NOTA 1- CONTRATAÇÕES EQUIVOCADAS
* O Sport contratou nessa temporada, André, Mena, Marquinhos, Paulo Henrique, Leandro Pereira, Rodrigo e Raul Prata. Entre esses o único titular de verdade é o lateral Mena, enquanto André sentou no banco de reservas algumas vezes, e em 11 jogos não marcou um misero gol.
Na Ciência Econômica investimentos como esses são considerados sem retorno, ou seja dinheiro jogado fora e prejuízos financeiros.
No caso do atacante André o tema é mais delicado por conta do valor pago pelos seus direitos econômicos em um transação bem estranha, por conta inclusive do perfil do seu empresário que de besta não tem nada.
O mais grave com relação ao atacante, é que esse tem um contrato de cinco anos, com salários bem acima de nossa realidade. Esperamos que volte a jogar um bom futebol, muito embora há dois anos isso não acontece.
O time quando entra em campo é quase em sua totalidade o mesmo do ano anterior, que não foi bem nas competições e que chegou perto do rebaixamento no Brasileirão. Por conta disso estamos observando a repetição de 2016.
O único ponto positivo e que deveria ser intensificado é o aproveitamento de alguns jogadores da base, embora só tenha dois como titulares, Ronaldo e Fabricio, já que o melhor de todos foi prejudicado tanto por Daniel Paulista, como por Ney Franco colocando-o em uma posição que não era sua.
O Sport é o milionário de nosso estado, e que não consegue mostrar isso dentro de campo, e um dos fatores está nas contratações equivocadas como as citadas.
Quem aprovou-as não entende patavina de futebol.
NOTA 2- BONS PÚBLICOS SEM LOTAÇÃO NOS ESTÁDIOS
* Sete dos primeiros jogos das semifinais dos estaduais tiveram recorde de público das competições, embora na maioria dos estádios a ociosidade tenha sido alta.
Cruzeiro e Atlético-MG recebeu 38.979 pagantes, para um estádio com a capacidade de 65 mil.
Internacional e Novo Hamburgo quase lotou o Beira Rio, quando 38.226 torcedores estiveram em suas arquibancadas.
No Maracanã, o Fluminense em seu jogo contra o Flamengo recebeu um público de 34.926, para um estádio de 65 mil, ou seja quase a sua metade ociosa.
Atlético e Coritiba também deixaram muitos espaços na Arena da Baixada, ao receberam 26.145 pagantes, enquanto Vila Nova e Goiás teve a presença de 20.895.
No Moises Lucarelli em Campinas, a Ponte Preta levou 16.048 pagantes para o seu jogo contra o Corinthians, com o estádio com pouca ociosidade.
Os públicos mais fracos foram de Avaí x Chapecoense (15.240), Ferroviário x Ceará (13.978), Confiança x Itabaiana (6.087), Ceilândia x Brasiliense (2.296) e Globo x ABC (2.259).
Na verdade em alguns estados aconteceu uma boa melhora, mas bem longe das capacidades dos estádios, ou seja as ociosidades continuaram bem latentes.
NOTA 3- NO FLUMINENSE UM SUPERÁVIT ENGANOSO
* Todos os clubes brasileiros publicaram os seus balanços, inclusive os nossos que serão analisados de forma correta, sem emoções por conta das receitas recordes e superávits, como lemos em alguns jornais.
Balanços enganam muito, e mesmo que sejam auditados, sempre tem algo que embute a verdade dos números, e torna-se necessário muito cuidado nas suas análises.
Estivemos estudando o do Fluminense, e ficamos com a certeza de que os seus dirigentes devem estar preocupados com os números apresentados.
O movimento financeiro do tricolor apresentou um superávit de R$ 8,53 milhões, mas a realidade é diferente. Os dados revelam que os gastos com o futebol cresceram de forma exacerbada.
No ano passado o Fluminense teve R$ 271,9 milhões de receitas, contra R$ 263,5 milhões de despesas, mas só conseguiu pagar as suas contas por causa das luvas do novo contrato do televisionamento do Brasileirão.
Se não fosse isso o clube teria um prejuízo de R$ 72 milhões.
Tal fato aconteceu na maioria das agremiações brasileiras, que festejam sem mostrar o lado real da suas finanças.
Por outro lado o tricolor da Laranjeiras não tem um patrocinador máster pelo período de 14 meses, que é importante para o equilíbrio do caixa.
As receitas de publicidade, que em 2005 foi de R$ 27,5 milhões, despencaram para R$ 15,6 milhões, uma queda de 43%. Sem o Maracanã o clube teve também uma queda nas bilheterias, 28% menor com relação ao ano anterior.
A irresponsabilidade no futebol passou dos limites em 2016, com uma despesa de R$ 181 milhões, contra R$ 121,9 milhões em 2015, e no final o clube foi salvo por conta de um adiantamento da televisão.
Na verdade se não negociarem alguns dos seus novos talentos, sem as luvas já citadas, o clube irá entrar em numa rota perigosa de instabilidade nessa temporada.
Quando se observa um superávit aqueles que não conhecem de números festejam, mas a verdade que está escondida é outra totalmente diferente.
NOTA 4- DEFENDENDO O INDEFENSÁVEL
* Os jornalistas da parte baixa do mapa continuam na sua defesa do indefensável, ao considerar Felipe Melo um santo, e os uruguaios os diabos.
Temos lido muitos artigos sobre o tema, todos passionais, defendendo o Palmeiras que é um clube com um bom patrocinador, e acusando inclusive a Conmebol pelas providencias tomadas que na realidade foram corretas.
Alguém de bom senso, não pode desconsiderar o murro que esse atleta deu no adversário, perante os torcedores e as câmeras de televisão.
Nada justifica uma violência como essa, mesmo se tivesse acontecido provocações.
Defender uma atitude bélica, é o mesmo que abonar os crimes das torcidas organizadas.
O atleta errou, desde que campo de futebol não é o octágono da UFC.
A justiça uruguaia já indiciou os atletas do Peñarol por conta da confusão, e tentou fazê-lo com Felipe Melo, mas está encontrando barreiras na sua legislação.
O futebol precisa de seriedade e de bons exemplos, e fatos como esse servem para incrementar a violência, como os jogadores do Bahia e Vitória que deram uma aula de péssimo exemplo no seu pós jogo.
A entidade Sul-Americana não pode cair nas alegações do time brasileiro, e segurar as penas aplicadas tanto para o seu jogador, como para os do Uruguai.
Se fosse o contrário, com um soco desferido por um atleta do time do Uruguai contra um do Brasil, o que diriam os nossos ufanistas jornalistas.
Certamente já estariam pedindo pena de morte.
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