O Santos é um clube com uma receita razoável, celeiro de jogadores de base e que tem ganho muitos recursos com transferências.
Apesar desse rico currículo, na última sexta-feira para atender as suas necessidades financeiras solicitou um empréstimo a Giuliano Bertolucci, famoso empresário de jogadores, alguns do próprio clube.
Um fato como esse representa a realidade brasileira, e que nos motivou a postar esse artigo pensando no momento do Sport Recife, que pensa que é milionário, quando na realidade é da classe media, gastando mais do que suas receitas permitem. O futuro dirá.
Nos lembramos quando em nossas praias não tinham tubarões, tanto humanos, como animais, existia uma brincadeira de se fazer castelos de areia, que muitas vezes ficavam na espera de um vento forte, ou de uma maré alta para derruba-los, por não ter uma boa base de sustentação.
No futebol a base do profissionalismo começa com os clubes, que nos dão os piores exemplos retratados diariamente pelas mídias. Nada de novo acontece, e quando cabeças pensantes surgem com pensamentos diferentes, o trabalho para a sua derrubada inicia-se por aqueles que não desejam mudanças.
SÃO OS ARAUTOS DA MEDIORIDADE.
Foram esses que levaram o futebol brasileiro ao estado que se encontra, sempre deixando de lado o bom planejamento para construir os seus castelos de areia, bonitos por um momento, e arrastados pelos ventos por falta de um alicerce, transformando-se em areia.
Para os torcedores um titulo é melhor do que uma possível falência do seu clube. É uma realidade de apaixonados na luta contra a verdade, incentivando as insanidades que foram e continuam sendo cometidas.
O bom dirigente é um fato raro nesse futebol nacional. Aquele que deseja a organização financeira de uma politica de pés no chão sempre é vitima dos insanos que querem apenas um titulo, sem perceberem que estão ajudando a afundar os seus clubes.
Já estamos cansados de mostrar que uma entidade bem estruturada é sem duvida um sinal de um futuro perene. Não se pode mantê-la com altos custos, sem as devidas contrapartidas das receitas.
A politica atual do futebol brasileiro é baseada no aleatório, de pagar para verificar o que vai acontecer, sem um fundamento estratégico que garanta um bom futuro.
Implantar reformas nesse esporte é uma luta inglória, desde que as forças contrárias e oportunistas são poderosas e trabalham no sistema de quanto pior melhor para que esses possam se beneficiar de alguma maneira.
O dirigente que deseja implantar reformas sérias, com um bom planejamento é comparado ao velho de uma antiga história do burro e seu filho, que queria agradar a todos, inclusive carregando o animal nas costas. Apesar disso não agradou a ninguém.
O futebol brasileiro é igual. Quando aqueles que desejam muda-lo são tratados como esse personagem, e muitas vezes sucumbem à tentação, abandonando as suas boas ideias, permitindo a continuidade dos problemas existentes.
Esse esporte só voltará a ser grandioso com uma mudança radical de pessoas e mentalidades, que tenham a convicção que planejar é fundamental, e não ouvir os críticos como o velho do burro, pois os burros são aqueles que criticam.
Algo montado como um castelo de areia, na primeira onda será derrubado.
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