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Escrito por José Joaquim

Ao acompanharmos o futebol brasileiro de hoje, sempre olhamos pelo retrovisor do tempo para  analisarmos o de ontem, assim como nos dirigimos para projetar o seu possível futuro.

O analista deve ter a ideia real do passado, acompanhar o presente e vislumbrar o que poderá acontecer na frente. Deve utilizar a máquina do tempo.

Obvio que o futebol não poderia ser um fato isolado no contexto do país. O praticado na época passada não tinha a cara de rico como o atual, mas a compensação era dada por bons jogos, especialmente pelos grandes craques.

O Brasil do passado não era rico como o de hoje, mas não tínhamos crianças nas ruas, moradores de ruas e tráfico de drogas, a corrupção não era uma palavra conhecida.

A educação tinha como base a escola pública, que era de primeira qualidade, e além de um ensino primoroso, formava os talentos esportivos.

Nos lembramos da década de sessenta em nossa Faculdade, quando 50% a 60% dos alunos eram provenientes dos colégios do estado, e nos duros vestibulares eram aprovados nas provas escritas e orais, com excelentes notas. Hoje se escreve xadrez com CH.

No Brasil rico de hoje os políticos são a atração das páginas policiais, e a escola pública tem uma única atração, a merenda escolar.

Quando o retrovisor do tempo nos mostra o ontem, vislumbramos pessoas sentadas nas portas das suas casas, em conversas com seus vizinhos. Hoje aqueles que podem se trancam em condomínios fechados, se isolam do mundo e andam de carros blindados. Os que não tem condições sofrem com a violência urbana, e que em muitos casos acabam no IML.

No futebol de ontem imperava a democracia. Os estádios recebiam bons públicos, com torcedores de clubes diferentes se acomodando juntos, sem a separação de camisas. Eram torcidas não organizadas e amadoras. Brigas quase não existiam, a não ser discussões pontuais.

No futebol de hoje, tal fato torna-se totalmente impossível, desde que as torcidas organizadas tomaram conta do pedaço, e expulsaram dos estádios os tradicionais torcedores. A violência impera.

No passado não muito remoto, existiam craques nos gramados, principalmente aqueles jogadores forjados em suas próprias regiões. Tínhamos Pelé e Garrinha em idos um pouco mais antigo, assim como em Pernambuco eram tantos que fica difícil de se mesurar.

Uma relação extensa que daria para a edição de um livro, mas para efeito comparação vamos anotar alguns nomes que ficaram marcados na história local desse esporte. Os gramados recebiam Bita, Nino, Lala, Ivan, Salomão, Fernando Santana, Luciano Veloso, Erb, Givanildo, Vadinho, Assis Paraíba, Roberto, Luiz Carlos, Amilton Rocha, Leonardo, Juninho e, tantos outros.

No passado jogávamos de igual para igual com os grandes clubes do Sudeste e Sul do Brasil. Hoje dificilmente conseguimos nos impor perante esses. Somos meros figurantes.

No Brasil a concentração de renda não era tão imoral como a de hoje, que tem em dois estados uma participação de quase 50% (São Paulo e Rio de Janeiro), e não era tão explicita como no futebol atual, que estabeleceu uma desigualdade nunca dantes acontecida.

Um país rico com uma distribuição de renda igual aos mais pobres da África, e com um futebol concentrado nas mãos de um pequeno grupo em detrimento da grande maioria.

São comparações vistas pelo retrovisor, e que podem servir para uma reavaliação do futebol brasileiro, pensando em seu futuro, que pelo andar da carruagem só a Deus pertence, pois se depender dos nossos homens nada teremos a comemorar.

Escrito por José Joaquim

 NOTA 1- A DERROTA DO SISTEMA 10-1 

* Três jogos deram continuidade a 20ª rodada da Série B Nacional, e entre esses o do América-MG e Náutico, com a vitória do primeiro por 1x0, somando 39 pontos e se garantindo na liderança por mais uma rodada.

O primeiro tempo do alvirrubro de Pernambuco foi grotesco, quando abdicou totalmente do ataque, adotando uma retranca do sistema do ônibus na formatação 10-1.

Obvio que o time mineiro com paciência iria conseguir o seu gol, o que na verdade aconteceu. Esse período foi tão grotesco que a equipe da casa teve 82% de posse de bola, contra 18% do alvirrubro. Um recorde mundial.

O equívoco do Náutico foi confirmado na segunda etapa quando o time foi liberado, com mais um atacante, e que chegou a criar algumas situações contra a meta adversária, numa comprovação de que poderia ter sido diferente se tivesse jogado para ganhar.

O América-MG nessa fase pouco jogou, e o goleiro da equipe da Rosa e Silva não teve nenhum trabalho.

No geral foi uma pelada medíocre, onde o menos ruim, conseguiu ganhar por 1x0 do mais ruim, que apresentou-se com uma tática covarde.

Com o jogo de ontem o Náutico somou 12 derrotas, faltando apenas sete para abraçar a Terceira Divisão.

Nos outros jogos, o Vila Nova manteve-se no G4 ao derrotar o BOA por 1x0, e o Brasil de Pelotas em um jogo bem movimentado ganhou do cavalo paraguaio montado pelo Guarani por 1x0.

Esse resultado foi péssimo para os clubes que estão na luta contra o rebaixamento que tinha o time gaúcho entres esses, que deu um salto, ingressando embora de forma provisória na primeira página da tabela de classificação.

NOTA 2- SANTA CRUZ E NÁUTICO NA LUTA CONTRA A DEGOLA 

* Somos questionados sobre as situações de Santa Cruz e Náutico na tabela de classificação e as possibilidades de que posam saír dessa zona turbulenta.

O tricolor nos seus últimos jogos tem mostrado uma queda perigosa com relação aos resultados. Somou 23 pontos, em 60 disputados, 38% de aproveitamento.

Para escapar da degola necessita de 21 pontos dos 54 a serem jogados (39%). O time tem o mesmo número de jogos em casa e fora dessa (9).

Como mandante será 3 confrontos diretos com equipes que lutam para não serem rebaixadas, Goiás, Luverdense e  Náutico e, 4 como visitante, ABC, Figueirense, Brasil e Paysandu.

Por outro lado, o Náutico tem 14 pontos (28%), e necessita de 30 dos 54 em disputa (55%), ou seja dobrar a sua performance.

Como mandante tem 4 confrontos diretos com os rivais que lutam contra a degola: Figueirense, ABC, Paysandu e Brasil, e como visitante 3, Luverdense, Santa Cruz, e Goiás. Nesse item leva uma ligeira vantagem para o tricolor.

Os clubes com posições melhores que o time do Arruda irá enfrentar em casa são os seguintes: CRB, Ceará, América-MG, Oeste, Paraná, Vila Nova e Juventude. Fora- Guarani, Londrina, Internacional e Vila Nova.

Do lado alvirrubro, os confrontos em casa serão com o Internacional, BOA, Guarani, Londrina e Vila Nova, como visitante, Ceará, Oeste, Paraná, CRB, Juventude, e Criciúma. 

O Santa Cruz tem maiores condições de fugir degola, mas hoje as chances de ser rebaixado é de 40,5%, enquanto o Náutico essa é de 90.3%.

Não acreditamos que vá acontecer uma fuga do alvirrubro, desde que a sua pontuação está além das necessidades, e com relação ao tricolor, poderá escapar mas vai depender da situação financeira.

Pernambuco corre o sério risco de ter dois clubes rebaixados, que deverão fazer companhia ao ABC e Paysandu, desde que hoje pelas projeções efetuadas, o Santa Cruz poderá chegar aos 41 pontos, e o Náutico aos 28.

Como são cálculos de acordo com os dados do presente momento, obvio que poderão acontecer algumas modificações nesses números para mais ou para menos.

É fazer as contas e rezar.

NOTA 3- OS EXEMPLOS DO FUTEBOL ALEMÃO

* A Bundesliga trabalha sempre buscando a melhor qualidade no atendimento aos torcedores dos seus clubes.

Na última quinta-feira, a entidade anunciou algumas medidas que poderão melhorar os Campeonatos da Primeira e Segunda Divisões.

O assistente de vídeo que foi testado na Super Copa da Alemanha vai ser implantado em todos os seus jogos. 

Por outro lado para garantir a transparência, os estádios irão transmitir as partidas de forma direta pelos telões que deverão sem implantados.

Além disso, todos os campos deverão cobertura  total nas suas arquibancadas para proteger os seguidores dos clubes da chuva e do sol no tempo do verão.

São medidas excelentes para dar um maior conforto a todos aqueles que frequentam os estádios, e para a transparência das competições.

No Brasil a experiência do árbitro de vídeo tirou um campeonato de um clube. Certamente o equipamento deve ter vindo de Brasilia, a capital do país da corrupção.

NOTA 4- UM MODELO SUPERADO DE GESTÃO

* O Palmeiras somente com Felipe Melo que treina em separado tem um custo mensal de quase R$ 600 mil. O São Paulo com seus jogadores afastados tem uma despesa que chega perto dos R$ 900 mil. O Corinthians tem uma despesa com Christian de R$ 500 mil por mês.

Que gestões são essas?

O clube contrata jogadores e quando os técnicos são demitidos, os que chegam sempre escolhem entre esses alguns para barra-los e solicitam contratações de novos. Muitas vezes fazem empréstimos para outras agremiações pagando os seus salários.

O jogador é um funcionário como outro qualquer, e tem um contrato de trabalho que pode ser rescindido com o acorda das partes, mas no futebol o modelo grotesco e irresponsável é o de transferi-los para outros locais de treinamentos separados do elenco em atividade.

É uma burrice patológica e dinheiro jogado pela janela. Os cartolas que os contrataram nada perdem, e sim as finanças dos clubes.

O caso de Felipe Melo não tem muitas alternativas para o alviverde paulista, desde que o jogador bem assessorado por advogados solicitou ao clube a sua reintegração. Caso não seja atendido, deverá entrar na Justiça do Trabalho pedindo a rescisão do seus contrato por conta da privação do exercício  da profissão.

No tricolor paulista existem quatro jogadores que estão fora dos seus planos. O último foi Cicero que tem um contrato até 2018, e com um agravante de ter disputado mais de seis jogos no Brasileirão, que não permite jogar por outro clube dessa divisão.

Wesley e Lucão que estão fora do elenco, também já ultrapassaram os limites de atuação impostos pelo Regulamento da Competição.

O mais correto seria um acordo para a liberação dos profissionais, do que uma alta despesa todos os meses sem o menor retorno.

Esse é o modelo de gestão que é adotado por nosso futebol, que é dirigido por pessoas que pouco conhecem de planejamento.

NOTA 5- RENAN CALHEIROS ATACA DUNGA E RECEBE UMA RESPOSTA DURA

* Renan Calheiros o famoso Senador das Alagoas, para criticar o governo de Michel Temer, fez uma analogia com a seleção que foi comandada por Dunga, inclusive comparando-o com o presidente do país.

O técnico ao tomar conhecimento chamou o senador de oportunista e o desafiou para um teste de popularidade. ¨Oportunista. Só tenho pena, não mágoa. Ele não nos representa. Desafio ele a andar na Avenida Paulista comigo, quero ver quem é mais respeitado¨, declarou.

Obvio que Calheiros não teria coragem de andar na Avenida Paulista, ou em qualquer outra do Brasil, a não e ser em sua cidade do interior de Alagoas.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- UMA PEDREIRA PARA O NÁUTICO

* O Náutico inicia na noite de hoje a sua jornada na busca do quase impossível, o de deixar a zona da degola enfrentando o líder da competição, América-MG.

Enquanto o time mineiro somou 36 pontos no turno inicial, com um aproveitamento de 63,0%, o da Rosa e Silva conquistou apenas 14 (25%). A diferença entre esses é grande.

O América-MG passou 12 rodadas sem perder um jogo, quebrando essa sequencia no seu em encontro na última rodada com o CRB jogando como visitante.

O Náutico vem de uma vitória atuando em casa contra o Luverdense.

Como mandante o Coelho tem a segunda melhor performance com 73,33%, enquanto o Timbu como mandante é o 17º com 25,73% de aproveitamento.

As chances de vitória para a equipe das Minas Gerais é de 80%, por conta do nível dos dois times.

NOTA 2- O DESTRUIDOR DE CAMPEÕES

* O Botafogo é incrível e ao mesmo tempo brilhante.

Com poucos recursos se comparados aos do Palmeiras, Flamengo e Atlético-MG que foram eliminados da Copa Libertadores, o alvinegro derrubou o quinto campeão desse torneio, ao derrotar o Nacional do Uruguai por 2x0.

Antes tinha ganho do atual campeão, o Atlético Nacional-CO, Colo-Colo-CH, Estudiantes-ARG e Olímpia-PA.

Com cinco minutos de bola rolando o alvinegro carioca resolveu a partida quando formatou o placar.

Não jogou uma grande partida, mas conseguiu segurar a pressão do time uruguaio, que no final perdeu a cabeça, e teve dois jogadores expulsos por conta de faltas violentas.

Os torcedores do Nacional destruíram diversas cadeiras, e foram contidos pela Policia. Foi o lado ruim do jogo.

Além dessa boa vitória do Botafogo que redimiu o nosso futebol do vexame que foi protagonizado por Palmeiras e Atlético-MG, a sua torcida foi o ponto maior do encontro, com um pouco mais de 40 mil torcedores, vestindo as camisas alvinegras, e não parando com os cantos nenhum minuto.

Esse é o futebol que todos nós queremos, com um time simples que vem mostrando que para ser vencedor não precisa ser milionário.

No outro jogo da competição, dois clubes locais se encontraram, e o futebol foi ingrato para o Atlético-PR que colocou o Santos na roda, dominou até o final do jogo, quando Bruno Henrique marcou para o time santista consolidando a classificação para as quartas de final da Libertadores.

O time paulista tinha a vantagem por conta do resultado do jogo de ida, e atuou retrancado, suportando o massacre, se garantindo graças ao goleiro Vanderlei que fez milagres, Lucas Verissimo que tirou duas bolas na linha do gol, e da trave que não estava ao lado do rubro-negro paranaense.

Um jogo do ataque contra a defesa, que foi resolvido no contra golpe.

Os Deuses do Futebol foram maldosos com o Atlético-PR.

Convocar Cassio para a seleção do Circo no lugar do goleiro santista só mesmo no futebol brasileiro, que tem muitas mumunhas.

NOTA 3- TROCAS DE TÉCNICOS

* Palmeiras e Atlético-MG são dois bons exemplos de que mudanças de treinadores numa temporada, muitas vezes não trazem resultados positivos

Eduardo Baptista após cinco meses no comando do alviverde, em 23 jogos,  deixou um aproveitamento de 68%. Foram 14 vitórias, 4 empates e 5 derrotas. Apesar disso, os  gênios que dirigem o clube resolveram fazer a dança das cadeiras e trouxeram de volta o técnico Cuca para implantar mais uma vez o Cucabol. 

Deram com a cara no chão e saíram muito arranhados, desde que o time não saiu do lugar,  jogando um futebol desorganizado, e a sua apoteose foi a derrota para o Barcelona de Guayaquil, um clube do Equador cujo elenco tem um valor de 22,30 milhões de euros, contra 65,5 milhões de euros do time paulista.

Nem o Cucabol funcionou.

No Atlético-MG os seus cartolas usaram dos mesmos procedimentos, quando sacaram Roger Machado, substituído-o por Rogerio Micale.

Sob o comando do ex-técnico, o aproveitamento do Galo Mineiro foi de 43,0%, quando disputou 42 jogos, com 22 vitórias, 8 empates e 11 derrotas.

Conquistou o título do Campeonato Mineiro que na verdade não é lá grande coisa, e deixou o time classificado na fase de grupos da Libertadores em primeiro lugar, com o direito a  jogar a segunda partida na fase de mata-mata como mandante.

Foi eliminado por um time simples da Bolívia, o Jorge Wilstermann, cujo elenco tem um valor de 3,75 milhões de euros, contra 65,7 milhões de euros do alvinegro mineiro.

A reação da torcida mineira foi bem agressiva após o jogo. Além da sonora vaia quando o time saia do campo, quebraram o túnel de acesso aos vestiários, com chutes.

O ¨Eu Acredito¨ desapareceu, para dar lugar as agressões. 

Tais fatos evidenciam de forma bem clara que os problemas não se resumiam apenas aos treinadores, e que o buraco aberto é muito mais profundo do que se pensa.

Com a derrota, o Palmeiras deixou de receber a cota da Conmebol de R$ 3,5 milhões, o mesmo acontecendo com o Atlético-MG, que já tinha somado quinze dias antes um outro prejuízo de 1,5 milhões por conta da eliminação da Copa do Brasil.

No final de tudo os maiores culpados são o cartolas que não planejam devidamente os seus clubes, e como não podem ser demitidos arrumam os bodes expiatórios.

NOTA 4- ALGUÉM CONHECE DALBERT? 

* Mais uma vez descobrimos um jogador brasileiro em gramados europeus, que não mostrou o seu futebol ao torcedor nativo em jogos de profissionais.

Ao lermos no dia de ontem o jornal italiano Gazetta Dello Sport, tomamos conhecimento de que o lateral brasileiro Dalbert estava sendo contratado pela Inter de Milão.

O atleta que foi o destaque do Nice da França na temporada anterior, aceitou a proposta da Itália, a apareceu nas redes sociais do clube como a sua nova cara. 

O valor da transação foi de 20 milhões de euros, R$ 73,8 milhões.

Esse é mais um daqueles que começam a carreira na base de algum clube quando surge um empresário que o encaminha para o Velho Continente.

Pesquisamos sobre a sua vida como jogador, e verificamos que começou na base do Barra Mansa do Rio de Janeiro, e passou pelas divisões inferiores de Flamengo e Fluminense.

Saiu do Brasil para Portugal, onde atuou em vários clubes, seguindo para a França onde firmou-se e teve a sua valorização.

Na realidade o país continua produzindo jogadores que não são vistos ou aproveitados pelos nossos clubes, e que de repente aparecem com destaque na Europa.

Gostaríamos de saber se existe uma pessoa que visita o blog, que já tenha ouvido falar sobre Dalbert?

NOTA 5- DIEGO SOUZA E A SELEÇÃO

* Não entendemos a surpresa de nossas mídias quando na entrevista coletiva do treinador da seleção do Circo, para apresentar a relação dos convocados para os dois jogos pelas Eliminatórias para a Copa de 2018, não surgiu o nome de Diego Souza.

Aliás temos a certeza de que nem o jogador nutria essa esperança.

Apesar de ter se saído bem nas outras convocações, o atual momento do profissional é de viés de baixa, e os auxiliares do técnico dessa tal seleção acompanham todas as atividades dos relacionados.

Nós tínhamos a certeza de que a convocação não iria ser feita para dar lugar a Firmino, e também por um atleta que há muito já deveria ter sido relacionado, Luan, do Grêmio que é o melhor profissional em atividade no Brasil, e seu único talento promissor.

Tal fato poderá tirar-lhe da Rússia direto para a Inglaterra.

Quem viver verá.

Escrito por José Joaquim

A derrotas sofridas pelo Atlético-MG e Palmeiras para clubes sem grande expressão no futebol Sul-Americano, nas oitavas de final da Copa Libertadores, não foi surpresa para quem analisa o futebol brasileiro sem paixão, sem compromissos, desde que basta observar as suas campanhas no atual Brasileirão.

Foi criada uma ilusão de que o dinheiro resolve tudo, que na verdade se mal aplicado provoca uma destruição.

Nunca vimos em nosso país um jornalismo tão arraigado a conceitos superados, vendendo ilusões aos torcedores de que os nossos clubes vão bem, quando a realidade é bem outra. Os resultados são claros.

Por um acaso, recebemos uma mensagem remetida pelo jornalista Claudemir Gomes com uma frase de um livro escrito no ano de 1920, da autoria da escritora russa Ayr Rand, da qual conhecemos uma boa parte de sua obra, e podemos enquadra-la no atual futebol brasileiro.

A filosofa expõe a teoria do Objetivismo, onde cita nessa o regime da INEPTOCRACIA, algo que existe em nosso futebol.

Não somos adeptos dos conceitos emitidos pela filosofa, desde que são arrogantes e individualistas, mas na verdade servem para encaixar o Brasil e o seu futebol, por conta do conteúdo brilhante.

Nos livros  publicados, Ayr Rand considera de forma explicita que o governo é potencialmente a maior ameaça aos direitos dos homens, pelo seu comportamento. Os direitos dos indivíduos são colocados de lado pela forma de se governar.

Por outro lado alguns questionamentos são feitos, e que também nos transportam ao futebol do Brasil em seu atual momento.

¨Quando você perceber que para produzir precisa obter autorização de quem não produz nada, quando comprova que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores, quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, pelo contrário, são eles que são protegidos, algo deve estar acontecendo¨. 

Ou ainda ¨quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício, então poderá afirmar sem ter medo de errar, que sua sociedade está condenada.

Há 97 anos atrás uma filosofa enquadrou o Brasil atual e o seu futebol.

Esses são os conceitos que formatam a INEPTOCRACIA, que é uma forma de governo no qual os menos capazes de liderar são eleitos pelos menos capazes de produzir, e no qual os menos capazes de se auto-sustentar e de alcançar o sucesso, são recompensados com bens e riquezas confiscadas de um número cada vez menor de produtores.

Nada mais, nada menos que a formatação da governança do futebol brasileiro, quando os menos capazes e uma minoria elegem os seus dirigentes, e esses concentram as suas riquezas em detrimento dos clubes, que são os mais afetados pelo sistema da INEPTOCRACIA reinante no esporte,  desde que eles são os verdadeiros produtores.

Os ineptos tomaram conta do futebol por conta de uma sociedade anestesiada, que nada faz para mudar o sistema, e por isso o país que sempre teve esse esporte como um dos mais importantes do mundo, apequenou-se e vive de sonhos e ilusões, que são recebidas por seus torcedores.

Ou muda ou morre de inanição, sofrendo vexames como os da última quarta-feira.

Essa artigo serve para mostrar que em 1920 o pensamento estava bem perto do nosso país de 2017.

Que o diga a LAVA-JATO.

Escrito por José Joaquim

Ontem em um conversa com o jornalista Claudemir Gomes sobre os assuntos do futebol, perguntamos o que esse achava sobre a razão dos estádios brasileiros não alocarem um público médio constante durante toda a temporada, bem diferente do que acontece na Europa.

A resposta foi rápida: uma questão de cultura e de civilização.

O Brasil tem mais de 500 anos de vida e não é mais um adolescente no mundo, mas não consegue se comportar como um adulto.

No futebol os estádios aumentam o seu público quando os clubes vão bem, ou no inverso, quando estão à beira da morte nas competições.

Na verdade, o torcedor europeu tem uma cultura muito diferenciada da nossa com relação a frequência aos jogos de futebol. Clubes que estão na parte inferior da tabela continuam recebendo os torcedores de forma normal, e com os estádios sempre cheios.

Na própria Argentina, país vizinho, esse modo de proceder também acontece, enquanto no Brasil foi sedimentada uma cultura da vitória, ou seja quando se ganha a movimentação do público cresce, e quando se perde, desaparece. Só volta a crescer quando o carrasco da degola está afiando a sua lamina para cortar quatro cabeças. 

Tal fato vem acontecendo com os nossos clubes que estão disputando a Série B, com médias abaixo do previsto, cujos torcedores não estão comparecendo aos jogos por conta da falta de objetivos maiores, já que as suas campanhas estão rolando ladeira abaixo.

Na verdade o brasileiro não gosta do esporte, e sim de ganhar. Essa é a essência de nossa cultura esportiva. Um vice-campeonato numa competição mesmo de boa expressão é uma derrota e não merece ser comemorado. A única coisa que interessa é o título de campeão, que só cabe apenas para um participante.

Uma campanha boa, com uma colocação bem razoável é desprezada, e afugenta os seguidores do campo de jogo. Todos só desejam a vitória, ganhar seja como puder, e mesmo com boas colocações para esses não interessa. 

Essa cultura produz uma média de público nos estádios que nunca irá chegar ao patamar europeu, desde que o nosso torcedor só vai a um jogo quando tem algum interesse em uma classificação futura.

Enquanto não aprendermos que o valor maior em todo o processo é o clube, independente de suas atuações, e que no esporte existem três resultados: ganhar, empatar ou perder, esse sistema nefasto não será modificado, e os estádios continuarão com a ociosidade de 60% dos assentos disponíveis.

Precisa haver um entendimento da importância da disputa. Quem perde hoje, pode ganhar amanhã, e que mesmo uma boa colocação com bons jogos faz parte do sistema.

A cultura do só ganhar realmente é perniciosa, e produz os seus reflexos na ausência dos torcedores nos eventos esportivos, e esse é o modelo adotado no país.

Enquanto os torcedores não entenderem que o importante é disputar bem, e que as conquistas chegam com o passar do tempo, iremos observar estádios vazios, com os zumbis vagando sobre esses.

Além dessa cultura, o torcedor sofre com a violência, e quem perde é o futebol.