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Escrito por José Joaquim

Somos de uma geração que sempre foi inconformista com o que acontecia ao seu redor. Éramos rebeldes e honestos.

Sem os rebeldes sérios a sociedade irá murchar, uma vez que os conformistas são perniciosos para essa, e afetam a sua sobrevivência.

O conformismo é um mal pernicioso que afeta uma sociedade, quando essa acata sem contestação as ideias, os maus costumes, e sobretudo as atividades dos governantes. 

Tivemos um professor de Sociologia, Pessoa de Moraes, um gênio no segmento, que em suas aulas registrava sempre: ¨Os conformistas atrasam o mundo¨.

A sociedade brasileira, com poucas exceções, tornou-se conformista e não consegue se rebelar contra o que de ruim acontece. Assiste de forma plácida a bandalha que tomou conta da política nacional, e de diversos segmentos que a fazem, fazendo a rapinagem. 

Quando protesta é através de pelegos que lutam por seus interesses e não os da nação.

Qual a reação quando corruptos são soltos, depois de arrombarem os cofres públicos, e esquecem de 221 mil presos que encontram-se na mesma situação, muitas vezes por crimes menores? Uns são ricos e os outros são pobres, não tem amigos, nem advogados caros. 

A influência conformista no futebol brasileiro atinge níveis alarmantes, muito pior do que a lama que tomou conta de cidades do estado das Minas Gerais.

Como os clubes brasileiros podem se conformar com o sistema de distribuição das receitas dos direitos de transmissão que foi implantado no país?

Como os clubes se conformam com o Calendário insano e massacrante?

O conformismo oculta os pixulecos do monopólio de transmissão, mesmo sabendo que são esmolas em relação ao que distribuem para aqueles que eles chamam de maiores.

Como um clube entra numa competição sabendo que será apenas um mero figurante, e que irá jogar para não ser rebaixado?

Uma vaguinha mequetrefe numa também mequetrefe Sul-Americana, de quem nunca comeu mel, quando come se lambuza.

Como um clube pode se conformar, quando vive a reboque do Circo e da Televisão, obrigado a cumprir tabelas indecentes, horários vagabundos, e jogar de oito a nove vezes em 30 dias?

O conformismo é uma doença que contaminou o futebol brasileiro, e o exemplo disso é a manutenção de Marco Polo Del Nero na presidência do Circo, com o apoio de todos, mesmo com tudo que aconteceu no escândalo da FIFA.

Os clubes se conformam com o sistema medieval das Federações, e são submissos, sem o menor sentimento de inconformismo.

A Copa do Brasil que era um torneio que dava chances aos menores clubes, foi alterada para atender a uma grade de programação da televisão, matando o que restava de uma esperança de algo melhor, e todos ficaram conformados.

Os inconformistas devem se unir para ocupar o lugar dos conformados do setor, antes que a vaca vá para um brejo bem distante das estradas.

Lamentável.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- FUTEBOL SUBDESENVOLVIDO

* A Juventus de Turim deu um passo largo para a disputa da final da Liga dos Campeões.

Jogando na casa do Monaco, com uma defesa perfeita, conseguiu a vitória com o placar de 2x0.

O time do Principado jogou bem, atacou mais obrigando Buffon o goleiro da equipe italiana a realizar boas defesas, mas Daniel Alves jogando de ponta, e Higuaín com os dois gols resolveram a partida, e deixaram a sua equipe bem próxima de uma final, que deverá ser com o Real Madrid.

Foi um bom jogo de futebol, decidido nos detalhes.

Enquanto isso o futebol subdesenvolvido de Pernambuco mostrou a sua face durante o jogo do Santa Cruz x Sport pela Copa do Nordeste.

O Arruda com um excelente público, um bom jogo de ser assistido, com o rubro-negro merecendo a vitória que foi concretizada com o placar de 2x0, embora o tricolor tenha conseguido algumas boas chances de gol, mas no final uma lambança com uma briga generalizada.

Tal fato foi motivado por Rithely que tinha sido expulso e não deveria ter entrado no campo para comemorar o segundo gol do seu time, dando motivos a reação do time adversário.

Spray de pimenta, cassetete nos torcedores foi o resultado final, tirando o brilho de algo que estava faltando ao nosso futebol, um bom jogo e um grande público.

Nós somos subdesenvolvidos e nada se faz para mudar esse sistema.

A vitória rubro-negra foi justa, com um gol de André que pela primeira vez jogou algo parecido com o que chamamos de futebol.

Pela Copa Libertadores apenas dois times do Brasil se deram bem. O Flamengo derrotou o Universidad Católica do Chile por 3x1, jogando no Maracanã, enquanto o Atlético MG goleou na Bolívia o Sports Boy por 5x1.

Os outros três jogos restantes foram de derrotas para os times de nosso país.

O Palmeiras foi derrotado pelo boliviano Jorge Willstermann por 3x2, jogando na casa do adversário, o chileno Deportes Iquique jogando em seu estádio venceu o Grêmio por 2x1, e finalmente o San Lorenzo da Argentina derrotou na Arena da Baixada, o Atlético-PR por 3x0.

No único jogo pela Copa do Brasil, o Cruzeiro derrotou o Chapecoense por 1x0.

Uma noite de muitos jogos, muitos gols, e uma vergonha no Estádio do Arruda.

NOTA 2- FEDERAÇÃO RICA E CLUBES COM SALÁRIOS ATRASADOS

* Em Pernambuco repetiu-se o que aconteceu no Circo, que fechou 2016 com dinheiro sobrando, e os clubes penando.

A entidade local teve o segundo maior resultado entre aquelas do TOP 10 do Ranking Nacional, com um superávit de R$ 2,3 milhões.

Muito para quem não tem a responsabilidade com folhas salariais como os seus filiados. É o modelo invertido da gestão do nosso futebol.

A primeira colocação ficou com a Federação Carioca, com um resultado positivo de R$ 8,5 ,milhões, graças aos seus 10% de taxas cobradas nos jogos realizados pelos clubes. Em terceiro apareceu a Federação Mineira, com R$ 282 mil, Catarinense, com R$ 28 mil, Cearense, R$ 10 mil.

Apenas cinco entre as dez tiveram saldo positivo, enquanto as restantes fecharam o balanço no vermelho, inclusive a poderosa Federação Paulista.  

Bahiana -R$ 123 mil,

Paranaense, -R$ 185 mil,

Goiana, -R$ 227 mil,

Paulista, -R$ 6,8 milhões e,

Gaúcha, -R$ 18,5 milhões.

Sinal dos tempos ruins que o futebol brasileiro vem atravessando, que influenciou naquelas que mamam mais nas tetas desse esporte, sem utilidade.

NOTA 3- NO MATA-MATA AS BILHETERIAS DA COPA DO NORDESTE MELHORARAM

* O Sport tem o melhor exemplo da melhora das bilheterias da Copa do Nordeste quando do inicio do mata-mata.

O rubro-negro pernambucano vinha mal na média de público e em dois jogos, um contra o Campinense com 17.884 pagantes, e contra o Santa Cruz, com 23.674, essa consolidou-se em 11.374 torcedores por jogo.

Isso representa duas vezes a média do estadual que á e maior entre os disputantes, com 4.997 pagantes por partida, e cinco vezes mais do que a da Copa do Brasil que até agora é um fracasso, com 2.328 torcedores.

A media geral do clube é de 7.163 torcedores, contando a partida contra o Danúbio do Uruguai pela Copa Sul-Americana.

Na verdade o clube está sendo salvo pelos jogos finais dessa competição regional.

NOTA 4- OS BALANÇOS DAS ILUSÕES 

* No dia de ontem vários especialistas financeiros apresentaram as suas análises sobre os balanços dos clubes, mostrando o que já tínhamos escrito anteriormente, que esses estavam maquiados para o aumento das receitas, por conta das luvas pagas pela televisão com respeito ao novo contrato.

Na verdade os clubes só receberam a primeira parcela, e as duas restantes serão pagas em 2019 e 2021, mas contabilizaram todo o contrato, que é legal, mas não mostra a realidade, desde que nos próximos anos esses não poderão fazer parte de suas receitas.

O futebol brasileiro irá entrar numa rota perigosa, já que em 2017 não tem luvas a serem pagas, e com isso as rendas terão um baque gigantesco.

No geral em 2016, houve uma dependência da televisão no total de 51,6%, mas alguns clubes extrapolaram, como o Vitória com 90,4%, Vasco, 77,6% e Bahia, 75%.

Se não houver uma flexibilização de receitas, o futebol brasileiro entrará mais uma vez em crise, em especial por conta do inicio do pagamento do refinanciamento que começa no ano de 2018.

Os números apresentados serviram apenas como um processo de ilusão.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- UMA AULA DE FUTEBOL COLETIVO

* O que nos salva como torcedores de futebol é a TV fechada, que coloca em nossa casa o que tem de melhor no mundo, com referencia à esse esporte.

Na tarde de ontem, noite em Madrid, assistimos uma aula de futebol coletivo, e a apoteose de um artilheiro.

O Real Madrid deu um espetáculo, com a uniformidade de defesa, meio do campo e o ataque, no seu jogo contra o Atlético de Madrid, aplicando-lhe uma goleada de 3x0.

Na verdade o adversário não jogou mal, mas o time merengue foi muito melhor não deixando-o atuar.

Cristiano Ronaldo que marcha para ser novamente o melhor do mundo foi autor dos três gols, que foram construídos pela equipe que atua de forma coordenada. Não é uma estrela isolada, e sim mais um numa orquestra afinada. 

O Real nos trouxe de volta o futebol brasileiro de antigamente, com o Santos, Botafogo, Vasco da Gama, Palmeiras, São Paulo, entre outros, e porque não o Náutico da década de 60, que mostravam o alto nível que tínhamos desse esporte no país.

NOTA 2- O RISCO DA VIOLÊNCIA NO EX-CLÁSSICO DAS MULTIDÕES

* O estádio José do Rego Maciel receberá na noite de hoje mais um ex-clássico das multidões, com a segunda partida de uma das semifinais da Copa do Nordeste.

O Santa Cruz derrotou o Sport por 2x1 no jogo de ida, em plena Ilha do Retiro, e tem a vantagem de jogar pelo empate e até por uma derrota de 1x0, já que marcou dois gols na casa do adversário.

Mais uma vez teremos uma partida equilibrada sem favoritismo de qualquer parte, embora o tricolor nessa temporada não tenha sofrido nenhuma derrota para o rubro-negro de nosso estado.

Por outro lado a partida tornou-se de risco por conta de uma declaração infantil do atacante Rogerio, que desejando justificar a má fase que vem apresentando no seu clube, afirmou que iria repetir a imbecilidade do atacante Pitibull do Santa Cruz, quando depois do gol da vitória no último jogo entre as duas equipes, resolveu desmoralizar o símbolo do Sport.

Na verdade essa atitude era para ser resolvida pela Federação local através de uma representação ao Tribunal de Justiça Desportiva que deveria puni-lo, inclusive de forma preventiva. 

As declarações do atacante rubro-negro atiçaram a Torcida Inferno Coral , que divulgou uma Nota avisando aos seus componentes que iriam ocupar no dia de amanhã a área próxima ao escudo, como maneira de mandar um recado ao ¨bravo¨ Rogério. Uma organizada à serviço do clube. Uma vergonha.

Pernambuco já anda em baixa com o seu futebol, e não merece que um ex-clássico possa ser manchado pela violência.

O jornalista Claudemir Gomes publicou uma excelente postagem sobre o tema, mostrando que a atitude de Rogerio era a proclamação de uma morte anunciada.

O perigo é que  estamos em plena era da imbecilidade.

NOTA 3- UMA NOITE DE FUTEBOL

* Além da decisão para sabermos o segundo finalista da Copa do Nordeste, a noite de hoje será recheada de jogos pela Copa Libertadores, e um pela Copa do Brasil.

No Maracanã que deverá estar lotado, com a venda de 50 mil ingressos de forma antecipada, o Flamengo receberá o Universidad Católica do Chile, visando a sua classificação.

O adversário vem melhorando na competição e a partida será difícil para o rubro-negro da Gávea, que irá contar com o peso do Maracanã e de seus torcedores.

O segundo jogo que será realizado em nosso território será realizado na Arena da Baixada, com o Atletico-PR líder do seu grupo recebendo o San Lorenzo da Argentina, um time que começou mal na competição, mas vem apresentando melhoras.

Três jogos serão realizados fora do Brasil. O Palmeiras enfrentará na Bolívia o Jorge Wilstermann que é o segundo colocado do seu grupo.

Ainda na Bolívia, o Atlético-MG poderá conquistar a sua classificação jogando contra o lanterna do seu grupo, Sports Boys, que não tem uma única vitória na competição.

Enquanto isso o Grêmio irá enfrentar o Desportes Iquique no Chile, time que deu muito trabalho em Porto Alegre. Pela Copa do Brasil, o Cruzeiro enfrentará a Chapecoense.

Tem jogos para todos os gostos.

NOTA 4- O UNIFORME DOURADO DO SPORT É O SÍMBOLO DAS DERROTAS

* Os amigos sabem o que pensamos sobre o uniforme dourado utilizado pelo Sport, ferindo totalmente a tradição do clube, e de sua cor rubro-negra.

O mesmo achamos quando o Santa Cruz abandona a sua tradicional camisa para utilizar algo que nada tem a ver com a sua história, assim como o Náutico.

Essa padrão do Mico Leão Dourado é grotesco, produto do marketing e da repetição de uniformes de clubes europeus que são patrocinados pela mesma empresa que veste o rubro-negro da Ilha do Retiro.

Um fato bem interessante sobre o uniforme dourado foi levantado por um dos visitantes mais assíduos do nosso blog, Andre Angelo, rubro-negro apaixonado e bem lúcido, que em um comentário o criticou, mostrando algo que não tínhamos percebido, ou seja as derrotas nessa temporada do time do Sport ao utiliza-lo em seus jogos. 

Foi derrotado nos 90 minutos pelo Sampaio Corrêa, Campinense, Joinville (decidiu nos pênaltis), Botafogo. Por outro lado o goleiro Magrão utilizou a camisa dessa cor, e o time perdeu para o Santa Cruz no último domingo.

Moral da história: os Anos Dourados do Sport Recife, não tem sido proveitoso para o seu futebol.

A nossa sugestão é que esse seja enterrado antes que seja tarde.

NOTA 5- OS APROVEITAMENTOS DOS PAISES QUE DISPUTAM A LIBERADORES

* Um levantamento feito pelo Jornal Extra-RJ, mostra que os oito times brasileiros que estão disputando a Copa Libertadores, mantem os 63% de aproveitamento desde o inicio da competição. Os confrontos entre times do mesmo país não foram computados.

Um fato que deve ser destacado é que esse domínio está sendo ameaçado pelo crescimento dos clubes da Argentina, que subiram de 36% para 56% e só estão atrás do Brasil. Equipes como o San Lorenzo e Estudiantes que começaram mal no torneio estão se recuperando, além do único clube 100%, o River Plate.

No geral o Brasil tem 63%, Argentina,56%, Paraguai, 52%, Chile, 52%, Equador, 50%, Colômbia, 46%, Bolívia, 46%, Uruguai, 33%, Peru, 27% e Venezuela na lanterna com 14% de aproveitamento.

A decepção vem do futebol Uruguaio.

NOTA 6- O BRASIL CONTINUA SENDO O PAÍS DO CINEMA

* Mesmo com um feriado prolongado, a telona no final de semana foi bem movimentada, com o lançamento do filme ¨Guardiões da Galaxia 2¨, que foi visto por 1,2 milhões de pessoas, faturando R$ 21 milhões.

Em segundo lugar ficou ¨Velozes e Furiosos-8, com 684 mil espectadores, e uma renda de R$ 11 milhões. 

Voltamos a afirmar que o Brasil não é o país de futebol e sim do cinema.

Escrito por José Joaquim

O escritor e apresentador da TV Jô Soares em uma entrevista ao Bate Bola da Espn-Brasil, afirmou que o futebol brasileiro perdeu a qualidade e para quem gosta desse esporte como ele, a salvação vem da Europa com seus bons campeonatos. 

Na verdade nenhuma novidade, desde que há muito tempo nós escrevemos sobre o tema, por conta da decadência que tomou conta de nossos estádios.

Existe uma acomodação dos nossos torcedores, que não reagem contra o status quo dominante, e responsável pela frase desse intelectual que pensa, bem diferente de muitos que andam pelo Brasil afora assinando manifestos.

Pedir uma reação aos cartolas é algo totalmente sem nexo, desde que esses fazem parte do modelo existente e se contentam com a miséria.

Pensam como o povo Nordestino, que apoia aqueles que destruíram o país, por conta da corrupção.

Os clubes brasileiros tem que ter a consciência e tomar a iniciativa para que possa ser modificado esse sistema arcaico e apodrecido.

Sem eles certamente não haveria campeonato, não teria seleção, não teria nada. Competição sem o Circo, sem Federações poderia acontecer, mas sem clubes tal fato seria impossível.

O sistema está centrado na entidade maior, de forma invertida, desde que a sua base é formada pelas agremiações, que foram enfraquecidas, enquanto esse órgão que comanda o futebol fica cada vez mais rico.

Estamos vivendo um período de longa seca, maior do que a do Nordeste, refletindo nos clubes, que enfraqueceram, levando de roldão as suas competições que se tornaram medíocres.

Os patrocínios são carreados para a seleção do Circo, enquanto os clubes penam e são sustentados pelas cotas da televisão e o apoio da Caixa Econômica. Não existe um flexibilização de receitas, que são da maior valia para os seus desenvolvimentos.

Segundo o balanço da entidade maior encerrado em dezembro de 2016, o seu faturamento foi de R$ 647 milhões, com um aumento de 16% em relação ao ano anterior.

Os patrocínios somaram R$ 411 milhões. Na realidade não é o Circo que está sendo patrocinado, e sim a seleção que é formada por jogadores dos clubes que não tem uma única contrapartida. Algo está errado.

Existe um debate que persiste até hoje, sobre quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha. Transportando-o para o futebol, poderíamos perguntar se a CBF nasceu antes dos clubes, ou o contrário.

Obvio que a resposta seria mais simples, desde que sem a presença dessas agremiações, não teriamos as Federações e como consequência o Circo.

Segundo o especialista em gestão esportiva, Amir Somoggi, no período de uma década, os lucros da mentora do futebol brasileiro somaram R$ 549 milhões.

Uma entidade milionária, e os clubes continuam pendurados em empréstimos, receitas antecipadas para que possam sobreviver. Se não tivessem a ajuda governamental com o refinanciamento dos seus débitos já estavam falidos.

Somoggi fez uma excelente comparação com relação aos patrocínios, quando o Palmeiras que tem a maior receita desse segmento, com um contrato estranho, faturou R$ 91 milhões, enquanto o Flamengo R$ 65 milhões. Os outros estão em um patamar mais abaixo.

O mais afrontoso é o Caixa do Circo. É sem dúvidas imoral, com R$ 245 milhões, enquanto aqueles que fazem o futebol de verdade não tem dinheiro para pagamento dos salários de seus profissionais.

Na realidade os clubes são culpados pelo descaso que o futebol brasileiro é tratado por sua entidade maior, quando concordam com a realização dos falidos estaduais, um presente que é concedido por essa as suas Federações, afundando-se em débitos.

Um outro número do balanço é constrangedor, quando a entidade apresenta gastos de R$ 67 milhões com as Divisões Nacionais, e joga pela janela R$ 175 milhões com a despesas administrativas e pessoal, sem falar nos R$ 26 milhões em mesadas para as entidades estaduais.

Para que tanto dinheiro em caixa, enquanto o futebol agoniza. Poderiam ser aplicados na melhora da arbitragem, em projetos de base, e sobretudo na perenização dos clubes com uma nova Série Nacional.

Sem uma revolução nada irá se modificar, os clubes continuarão pobres, enquanto a madastra da Barra da Tijuca enche as suas burras com os recursos que lhes pertencem, pois são esses responsáveis por tudo que acontece em nosso futebol.

Lamentável, e mais um quadro do real Brasil, que hoje já tem 34% dos seus habitantes com vergonha de ser brasileiro, fato esse que nunca tinha sido visto em nossa história.

Somos de uma geração que sempre teve orgulho do país, e hoje assistimos a sua degradação graças aos bandidos que o assaltaram.

Escrito por José Joaquim

O consumidor vai ao cinema, compra o seu ingresso, e assiste integralmente o filme. O mesmo se dá com o teatro, ou em esportes como o voleibol, basquetebol, tênis e tantos outros, cujo tempo de jogo em alguns extrapola o esperado, mas sempre contemplando uma realidade previsível.

No futebol, e em especial o brasileiro, quem corre é o jogador e não a bola, como acontecia em outras épocas. A correria é tão grande, que hoje vale mais um Felipe Melo do que um Didi, que era mestre nos lançamentos que chegavam aos pés dos atacantes.

Existe uma pesquisa divulgada pela FIFA, sobre a quilometragem que um atleta percorre em um encontro de futebol. Algo que assusta, pois em alguns casos os números são relacionados a uma meia maratona que faz parte do atletismo e não desse esporte.

Para que se tenha uma ideia, o trabalho do órgão maior do futebol mundial constatou que os zagueiros centrais correm 8 a 12 km em uma partida. Os laterais e volantes, de 9 a 12 km, meio campista, 11 a 13 km, e os atacantes, 9 a 10 km. Tudo isso sem tempo de reposição.

O reflexo de tal correria se dá com as faltas, que na maioria é utilizada para matar um contra golpe dos adversários, que induz diversas contusões, provocando uma maior paralização de um jogo.

O interessante é que para que uma falta seja cobrada, em alguns casos passa de um minuto, e o jogo é reduzido na sua contagem, que nesse fato não é contemplada nos acréscimos. O atendimento aos lesionados consome um maior tempo.

Uma partida de futebol tem em média de 93 a 98 minutos, com a bonificação dada pela arbitragem. Na Europa a média de bola rolando é de 60 minutos, no Brasil é de 55, ou seja, 38 a 45 minutos de bola parada.

Na realidade o torcedor paga para um jogo de 90 minutos e sai dos estádios sabendo que foi lesado, por assistir apenas um pedaço do que seu ingresso contemplava.

A sinergia entre a correria e faltas é indiscutível, e dessas para a diminuição do tempo de jogo é bem visível. Torna-se um ciclo vicioso.

Com tanta correria, o reflexo se dá no esgotamento dos jogadores, fato esse que estamos observando em várias equipes, que começam a sofrer desfalques nas competições.

Além disso o excesso de jogos e as longas viagens em um país continental aumentam mais os problemas físicos dos atletas. As faltas aliadas a violência, lotam os departamentos médicos dos clubes de clientes, e o futebol no campo sente, e a qualidade despencando.

Da maneira que o futebol brasileiro adaptou-se a tal modelo, será muito difícil um retorno, e vamos continuar assistindo nos gramados os brucutus ocupando os lugares dos craques.

O futebol de nosso país, além de ser um caso do FBI, também é do Procon.