profissão de jornalista.

O que diz Neto?

¨Agora, assessor que me procurar para pedir ajuda, eu piso igual a barata¨ Que assessor? Assessor de quem? Da diretoria? Que tipo de ajuda? Agora vai ser na goela. Assessor que não ligue para mim, se passar perto, muda de lado porque eu atropelo¨.

Novamente que assessor? E evidentemente ¨eu atropelo¨ é uma expressão, não é literal.

¨Eu sei coisas do São Paulo do arco da velha e vou vomitar tudo¨

Se sabe, se tem uma comprovação, já devia ter falado há tempos. Ou ficou quieto porque fazia o programa lá?

¨Agora estou livre para dizer, vai cair, vai cair, vai cair¨. Antes não estava livre? Era proibido de dizer alguma coisa: Quem proibiu? A Band? O São Paulo? Ela não expressava uma opinião correta por conta da cessão do camarote?

Esse tipo de comportamento, jogando insinuações no ar, falando que estava proibido de externar a sua opinião e que agora vai torcer para cair é um comportamento antijornalístico. Não causa espanto porque já houve muitos outros exemplos, como chamar Felipe Melo de ¨lassie¨, etc. Não causa espanto, mas causa revolta. Somos, os jornalistas, cobrados diariamente por esse tipo de comportamento rasteiro e irresponsável¨, escreveu Menon.

NOTA DO BLOGDEJJ

Trata-se de algo que o nosso blog sempre está debatendo, de que o futebol brasileiro apodreceu em todos os seus segmentos, e que os verdadeiros e sérios jornalistas se acomodaram e não lutam contra tais fatos, e observando a profissão no fundo do poço.

NOTA 5- MAIS UMA CENA ABERTA DE PRECONCEITO

* O que mais se comentou sobre o jogo Botafogo e Flamengo pela Copa do Brasil, que foi realizado no Nilton Santos na última quarta-feira não foi o resultado, e sim a agressão preconceituosa promovida por um alienado  torcedor do time da Estrela Solitária, ofendendo com gestos racistas os familiares do jovem jogador rubro-negro Vinicius Junior, que estavam em um dos camarotes do estádio.

Tudo foi filmado e o agressor localizado e preso, e que seja julgado e condenado por crime racial.  

Alguns apressados comentaram que o Botafogo poderia ser excluído da competição. Muitas bobagens.

Na realidade o clube não pode ser responsabilizado por um ato como esse, de forma individual, de uma única pessoa, que não representa o sentimento da agremiação.  

Até quando vamos assistir cenas como essas em nosso país, desde que não acontecem somente nos estádios?

NOTA 6- PERGUNTAR NÃO OFENDE

* Depois que assistimos o vídeo da apresentação do volante Paulinho aos torcedores do Barcelona, com o estádio com pouca ocupação, a apatia dos fãs, o erro da embaixadinha quando solicitado, que motivou milhares de postagens nas redes sociais, perguntamos sem ofender: se esse jogador não irá se tornar um futuro mico em um clube que há algum tempo desaprendeu a contratar?

Paulinho é um bom jogador mas não tem a cara do time catalão.