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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- UM JOGO COM CARA DE DÉJÀ VU

* Náutico e Santa Cruz enfrentaram-se ontem pela quinta vez nessa temporada em menos de 100 dias.

Ainda terão o segundo jogo, e mais dois pelo Brasileiro da Série B, ou seja oito partidas em uma só temporada. Uma overdose que nem os mais apaixonados conseguem aguentar.

O Campeonato Pimpão está sendo encerrado de forma melancólica, com times de forma ridícula disputando a terceira colocação, quando já o fizeram durante a competição.

Enquanto os cartolas davam entrevistas sobre o apito de vídeo, que só veio para o nosso estado por conta do Circo considerar que a nossa decisão seria de menor potencial de risco, desde que trata-se do encontro do time milionário, contra um do interior do estado, a Arena Pernambuco recebia menos de 200 pagantes, mostrando a realidade do futebol de nosso estado, que está terminando o estadual com cara de Déjà Vu, e que não será esquecido por conta da sua mediocridade. 

O apito de vídeo já funcionou nessa partida na decisão do gol do Náutico que foi anulado pela arbitragem, e depois das reclamações o aviso veio, e a árbitra Deborah Cecilia voltou atrás, validando-o.

Não aconteceu futebol e sim uma pelada do nível dos antigos encontros entre o Guarani e Nacional de Camaragibe.

Os dois times estavam constrangidos por conta do público, e por serem obrigados a disputarem algo que beira a insanidade, uma decisão grotesca.

Teve um bonito gol, o de Roberto do tricolor, e o apito amigo que não marcou um pênalti favorável ao Náutico no final do jogo.

Depois da partida quem dançou foi Milton Cruz, técnico do alvirrubro, que foi demitido.

A culpa de tudo não é apenas da Federação, e sim dos dirigentes ao aprovarem um regulamento sem uma leitura do que está escrito em seus artigos.

Depois da partida chegamos a uma triste definição, a de que o futebol de Pernambuco morreu, já foi enterrado e teve uma missa de Réquiem.

NOTA 2- TORCEDORES DE DECISÕES

* No dia de hoje, com exceção de Pernambuco que como sempre pisa na bola, os campeonatos estaduais estarão fechando as suas cortinas, deixando 400 clubes na hibernação e 12 mil desempregados, por conta da insanidade de uma Confederação que só pensa em dinheiro e outras coisas inexplicáveis.

Os estádios estarão lotados, mostrando algo que sempre discutimos em nossos artigos, que o torcedor brasileiro só gosta de decisões. As ociosidades na maioria dos jogos dos estaduais são os exemplos dessa síndrome que ataca o nosso futebol.

O FlaFlu que é o encontro mais tradicional do futebol brasileiro, terá o Maracanã com o maior público desde a sua reinaguração. Todos os ingressos foram vendidos, tanto do lado rubro-negro, como do tricolor.

Em Itaquera, para o jogo do Corinthians contra a Ponte Preta, não sobrou um único ingresso, ou seja um recorde de público. No Independência, em Minas Gerais, cuja capacidade é pequena, torcedores do Atlético-MG e Cruzeiro esgotaram os tickets que foram colocados à venda.

Embora não com tais proporções, os demais jogos finais dos estaduais terão bons públicos, mostrando que falta um trabalho de captação de torcedores para uma presença mais constante nos estádios.

O problema desses campeonatos é que na sua quase total maioria, todos já sabem quem irão decidi-los, desde que vivemos em um país dominado pela mesmice patológica, e o futebol não poderia ficar de fora.

Salgueiro em Pernambuco, e Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, foram duas exceções à regra geral, fatos raros de acontecer.

NOTA 3- GOLEIRO A MEIO PAU

* Um fato inusitado aconteceu com o Internacional de Porto Alegre durante o estadual gaúcho.

O Regulamento da competição exige a inscrição de um determinado número de jogadores, que na verdade é um erro, desde que os da base deveriam ficar livres de tal amarra.

Por incrível que pareça os três goleiros do Colorado se machucaram e a entidade local cumprindo o Regulamento descartou o aproveitamento de um atleta do sub-20.

O primeiro a se contundir foi Danilo Fernandes, que foi substituído por Marcelo Lomba, que também foi parar no Departamento Médico do clube.

Por ironia do destino, Keiller a terceira opção no último jogo fraturou o braço, dando o seu lugar a Lomba que estava no banco de reservas apenas para cumprir o ritual.

Por conta disso os setores médico e físico, fizeram um trabalho de recuperação urgente dos dois goleiros que estavam no estaleiro, e um desses irá jogar na partida final. A possibilidade maior é de Lomba.

Será um meio goleiro, a meio pau, e o Novo Hamburgo certamente irá explorar o problema com muitos chutes de fora da área.

Certamente para resolver o assunto, o ônibus colorado será implantado à frente de sua área.

São coisas de um futebol atrapalhado, e que poderia servir de lição com relação a abertura para que os jogadores da base não tenham a obrigação de serem relacionados entre os profissionais.

Vivendo e aprendendo

NOTA 4- O MALDITO CALENDÁRIO

* Mostramos em uma postagem que o Sport já realizou 30 partidas em 92 dias, com uma media de 3,06 dias para cada jogo. Tudo isso com viagens mo meio.

O Santos estará protagonizando 7 jogos em 24 dias, com uma média de 3,4 dias para cada jogo, com um agravante as distâncias longas de algumas viagens.

Após o jogo contra o Independiente de Santa Fé, que foi realizado no dia 4, a equipe santista viajará para Belém, com 6 mil quilômetros entre ida e volta, para enfrentar o Paysandu pela Copa do Brasil.

Já no dia 14 com mais mil quilômetros irá enfrentar o Fluminense no Rio de Janeiro pelo Brasileirão.

No dia 18 estará na Bolívia, enfrentando a altitude e 5 mil quilômetros de distancia para jogar contra o The Strongest pela Copa Libertadores.

No dia 21 na Baixada receberá o Coritiba em um jogo pelo Brasileirão. No mesmo local, no dia 24 receberá o Sporting Cristal para mais um jogo da Libertadores, e encerra a maratona no dia 28 em Belo Horizonte atuando contra o Cruzeiro.

Como um elenco poderá suportar uma overdose de jogos, com viagens longas, sem que as contusões tomem conta?

Na realidade quem faz um calendário como esse deveria experimentar esse roteiro para sentir na pele as dificuldades que os clubes e seus elencos enfrentam.

O mais grotesco é que sofrem calados, sem abrir o bico.

São os subservientes de plantão.

* Dados do blog de Mauro Cezar 

NOTA 5- ENFIM O FLUMINENSE LIVROU-SE DE OSVALDO E O EMPURROU PARA O SPORT

* No dia de ontem no seu site, o Fluminense comunicou que tinha liberado o atacante Osvaldo para o Sport Recife, que já foi apresentado aos torcedores com a camisa rubro-negra. 

O jogador chegou ao clube das Laranjeiras em 2015, e as suas atuações não justificaram o alto salário que recebia. Dinheiro jogado fora.

Em 62 jogos que atuou marcou apenas 6 gols, e não foi aproveitado por Abel Braga quando esse assumiu o comando.

Para um clube que está com cinco meses de atraso dos direitos de imagem com seus jogadores, sendo que os salários registrados na carteira estão em dia, mas representam pouco, livrar-se desse jogador foi um presente do céu.

O Sport sempre fazendo contratações arriscadas, é quem vai tentar recupera-lo.

O rubro-negro virou um centro de reabilitação, e inflando a sua folha com profissionais de custos bem acima da média salarial.

Escrito por José Joaquim

A demissão de Eduardo Baptista já era uma morte anunciada desde a sua contratação para substituir o treinador Cuca, que deixou a equipe com o título de campeão brasileiro.

Na realidade tudo na vida tem seus limites, e nesse caso Baptista errou ao querer dar um passo maior do que as suas pernas. Por conta disso a queda tornou-se iminente.

Muitas vezes um alto salário, um clube campeão, com um patrocínio acima dos seus competidores, são fatos que induzem decisões como essa, que o levaram assumir uma agremiação das mais problemáticas do Brasil, com mais alas do que as Escolas de Samba, e fofoqueiros de plantão por 24 horas.

As mídias tornaram o time do Palmeiras como o ¨maior do mundo¨, quando a realidade era bem outra. As cobranças tornaram-se maiores.

Eduardo Baptista nunca foi bem olhado pelos torcedores do clube, desde que faltava-lhe a liderança e o carisma para enfrentar um vestiário pesado com atletas difíceis, que são maiores do que a própria entidade. 

Dirigir Sport e Ponte Preta é uma coisa, mas dirigir Fluminense e Palmeiras é outra coisa bem diferente, principalmente esse último que tinha um projeto de ganhar todos os títulos da temporada.

O perfil de Eduardo Baptista não se enquadrava com as necessidades do alviverde, e qualquer leigo no futebol saberia que tratava-se de algo que seria rompido em pouco tempo, e bastou uma derrota na Bolívia pela Copa Libertadores, para que isso acontecesse.

O técnico é promissor, mas deveria ter utilizado um caminho mais longo para chegar a um clube do porte do alviverde paulista.

Não existe algo mais complicado do que um vestiário de um clube que tem jogadores com altos salários, diversas ¨estrelas¨propagadas por um jornalismo apaixonado.

Conversando com alguns amigos sobre o tema desse artigo, eles levantaram a tese de que Zé Ricardo técnico do Flamengo e Fabio Carille do Corinthians estão dando certo no comando dos seus clubes, e isso poderia ter acontecido com Eduardo Baptista.

Na verdade uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. O técnico do rubro-negro carioca já está no seu comando por um período de quase um ano, e dirigiu as categorias de base por mais de uma década, além de ser assistente de vários treinadores importantes.

No caso de Carille, esse tem mais de 20 anos de alvinegro, foi assistente técnico de Tite e de outros bons treinadores, ou seja, ambos tem perfis de conhecimento dos seus clubes no dia a dia.

No caso do corintiano, esse sabia tão bem das coisas do seu vestiário, que fez uma limpeza, e  colocou jogadores da base nos seus lugares, além da recuperação de Jô.

Ferran Soriano, que foi dirigente do Barcelona, e hoje é o executivo do Manchester City, na Inglaterra, nos deu um exemplo de formação de uma equipe, e que o líder tem que se adaptar aos jogadores e demais componentes dessa, antes de pretender que todos eles se adaptem as suas ideias e seu modo de ser.

Isso na realidade aconteceu no Palmeiras, quando o técnico não conseguiu se adaptar aos jogadores, e tentou imprimir seus conceitos, no que não foi entendido.

O caso de Roger Guedes foi emblemático.

O ex-treinador do clube, Cuca, deixou a sua sombra pairando no Parque Antarctica, e logo após a demissão de Baptista, foi o nome mais citado nas redes sociais por todos os segmentos do clube.

O interessante é que esse chegou ao final do Brasileirão de 2016, apresentando um desgaste no relacionamento com alguns jogadores que ainda estão no clube. Estranho.

Que isso sirva de aprendizado para o técnico demitido, que tem futuro, é um estudioso do futebol, que deveria estabelecer uma escala de prioridade na sua carreira.

O Palmeiras foi uma derrapagem numa curva. 

Escrito por José Joaquim

Ao assistirmos o jogo entre Santa Cruz e Sport pela Copa do Nordeste na última quarta-feira, sentimos a necessidade que o futebol brasileiro tem de quebrar os grilhões que o aprisionam.

Um público excelente, com duas torcidas, e que poderia ainda ser maior se o horário fosse às 20h30, ou no máximo 21h00.

Por outro lado as contusões de Diego Souza e Ronaldo Alves do time rubro-negro, são produtos de um calendário imoral que obriga aos clubes jogarem acima do seu limite. O Sport em 92 dias realizou 30 jogos, ou seja a cada 3,1 dias uma partida foi jogada.

No meio dessas algumas viagens. Terminará o semestre com mais de 40, enquanto os clubes europeus jogam 60 numa temporada inteira. 

O nosso futebol vive ainda na época da escravidão, e por coincidência o Brasil foi o último país do mundo a erradica-la, mas apesar disso essa continua vigente em alguns segmentos, em especial nesse esporte.

Existe um debate à respeito de quem são os culpados pela continuidade das senzalas no esporte da chuteira do país, cujos grilhões de um capitalismo avacalhado prendem os seus clubes, sem que apareça uma Princesa Izabel para publicar um édito encerrando uma praga que ainda persiste na vida nacional.

Quem são os culpados, ou culpado pela escravidão no futebol brasileiro?

A Globo com seus recursos aproveitando-se da miséria que foi criada pela própria?

A entidade que comanda o nosso futebol, que não tem a devida credibilidade para o papel de Redentora, muito menos as Federações filiadas que fazem parte desse sistema?

Os clubes que se sujeitam aos grilhões e são incapazes de criarem os seus quilombos, que seriam as Ligas Nacionais?

Os torcedores alienados que vibram com um gol, e esquecem os problemas dos seus clubes, ou os patrocinadores que continuam colocando as suas marcas em um sistema corrupto e corrompido?

Na verdade falta um Ganga Zumba para comandar uma rebelião para dar o fim nesse processo escravocrata que domina o futebol do país.

A RGT tem a maior parcela e culpa, desde que usa e abusa de seus recursos para a manutenção dos clubes na Senzala. Os balanços de 2016 mostram de forma clara tal influência, com a distribuição de luvas por conta de um contrato que só será iniciado em 2019.

Um dinheirinho aqui, um dinheirinho acolá, e todos marcham de cabeça baixa rumo ao local do pelourinho.

Por conta dessa dependência, a emissora casa e batiza, distribui receitas ao seu bel prazer, escolhe os senhores, e deixa um bom grupo nas senzalas.

Na realidade o sistema existente não apresenta nenhuma perspectiva de uma revolta contra a escravidão, e só nos resta apelar para O FBI, ou por uma Operação Lava-Bola.

O futebol brasileiro é o retrato de uma sociedade que assiste de forma passiva o que acontece no país, sem que haja uma mínima reação, enquanto o barco vai naufragando, a orquestra tocando e os passageiros dançando.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- UM CAMPEONATO PIMPÃO

* O futebol de Pernambuco jamais foi motivo de tanta chacota como a que está vivendo no atual momento, tudo por conta das datas para as finais do estadual, que segundo um amigo que nos telefonou no dia de ontem falando sobre o tema, tornou-se um Campeonato Pimpão, dentro de um picadeiro.

A primeira partida entre Sport x Salgueiro será realizada no próximo domingo, e após o seu encerramento, os torcedores terão que esperar 42 dias pela realização do segundo jogo, que será no dia 18 de junho.

Vamos e venhamos, se os cartolas da entidade, responsáveis pelo setor do futebol fizessem a prova do Enem seriam reprovados.

Quando se formata uma fórmula para uma competição, a primeira etapa que tem que ser analisada é o do número de datas disponíveis para que tudo possa ser encaixado.

Com essas no papel, a formatação é feita, com a quantidade de jogos que possam contemplar as datas estabelecidas.

A nossa Federação conseguiu construir um prédio começando pelo telhado, esquecendo os alicerces, e terminou levando o nosso futebol ao ridículo, culminando com uma distância bem longa entre as datas das decisões.

Os torcedores irão esquecer, e focar no Brasileirão que começa no dia 14 desse mês. São erros como esse que levaram o futebol de Pernambuco ao fundo do poço, com a pior média de público entre os maiores estaduais do Brasil.

O jornalista Claudemir Gomes em um artigo sobre o tema, de forma genial considerou essa final como ¨vendida¨ a granel, recordando das antigas vendas onde os clientes compravam nesse modelo, pegando nos sacos espalhados pelo salão.

O Campeonato Pimpão vai ser concluído em duas módicas prestações, sendo que a segunda só será paga 42 dias após a primeira. Trata-se de uma promoção do Circo.

E a decisão do terceiro lugar que terá o seu primeiro jogo no dia de hoje, entre Náutico e Santa Cruz?

Outro fato grotesco do Campeonato Pimpão.

Se cair uma chuva de cangalhas, todos nós sabemos onde essas irão cair.

NOTA 2- UMA BOA MÉDIA DE IDADE NAS FINAIS DOS ESTADUAIS

* Um levantamento realizado pelo jornal EXTRA-RJ sobre alguns clubes que disputam as finais dos estaduais, nos forneceu alguns detalhes sobre a média de idade dos seus jogadores.

O Internacional é o que apresenta a menor média, com 25,09 anos.

A seguir:

Fluminense- 25,18,

Bahia- 25,91, 

Corinthians- 25,91,

Chapecoense- 26,54

Ponte Preta- 26,73,

Avaí- 26,82,

Vitória-BA- 27,27,

Cruzeiro- 27,82,

Flamengo- 28,36,

Novo Hamburgo- 29 e,

Atlético-MG- 30,09. O time mineiro é o mais velho entre esses. 

NOTA 3- PIZZARIA FUTEBOL CLUBE

* O futebol brasileiro é uma grande pizzaria com relação aos direitos econômicos dos seus atletas. 

Os clubes são formadores, investem nas bases, mas não são detentores de forma integral desses direitos, que são fatiados com terceiros.

De acordo com os balanços de 2016 de alguns dos maiores clubes do país, tal fato foi bem observado quando da análise dos seus ativos intangíveis.

São números que espantam e mostram que cada vez esse esporte não é mais dos clubes, e que foi terceirizado. O Botafogo é o o que tem maior participação, quando tem 77 atletas registrados, e 100% de 41, 63,3%.

A seguir:

Palmeiras- 33 atletas- 100% de 16, 48,4%,

São Paulo- 93 atletas- 100% de 43, 46,2%,

Flamengo- 105 atletas- 100% de 35, 33,3%,

Cruzeiro- 86 atletas- 100% de 19, 22%,

Santos- 36 atletas- 100% de 8, 22%,

Fluminense-125 atletas- 100% de 24, 19%,

Grêmio- 56 atletas- 100% de 19, 16%.

Não precisa ser gênio para entender as dificuldades financeiras de nossos clubes, quando um patrimônio tão importante não lhes pertence de forma integral.

São coisas do nosso futebol.

* Dados: Marcel Rizzo, do Portal UOL

NOTA 4- MAIS UM TÍTULO PARA GIVANILDO OLIVEIRA

* Givanildo Oliveira é uma figura rara nesse mundo promíscuo como o do futebol brasileiro.

Um profissional competente, sério, não participa de negociações com jogadores, e faz o seu trabalho longe dos holofotes, ao mesmo tempo que acumula títulos.

Na última quarta-feira conquistou mais um no comando do Ceará Sporting, que derrotou na final o Ferroviário pelo placar de 2x0. 

Não entendemos a ¨inteligência¨ dos cartolas cearenses, que marcaram esse jogo para uma quarta-feira no horário pornográfico, causador do pequeno público presente, numa cidade que sempre gostou de futebol.

O grotesco é que o domingo estará livre.

Givanildo assumiu o clube alvinegro numa grande crise, com o ex-treinador Gilmar Pozzo sendo agredido pelos torcedores no aeroporto. 

Arrumou a casa, e no final papou mais um troféu para o seu currículo.

O presidente do clube, Robson de Castro definiu bem o perfil do seu técnico, ao afirmar que tudo que esse toca vira ouro.

¨Ele foge da linha cientifica dos inventores e demagogos. Prefere fazer o simples, não inventa, conhece os atalhos, adepto do pragmatismo¨, declarou o cartola.

Concordamos.

NOTA 5- FUTRIQUINHAS 

* O ex-jogador Roger Flores, hoje ¨comentarista esportivo¨, atacou no programa ¨Troca de Passes¨ o jornalista Juca Kfoury, sem dizer o seu nome, chamando-o de covarde e sem vergonha, por conta das suas declarações sobre o técnico Eduardo Baptista no entrevero com Roger Guedes no vestiário do Palmeiras.

Segundo as suas declarações, teria sofrido algo parecido como esse, quando o mesmo jornalista o atacou.

Não citou o fato, mas nos lembramos que foi algo relacionado a um pênalti batido por Flores e perdido de forma proposital.

O jornalista Juca Kfoury respondeu em sua coluna da UOL, também sem citar nomes, com o seguinte texto:  ¨Covarde e sem vergonha é quem critica ou xinga alguém e por pura covardia e sem-vergonhice não diz o nome do criticado ou xingado.

Certamente por ter medo de ser processado¨.

Na realidade, são ¨futriquinhas de comadres¨ em suas janelas assistindo a banda passar.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- ALISANDO A CABEÇA

* A diretoria do Sport está equivocada na maneira que está tratando com o seu jogador Rithely, que foi o causador de toda a confusão que aconteceu no estádio José do Rego Maciel, durante o jogo contra o Santa Cruz.

Orientar um cidadão de 26 anos é algo grotesco, desde que esse já tem idade suficiente para entender o que é o certo e o errado, e que não está acima da lei, para tomar uma atitude que repercutiu em todo o Brasil, e depois disso ainda dar entrevistas chamado o estádio do Arruda de chiqueiro.

Na verdade esse deveria ter sido autuado na ocasião na Delegacia que estava de plantão e encaminhado para o Juizado do Torcedor, por conta de sua atitude insana.

Profissional de futebol não é diferente de outro trabalhador, e tem que respeitar a lei vigente, inclusive a do futebol.

Trata-lo como herói é na verdade reduzir o conceito de um clube com uma longa história no futebol do país, produto de várias gerações. 

Por outro lado chamamos a atenção dos cartolas rubro-negros sobre o comportamento de Ewerton Felipe, que  está margeando caminhos tortuosos com os seus procedimentos no campo.

Esse sim merece uma orientação, por ser ainda bem jovem e com um futuro promissor. Fazer um gol e correr para a torcida adversária é um ato lamentável que poderia ter dado início a violência.

Alisar a cabeça é incentivar outros procedimentos nefastos.

Esse é o futebol brasileiro, onde jogador manda mais do que dirigente, e é recepcionado por coisas erradas.

Rithely é bom jogador, bom profissional, mas deveria entender que na vida tudo tem limites, e quando se passa desses tem que ser punido, senão o que resta desse esporte no Brasil será mais avacalhado.

A atitude correta dos que fazem o Sport e do próprio jogador seria um pedido de desculpas ao Santa Cruz, sua diretoria e seus torcedores, mas isso só acontece com pessoas que tem sentimento de grandeza. 

O Presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Melo, no dia de ontem teve uma atitude elegante ao pedir desculpas ao Fluminense por conta de declarações desastradas de um dos seus vice-presidentes.

Isso é que chamamos de civilização.

NOTA 2- O CORINTHIANS É PÉSSIMO PAGADOR

* O Corinthians em um mês teve cinco processos na Justiça com cobranças de débitos referente a contratação de jogadores. 

O último a dar entrada foi do Coritiba que depois de tantas tentativas sem sucesso, para receber os valores referentes a negociação de Kazim, acionou o Poder Judiciário pedindo a penhora contra o clube. 

Os valores giram em torno de R$ 1,3 milhões, referentes a várias parcelas de R$ 250 mil não quitadas.

O alvinegro de São Paulo que é um dos maiores clubes do país, com uma torcida gigantesca, está igual ao cidadão que compra um carro mesmo sabendo que não tem condições de pagar as prestações, ficando na espera de um mandado de busca e apreensão.

Esse é o nosso futebol.

NOTA 3- ELES NUNCA PERDEM

* Já postamos um artigo sobre os nossos técnicos que são os únicos do mundo que nunca perdem, e só ganham, desde que quando acontece uma derrota sempre aparecem outros culpados.

Eduardo Baptista que foi demitido no avião de volta ao Brasil, após a derrota no jogo contra o time boliviano Jorge Wilstermann, declarou que o gramado foi o responsável pela derrota do seu clube.

Um equívoco, já que o time local dominou a partida e o placar à seu favor foi justo.

Quando esse jogou no Allianz foi derrotado por 1x0 com um gol nos acréscimos exagerados, graças ao apito amigo.

Um outro caso foi o de Renato Gaúcho que justificou a derrota do Grêmio para o Deportes Iquique do Chile por conta da arbitragem.

Na verdade a equipe chilena foi superior e mereceu o resultado. Em dois jogos contra o tricolor gaúcho marcaram quatro gols.

Os nossos técnicos tem que reconhecer que erram, e que resultados negativos fazem parte do sistema, e que jogar a culpa em outros fatores é terceirizar as derrotas.

NOTA 4- A BIOMETRIA NO ACESSO AOS ESTÁDIOS CARIOCAS

* O Juiz Guilherme Schilling do Juizado Especial do Torcedor do Rio de Janeiro, determinou em medida liminar, atendendo solicitação do MP, a instalação do sistema de identificação biométrica (com impressão digital) nos estádios cariocas.

Trata-se de uma maneira de impedir a ação de torcedores violentos punidos com o afastamento dos jogos.

Todos os maiores estádios cariocas terão 80 dias para a instalação desse processo, que irá valer para todas as competições realizadas no estado, inclusive jogos da seleção do Circo.

Trata-se de mais uma medida com a intenção de minorar a violência e  eliminar a presença de marginais no meio das torcidas.

NOTA 5- GOLS ESTRANGEIROS

* Os clubes brasileiros desmontaram os seus rivais que estão participando da Copa Libertadores de 2017, contratando os seus melhores jogadores, que estão dando bons resultados. 

O interessante aconteceu na última quarta-feira quando os estrangeiros marcaram os gols dos seus times, mostrando que algo de errado está acontecendo com os artilheiros nacionais.

O Flamengo venceu a Uiniversidad Católica do Chile com gols peruanos, Guerrero e Traucco.

Dos cinco tentos marcados pelo Atlético-MG no seu jogo contra o Sports Boys, dois foram do equatoriano Cazares e um do venezuelano, Otero. 

O Peru também participou de um dos gols do Palmeiras, através de Guerra, e finalmente o único do Gremio contra o Iquique foi da autoria do paraguaio Barrios.

Algo bem estranho.