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Escrito por José Joaquim

O Santos é um clube com uma receita razoável, celeiro de jogadores de base e que tem ganho muitos recursos com transferências.

Apesar desse rico currículo, na última sexta-feira para atender as suas necessidades financeiras solicitou um empréstimo a Giuliano Bertolucci, famoso empresário de jogadores, alguns do próprio clube. 

Um fato como esse representa a realidade brasileira, e que nos motivou a postar esse artigo pensando no momento do Sport Recife, que pensa que é milionário, quando na realidade é da classe media, gastando mais do que suas receitas permitem. O futuro dirá.

Nos lembramos quando em nossas praias não tinham tubarões, tanto humanos, como animais, existia uma brincadeira de se fazer castelos de areia, que muitas vezes ficavam na espera de um vento forte, ou de uma maré alta para derruba-los, por não ter uma boa base de sustentação.

No futebol a base do profissionalismo começa com os clubes, que nos dão os piores exemplos retratados diariamente pelas mídias. Nada de novo acontece, e quando cabeças pensantes surgem com pensamentos diferentes, o trabalho para a sua derrubada inicia-se por aqueles que não desejam mudanças. 

SÃO OS ARAUTOS DA MEDIORIDADE.

Foram esses que levaram o futebol brasileiro ao estado que se encontra, sempre deixando de lado o bom planejamento para construir os seus castelos de areia, bonitos por um momento, e arrastados pelos ventos por falta de um alicerce, transformando-se em areia.

Para os torcedores um titulo é melhor do que uma possível falência do seu clube. É uma realidade de apaixonados na luta contra a verdade, incentivando as insanidades que foram e continuam sendo cometidas.

O bom dirigente é um fato raro nesse futebol nacional. Aquele que deseja a organização financeira de uma politica de pés no chão sempre é vitima dos insanos que querem apenas um titulo, sem perceberem que estão ajudando a afundar os seus clubes.

Já estamos cansados de mostrar que uma entidade bem estruturada é sem duvida um sinal de um futuro perene. Não se pode mantê-la com altos custos, sem as devidas contrapartidas das receitas.

A politica atual do futebol brasileiro é baseada no aleatório, de pagar para verificar o que vai acontecer, sem um fundamento estratégico que garanta um bom futuro.

Implantar reformas nesse esporte é uma luta inglória, desde que as forças contrárias e oportunistas são poderosas e trabalham no sistema de quanto pior melhor para que esses possam se beneficiar de alguma maneira.

O dirigente que deseja implantar reformas sérias, com um bom planejamento é comparado ao velho de uma antiga história do burro e seu filho, que queria agradar a todos, inclusive carregando o animal nas costas. Apesar disso não agradou a ninguém.

O futebol brasileiro é igual. Quando aqueles que desejam muda-lo são tratados como esse personagem, e muitas vezes sucumbem à tentação, abandonando as suas boas ideias, permitindo a continuidade dos problemas existentes.

Esse esporte só voltará  a ser grandioso com uma mudança radical de pessoas e mentalidades, que tenham a convicção que planejar é fundamental, e não ouvir os críticos como o velho do burro, pois os burros são aqueles que criticam.

Algo montado como um castelo de areia, na primeira onda será derrubado.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O FUTEBOL DO SÁBADO NA EUROPA

* O sábado do futebol começou com bons jogos da Premier League, e do futebol Espanhol.

No campeonato inglês, o time do Tottenham dirigido pelo argentino Mauricio Pochettino deu continuidade à sua brilhante campanha na perseguição ao Chelsea, ao derrotar o Watford por 4x0.

Com essa vitória a diferença para os dois foi reduzida temporariamente, mas uma hora após o líder ganhava mais um jogo por 3x1, visitando o Bournemouth, continuando com os sete pontos, faltando apenas sete rodadas para o final da competição. Está com a Taça nas mãos. 

O Liverpool outro que vem se destacando, derrotou o Stoke City (2x1), continuando à frente do Manchester City que também saiu vitorioso por 3x1, em seu jogo contra o Hull City, embora esse último tenha um jogo a menos.

Enquanto isso, em Madrid foi realizado o seu Derby, entre Atlético e Real Madrid, que terminou empatado em 1x1, criando a oportunidade para o Barcelona de reduzir a distância para o rival, no jogo que aconteceu posteriormente, contra o Málaga, mas na verdade o time catalão jogou fora a oportunidade, sendo derrotado por 2x0, numa partida em que as suas figuras principais esqueceram de jogar, inclusive Neymar que terminou sendo expulso.

No encontro entre os rivais de Madrid aconteceu o impossível, quando o zagueiro Savic do Atlético salvou uma bola na linha do gol com a cabeça, que tinha sido chutada por Cristiano Ronaldo.

A foto do português irá ganhar o mundo, com a cara de quem não estava acreditando.

Como sempre foram partidas que nos dão o alento ao sabermos que o futebol ainda vive, embora não seja no Brasil.

NOTA 2- SÓ NO BRASIL DESTRUÍDO UM CRIMINOSO É OVACIONADO

* O sábado do futebol brasileiro foi de jogos sem maiores emoções.

O São Paulo classificou-se para as semifinais do estadual paulista ao derrotar por 5x0 o Linense, em um jogo bem movimentado, mas de uma pobreza técnica franciscana, embora o tricolor tenha mostrado alguma melhora no seu time.

Juntou-se ao Palmeiras que passou por cima do Novorizontino no último sábado. Tudo caminha para que na fase seguinte os quatro grandes da competição estejam juntos.

O público presente ao Morumbi para o tamanho do jogo foi bom com 27 mil pessoas, e o destaque mais uma vez foi Gilberto com dois gols, sendo um desses numa arrancada desde o seu campo até a área do adversário.

Enquanto isso no Maracanã com um pouco mais de 20 mil pagantes, aconteceu uma pelada da pior qualidade, em especial no primeiro tempo que não teve a mínima emoção. No final o placar de 0x0 para um Vasco x Flamengo mostrou a cara de nosso futebol.

O mais grotesco, indecente e imoral foi a festa que prepararam para o goleiro Bruno na sua estreia pelo BOA.

Só nesse país destruído pela corrupção, pelo crime organizado dos políticos, é que um criminoso recebe aplausos de torcedores que deram um recado para a sociedade de que matar compensa.

Nos sentimos humilhados com essa cusparada de uma parte da sociedade de Varginha que esteve no estádio. Não aconteceu o menor protesto e sim festa.

Pobre família de Elisa Samudo, que mora em um país onde quem mata recebe flores e quem morre o esquecimento.

Esse fato representou mais uma face de um Brasil que perdeu o sentido de dignidade, que apoia o crime, e com um péssimo exemplo para a nova geração.

Perdemos o sábado.

NOTA 3- O NOCAUTE DE ROMARIO EM DEL NERO

* O ex-jogador e atual Senador da República, Romário Farias, não poupou palavras para atacar o presidente do Circo, Marco Polo Del Nero, em entrevista no programa Bate Bola, da ESPN, na última sexta-feira.

Não assistimos, mas vimos o vídeo ontem e ficamos convictos que o cartola é um cidadão desmoralizado e sem as condições necessárias para dirigir o futebol do Brasil.

Ouvir ofensas e não reagir, é concordar com o que foi dito. Na ocasião deveria ter ligado para a emissora, solicitando o direito de resposta. Não o fez na certeza de que não teria argumentos para contradizer o Senador Romário. Acovardou-se.

Perguntado se o cartola era invencível na entidade máxima do futebol, esse respondeu categórico: ¨Não, ele é ladrão, corrupto, safado, mau caráter¨.

Continuando a sua entrevista, Romário voltou ao ataque ao afirmar: ¨O que posso falar sobre a presença dele na CBF é que esportivamente não é saudável. Ele tem que entender que no pouco tempo em que está à frente da CBF, tanto como vice-presidente, como presidente, ele só fez mal a CBF¨.

Concluindo esse afirmou que ¨ele é uma pessoa que não dignifica o cargo de presidente de uma instituição do futebol brasileiro¨.

Voltou a atacar com as palavras de ¨Ladrão, corrupto, safado, e agora também mentiroso. Na minha opinião caras com esses adjetivos não pode ser mandatário do esporte mais querido do planeta, e consequentemente do nosso país¨.

Moral da historia, um cargo como esse que Del Nero ocupa tem que ser preenchido por pessoas blindadas, de moral ilibada, e sem a condição de receber criticas duras e ofensivas como essas.

Isso é o nosso futebol, que envergonha a todos.

NOTA 4- O IFFHS INDICOU O ATLÉTICO NACIONAL COMO O MELHOR DO MUNDO

* Pela primeira vez um time do Novo Continente ficou à frente dos maiores clubes de 2016, conforme as estatísticas da Federação Internacional de Historia e Estatística do Futebol (IFFHS).

Obvio que não foi um brasileiro, e sim o colombiano Atlético Nacional, que superou os gigantes europeus.

O TOP 10 ficou assim constituído: 1º-Atlético Nacional-COL, 2º-Real Madrid-ESP, 3º-Barcelona-ESP, 4º- Paris St. Germain-FR, 5º- Shakthar Donetsk-UCR, 6º-Bayern de Munique-AL, 7º-Borussia Dortmund-AL, 8º-Sevilla-ESP, 9º- Atlético Madrid-ESP e 10º-Juventus-IT. 

O time brasileiro melhor classificado foi o Atlético-MG (13º), seguido pelo Grêmio (34º), São Paulo (36º), Corinthians (44º), Palmeiras (45º), Chapecoense (94º), Flamengo (94º), Santos (132º), Cruzeiro (168º), Internacional (201º), Atlético-PR (215º), Botafogo (231º), Ponte Preta (231º).

Com relação aos clubes de Pernambuco, o Santa Cruz ficou à frente do Sport na 263ª colocação, enquanto o rubro-negro ocupou a 280ª.

A torcida do time da Ilha do Retiro chorou, mas a realidade é que o ano de 2016 não foi bom para o clube, graças aos seus gestores.

NOTA 5 - INSANIDADE TOTAL

* Com o jogo de hoje contra o Central, o Sport irá completar a sua 23ª participação na atual temporada, que tem apenas 72 dias.

Dessa forma o rubro-negro de Pernambuco teve um jogo a cada 3,13 dias, o que representa mais de 10 em um mês.

Insanidade total de um Calendário que faz o clube jogar quatro competições no mesmo período.

O Chapecoense é o segundo colocado nesse ranking nefasto, ao completar nesse final de semana 22 jogos, seguido do Fluminense, que irá somar a sua 21ª partida, e se continuar em todas as competições irá jogar 42 vezes em 4 meses.

Que futebol é esse?

NOTA 6- MIL DIAS DAS ARENAS

* Há mil dias atrás o ex-Ministro dos Esportes, Aldo Rebelo afirmou que os estádios da Copa iriam transformar o futebol nas cidades sedes.

Mil dias depois a situação na temporada de 2017 é a seguinte:

MARACANÃ- 2 JOGOS- média de 44.044 pagantes (sem contar com o jogo de ontem). Custo da obra- R$ 1,05 bilhão.

ITAQUERA- 8 jogos- média de 24.393 torcedores por jogo. Custo R$ 1,08 bilhão.

MINEIRÃO- 11 jogos- média de 14.830 pagantes- Custo- R$ 695 milhões.

ARENA DA BAIXADA- 10 jogos- média de 14.490/jogo. Custo- R$ 391,5 milhões.

BEIRA RIO- 9 Jogos- média de 10.818/jogo. Custo R$ 330 milhões.

FONTE NOVA- 4 jogos- média de 6.957/jogo. Custo- R$ 684,4 milhões.

CASTELÃO- 27 jogos- média 4.737/jogo. Custo- R$ 518,6 milhões.

MANÉ GARRINCHA- 14 jogos- média de 3.720/jogo (graças ao Flamengo). Custo R$ 1,4 bilhão.

ARENA DAS DUNAS- 22 jogos- média de 2.130/jogo. Custo de R$ 400 milhões.

ARENA PERNAMBUCO- 9 jogos- média de 1.826/jogo. Custo 532,6 milhões.

ARENA PANTANAL- 14 jogos- média de 1.200/jogo. Custo- R$ 583 milhões. 

ARENA AMAZONIA- 2 jogos- média de 1.067/jogo. Custo- R$ 660,5 milhões.

As previsões do Ministro falharam, como aconteceu com o governo em que participava. O legado é de alguns elefantes brancos, e outros com pequena taxa de ocupação.

 

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- A BAGUNÇA GENERALIZADA

* O futebol paranaense é uma bagunça generalizada.

A Federação local cujo presidente vende material esportivo de sua loja para a entidade, sem licitação, deu inicio a fase de quartas de final do Campeonato sem a decisão final do STJD sobre a perda de pontos do J.Malucelli por ter escalado um jogador irregular.

Na última quinta-feira depois que a bola já tinha rolado nos jogos de ida, o Tribunal em seu julgamento confirmou a decisão da Justiça Desportiva do Paraná, ao confirmar a punição dada com a perda de pontos para o Jotinha. 

Na decisão aconteceu algo grotesco, ao determinar a inclusão do Rio Branco, marcado o seu jogo contra o Londrina que já tinha jogado contra o excluído.

A Justiça Desportiva atropelou o regulamento, já que com a saída de um clube, a colocação foi modificada, e os jogos que tinham sido realizados deveriam ser outros, desde que houve uma movimentação na tabela de classificação, com novas posições de cinco clubes disputantes. 

A Federação local acatou, já marcou os jogos de volta para o final de semana.

Obvio que se o Paraná e Cascavel tiverem dirigentes inteligentes poderão melar a competição, desde que estão enfrentando adversários que  na verdade seriam outros. 

Uma bagunça total, que reflete muito bem o atual futebol brasileiro, e seus estaduais mequetrefes.

NOTA 2- O RETRATO DO FIM DO MUNDO

* O fim do mundo chegou para o futebol de Pernambuco, por conta do ¨estadual melhor do Brasil¨, segundo os cartolas da Federação local. 

Em toda a história desse esporte em nosso estado, jamais vimos uma competição sem a menor atenção do torcedor.

Uma rodada dupla com dois clubes grandes da capital, realizada na última quarta feira, teve a presença de apenas 224 pagantes, com uma renda de R$ 5.825,00 e uma taxa para a entidade local de R$ 292,00, enquanto os clubes se abraçaram com prejuízos.

O total do público que esteve presente nos 84 jogos realizados até o momento, foi de 65.023, com uma média grotesca de 867 testemunhas por jogo.

A melhor média é do Sport com 3.237 pagantes/jogo, seguido pelo Santa Cruz (2.679), Salgueiro (1.805), Náutico (1.672), Central (817) e Belo Jardim (184).

As peladas que eram realizadas em nossos bairros tinham públicos bem maiores.

A Caravana da Miséria continua percorrendo os nossos estádios de futebol, e terminará o seu roteiro na Rua Dom Bosco, com seus camelos morrendo de sede.

Pobres camelos.

NOTA 3- AS DESISTÊNCIAS NA SÉRIE D

* A Série D do Campeonato Brasileiro só irá começar no segundo semestre, mas alguns clubes que iriam participar dessa estão desistindo, ou seja, de forma equivocada preferem a hibernação.

Depois do Guaratinguetá e Rondoniense que pularam fora da última divisão nacional, chegou a vez do Uniclinic, que tinha conquistado a vaga com o vice-campeonato do Ceará em 2016.

Será substituído pelo Guarany de Sobral.

O que mais chama a atenção nessa competição é a presença de vários clubes que foram rebaixados nos estaduais dessa temporada, inclusive o time cearense.

Além do Guarany de Sobral, aparecem os rebaixados Serra Talhada, São Francisco do Pará, PSTC-Procopense do Paraná, Osasco, Audax e São Bernardo, todos de São Paulo.

São coisas de nosso futebol.

NOTA 4- UM MARKETING LIMITADO

* O mercado brasileiro de mídia e entretenimento no Brasil, movimenta R$ 190 bilhões por ano, enquanto os clubes participam apenas com R$ 4,2 bilhões, com R$ 1,1 bilhões de receitas diretas com o torcedor.

Para o consultor e especialista de Marketing Espotivo, Amir Somoggi, o marketing dos clubes é gerido de forma limitada, com uma visão equivocada de reais oportunidades que poderiam ser criadas.

Essa pequena participação do torcedor, demonstra de forma clara que o problema está no departamento de marketing de nossos clubes, e não no mercado, que existe e não é aproveitado.

Um dos pontos que sempre temos destacado está relacionado a ociosidade dos estádios, e a ausência de um trabalho para levar os torcedores para lota-los, e com isso afetando a venda de produtos e serviços para milhões desses.

O problema do futebol brasileiro é único, o da falta de gestão.

NOTA 5- ENQUANTO OS CLUBES CHORAM, A FEDERAÇÃO PAULISTA CANTA

* As Federações estaduais são as únicas que cantam com a miséria do futebol brasileiro, enquanto a maioria dos clubes choram com seus prejuízos.

Pode ter uma renda de R$ 100 em um jogo, o mandante paga para jogar, mas as entidades tiram a sua laminha na receita bruta.

Um exemplo é o da Federação Paulista de Futebol, que não tem time, não tem jogador, e ganha mais do que a maioria dos seu filiados.

Entre os 16 competidores do estadual de São Paulo, a entidade está na 4ª colocação com uma receita de R$ 1.598.744,02, abaixo do Palmeiras, Corinthians e São Paulo, dando uma goleada nos demais.

Se compararmos com as receitas de todos os clubes que estão disputando os estaduais pelo Brasil afora, a FPF está na sexta colocação, ganhando inclusive do Flamengo, que arrecadou R$ 1.450.431,19.

Nem Freud conseguiria explicar esse estranho modelo do futebol brasileiro.

Escrito por José Joaquim

O Brasil tem um sistema de governo bem interessante, o da Republica do Compadrio, quando tudo é dividido entre os compadres.

Os políticos chamam de partidarização do poder, o que na verdade é a sua divisão entre amigos.

O futebol brasileiro é um segmento do país, e não poderia ficar de fora do compadrio. É dirigido de compadre para compadre.

O mais grotesco é quando ouvimos vários jornalistas falando sobre a reformulação desse esporte, e sempre a Alemanha é a referencia, como já foram, a Holanda, Espanha e Inglaterra.

São uns inocentes de carteirinha.

Deixam de lado o mais importante, de que qualquer reestruturação tem que ser feita pela expulsão do templo daqueles que dirigem o futebol, que fazem parte de uma Távola Redonda, rodeada de compadres.

Esse sistema foi plantado durante a gestão do fugitivo Ricardo Teixeira, que antes de renunciar o cargo, convocou os compadres das federações para as alterações do estatuto da entidade, para garantir o status quo, inclusive a de manter a presença de sua filhinha no Comitê Organizador Local da Copa, fato esse que aconteceu, conforme o figurino.

Os seus substitutos que faziam parte do compadrio paulista, Jose Maria Marin e Marco Polo Del Nero, estão atolados em denuncias de corrupção.

Aliás a juíza de Nova York que está julgando os cartolas relacionados à FIFA, afirmou na última quinta-feira que ¨a corrupção é o estilo de vida de Marin¨. O que se pode comentar sobre o assunto, depois de lermos algo vindo de quem está com o processo em suas mãos.

Quanto a Del Nero tem um premio alto para quem conseguir leva-lo para fora do país.

Os compadres se reúnem e mandam recursos para as Federações estaduais, e uma boa benesse de R$ 25 mil para cada presidente sem a necessidade de prestação de contas. Interessante é que esses sustentam tal República.

O Circo paga salários mirabolantes para os seus dirigentes, dispendendo muitos milhões por ano, bem acima daquilo que é pago a muitos executivos de alto nível no país, com uma diferença, esses últimos são bem preparados, com diplomas de PHD, enquanto os cartolas são formados em malandragem.

Os vice-presidentes regionais que ocupam as cadeiras principais da mesa da Távola Redonda, também contam com excelentes salários.

A seleção do Circo também é um bom exemplo de compadrio. Antes tínhamos a dupla Dunga e Gilmar Rinaldi, que se cercavam de compadres, agora e a de Tite e Edu Gaspar, que seguem o mesmo caminho. Até o Titinho é assistente técnico. Na verdade isso é nepotismo.

A República do Compadrio se apossou do futebol brasileiro.

A Confederação, Federações e clubes são ocupados por compadres, sejam eles irmãos, filhos, sobrinhos, cunhados, e recomendados por esses, que estão levando esse esporte para o fundo do poço.

Na verdade o esporte brasileiro tem uma meia moral, para que todos possam atender aos seus compadres.

Escrito por José Joaquim

Voltaire um filosofo francês do século XVII, no período do iluminismo, deu uma boa definição sobre o acaso: ¨O acaso é uma palavra sem sentido. Nada pode existir sem causa¨.

Nos lembramos do escritor por conta da repercussão da situação do Central de Caruaru, que sem duvida era uma morte anunciada há muito tempo, e que não ocorreu por um acaso. 

O time da cidade do Agreste é o resultado de um projeto de destruição dos clubes do interior, não somente em nosso estado, como em todo o Brasil. Os números comprovam, inclusive com o fechamento de dezenas entidades.

O projeto de interiorização do futebol de Pernambuco foi positivo, mas teria que ser aprimorado, inclusive na sua parte estrutural. Somos um estado sem estádios. Há anos que nada se faz para recupera-los. A única exceção foi o Cornélio de Barros em Salgueiro.

Qual o torcedor que irá sair de casa para um local sem o menor conforto? Prefere a poltrona, ou outros meios de lazer. A psicose pela manutenção de estaduais amorfos, sem objetivos foi sem dúvida o caminho que foi percorrido até a destruição final.

Esse tipo de competição é coisa do passado, e só acontece por conta do apoio das Federações, como a única peça de resistência para a manutenção do status quo.

O processo de liquidação desses torneios aconteceu, mas quando o leiloeiro estabeleceu o seu preço, não apareceu nenhum comprador. 

Em Pernambuco o fato foi mais trágico, quando os clubes do interior foram exterminados por uma formula de competição bizarra, que promoveu uma overdose de clássicos, deixando as cidades sedes dos clubes sem a presença de um time chamado grande da capital. Os jogos realizados foram do nada para o nada. Os menores clubes foram ceifados pela foice do carrasco que matou o nosso futebol.

No lugar de uma competição sem futuro como essa, deveriam estar participando de uma divisão nacional regionalizada, com uma temporada de 10 meses.

Os semiprofissionais teriam na municipalização a sua porta de saída para os seus problemas.

Pelo contrário foram obrigados a jogar em um tal de Hexagonal da Permanência, com estádios vazios e prejuízos acumulados.

A pergunta que deveria ser feita seria a seguinte: Permanência para que? Gostaríamos de saber.  

O mais grotesco é que se juntando os jogos das semifinais da Copa do Nordeste, com os que foram realizados durante o estadual, e com a possibilidade de mais um encontro nas  semifinais desse torneio, Santa Cruz e Sport irão se enfrentar por seis vezes em um curto período desvalorizando o produto.

Uma aberração e que alguns acham maravilhoso. Na verdade algumas pessoas pensam de forma pequena, e não observam que o público sumiu, e os estádios estão ociosos.

Os nossos dirigentes deveriam raciocinar olhando o futuro, e verificar que um campeonato por três meses, seria uma porta aberta para a extinção dos clubes do interior, e o desemprego de milhares de profissionais. Isso finalmente aconteceu.

Certamente um modelo como esse não é positivo.

O futebol brasileiro necessita de uma reforma com a máxima urgência, com uma varredura em todos os seus poderes, e só assim irão poder entender que os estaduais fazem parte de um bom passado, mas não cabem mais no sistema moderno que chegou com a globalização.

O Central da última quarta-feira é mais uma vitima dos cartolas.