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Escrito por José Joaquim

Em 2015 uma pergunta era formulada pelos torcedores do futebol: O Brasileirão morreu? Tudo por conta da liderança do Corinthians, com boa folga para os adversários.

Nessa ocasião as mídias esportivas do país insistiam na tese de que a arbitragem com os seus erros grotescos, se tornara protagonista da competição.

Dois anos após tais fatos, estamos ouvindo a mesma pergunta, as mesmas análises e o mesmo personagem central, Corinthians.

O Brasil é um país que só evoluiu no sistema da corrupção, que minou todos os seus alicerces. O futebol se tornou repetitivo. Nada mudou, nem a cartolagem. 

Na realidade tanto em 2015 como na atual temporada, o alvinegro do Parque São Jorge era o melhor da competição, com uma campanha muito boa, embora tenha dado chance aos adversários quando foi derrotado pelo Vitória da Bahia, e agora mais uma vez com outra queda perante o lanterna Atlético-GO, e apesar disso esses não estão sabendo tirar proveito de tais situações.

O que estamos acompanhando dentro dos campos de jogos, é nada mais, nada menos, do que a continuidade de uma lenta agonia que levou à morte a maior competição do Brasil.

Quem analisa o futebol brasileiro, sem a paixão de torcedor, ou dos interesses financeiros, sabe muito bem que o seu campeonato maior foi abandonado por um comando apodrecido, que cuida apenas de uma seleção de estrangeiros, que é a sua vaca leiteira, e produtora de um leite muitas vezes mentor da corrupção, como aconteceu com as suspeitas contra dois ex-presidentes do Circo, e do atual.

A agonia começou com a distribuição das cotas da televisão, que provocou uma abismo profundo entre os disputantes, com a perda da competitividade. O papel preponderante desse primeiro golpe foi a afamada Rede Globo.

O Brasileirão tornou-se um campeonato previsível, e que só acontece uma novidade por conta das péssimas gestões dos clubes, que torram o dinheiro sem a formatação de um bom elenco.

O Brasileirão ingressou na UTI por conta de um calendário suicida, com diversos torneios de forma paralela fazendo com que alguns clubes disputantes tivessem outras opções, o abandonando. Era uma morte anunciada.

O Brasileirão foi entubado quando os cartolas resolveram mudar o sistema democrático da Copa do Brasil, para o plutocrata de hoje, ao permitir a participação dos clubes que estavam na Copa Libertadores.

Não sabemos a razão do  Circo e seus malabaristas estenderam a competição, em paralelo com o campeonato que deveria ser maior, ou seja ajudaram na sua enfermidade, apequenando-o.

Os médicos da UTI reuniram-se e tomaram a decisão de desligar os aparelhos do quase falecido, no momento que os inteligentes cartolas aprovaram de forma açodada a extensão para toda a temporada, das Copas Libertadores e Sul-Americana.

O Brasileirão ficou espremido entre duas Copas que distribuem recursos bem maiores do que esse. De protagonista no passado, tornou-se um figurante no Calendário. 

Uma grande melada bem digna de nosso Continente, cujos cartolas só pensaram no dinheiro, e esqueceram da realidade, de que quantidade não é qualidade.

Por fim os aparelhos foram desligados, e o Brasileirão resistiu por poucos minutos, partindo para um mundo melhor, deixando na terra uma entidade cujos dirigentes quando pensam, o pensamento fede, e que no ato final tirou o sabor da competitividade do finado, quando doze dos vinte participantes estão classificados para as duas Copas Continentais, ou seja não precisam lutar muito para a conquista dessas vagas.

Com menor número a luta seria outra, e sem uma boa qualidade técnica, o campeonato poderia se tornar competitivo, por conta da busca dos espaços pelos competidores.

Triste realidade, com um defunto sendo cremado, e clubes perdidos no tempo e no espaço.

Nós merecemos.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- MAIS UMA DERROTA DO SANTA CRUZ

* O apito amigo até que ajudou o Santa Cruz ao validar o gol de Grafite que estava em completo impedimento, mas a paixão pelo carrasco da degola falou mais alto, e o CRB de forma justa virou o placar e saiu do Arruda debaixo de um temporal com um 2x1, que lhe deu um empurrão para as proximidades do G4.

Um jogo em que o tricolor tentou algo de forma tímida na primeira fase, e totalmente dominado na segunda quando o rubro das Alagoas fez o placar da vitória.

O Santa Cruz já desistiu há muito tempo da competição. Não tem vontade de jogar, entra em campo apenas para cumprir tabela e passar vexame.

O seu time é muito fraco tecnicamente, dentro do campo é um bumba-meu-boi desorganizado.

Essa  foi a sétima rodada sem vitória e a sexta derrota consecutiva, fato esse que o deixou na zona do rebaixamento.

Como uma diretoria contrata uma multidão de atletas, ficando apenas na quantidade, desde que a qualidade passou bem longe do Arruda?

Nem Freud poderia explicar.

O CRB foi melhor, mereceu a vitória, e como já citamos em uma postagem anterior, tem um jogador que merece ser analisado pelos clubes do nosso futebol, o meia Chico, autor do gol da vitória do seu time. Sabe jogar, e tem muita qualidade.

O futebol de Pernambuco atravessa o pior momento de sua história, com os seus dois clubes da Série B na zona do rebaixamento. No final, sobrou para o técnico Givanildo Oliveira que foi demitido. 

Nos demais jogos da tarde, o Vila Nova manteve a sua posição ao derrotar o ABC por 2x0, ajudando a afundar mais a equipe de Natal, que completou a sua 14ª derrota.

No outro jogo o Oeste venceu o BOA com uma goleada acachapante de 4x1.

No período noturno tivemos dois jogos com times que estão na luta contra a degola.

Em Lucas do Rio Verde, o Luverdense obteve uma vitória importante aos 48 minutos do segundo tempo, no seu confronto com o Londrina.

O placar de 1x0 deu-lhe um espaço de 3 pontos sobre o Figueirense, o primeiro da zona do rebaixamento.

No outro encontro, o Figueirense foi o único time que encontra-se nesse setor perigoso a vencer, derrotando o Guarani por 2x1.

ABC, Náutico e Santa Cruz foram derrotados.

Final da 22ª rodada, com os clubes de nosso estado como fantasmas  na competição.

O Salgueiro também não obteve a vitória desejada, ao empatar em casa com o Sampaio Correa (1x1).

Um final de semana melancólico.

NOTA 2- A HISTÓRIA SE REPETE COM MAIS UMA DERROTA DO CORINTHIANS

* A 22ª rodada do Brasileirão começou com uma surpresa, a vitória do Vasco sobre o Fluminense.

O time vascaíno aproveitou a sua única bola e fez o resultado de 1x0, que perdurou até o final, apesar da luta do tricolor pelo empate.

No período noturno a zebra correu solta e leve na Arena de Itaquera, repetindo o que aconteceu no jogo contra o Vitória da Bahia, locatário da zona da degola, o Corinthians sofreu mais uma derrota, dessa vez para o Atlético-GO, lanterna da competição pelo placar de 1x0.

Foi o replay do que aconteceu no jogo anterior, com o time de Goiás bem postado, oferecendo a bola ao adversário, e esse não sabendo aproveitar, no contra ataque definiu o marcador.

O time alvinegro desorganizado, desesperado partiu para o ataque sem a obtenção do seu gol de empate.

O mesmo roteiro desenhado no jogo do Vitória da Bahia, com dezenas de bolas aéreas, com a defesa rubro-negra cortando.

O Brasileirão mais uma vez abre as suas portas para um maior nivelamento, mas tal fato depende dos times disputantes, e pelo andar da carruagem será difícil de acontecer, embora nos seus últimos jogos, o Corinthians esteja apresentando uma queda no seu rendimento.

Dois times com as mesas cores, ambos na zona da degola criaram um espaço para ressuscitar o Brasileirão.

NOTA 3- O MUNDO BIPOLAR DO FUTEBOL

* Renato Gaúcho após a eliminação do Grêmio da Copa do Brasil, viu o mundo virar de cabeça para baixo.

Do técnico genial, cujo time jogava o melhor futebol do momento, passou a sofrer duras criticas pela priorização das duas Copas em detrimento do Brasileiro.

Na verdade os que hoje criticam, nunca falaram ou escreveram sobre o assunto, e sempre deram o apoio a tal decisão.

Hoje Renato foi o mentor de um erro grave, imperdoável segundo os críticos, e tem que ser sacrificado.

Na realidade, na natureza as aves de rapina ficam sempre na espreita de sua próxima vítima, esperando o momento para o bote fatal, e isso acontece na vida, quando aqueles que ousam afrontar o status quo, sempre no final se o que pretenderam não deu certo, as pauladas cantam em suas costelas.

Em todos os artigos que escrevemos citamos que a decisão do Grêmio era temerária e com alto risco, mas os seus dirigentes a abraçaram por conta de um caminho mais curto para os seus objetivos.

O treinador é diferenciado em suas atitudes, fala o que não querem ouvir, e por isso na primeira queda foi condenado ao apedrejamento.

Se acontecesse o inverso com o time gaúcho sendo vencedor, o que todos diriam? 

Em pouco tempo o gênio passou a ser incompetente.

NOTA 4- O CUSTO BENEFÍCIO DOS CLUBES CARIOCAS

* Em oitavo lugar, o Fluminense foi o clube da Série A do Brasileiro que menos gastou para montar o seu elenco. Com muitos jovens formados em Xerém, a equipe carioca tem o melhor custo benefício da competição, que é calculado em relação ao valor do elenco/pontos conquistados.

Por sua vez, o Flamengo, que está em quinto lugar, tem um dos piores, já que tem o elenco mais caro do Brasil. As informações são do site Transfermarkt.

No meio da tabela, Vasco (25 pontos) e Botafogo (28 pontos), gastaram valores parecidos com os seus jogadores.

O elenco do tricolor (30 pontos) está avaliado em R$ 93,1 milhões, o do Botafogo em 94,9 milhões, o do Vasco em 96,8, o do Flamengo (32 pontos), R$ 244 milhões.

O pior custo benefício entre os 20 clubes que disputam o Brasileirão é o São Paulo (23 pontos). Na zona do rebaixamento, o tricolor do Morumbi, investiu cerca de R$ 218,2 milhões para formar o seu elenco.

NOTA 5- OS ADORADORES DE NEYMAR MURCHARAM

* Somos meticulosos na busca de detalhes sobre momentos de um jogo de futebol.

Não assistimos ao vivo o jogo do Paris Saint Germain e Saint Étienne, mas vimos os melhores lances em um vídeo no dia de ontem.

Uma cena bem marcante mostrou a realidade da atuação de Neymar nesse jogo, quando após o segundo gol de Cavani a sua fisonomia junto ao uruguaio era de quem não estava gostando nada do que acontecia, quando os focos estavam sendo direcionados a um outro jogador.

O brasileiro ficou com cara de quem tomou um chá de guarda-chuva.

Todos nós sabemos que esse é um excelente jogador, mas como temos o conhecimento que o campeonato francês é o quinto da Europa, e que os dois primeiros times que o Saint Germain enfrentou estavam mais para o Bangu e São Cristovão, e que o Étienne é de um patamar mais alto, seria bem mais difícil para as demonstrações de Neymar, fato esse que aconteceu.

Os narradores e comentaristas que narram e comentam sempre algo de outro planeta ficaram murchos, e saíram na busca de alguns detalhes sobre a atuação do seu ídolo, que na verdade não foi aquela que se esperava.

O mais engraçado foi um artigo de um jornalista bem conceituado, sobre os melhores momentos do terceiro jogo de Neymar, publicado em uma de nossas mídias das mais importantes, que tornou-se o maior representante da DM que tomou  conta do Brasil futebolístico. 

Depois disso só o dilúvio, que certamente não seria de água, e sim de uma coisa que é tratada nas estações de tratamento de esgotos.

NOTA 6- O BRASILEIRÃO É REALIZADO EM PORTUGAL

* O jogador Eric do Clube Náutico que foi negociado com o Braga, à preço de banana nanica, quando assinar o contrato formará um time completo de brasileiros no clube.

Hoje esse conta com 10 profissionais oriundos do Brasil.

Quem assiste os jogos do Campeonato Português fica convicto que esse representa um novo Brasileirão, desde que os 18 clubes da Liga principal somam em seus quadros 132 brasileiros, que irá chegar a 133 com Eric.

O clube que tem menor número de profissionais do Brasil é o Sporting, com apenas dois. André e Elias espantaram os patrícios.

A seguir vem o Belenense, Boa Vista e Tondela (4), Benfica e Porto (5). Esses dois últimos são clubes de ponta.

Estoril FC com 12 jogadores ¨made-in Brazil¨ é o primeiro lugar  do ranking, seguido pelo Aves, Chaves (11), Braga e Maritimo (10).

O mais interessante desse fato, é que a maioria dos profissionais são desconhecidos do mundo futebolístico brasileiro. 

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- UM NOVO LÍDER NA SÉRIE B

* Finalmente o Internacional conseguiu após 22 rodadas chegar a liderança da Série B, ao derrotar no Beira Rio o Paysandu pelo placar de 3x2, em um jogo que parecia que seria uma goleada e que foi marcado pela resistência do time paraense.

Enquanto isso o time mais abarrancado do Brasil, o Paraná, teve mais uma vitória como mandante ao derrotar a equipe do Juventude por 2x0, e colando no G4.

O time paranista se não conseguir derrotar a síndrome do visitante, irá nadar e morrer na praia.

Em Fortaleza tivemos um dos piores jogos do ano, e que deixou bem claro o nível do futebol brasileiro e em especial o da Série B, quando um time fraco, com pouca qualidade como o Ceará, ao derrotar o Náutico por 1x0 continuar no G4 da competição.

O futebol apresentado pelos dois clubes foi abaixo de qualquer nível.

Os 97 minutos foram contemplados com chutões, faltas em excesso, passes errados, e apesar disso o time pernambucano teve chances de empatar após um pênalti ser defendido pelo goleiro cearense, além de duas bolas perdidas que poderiam se transformar em gols. 

Há um bom tempo que não assistíamos uma violência tão grande contra a bola, que depois do jogo fez um Boletim de Ocorrência na Delegacia do estádio. Estava bem machucada.

O alvirrubro perdeu uma boa chance de sair do Presidente Vargas com um resultado melhor, mas entrou em campo para não perder e não ganhar, e quando tentou modificar o sistema não conseguiu.

Completou a sua 13ª derrota, e poderá terminar a rodada com uma distância bem maior para o primeiro clube de fora da zona da degola.

Faltando 16 jogos para o final da competição, com 48 pontos a serem disputados, e com a necessidade de ganhar nove desses, a situação do Náutico voltou a ficar cinza e quase irreversível.

Na verdade o seu time é esforçado, mas não tem o tamanho real para que possa ter uma reação nessa reta final. 

NOTA 2- O SANTA CRUZ E ¨O PRIMEIRO ANO DO RESTO DE NOSSAS VIDAS¨ 

* O Santa Cruz na tarde de hoje irá receber a visita do alagoano CRB na continuidade da 22ª rodada do Brasileiro da Série B, numa posição bem complicada, alocado na zona do rebaixamento (17º).

Sugerimos a diretoria do tricolor que projete o filme ¨O Primeiro Ano do Resto de Nossas Vidas¨, para que o elenco possa se espelhar, e quem sabe conseguir uma vitória que há cinco rodadas não acontece.

O roteiro do filme é bem interessante, quando sete amigos que se formaram, reúnem-se para narrar o fim da inocência, os erros da adolescência, para chegarem a idade de encontrar o mundo real.

O time do Arruda deveria avaliar o que vem acontecendo, analisando a sua queda vertiginosa, e tentar a busca da realidade, que está clamando por uma vitória para fugir do carrasco da degola, e para tal só depende de si.

O Santa Cruz tem 23 pontos, com um aproveitamento de 37%, enquanto o CRB apresenta uma campanha bem melhor, com 29 pontos (46%).

Nos últimos cinco jogos o tricolor foi pífio, não conquistou nenhum ponto, enquanto o rubro alagoano somou quatro (26%).

Como mandante a equipe Coral tem 50% de aproveitamento dos pontos disputados, enquanto o CRB como visitante tem 30%.

Trata-se de uma partida com um alto grau de dificuldade, quando o Santa Cruz sequer pode pensar em derrota, que irá aumentar mais ainda os seus problemas, que na verdade não são poucos.

NOTA 3- ACREDITE SE QUISER!

* O que vamos mostrar parece mentira, mas na verdade não é. Trata-se da pura realidade.

O Cerro Porteño, um dos clubes mais tradicionais do futebol do vizinho Paraguai, inaugurou no último final da semana o estádio ¨O Nueva Olla¨, com capacidade para 45 mil pessoas.

Para o nosso espanto, o valor da obra foi de R$ 69 milhões, 4,0% do custo do Maracanã ou do Mané Garrincha.

O equipamento esportivo foi erguido em três anos, e contou com operários torcedores que tiverem desempenho de 30 a 40% acima dos demais funcionários.

O gramado foi plantado com as sobras de alguns estádios que foram construídos para a Copa do Mundo no Brasil.

O mais interessante é que se fosse no Brasil atual, um estadio como esse teria um custo de R$ 300 milhões por conta do nosso sistema corrupto.

Vimos a foto da sua inauguração, e constatamos que realmente o Cerro tem um bom equipamento para os seus jogos.

NOTA 4- NEM TANTO O CÉU, NEM TANTO O MAR

* O jornalismo flamenguista após a vitória do seu time em um jogo de pouca qualidade contra o Botafogo, pela Copa do Brasil, cantou em prosa e verso como algo que foi produzido por conta da participação do novo técnico rubro-negro Reinaldo Rueda.

Nem tanto o céu, nem tanto ao mar, desde que o treinador estava à frente do time por pouco tempo e a sua influencia não poderia ser tão aguda.

Na verdade trata-se de um excelente profissional e que irá conseguir algo bem positivo para o time da Gávea, mas não é mágico para em um curto período colher os frutos.

Obvio que a sua presença serviu como ânimo para o time.

Teve a virtude de jogar com mais cuidado com a defesa, quando tirou o peso das costas do time com obrigação do sistema anterior do ¨Vai pra cima deles Mengo¨, que era impulsionada pela torcida.

Rueda deu a sua colaboração através de um futebol mais inteligente, e sobretudo dando o equilíbrio emocional aos seus jogadores.

O gol da vitória não saiu de uma jogada ensaiada, e sim de um lance individual igual aos dos ponteiros dos tempos antigos.

Os analistas açodados estão transformando-o no novo Guardiola.

Vamos com calma que o andor é de barro, e não de Berrio.  

NOTA 5- ELES DEMITEM E NÃO PAGAM

* A maior alegria dos cartolas brasileiros é o de fazer a banda tocar na dança das cadeiras.

Uma simples nota no site do clube, um técnico acabou de dançar, e a vida continua.

Com a mesma simplicidade que demitem, também não cumprem com a obrigação do pagamento dos seus direitos rescisórios, que sempre terminam na Justiça Trabalhista.

O Vitória na semana anterior quitou um débito do ano de 2003, com o ex-técnico Edinho, hoje comentarista do Sport TV.

O profissional emprestou ao clube US$ 1,1 milhão de dólares, ficando no seu poder os direitos econômicos de alguns jogadores.

A dívida paga foi de R$ 6 milhões, e sem duvida é o retrato de um futebol monstrengo que contempla procedimentos dessa natureza.

Enquanto isso, o Corinthians em dezembro de 2016 comunicou que o técnico Oswaldo Oliveira tinha sido demitido, mas continuou com a rotina de não pagar o que esse tinha direito.

O fato foi estendido para toda a comissão técnica.

Um dos seus membros, Luiz Alberto da Silva entrou com um processo na Justiça.

Pelas bandas da Baixada Santista, o Santos de Modesto Roma Filho, tocou a musica para Dorival Junior, e anunciou a sua demissão.

Tudo dentro dos conformes, desde que até hoje não sinalizou o dia em que será quitada a multa contratual.

O sistema impera em todo o Brasil, e no estado de Pernambuco temos vários exemplos de demissões sem pagamentos, e um dos últimos casos foi com Givanildo Oliveira no Náutico.

O futebol brasileiro é caloteiro.

NOTA 6- O IMPOSSÍVEL TAMBÉM ACONTECE

* Claudinei de Oliveira, técnico do Avaí pode festejar algo que é impossível de acontecer em nosso estrambelhado futebol, o de completar um ano comandando um clube que encontra-se na zona do rebaixamento há um longo período.

Os cartolas do time catarinense devem ser de outro planeta, desde que se fossem da Terra esse já teria dançado, fato que chegou perto de acontecer no momento em que o Avaí perdeu o campeonato para a Chapecoense.

O bom momento de Claudinei de Oliveira no comando do clube foi em 2016, quando levou-o de volta a Serie A Nacional.

Hoje esse luta para ficar na Série A, e tem apresentado melhoras nos últimos jogo

Escrito por José Joaquim

Chegamos a conclusão que estamos vivendo no Planeta Azul, bem longe da Terra, onde a sua população não enxerga, não ouve e não fala, apenas concorda com a cabeça para tudo o que acontece.

Esse é um lugar dos sonhos para que todos possam viver.

Como não podia deixar de acontecer, nessa terra longínqua existe um esporte chamado de futebol, em que os seus clubes são sociedades sem fins lucrativos, e para alguns dirigentes esses representam um bom caminho para incrementarem os seus rendimentos.

Descobrimos em um local chamado de ¨Barra da Esculhambação¨, a sede de uma Confederação que dirige esse esporte, e que lá de tudo acontece, mas os que poderiam falar não tem voz, não ouvem e não enxergam. São coniventes e submissos.

Descobrimos um fato grotesco lendo a história da entidade, quando tomamos conhecimento que o antigo presidente tinha renunciado por problemas de corrupção, ou seja meteu a mão no dinheiro dos contratos da seleção, mas, apesar disso continua solto e serelepe nesse planeta onde os corruptos são aplaudidos, e os seres honestos apedrejados.

Por uma feliz coincidência o seu substituto está preso nos Estados Unidos sob suspeita de corrupção, e por mais incrível que pareça, o terceiro na cadeia sucessória está foragido no próprio Planeta por conta do FBI, onde está sendo investigado por procedimentos iguais aos dos seus antecessores.

Nos assustamos, desde que essa entidade está mais para um presidio, do que uma casa do futebol.

Como aqui existe a lei do silencio, ninguém comenta porque não falam, e não falam porque não ouvem. Nada mais fantástico.

Tomamos conhecimento que existe um órgão chamado FIFA, que comanda todo o futebol do Planeta, e que parece ser a Federação Internacional de Falcatruas Associadas, que enche as suas burras de ouro por conta de uma tal de Copa do Mundo, que por esperteza passou a ser realizada em locais como o Planeta Azul, que tem a institucionalização da corrupção.

Fomos a um jogo da sua maior competição, que é chamada de Brasileirão, que deveria ser Brasileirinho, e encontramos um belo estádio, vazio, com poucos torcedores, e no gramado um futebol de péssima qualidade, sem os antigos craques que conhecemos, e cujo resultado caracterizou o que aconteceu, 0x0.

No final da partida presenciamos uma briga entre os torcedores, verdadeiros ¨Ogros¨, que alguns chamam de organizados. Ninguém falou, pois não enxergaram o que tinha acontecido.

Ficamos com a impressão que tudo era um sonho, por ser impossível a existência de um lugar como esse, quando a sua população contempla os desmandos sem nenhuma reação, quando deveria romper a trégua, e começar a ouvir, e sobretudo gritar um basta a todas essas bandalheiras que acontecem.

Aliás, o nome de batismo reflete totalmente a sua realidade, o de Planeta Azul.

Escrito por José Joaquim

* Por Amir Somoggi 

Nessa semana o Lance publicou uma extensa entrevista com o diretor da CBF, Rogério Caboclo. O que chamou muita atenção foi como as respostas mostram uma realidade que mais parece uma fantasia.

A CBF considera que o futebol brasileiro está maravilhoso. O que convenhamos é um completo absurdo.

Alguns exemplos: clubes com péssimas gestões, competições com baixo apelo, estádios vazios, arbitragens sofríveis, elefantes brancos, denuncias de corrupção, presidente da CBF que não viaja, violência das torcidas organizadas, são ótimos argumentos de como as coisas não são boas fora do escritório da CBF, na Barra da Tijuca.

E para piorar ainda o cartola deixa claro o interesse da entidade em sabotar o Profut, lei que tinha como grande função reorganizar a administração dos times brasileiros. Com o argumento que possíveis punições esportivas por má administração poderiam prejudicar o bom andamento das competições, enterra qualquer possibilidade de punir clubes mal administrados.

Para o dirigente não interessa o que o clube faz fora de campo, isso não pode ser considerado na hora de decretar uma punição.

Um argumento facilmente questionável.

Um clube de futebol não é um time de 25-30 jogadores. Um clube é uma organização que tem obrigações perante à sociedade. Deve sim ser enxergado dessa maneira.

A partir do momento que aja mal fora do campo, isso é mais suficiente para que um clube seja punido.

A obrigatoriedade de pagar os salários em dia, bem como o recolhimento de impostos e contribuições sociais são obrigações dos clubes. Bem diferente do que pensa a CBF.

Lembrando que os grandes times brasileiros já receberam R$ 700 milhões em receitas pela aprovação do Profut. Caso alterem o Profut vão devolver os valores recebidos?

Se o nosso mercado está absolutamente  enfraquecido e nem de longe tem o poderio econômico que poderia, é por culpa exatamente da falta de regulação e controle na gestão dos nossos clubes.

Já que não temos uma liga, a CBF é a única responsável pelo baixo nível da administração do nosso futebol.

Os clubes tem dívidas que somadas superam R$ 7 bilhões, os déficits acumulados já ultrapassaram R$ 3 bilhões. E mesmo assim a entidade máxima do futebol nacional fará de tudo para derrubar uma lei que tinha como objetivo regular a gestão dos clubes no longo prazo.

Está claro que a falta do interesse da CBF é a prova que somente uma cisão com a entidade, com a criação de uma liga poderia alterar esse cenário.

Bem diferente do que pensa a CBF, no futebol europeu as regras criadas como, por exemplo, o licenciamento de clubes da UEFA e Fair Play Financeiro devem ser cumpridos.

Boa parte dessas regras inclusive lidam com questões extracampo como o não pagamento de salários, recolhimento de impostos, dívidas entre clubes e déficits.

Portanto o argumento da CBF que questões extracampo não podem ser consideradas, como punições esportivas é um completo absurdo. Se for comprovada a má gestão de um clube, pode e deve sofrer consequências como punições esportivas.

Vários clubes foram punidos pela UEFA, como por exemplo: Juventus, Olympique de Marseille, PSG, Manchester City, Estrela Vermelha, Besiktas, Galtasaray, Bursaspor, Partizan, Lokomotiv Moscow, Dynamo Moscow, Twente, etc.

Segundo a UEFA mais de 53 clubes foram punidos desde que a entidade instituiu o Licenciamento na temporada de 2003/2004.

O que no Brasil os clubes sonegaram ao longo de décadas de má gestão, equivale a um ano de recolhimento de impostos do futebol da Alemanha. Os 36 times alemães pagaram na temporada 2015-16 um total de R$ 4 bilhões em impostos. 

7x1 foi pouco.

*O autor é administrador de empresas, e especialista em gestão esportiva, e tem um pensamento bem identificado com o nosso blog.