A experiência inovadora da dupla Atletiba com a transmissão do seu jogo na última quarta-feira pelo Youtube, foi assistida por 170 mil pessoas, o que representa 3 pontos de audiência, e mais 2 milhões de acessos. Entre esses, o nosso. Se contarmos os vídeos do pós-jogo dos dois canais o número irá chegar aos 3 milhões.
A importância desse número é bem relevante por conta das dificuldades encontradas pela população para a inclusão de tal plataforma.
A dupla paranaense entrará na história como a precursora de uma revolução que está em pleno andamento em todo o mundo, e que agora chegou ao Brasil pela primeira vez.
Hoje os televisores modernos tem aplicativos que permitem esse tipo de transmissão por uma tela grande. O mercado oferece um equipamento que é instalado no computador e na televisão, para que tal fato também aconteça.
O consultor de marketing Amir Somoggi em um excelente artigo ressaltou a importância da presença da internet e do streming, afirmando que sem dúvida irá abalar as estruturas do futebol brasileiro.
Segundo o consultor os jovens não assistem TV como seus pais e avós faziam. No Brasil de hoje, há mais audiência em vídeos na internet, do que a TV aberta. Isso demonstra de forma clara que as mudanças começaram na sociedade, menos no futebol.
A legislação brasileira com relação as transmissões dos jogos é daninha, quando não permite que um clube utilize uma nova plataforma quando o adversário tenha contrato com uma emissora de Televisão, mesmo que seja o mandante do jogo.
Tal modelo dificulta a implantação de um novo sistema, e só foi possível com a dupla por essa não ter nenhum vínculo no estadual paranaense.
O Google já penetrou no futebol, e a Copa do Rei da Espanha está sendo transmitida pelo Youtube, com um custo por partida de 4,99 euros. Isso sem duvida é uma revolução.
Ainda segundo o Consultor, por meio do streaming, o Youtube tem um alcance muito maior do que a TV aberta e fechada, e permite que mais torcedores tenham acesso ao conteúdo.
Na realidade trata-se de uma revolução e o futuro está nas transmissões on-line, mas temos a certeza de que irá demorar muito a chegar ao nosso país.
O Brasil é vagaroso na aplicação de inovações em diversos setores.
Um bom exemplo temos no sistema de metrô, quando a Argentina, pais vizinho o implantou em Buenos Aires em 1913, e aqui a primeira linha foi inaugurada em 1974, ou seja 61 anos após.
O mesmo pode se dizer da telefonia móvel, que anda a passos de tartaruga. Já existe a 5G nos países mais desenvolvidos do mundo, enquanto a 4G em nossos país ainda está patinando.
O exemplo do jogo de Coritiba irá entrar para a história, mas ficará nos seus anais por muito tempo, para que um dia esse seja implantado em larga escala no futebol brasileiro. Vivemos em um país, que pensa muito pouco em seu futuro.
Que os nosso clubes possam ter um espelho na NBA, que tinha receitas estagnadas no item transmissões, no valor de U$ 930 milhões (2012), e com a criação da NBA League Pass, os torcedores do mundo podem pagar diretamente para a Liga e acompanhar os jogos por streaming teve uma grande evolução. Em 2016 os valores já superaram US$ 2,6 bilhões por ano.
O futuro no Brasil só a Deus pertence e nada mais. Os homens não se esforçam para que esse seja mais promissor.
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