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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- CONTRATAÇÕES EQUIVOCADAS

* O Sport contratou nessa temporada, André, Mena, Marquinhos, Paulo Henrique, Leandro Pereira, Rodrigo e Raul Prata. Entre esses o único titular de verdade é o lateral Mena, enquanto André sentou no banco de reservas algumas vezes, e em 11 jogos não marcou um misero gol.

Na Ciência Econômica investimentos como esses são considerados sem retorno, ou seja dinheiro jogado fora e prejuízos financeiros.

No caso do atacante André o tema é mais delicado por conta do valor pago pelos seus direitos econômicos em um transação bem estranha, por conta inclusive do perfil do seu empresário que de besta não tem nada. 

O mais grave com relação ao atacante, é que esse tem um contrato de cinco anos, com salários bem acima de nossa realidade. Esperamos que volte a jogar um bom futebol, muito embora há dois anos isso não acontece. 

O time quando entra em campo é quase em sua totalidade o mesmo do ano anterior, que não foi bem nas competições e que chegou perto do rebaixamento no Brasileirão. Por conta disso estamos observando a repetição de 2016. 

O único ponto positivo e que deveria ser intensificado é o aproveitamento de alguns jogadores da base, embora só tenha dois como titulares, Ronaldo e Fabricio, já que o melhor de todos foi prejudicado tanto por Daniel Paulista, como por Ney Franco colocando-o em uma posição que não era sua.

O Sport é o milionário de nosso estado, e que não consegue mostrar isso dentro de campo, e um dos fatores está nas contratações equivocadas como as citadas.

Quem aprovou-as não entende patavina de futebol.

NOTA 2- BONS PÚBLICOS SEM LOTAÇÃO NOS ESTÁDIOS

* Sete dos primeiros jogos das semifinais dos estaduais tiveram recorde de público das competições, embora na maioria dos estádios a ociosidade tenha sido alta.

Cruzeiro e Atlético-MG recebeu 38.979 pagantes, para um estádio com a capacidade de 65 mil. 

Internacional e Novo Hamburgo quase lotou o Beira Rio, quando 38.226 torcedores estiveram em suas arquibancadas.

No Maracanã, o Fluminense em seu jogo contra o Flamengo recebeu um público de 34.926, para um estádio de 65 mil, ou seja quase a sua metade ociosa.

Atlético e Coritiba também deixaram muitos espaços na Arena da Baixada, ao receberam 26.145 pagantes, enquanto Vila Nova e Goiás teve a presença de 20.895. 

No Moises Lucarelli em Campinas, a Ponte Preta levou 16.048 pagantes para o seu jogo contra o Corinthians, com o estádio com pouca ociosidade.

Os públicos mais fracos foram de Avaí x Chapecoense (15.240), Ferroviário x Ceará (13.978), Confiança x Itabaiana (6.087), Ceilândia x Brasiliense (2.296) e Globo x ABC (2.259).

Na verdade em alguns estados aconteceu uma boa melhora, mas bem longe das capacidades dos estádios, ou seja as ociosidades continuaram bem latentes.

NOTA 3- NO FLUMINENSE UM SUPERÁVIT ENGANOSO

* Todos os clubes brasileiros publicaram os seus balanços, inclusive os nossos que serão analisados de forma correta, sem emoções por conta das receitas recordes e superávits, como lemos em alguns jornais.

Balanços enganam muito, e mesmo que sejam auditados, sempre tem algo que embute a verdade dos números, e torna-se necessário muito cuidado nas suas análises. 

Estivemos estudando o do Fluminense, e ficamos com a certeza de que os seus dirigentes devem estar preocupados com os números apresentados.

O movimento financeiro do tricolor apresentou um superávit de R$ 8,53 milhões, mas a realidade é diferente. Os dados revelam que os gastos com o futebol cresceram de forma exacerbada.

No ano passado o Fluminense teve R$ 271,9 milhões de receitas, contra R$ 263,5 milhões de despesas, mas só conseguiu pagar as suas contas por causa das luvas do novo contrato do televisionamento do Brasileirão.

Se não fosse isso o clube teria um prejuízo de R$ 72 milhões.

Tal fato aconteceu na maioria das agremiações brasileiras, que festejam sem mostrar o lado real da suas finanças.

Por outro lado o tricolor da Laranjeiras não tem um patrocinador máster pelo período de 14 meses, que é importante para o equilíbrio do caixa.

As receitas de publicidade, que em 2005 foi de R$ 27,5 milhões, despencaram para R$ 15,6 milhões, uma queda de 43%. Sem o Maracanã o clube teve também uma queda nas bilheterias, 28% menor com relação ao ano anterior.

A irresponsabilidade no futebol passou dos limites em 2016, com uma despesa de R$ 181 milhões, contra R$ 121,9 milhões em 2015, e no final o clube foi salvo por conta de um adiantamento da televisão.

Na verdade se não negociarem alguns dos seus novos talentos, sem as luvas já citadas, o clube irá entrar em numa rota perigosa de instabilidade nessa temporada. 

Quando se observa um superávit aqueles que não conhecem de números festejam, mas a verdade que está escondida é outra totalmente diferente.

NOTA 4- DEFENDENDO O INDEFENSÁVEL

* Os jornalistas da parte baixa do mapa continuam na sua defesa do indefensável, ao considerar Felipe Melo um santo, e os uruguaios os diabos.

Temos lido muitos artigos sobre o tema, todos passionais, defendendo o Palmeiras que é um clube com um bom patrocinador, e acusando inclusive a Conmebol pelas providencias tomadas que na realidade foram corretas.

Alguém de bom senso, não pode desconsiderar o murro que esse atleta deu no adversário, perante os torcedores  e as câmeras de televisão.

Nada justifica uma violência como essa, mesmo se tivesse acontecido provocações.

Defender uma atitude bélica, é o mesmo que abonar os crimes das torcidas organizadas.

O atleta errou, desde que campo de futebol não é o octágono da UFC.

A justiça uruguaia já indiciou os atletas do Peñarol por conta da confusão, e tentou fazê-lo com Felipe Melo, mas está encontrando barreiras na sua legislação.

O futebol precisa de seriedade e de bons exemplos, e fatos como esse servem para incrementar a violência, como os jogadores do Bahia e Vitória que deram uma aula de péssimo exemplo no seu pós jogo.

A entidade Sul-Americana não pode cair nas alegações do time brasileiro, e segurar as penas aplicadas tanto para o seu jogador, como para os do Uruguai.

Se fosse o contrário, com um soco desferido por um atleta do time do Uruguai contra um do Brasil, o que diriam os nossos ufanistas jornalistas.

Certamente já estariam pedindo pena de morte.

Escrito por José Joaquim

O famoso marqueteiro do PT, João Santana, afirmou que a ex-presidente Dilma Rousseff sofria de ¨amnésia moral¨. Trata-se de um novo tipo de uma doença que nós não tínhamos conhecimento.

Aproveitando o mote, e do texto de um bom artigo do jornalista Claudemir Gomes publicado em seu blog, com o título ¨Os Reis da Pantomina¨, nos motivou a escrever essa postagem que pode caracterizar o que se passa em parte da sociedade brasileira, e em muito especial no futebol.

O país perdeu o sentimento de que seja ética e moral. Ladrão é considerado herói, e os homens de bem são execrados por combaterem a malandragem.

O caso do fayr-play de Rodrigo Caio do São Paulo, mostrou que realmente essa doença já contaminou uma boa parte do futebol brasileiro. As reações, inclusive do seu próprio clube mostram isso de forma clara, com declarações dos seus companheiros e de outros atletas.

Ontem assistimos um vídeo de um fair-play do atleta Griezmam do Atlético de Madrid, no jogo contra o Las Palmas, quando esse já estava perto da área sentiu que o seu perseguidor estava caído com uma séria contusão, jogou a bola para fora.

Os torcedores do seu clube e os adversários, o aplaudiram por longos minutos. Isso chama-se de civilização, desde que se fosse no Brasil esse estaria pregado numa cruz como Cristo, após a escolha por Barrabás, um ladrão bem conhecido do povo, como aconteceu com o atleta do São Paulo.

A influencia de Rodrigo Caio chegou as quadras de voleibol, quando alguns jogadores acusaram de ter tocado na bola quando do bloqueio, fato esse que era normal com nossa geração.

Mas o futebol é o mais contaminado. A diarreia moral ataca dirigentes, treinadores, árbitros, jogadores e até gandulas, e isso nós observamos nos últimos dias com fatos tão grotescos, que mereceriam punições severas para os seus autores e respectivos clubes.

Como bem frisou Claudemir, uma partida de futebol em nossos estádios virou um teatro de pantomina, onde todos desejam tirar proveito da pretensa malandragem e que na verdade é um sintoma da doença.

As simulações são grotescas, os atletas fingem contusões, rolam nos gramados parecendo que estão á beira da morte, e de repente aparecem serelepes. Alcançaram os objetivos de ganhar alguns minutos do tempo de jogo. Tais fatos só acontecem quando os seus times estão ganhando.

Antônio Carlos Zago, técnico do Internacional, que tem em seu currículo fatos como o de racismo contra um atleta adversário, quando esse era jogador, foi o autor da maior pantomina dos últimos tempos, ao simular uma agressão de um atleta do Caxias, quando nada aconteceu, apenas um toque no ombro.

Caiu segurando o rosto, ficou deitado no gramado, e depois colocou gelo no local uma boa parte do tempo. Esqueceu que o jogo foi televisionado, e as imagens mostrariam a realidade. Deveria ser eliminado do futebol, assim como o médico do clube que participou dessa cena absurda fingindo o atendimento.

O árbitro Luiz Antônio da Silva que atuou no jogo do Vasco x Flamengo simulou uma queda por conta de um pretenso empurrão de Luiz Fabiano.

O mais simbólico aconteceu em Itaquera no jogo entre o Corinthians e Universidad de Chile, quando o gandula simulou que tinha sido agredido por um atleta do time visitante, objetivando a sua expulsão.

De jogadores não iremos falar, desde que são os maiores portadores da Diarreia Moral, e em todos os jogos temos exemplos bem claros.

Como mudar um futebol quando todos os seus segmentos perderam o sentido de ética e trabalham com um sentimento, o de levar vantagem em tudo?

Nem Freud poderia explicar.

Escrito por José Joaquim

O primeiro artigo do nosso blog, publicado no dia 04 de julho de 2010, tinha o título ¨A Mesmice do Futebol Brasileiro¨, e quando o lemos no dia de ontem ficamos convictos que o sistema permaneceu intacto e pouco ou quase nada foi feito para melhora-lo.

Na época o Circo tinha recebido o bilhete azul na Copa da África do Sul, que serviu de mote para a postagem que fizemos dando vida ao site, que nesse dia só teve seis visitantes, longe dos milhares atuais. Na época Ricardo Teixeira era presidente do Circo.

As mudanças na entidade do futebol brasileiro foram grotescas após a renúncia desse cartola. Entrou José Maria Marin que está preso nos Estados Unidos por conta dos escândalos da FIFA, e o atual, Marco Polo Del Nero não sai do Brasil com medo do FBI. Algo que mostra a realidade de nosso futebol.  

¨O PRIMEIRO ARTIGO¨ 

* Fim da Copa do Mundo para o Brasil. Mesmas lamúrias, mesmos comentários, nenhuma análise mais profunda, buscando as raízes dos problemas que nos afetaram. A seleção é o retrato do esporte nacional.

A legislação esportiva de 1998, com poucas alterações que não a melhoraram é a principal responsável pela falta de organização do nosso futebol.

Foi criada uma legislação que prejudicou os clubes formadores de atletas, que foram entregues aos grandes beneficiários, ou seja, os empresários do futebol. Os clubes não existem pois estão em mãos de tais figuras, que chegam a ser proprietários de dois ou mais times através da colocação de atletas.

A CBF não tem uma Diretoria que faça o seu planejamento por quatro anos, criando um calendário mais racional, com campeonatos de diversas Séries durante todos os anos, inclusive com a ajuda para os participantes das Séries C e D, e criando mais uma, a E.

O futebol brasileiro para a maioria dos seus clubes é como safra agrícola, pois esses jogam uma competição e após o seu encerramento esperam o ano vindouro, para voltarem a competir.

Não existe um Plano Nacional dos Esportes da parte do Governo Federal, cujo Ministério não funciona a contento a não ser nas sessões do Tribunal de Contas da União. 

A separação do Norte e Nordeste, do Sudeste/Sul do país é latente, onde todos os recursos são campeados para aquelas regiões, ficando as migalhas para as demais.

Clubes mal dirigidos, sem responsabilidade, falidos, vivendo de sonhos sem nenhuma esperança, e que antes eram formadores de grandes talentos do futebol nacional.

Existe a necessidade de uma união em prol da renovação desse esporte em seus conceitos, e na formação dos dirigentes.

O clube para participar de uma competição, a nível estadual ou nacional, deveria comprovar a sua capacidade de pagamento, as suas receitas, para que pudesse receber o necessário alvará da participação das entidades de administração dos esportes.

Deveriam ser criados mecanismos mais sérios na proteção dos clubes formadores, desde que o recentemente aprovado pelo Congresso Nacional é bisonho e formulado pelos amigos de empresários que estão matando o futebol.

A seleção Brasileira tornou-se o reflexo de nosso sistema, pois se não temos uma estrutura esportiva formatada, o que podemos esperar na composição de uma seleção.

Que pais é esse?

Depois que os amigos lerem esse artigo, irão verificar que após quase sete anos nada mudou, e que tudo continua como dantes.

Escrito por José Joaquim

NOTA- UMA TARDE DE BONS PÚBLICOS E DE POUCO FUTEBOL

* O torcedor brasileiro mais uma vez demonstrou que só vai aos estádios quando os jogos são decisivos, e isso aconteceu na rodada de ontem com os primeiros encontros das duas finais de diversos estaduais.

Não existe algo melhor para esse esporte, como para qualquer outro, arquibancadas repletas e com pouca ociosidade, que cobre todas as deficiências dos clubes nos gramados.

Foi uma tarde de muitos ônibus, e de contra golpes, que deram certo para alguns dos times disputantes.

O Corinthians já pode se considerar campeão paulista com a vitória de 3x0 para a Ponte Preta, uma goleada para os padrões corintianos.

Com um ônibus plantado em sua defesa, contra ataques fulminantes, e contando ainda com a fragilidade e desorganização da zaga da Macaca campineira, a equipe alvinegra se impôs, e com certeza definiu a competição. 

O futebol do time do Parque São Jorge é de resultados, com paciência na espera dos erros do adversário, cuja defesa jogou da mesma maneira que a do Sport Recife. Fabio Ferreira foi o nosso Matheus Ferraz. 

Enquanto isso com um primeiro tempo de péssima qualidade, com o Flamengo dominando a posse de bola, e o Fluminense recolhido, o zagueiro amigo Renato Chaves, do time tricolor cometeu um erro grotesco que culminou no gol da equipe rubro-negra, que saiu à frente na busca do título, embora o adversário tenha melhorado na segunda étapa. 

Em Curitiba, o Coritiba atropelou o Atlético-PR, que jogou com 10 homens por todo o segundo tempo, e terminou sendo derrotado por 3x0. Um jogo bem movimentado principalmente do lado do Coxa.

O que mais nos interessava na rodada desse domingo era o jogo do Internacional x Novo Hamburgo, uma batalha financeira entre David e Golias.

É muito bom para o futebol quando um clube do interior consegue confrontar-se de igual para igual, como aconteceu nesse domingo em pleno Beira Rio. O Noia esteve à frente do marcador por duas vezes, e o Colorado partindo para o tudo ou nada conseguiu empatar no final do jogo, que terminou em 2x2. 

A competição está aberta e será decidida em Novo Hamburgo, cujo clube tem a nossa torcida, para que pelo menos em algum lugar a mesmice seja derrotada.

Em Minas Gerais tivemos o pior jogo entre todos que aconteceram pelo Brasil afora, envolvendo o Cruzeiro e Atlético-MG, cujos times entraram para empatar e conseguiram com um 0x0 pífio. Uma partida mofina. 

Pelo segundo jogo semifinal da Copa do Nordeste, com a Fonte Nova recebendo um excelente público, o Bahia derrotou o Vitória por 2x0, classificando-se para a final da competição.

Um jogo bem equilibrado, com pouca técnica e muita vontade pela rivalidade local. 

No final uma pancadaria geral que começou com o volante do tricolor Feijão e o goleiro rubro-negro Caique, que tomou conta do gramado, e foi contida pela Policia local.

O futebol brasileiro ainda vive na idade da pedra, com acontecimentos como esse que empanam o que aconteceu durante uma partida. 

Como afirmamos o domingo foi de pouco futebol, muitos ônibus e grandes públicos. 

NOTA 2- FREUD EM DEPRESSÃO

* O nosso assíduo visitante Beto Castro nos chamou a atenção por um fato que beira a insanidade, e que faz parte do capitulo da Era da Imbecilidade. 

Esse está relacionado a Copa do Nordeste, e a situação do Santa Cruz, que poderá ser campeão e não disputar o torneio em 2018. O sistema adotado por essa competição não garante a sua presença caso saia como seu vencedor.

Por outro lado isso poderá acontecer por conta do artigo 13º do Regulamento do Estadual de Pernambuco, que obriga uma disputa para conhecer o terceiro colocado dessa competição.

Nunca vimos em toda a história de nosso futebol algo tão grotesco, e que deixou Freud em depressão por não conseguir estudar as mentes desses gênios que o elaboraram.

Vamos e venhamos, os clubes disputaram um tal de Hexagonal do Título, somaram seus pontos e tiveram as suas colocações, e como poderá acontecer uma disputa se já existe o terceiro colocado na tabela de classificação?

Se esses chegassem empatados seria obvio que os critérios técnicos definiriam o melhor colocado.

São cartolas como esses que destruíram o esporte das chuteiras em nosso estado, e com um grave detalhe, os clubes com seus ¨inteligentes¨ dirigentes o aprovaram.

Por outro lado a imprensa juvenil deixou passar algo tão importante sem o menor debate.

Na verdade estamos perdidos em um mato sem cachorro, sem lenço ou documento. 

Parabéns aos que fazem a Copa do Nordeste e o estadual local, desde que irão ganhar o Premio Nobel da incompetência.

NOTA 3- A CARAVANA DA MISÉRIA E O FUTEBOL DE PERNAMBUCO

* De conformidade com o site sr goool, o estadual de Pernambuco faltando ainda quatro jogos, é o pior do Brasil.

Segundo os dados estatísticos oferecidos pelo site, apenas três jogos foram realizados com mais de 10 mil pagantes.

Entre os estados com clubes na Série A, o campeonato local é o que tem um maior número de partidas com público inferior a mil torcedores. Das 91 realizadas, 60 não passaram desse número, representando 66,9% do total. 

Sport e Salgueiro que irão disputar o título, atuaram no Hexagonal do Título para 152 testemunhas.

A caravana da miséria não para por aí, os camelos morreram com sede por conta de 18 jogos que foram realizados com menos de 100 pagantes.

Segundo a Federação está tudo bem obrigado, e a imprensa local concorda com isso o que na realidade é lamentável.

NOTA 4- EMPRESÁRIO AGENCIA UM TIME INTEIRO NA DECISÃO PAULISTA

* Elenko Sports esteve no gramado do estádio Moises Lucarelli da Ponte Preta, jogando na primeira partida das duas finais do campeonato paulista, que mostra a realidade de nosso futebol que está entregue aos agentes, que mandam no pedaço.

Segundo dados da matéria assinada pelo jornalista Descler Marques, do Portal Uol, mais de 11 jogadores dos dois times pertencem a essa empresa, que tem como proprietário o corintiano Fernando Garcia, ¨bem comentado¨ nas hostes futebolísticas.

Aliás esse personagem é  que encaminhou um dos seus jogadores para o Sport, pela quantia de R$ 5 milhões, André, que até agora não mostrou para que veio. Uma negociação para lá de nebulosa.

Os dois goleadores e principais destaques da Ponte Preta, Pottker e Lucca, e Guilherme Arana e Maycon, revelações do Corinthians, pertencem ao seu portifólio.

Além desses, Garcia agencia Walter, Vilson, Léo, Arthur e Léo Jabá no Corinthians, e Naldo, Matheus Jesus e Casiri do lado da Ponte.

A sua atuação sempre foi no Nordeste, que aliás é uma região que aceita de tudo, e depois envolveu-se com as bases do Corinthians, e hoje tem total influencia nessas, como também na própria Ponte.

Trata-se de um modelo que hoje domina o futebol brasileiro,  que cada vez torna-se de empresários  por conta das dificuldades dos clubes.

NOTA 5- UM REGULAMENTO ESTAPAFÚRDIO

* Vivendo e aprendendo.

Não é só em Pernambuco que o Regulamento do estadual é estapafúrdio,  desde que em outros estados o grotesco também faz parte.

A Federação Gaúcha e seus clubes aprovaram um regulamento que fere a inteligência de um ser racional de médio QI.

Não precisa ser um gênio para entender que esse na realidade encontra-se fora do contexto.

Quando a entidade o elaborou, e obteve a aprovação dos clubes participantes, tinha em mente que a final da competição seria entre Grêmio e Internacional, como acontece há vários anos.

Por conta disso aprovaram um prêmio de R$ 300 mil ao clube do interior de melhor colocação, que seria o campeão desse segmento.

A zebra bateu e o Novo Hamburgo eliminou o time gremista e ganhou o direito de disputar o titulo contra o Colorado.

Apesar disso, por conta desse Regulamento equivocado, perdeu os R$ 300 mil previstos para um clube de melhor performance que não seja da capital, por ter se classificado para as finais.

Algo mais grotesco não irá aparecer.

São coisas do futebol brasileiro e de seus gênios.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- A COBRA COMEU O LEÃO

* Não assistimos o jogo em que a Cobra comeu o Leão em plena Ilha do Retiro.

Conversamos com alguns amigos sobre a partida, e esses nos afirmaram que foi a mesmice da mesmice, com um futebol fraco de qualidade, mas com boa vontade dos clubes.

O Sport nessa temporada teve apena uma vitória contra os rivais de Pernambuco, na semifinal do estadual contra o Náutico, contando com a ajuda do apito amigo.

Nos demais jogos empatou ou perdeu. Atuou contra o Botafogo e também foi derrotado.

Pelo que tomamos conhecimento a vitória do Santa Cruz foi justa, soube cozinhar o leão vagarosamente esperando para dar o bote. Conseguiu e fechou o placar com 2x1, dando um largo passo para a decisão do título da Copa do Nordeste.

O rubro-negro pernambucano é a maior decepção de nosso futebol. Um time milionário, com uma folha salarial dez vezes maior do que o adversário, com a obrigação de ganhar mas não consegue.

Existe algo de errado no clube, e como os dirigentes não entendem de futebol, e como não tem profissionais para ajuda-los, a vaca caminha para o brejo, e Ney Franco arriscado de não comer o milho do São João.

O publico foi excelente, com a maioria rubro-negra que saiu do estádio mais uma vez sem comemorar uma vitória.

NOTA 2- O BOM MODELO DO ATLÉTICO-PR

* O Flamengo tem uma boa gestão, uma das melhores do Brasil, mas não consegue superar a do Atlético-PR que é o modelo perfeito para clubes medianos que desejam chegar ao patamar dos grandes.

Desde o inicio da era dos pontos corridos, o rubro-negro paranaense só teve um rebaixamento, no ano de 2011, tendo retornado de imediato para a maior divisão nacional no ano seguinte.

Esse conseguiu formatar uma gestão sustentável que foi lhe dando uma musculatura própria, e no Brasileiro sempre está no TOP 10 na tabela de classificação. 

Na atual temporada está disputando a Libertadores,  liderando  o seu forte grupo, que tem como adversário o Flamengo.

O seu balanço mostra um crescimento das Receitas de R$ 155,6 milhões (2015), para R$ 164,1 milhões. As cotas da TV ajudaram, como nos demais clubes, desde que saíram de R$ 30,8 milhões para R$ 55,3 milhões.

Nos últimos três anos o seu superávit somou R$ 125,5 milhões.

O Atlético era o único clube do Brasil sem dividas, inclusive com o fisco, mas após a reforma da Baixada em 2012 para a Copa do Mundo, tem um financiamento de R$ 264,5 milhões a longo prazo.

O seu trabalho de base rendeu nas negociações de jogadores, R$ 32,9 milhões.

Um time mediano que projetou ser grande e está conseguindo.

NOTA 3- NA FIFA O AUDITOR ERA PAGO PARA RECRUTAR CORRUPTOS

* Na FIFA a corrupção é uma palavra que faz parte do seu dia a dia. Investigações do FBI sobre a corrupção na entidade se ampliam e voltam a atingir alguns  membros que, ainda fazem parte do seu comando.

Nesta semana o auditor da FIFA, Richard Lai, se declarou culpado diante da corte de Nova York revelando que havia sido ¨contratado¨ para recrutar outros dirigentes em esquemas corruptos.

O mais grave é que Lai era um dos homens de confiança de Gianni Infantino, presidente do órgão, para o Comitê de Auditoria num esforço de limpar o nome da entidade.

Essa é a primeira prisão de um membro asiático da FIFA, no processo que estava limitado a América Latina.

A entidade tenta provar que foi vitima dos cartolas, e que não admite corrupção.

O trabalho de convicção do auditor era o de captar cartolas para o esquema de fraudes.

No depoimento o auditor entregou o nome de várias Federações e seus dirigentes que já estavam dentro do processo.

Isso retrata bem a podridão do futebol mundial, e que o brasileiro é uma parte componente desse sistema.

NOTA 4- UM FUTEBOL SEM GRAÇA, COM A MELHOR MÉDIA DE PÚBLICO DO MUNDO

* Os estádios da Alemanha tem ocupação de 90% de suas capacidades, demonstrando que o torcedor gosta do futebol, mesmo que seu time não tenha chances de conquistar o título da Bundelisga.

Bem diferente do Brasileiro cujo torcedor só frequenta os estádios em jogos decisivos.

Apesar disso, o futebol alemão é chato e previsível, desde que há cinco anos seguidos é de um só clube.

Na noite de ontem o Bayern de Munique ao derrotar com uma goleada de 6x0 o Wolfsburg conquistou o penta campeonato de verdade, desde que no Brasil as mídias alteram a realidade e chamam uma seleção que ganhou cinco mundiais alternados  de penta-campeã. Grotesco.

O time alemão conseguiu o feito com três rodadas de antecedência, mais de uma coisa temos a certeza, os estádios continuarão lotados até o seu final. 

NOTA 5- UM DOMINGO SEM JOGO EM PERNAMBUCO

* Os primeiros jogos das decisões dos estaduais serão realizados no dia de hoje.

Como o estadual de Pernambuco não tinha datas para os dois jogos finais, e a Copa do Nordeste assumiu o seu lugar, o torcedor local irá receber o jogo Ponte Preta x Corinthians, ou Fluminense x Flamengo.

Pela TV fechada a oferta é grande, com Cruzeiro x Atlético-MG, Internacional x Novo Hamburgo, e pelo YouTub, Atlético-PR x Coritiba.

Uma overdose de jogos, sem a presença dos times pernambucanos, que na verdade está virando um rotina, graças ao seu futebol desorganizado.

Por conta disso, é que os clubes do Sudeste estão tirando torcedores dos times locais.