Os personagens da Série B Nacional estão concluindo o seu roteiro final, com base em tudo que aconteceu nas vinte rodadas que foram realizadas. Poder-se-ia dizer que ainda é cedo, e que resta 48% da competição, mas os números e estatísticas são bem esclarecedores.

Além da permanência por um longo tempo no grupo, as pontuações dos componentes do G4  nos últimos 10 jogos mostram uma tendência firmada e com um viés de alta, desde que os adversários iniciais estão rolando a ladeira com velocidade, muito embora com chances matemáticas para a obtenção do acesso, fato muito difícil de acontecer.

O Juventude é o mais próximo com uma diferença para o quarto de apenas 3 pontos, mas nos seus últimos 10 jogos o aproveitamento foi de 40%, com 12 pontos, e o Guarani nesse período foi o vice-lanterna com 9 pontos, com um aproveitamento de 30%, ou seja de um time rebaixado. 

Dos últimos 30 pontos que foram disputados pelo atual grupo de acesso o melhor foi América-MG. Somou 23 (63,33%), Internacional, 19 (63,33%), Ceará, 19 (63,33%) e Vila Nova, 17 (58,33%).

O mais próximo, que poderia ser um concorrente forte é o Paraná que tem a mesma pontuação do Vila Nova, mas sofre a síndrome do canário abarrancado, quando só é valente em sua própria rinha. Se não evoluir na sua performance como visitante não terá a mínima chance.

De acordo com as projeções efetuadas com base nas vinte rodadas realizadas, o time paranista é  o único concorrente que poderá mudar a atual composição do grupo que busca a Série A.

Juventude e Guarani são dois times que estiveram por um longo tempo nesse grupo maior, mas assumiram a sua situação de cavalo paraguaio, largando na frente e parando no meio do caminho. O primeiro deixou o grupo seleto na 16ª rodada, e o segundo, na 17ª.

A diferença do 1º para o 5º colocado na tabela já é de 8 pontos, bem confortável para a liderança.

Na realidade embora com uma boa campanha achamos que o Vila Nova poderá tropeçar e dar a sua vaga para um dos mais próximos, e que o América-MG tem 94% de chances, o Internacional 97%, Ceará 54% e Vila Nova, 35%.

Pelas simulações que fizemos, com o Paraná voltando a ganhar dentro de casa, as suas chances são maiores do que a equipe goiana, com 47%.

Com relação ao rebaixamento, pelo menos dois clubes estão com as suas malas arrumadas, o Náutico com 93%, ABC com os mesmos 93%, Figueirense, 74%, Goiás com 64% e Santa Cruz com 44% são os mais sérios candidatos.

A Série B está bem empacotada. Nessa última rodada apenas dois visitantes venceram seus jogos, Paysandu e Criciúma, e isso ajuda muito aos que estão à frente da tabela. Sete mandantes saíram como vencedores, e apenas um empate.

Para os que almejam ocupar a única vaga que poderá restar, torna-se necessário vitórias fora de casa. As defesas estão mais fechadas, e os ônibus estão sendo colocados nos gramados, e os seis resultados de 1x0 nessa rodada comprovam  esse fato.

Na verdade são apenas números, mas as estatísticas de competições que foram realizadas em anos nteriores ajudaram para a formatação de um final de Série B.

Nossa margem de erro é bem reduzida.

No papel somos os melhores; nas diversas gestões e resultados, somos os piores. O futebol brasileiro é um cadáver insepulto, clamando por alguém para enterra-lo.

A overdose de futebol que chega às nossa casas, tanto do Brasil como de outros países, permite que seja feito uma radiografia comparativa e o resultado é negativo, quando em todos os itens estudados esse esporte está na pedra do IML. Os recursos abundaram, e foram torrados sem que pudessem interferir na sua melhora.

Há pouco assistimos o jogo do Palmeiras, o milionário nacional, contra o Barcelona de Guayaquil, e em 20 minutos foram alçadas vinte bolas dirigidas a área do adversário pelo alviverde. Não foram passes das jogadas laterais que fazem parte do contexto, e sim de faltas cobradas em linha direta, cortadas pelos zagueiros adversários, e muitas vezes pelo goleiro.

Um time cheio de ¨craques¨, conforme a apaixonada imprensa esportiva, que não consegue formatar um jogo digno do que foi esse esporte no país. O seu técnico de joelhos rezando na ocasião da cobrança dos pênaltis, deixou bem claro o ponto ao que chegamos. 

Um festival de faltas extrapolam em números qualquer futebol do mundo, inclusive algumas de alto teor de violência, e os apitadores fecham os olhos e só pensam em apresentar o cartão quando fica impossível de não fazê-lo.

As reclamações feitas pelos atletas contra os árbitros extrapolam o bom senso. Reclamam de tudo e não são punidos. Os técnicos nos bancos de reservas não assistem as partidas, desde que perdem o tempo discutindo com o quarto árbitro. 

No jogo que foi realizado na última sexta-feira entre América-MG e Náutico assistimos duas cenas que nos chocaram. A primeira com uma simulação do goleiro Jefferson do alvirrubro, que foi solicitada pelo preparador físico do clube, segundo a repórter que estava fazendo a cobertura junto ao banco de reservas. Por uma vitória a ética é colocada de lado.

A segunda foi quando o jogador Bruno Mota do time pernambucano após um choque de cabeça contra o zagueiro da equipe mineira, chegou a desmaiar, e obvio que poderia ter uma concussão cerebral, e apesar de que o médico do clube dizendo ao treinador que as normas deveriam ser obedecidas e que o atleta não deveria retornar ao gramado, isso não aconteceu.

O mais estranho que após o encerramento da partida, o profissional afirmou que iria leva-lo para o hospital a fim de fazer um exame completo. Se precisou de ser atendido, certamente não poderia ter continuado na partida. Uma questão obvia.

Será que uma vida vale menos do que um encontro de futebol?

As simulações de faltas beiram a insanidade, mas os árbitros nada fazem, e os minutos são consumidos.

O jornalismo esportivo, em especial o da televisão se encontra na UTI, desde que com raras exceções não é capaz de aprofundar-se nesse tema, que seria por demais importante.

Em outras épocas as tradicionais mesas redondas se transformavam em formadoras de opinião. Hoje com uma ou outra exceção, essas são de um humorismo grotesco.

O Circo que administra esse esporte no país não tem credibilidade, quando os dois últimos presidentes e o atual estão envolvidos em investigações sob suspeitas de corrupção e lavagem de dinheiro. Dessa mata não irá sair nenhum coelho.

As federações são medievais, sem renovação, cartolas incapazes de romper com o sistema por dependerem desse.

Finalmente os clubes, que vivem numa Ilha da Fantasia, a maior parte com gestões amadoras e uma outra esperta, com uma acomodação doentia, mesmo sabendo que todos estão seguindo para o inferno.

Essa é uma radiografia de um futebol que já foi o melhor do mundo, e que hoje está vivendo no esgoto sanitário.

NOTA 1- UMA MÃE NO DIA DOS PAIS

* A matinal da 20ª rodada teve o encontro sob o calor paulista entre o São Paulo e Cruzeiro, com a presença de um pouco mais de 55 mil torcedores que estiveram no Morumbi e assistiram algo bem diferente, quando no dia dos pais apareceu uma mãe bondosa dando uma vitória ao dono da casa.

Rafael Traci traçou o Cruzeiro, marcando um pênalti Mandrake oriundo de uma simulação do piscineiro Gilberto que foi transformado no gol que deu a vitória ao time paulista.

Voltamos a fazer uma mesma pergunta: Quem fiscaliza a arbitragem brasileira?

Um lance idêntico tinha acontecido antes com Sassá do time celeste, e o soprador do apito não marcou.

O jogo foi ruim com cara de bom. Cinco gols numa seca de artilharia que existe em nosso futebol, modifica as análises sobre esse.

O Cruzeiro foi bem melhor, perdeu um pênalti aos 11 minutos do primeiro tempo, teve o domínio da bola, mas quem abriu o marcador foi o São Paulo.

O time celeste virou no segundo tempo que foi bem superior do que o primeiro. Hernanes jogou bem, de falta empatou, e o gol da vitória foi um produto do árbitro que foi uma mãe no seu final.

O ataque do tricolor é cardíaco, e os seus três gols não saíram de nenhuma combinação, um de bola de um escanteio, outro de falta, e o decisivo de pênalti.

Com o resultado o São Paulo deixou de forma provisória a Zona do Rebaixamento, a sua grande torcida penhoradamente agradeceu a arbitragem cantando o refrão da música ¨Mamãe, Mamãe¨, que foi gravada por Agnaldo Timóteo.

Finalizando mais uma pergunta:

Qual o motivo do técnico Tite de convocar Rodrigo Caio para sua seleção? Esse foi o pior em campo e responsável por um dos gols do Cruzeiro. 

Mais um jogo com placar modificado por conta do apito amigo, e nada se faz, só lamentações dos perdedores.

NOTA 2- O SPORT DEU SONO

* Embora tenha subido para a 5ª posição na tabela de classificação, não por mérito e sim pela falta de qualidade dos adversários que não conseguem sair do lugar, o Sport completou três rodadas sem obter uma vitória, e como mandante de forma seguida o segundo empate.

O jogo contra a Ponte Preta deu sono, e o seu vídeo será vendido na praça com um objetivo medicinal, para a cura da insônia. Duvidamos quando alguém o assistir não caia logo nos braços de Morfeu.

Até que o público rubro-negro foi razoável, com um pouco mais de 12 mil torcedores que foram festejar o dia do papai com o ex-papai da cidade, que pelo futebol que apresentou nesse encontro tornou-se uma boa e bondosa mãe.

Se levaram os seus filhos menores ao jogo, certamente esses irão procurar um outro time para torcer. 

Não vamos analisar a partida desde que essa não existiu, por conta de dois times sem a menor qualidade dentro do péssimo gramado de pelada da Ilha do Retiro.

O rubro-negro mostrou mais uma vez a razão de ser o time que tem o maior erro de passes da competição. Ontem colocou na sua lista mais 46, sendo Ritheli o líder nesse procedimento.

Diego Souza aquele que ia ser convocado e não foi, mais uma vez desfilou em campo, e pouco fez. Já afirmamos e voltamos a repetir a sua presença torna o time mais lento e sonolento. Está jogando com o nome.

Luxemburgo continua dando um show de erros nas substituições, e ontem cometeu mais um quando tirou Patrick que vinha bem na sua função, deixando Ritheli que há muito tempo não joga nada. Foi substituído um bom tempo depois.

O famoso técnico pela primeira vez ouviu os gritos de burro, de forma errada, desde que esse animal é bem inteligente no trabalho.

Um jogo ruim, os jogadores sem nenhuma vontade, e deprimindo os torcedores.

Logo após a partida recebemos um telefonema de um amigo nos perguntando se o Sport estaria montando um cavalo paraguaio.

São coisas de invejosos.

O futebol de Pernambuco mais uma vez foi salvo pelo Salgueiro, que foi o único a ganhar numa competição nacional.

Ainda bem que temos o Carcará.

NOTA 3- RODADA DA MATINÊ SEM QUALIDADE

* Não bastasse o péssimo jogo do Sport e Ponte Preta, os demais da matinê também não tiveram um bom nível.

O Flamengo é a cara do Rio de Janeiro que apesar de Cabral ainda continua lindo, vem servindo de alegria para os adversários no campo de jogo.

No seu encontro no Independência contra o Atlético-MG foi derrotado por esse por pelo placar de 2x0, ressuscitando a equipe mineira cujo torcedor protestou antes do início do jogo, recusando-se a ingressar no estádio.

O novo técnico, Reinaldo Rueda que estava assistindo ao vivo, deve ter pedido uma passagem de volta para a Colômbia, por entender que irá dirigir um mico e não um time de futebol.

Na cidade de Volta Redonda, o Vasco recebeu o desfalcado Palmeiras, e conseguiu um empate de 1x1 no final do jogo, que nada de bom teve para uma análise maior.

Foi um encontro melancólico.

Como somos brasileiros sofredores, esperamos os jogos da soirée na certeza de que alguma coisa que tivesse a aparência com o futebol pudesse acontecer, e na verdade apareceu uma com uma grande partida do Atlético-PR contra o Bahia.

O placar de 4x1 não refletiu a intensidade do jogo, desde que o time baiano fez um bom e equilibrado primeiro tempo. Na segunda etapa o rubro-negro melhorou o seu nível de jogo e realizou a sua melhor apresentação na temporada. A quarta vitória seguida sob o comando de Fabiano Souza.

Com isso subiu muitos degraus na classificação tirando o Flamengo da sexta posição, e encostando no Sport com a mesma pontuação.

No Nilton Santos, com dois times reservas jogando, por conta da Copa do Brasil, Botafogo e Grêmio fizeram uma partida morna e sem grandes emoções, e o placar de 1x0 representa a realidade. O time gaúcho perdeu um pênalti que foi defendido por Gatito Fernandez.

No final desse jogo o vencedor foi o time do Corinthians, que mesmo sem jogar, poderá no seu jogo contra a Chapecoense que foi adiado, aumentar a diferença.

NOTA 4- O RETRATO DE UM FUTEBOL FALIDO

* O Mogi-Mirim proporcionou no última sábado mais uma cena que faz parte do espetáculo da falência do futebol brasileiro, e que mostra a sua avacalhação por não cobrar o que determina a legislação.

O time paulista não compareceu ao seu jogo da Série C contra o Ypiranga de Erexim-RS, por conta de seus profissionais terem tomado a decisão de não jogar, por falta de pagamento dos seus salários. Foi apenado por um WxO.

Uma vergonha deslavada, mas com a razão ao lado dos profissionais, desde que os cartolas não cumprem o que contratam.

O Mogi vem desabando há algum tempo, com vários rebaixamentos,  ainda insiste em disputar competições sem as devidas condições, com a gravidade maior a de ser aceito pelas entidades dirigentes.

A legislação não permite que os atletas atuem sem o recebimento de salários.

O STJD tem a obrigação de punir, e a entidade de denunciar o fato, mas nada disso acontece. Um atitude como esse serve para mostrar a trágica trajetória do futebol nacional.

Caso tenha um novo WxO na próxima rodada, o time da Mogiana poderá ser suspenso por dois anos.

Uma vergonha para o futebol que se diz profissional no Brasil.

Enquanto isso Del Nero não viaja para o exterior.

NOTA 1- A MANUTENÇÃO DO G4 NA SÉRIE B

* Todos os quatro clubes que formavam o G4 da Série B venceram os seus jogos, e continuaram com as mesmas posições na tabela, com o líder América-MG se distanciando do Juventude, o 5º colocado, por uma diferença de oito pontos.

Os resultados dos jogos de ontem, com exceção do Oeste x Paysandu com a vitória do time paraense por 3x1, que serviu para afasta-lo um pouco mais da zona da degola, os demais estavam na previsibilidade.

O Internacional penou para ganhar do bom visitante Londrina, mas as bolas paradas e os seus dois zagueiros resolveram o placar de 3x1 no final, que deixou o time na luta pela primeira colocação.

Por outro lado, jogando em casa onde é abarrancado, o torcedor do Paraná sofreu muito com a vitória de 1x0 contra o ABC que lutou mas não conseguiu segurar o empate. O time potiguar será sem duvida um dos rebaixados.

Outro time que penou para ganhar do CRB foi o Ceará, que manteve a sua posição no G4 derrotando o clube alagoano por 1x0. Jogo ruim de doer. 

A pior partida desse final de rodada foi a do Figueirense e Goiás, que terminou com o placar de 1x1, e não ajudou a nenhum dos dois clubes disputantes, com o time catarinense continuando na zona da degola, e o goiano próximo dessa.

Os torcedores do Santa Cruz dormiram tranquilos na noite de ontem, satisfeitos com os resultados desses jogos, desde que o seu clube escapou de ingressar na zona do rebaixamento, mas precisam saber que o perigo ainda continua.

Aos poucos a tabela de classificação começa a mostrar a consolidação tanto do G4, como da ZR.

NOTA 2- DUAS PELADAS NO BRASILEIRÃO

* Escolheram à dedo os dois jogos de ontem pelo Brasileirão, que foram duas peladas com jogadores profissionais, e com resultados que surpreenderam.

O futebol brasileiro está caindo pelas tabelas, mas Vitória e Avaí, Atlético-GO e Coritiba passaram do limite.

O time baiano que vinha de duas vitórias seguidas, foi derrotado pelo catarinense pelo placar de 1x0, perdendo um pênalti, mas ambos maltratando a bola durante todo o tempo. O torcedor levando chuva e os jogadores estragando o gramado.

Enquanto isso o time goiano marcava o placar de 1x0 contra o paranaense, o que aliás foi justo, desde que pela miséria de futebol apresentado pelos dois, o do rubro-negro foi um pouco melhor.

Duas partidas que não deixaram lembranças, desde que nada de bom aconteceu, e sim a comprovação de que o nosso futebol continua em processo de estagnação.

NOTA 3- UMA PONTE NO CAMINHO DO SPORT

* O Sport abre hoje a sua participação no returno do Brasileirão enfrentando na Ilha do Retiro a Ponte Preta de Campinas. Será o seu 57º jogo na temporada. 

Ao analisarmos a classificação da competição observamos que os números são bem diferenciados, com uma boa distância na pontuação.

Enquanto o Leão da Ilha é o 6º, com 28 pontos, a Macaca está na 14ª com 23, cinco a menos do que o adversário de hoje.

Um jogo que tem de tudo para o rubro-negro manter a sua posição, ou mesmo superar o Flamengo que é o 5º colocado, dependendo do resultado do seu encontro também no dia de hoje contra o Atlético-MG.

O Sport é o 5º melhor clube como mandante, com um aproveitamento de 60%, enquanto a Ponte Preta ocupa a 18º posição com um percentual pífio de 20% como visitante. 

Nas últimas cinco rodadas a equipe campineira teve uma melhor performance que seu adversário, somando 8 dos 15 pontos disputados (53,3%). Foram duas vitórias, dois empates e apenas uma derrota.

Já o rubro-negro da Ilha do Retiro, somou 7 pontos (46%) também na disputa dos últimos cinco jogos. Duas vitórias, um empate de duas derrotas.

Embora o Sport seja favorito com chances maiores de vitória, não pode e não deve contar com esse fato de forma passiva, desde que a a Ponte Preta sempre foi um caminho duro de se atravessar.

NOTA 4-  AS AÇÕES DO VELHO CARTOLA

* Eurico Miranda é um mestre no processo eleitoral em clubes. Tem um jeitinho bem próprio de como não perder eleições.

Existe hoje no Vasco da Gama uma oposição forte e que poderá derruba-lo, mas como esse é de dar drible sem bola, conseguiu uma maneira perfeita para equilibrar uma derrota no voto direto dos torcedores, compensando-a com um inchaço nas categorias de Sócios Eméritos e Beneméritos.

O sistema eleitoral vascaíno é grotesco.

Os sócios elegem uma chapa do Conselho, com o direito de preencher 120 vagas nesse órgão, e a segunda colocada elege mais 30. Os 150 novos membros juntam-se a outros 150 Conselheiros Beneméritos e Grandes Beneméritos do clube e elegem o Presidente. 

Um modelo mais para Cuba e Venezuela, e que estava pronto para ser aplicado no Brasil se não fosse a Lava Jato. 

Como existiam 20 vagas em aberto, Miranda conseguiu aprovar mais 17 novos Beneméritos, e depois mais 26, entre os quais serão tirados três para completarem os vinte faltantes.

Com isso o cartola irá ganhar a eleição, e permanecer no cargo por mais um longo período.

Esse é o modelo adotado pelos clubes brasileiros, cujo poder só perde uma eleição se assim o desejar.

O caso está na Justiça.

Uma vergonha, são fatos como esse que ajudaram a afundar o nosso futebol. 

NOTA 5- AS TAXAS DE OCUPAÇÃO DOS ESTÁDIOS BRASILEIROS

* A maior competição nacional é o Brasileirão, que só colocou nos estádios em 190 jogos 2.026.682 pagantes, o que representa apenas 2,5% do potencial de demanda, e que é reduzida pela repetição dos mesmos torcedores em diversos jogos.

Tais números mostram que o Brasil não é o país do futebol, ilusão essa que é vendida de forma errada pelas mídias.

Temos repetido várias vezes, que o nosso país é do cinema, desde que os números dos espectadores das telonas são acachapantes em relação a esse esporte.

No ano de 2017 a taxa de ocupação nas maiores  competições que envolvem os clubes brasileiros, mostra que existem espaços a serem explorados, mas a gestão do Circo não entende, desde que para essa a única coisa que existe é a sua galinha dos ovos de ouro, que eles chamam de seleção.

LIBERTADORES- 65%,

BRASILEIRÃO- 40%, 

SUL-AMERICANA- 33%,

COPA DO BRASIL-32%,  

SÉRIE B- 16%,

SÉRIE C- 12% e,

SÉRIE D- 4%.

Em 14 anos de Brasileirão jamais a média de público ultrapassou 18.000 por jogo. Em 2017 essa é de 16.014.