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Escrito por José Joaquim

Vamos apelar um pouco para o saudosismo na época em que o futebol de Pernambuco poderia ter esse nome, e o clássico dos clássicos, entre Náutico e Sport lotava os estádios, e as ruas tremulavam com as bandeiras dos clubes.

Quando andávamos pela cidade no dia do jogo, o que víamos eram os torcedores com as camisas dos dois litigantes. Os confrontos não aconteciam e tudo era levado na esportiva.

Hoje quando o cidadão ousa desfilar nas ruas da cidade com a camisa ou bandeira do seu clube, se não for em seu veículo, corre o risco de ser surrado ou mesmo morto.

Essa festa não existe mais, o encontro tornou-se um ex-clássico dos clássicos, graças a banalidade do futebol nacional, com overdose de jogos e repetições desmesuradas.

Quando lemos em nossos jornais que no domingo teremos o clássico dos clássicos nos divertimos, por tratar-se de uma manchete humorística. São jornalistas que não viveram o bom tempo.

Até a década de 90 existia público no encontro desses dois clubes. No ano de 1991, nos lembramos muito bem, quando a Ilha do Retiro sem as duas ampliações, recebeu 45.967 torcedores para esse clássico que ainda era dos clássicos. Os portões foram fechados. 

Nessa época dirigíamos a administração do clube, e dando o apoio para que tudo corresse bem. Na ocasião o presidente Wanderson Lacerda estava conosco, e com o fechamento dos portões fomos barrados em nossa própria casa. Terminamos no placar após subirmos centenas de degraus. Valeu a pena, pois assistimos um bom jogo.

Era o retrato de um futebol vivo, pulsante, e que hoje não mais existe. Além disso não aconteceu nenhum incidente. Não existiam as organizadas, e a sociedade era mais civilizada.

Em 1998, numa partida decisiva entre os dois times no estádio do Arruda, esse recebeu 80.203 torcedores. Na última quarta feira, no encontro entre os rubro-negros e alvirrubros o público real foi de 2.885 pagantes, que é sem duvidas o maior exemplo da decadência do futebol do estado de Pernambuco, que todos fingem que nada acontece, e em especial os que o dirigem.

Não precisa ser um gênio para saber que a partida realizada na última quarta-feira, que já foi um fiasco, sendo repetida no domingo seguinte é sinal de um público reduzido mais uma vez. Nem uma tabela sabem fazer.

Por outro lado a emissora que é dona do futebol brasileiro, como paga uma esmola aos clubes, se julga no direito de fazer o televisionamento direto. Quem vai sair de casa para um evento desmotivado, e que poderá assisti-lo na poltrona?

A entidade do futebol local não teve a percepção que estava demolindo o esporte que já foi das multidões, e hoje é dos estádios ociosos.

Um campeonato que não tem chamamento, correndo ao mesmo tempo com a Copa do Nordeste, os participantes sem mostrarem um bom futebol, o resultado final só poderia ser o que estamos presenciando, com apenas 44.493 torcedores, em 66 jogos, e uma média de 754 por jogo.

Contra os números não existem argumentos, desde que esses são a prova maior da falência do futebol local.

Não temos times, não temos jogadores, não temos dirigentes, não temos analistas, e só temos o SALGUEIRO, e o resto é para apenas nos lamentarmos.

Pobre futebol pernambucano.

Escrito por José Joaquim

A Bundesliga que é a responsável pelo Campeonato da Primeira Divisão da Alemanha, no seu relatório de 2015/2016, apresentou o montante de receitas dos seus 18 clubes, com 3,24 bilhões de euros, com um acréscimo de 24% com relação a temporada anterior.

A maior contribuição veio do marketing, das vendas de suas marcas, com um total de 974 milhões de euros, superando as receitas dos direitos de transmissão que obteve 933 milhões de euros. Os estádios contribuíram com 528 milhões de euros, com um bom crescimento em relação a 2015 (424 milhões de euros). 

Por outro lado, 13 milhões de torcedores assistiram os jogos, com uma média de público de 42,4 mil pagantes por jogo. Um ponto que nos chamou mais atenção foi o percentual de 33% de comprometimento das receitas com o futebol.

Quais os motivos de tal sucesso, além de ser um país desenvolvido, com uma economia das mais sólidas do planeta?

O modelo do futebol alemão é bem planejado. Esse comporta a Federação Alemã e Futebol (DFD), que além de administrar as 3ª, 4ª e 5ª ligas, tem um projeto de formação, que contempla 356 campos de treinamentos, os quais foram os responsáveis pela sua evolução. 

As duas maiores Divisões são gerenciadas pela Bundesliga. A Bundesliga 1 é disputada por 18 equipes, e a Bundesliga 2, que contempla também o mesmo número de times, com estádios superiores do que muito dos existentes no Brasil. Os três melhores ascendem e os quatro piores são rebaixados.

A Regionaliga, é a Terceira Divisão, com duas ligas distintas, a do Norte e a do Sul. Na primeira são 18 clubes, e na segunda dezenove. Os campeões e vices ascendem para a Bundesliga 2. Essa Terceira Divisão é palco de disputa de equipes sediadas em pequenas cidades, e que contemplam alguns clubes B dos maiores clubes da capital.

A Oberliga representa a Quarta Divisão. É composta por 9 ligas independentes, e são parecidas com os estaduais brasileiros, embora na Alemanha não se obedece de forma necessária as divisões politicas e geográficas, e somam 162 clubes que disputam o acesso para a Regionaliga.

A municipalização vem com a Quinta Divisão, que é composta  por times semiprofissionais, disputando competições durante toda temporada, com o acesso para a Quarta.

Os clubes do futebol alemão jogam duas competições internas na temporada vigente. Uma está representada pelos Campeonatos Nacionais, e a outra é a Copa da Alemanha, com a participação de clubes de todas as divisões.

Trata-se de um modelo simples, cuja maior meta é o trabalho de aproveitamento dos atletas formados nos clubes, tendo os participantes das duas maiores divisões a obrigação de terem Centros de Formação, e sobretudo a regionalização, com um Calendário cheio para todos os clubes.

Na realidade o esporte da chuteira na Alemanha é tratado com seriedade, reúne excelentes jogadores, com altos salários, mas dentro da capacidade de pagamento dos clubes, tendo como destaque a profissionalização dos dirigentes, e sobretudo a transparência nas competições.

Enquanto isso no Brasil, a improvisação prevalece e o futebol foi sendo levado para o atoleiro.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- DESAFIANDO A LEGISLAÇÃO

* Por um questão de saúde não assistimos as famosas e culturais entrevistas coletivas após a realização dos jogos.

Tal cenário faz muito mal ao nosso organismo, desde que tudo que acontece vai do nada para o nada, e com conteúdo zero, aumentando o nível de estresse. 

Por conta disso não analisamos a presença do técnico do Sport Daniel Paulista na entrevista após o jogo do seu time contra o Santa Cruz, desde que esse estava suspenso por conta da expulsão na partida anterior, e não poderia participar de nada relacionado ao evento. Tivemos uma surpresa.

Recebemos o vídeo, achamos que ouve um desafio a legislação em vigor, quando o técnico feliz e serelepe deitou a sua brilhante falação.

O maios grotesco não foi apenas a afronta do profissional, e sim o fato de que os jornalistas deixarem passar batido, sem nenhuma pergunta sobre o que estava acontecendo, e se esse sabia que não poderia estar no local.  

Faltou a orientação dos gestores de futebol do clube.

Por outro lado, o Santa Cruz que não tem gerente de futebol com alto salário cumpriu com o que determinava a legislação, quando o seu treinador que também estava suspenso, ficou fora de tudo, inclusive da coletiva.

Não sabemos se a Federação local procedeu com a denúncia ao Tribunal de Justiça Desportiva. Se não o fez, o faça, para salvaguardar o que ainda resta desse pobre futebol. 

NOTA 2- O CIRCO ELIMINOU O PARANÁ DA COPA DO BRASIL

* O nosso blog recebe informações de todos os rincões do país, e isso realmente faz a diferença para o seu conteúdo, e que nos fornece dados para boas postagens.

Recebemos um vídeo da reunião realizada no Circo do Futebol, para o sorteio dos mandos de campo da terceira fase da Copa do Brasil, e nesse ouvimos algo que beirou o grotesco, quando o supervisor da competição, Paulo Pedro Lima, praticamente eliminou o Paraná, dando o seu lugar ao Bahia.

Aliás não sabíamos de mais uma sinecura na entidade que comanda os desmandos de nosso futebol, com um novo cargo de supervisor dessa Copa.

O Circo parece um conhecido partido politico que empregou no governo todos os seus filiados, inclusive parentes e aderentes. Deu no que deu.

Paulo Lima esqueceu que o jogo entre Paraná e Bahia não tinha sido realizado, desde que foi adiado por conta do erro de logística do time baiano, quando da sua explicação sobre a forma do sorteio dos mandos de campo, deu como certa a classificação do baiano para a próxima fase da competição. 

Na verdade esse terá que vencer o Paraná, no jogo marcado para o dia 8 de março em Curitiba, ou nas penalidades caso esse termine empatado.

¨(...) Temos também o Vitória e provavelmente o Bahia, por isso há uma preocupação também. Como o Bahia tem o jogo adiado e vai começar a sua participação um pouco mais tarde na terceira fase, a gente faz o sorteio, mas ambos tem o mesmo mando para que na prática não aconteça isso¨, disse o supervisor.

Sem comentários, são coisas do estrambelhado futebol de nosso país, que tem supervisor para tudo, mas vive atolado em um mar de lama.

NOTA 3- A SALVAÇÃO DO ESTADUAL É O SALGUEIRO

* O Salgueiro é um náufrago do afundamento do barco que conduzia o estadual de Pernambuco. O único sobrevivente.

Um time que sabe de suas limitações, que não tem jogadores de R$ 5 milhões, mas dentro do campo vem dando o seu recado.

Permanece invicto, derrotou dois chamados grandes jogando como visitante, apresentando um futebol simples e aplicado.

Tem o melhor ataque e a melhor defesa, numa demonstração de que realmente a liderança na tabela não é algo do acaso, e sim de um trabalho correto e com seriedade.

Não vamos afirmar que esse será o campeão, mas na verdade está mostrando uma estatura para tal, e se decidir a semifinal e final em casa os ventos poderão soprar ao seu favor. Basta não colocar salto alto, e sim as sandálias da humildade.

Trata-se de uma lição para os chamados grandes, que deveriam enterrar as suas cabeças na terra como o avestruz, com vergonha por conta da lição que vem sendo dada por um pequeno time do Sertão Central de Pernambuco, com uma folha salarial que seria coberta por dois meses, com apenas o salario mensal de um jogador do Sport.

São coisas de péssimas gestões.

NOTA 4- FINAL DA NOVELA CARIOCA

* Na tarde de ontem finalmente a novela sobre as torcidas do jogo envolvendo o Flamengo e Fluminense pela final da Taça Guanabara chegou ao seu capitulo final.

Uma canetada do desembargador Gilberto Clovis derrubou a liminar que obrigava os clubes a jogarem com torcida única.

Com a decisão, ficou certo que a partida que será realizada no Engenhão terá torcida dividida, como era o desejo dos clubes.

Com isso, os litigantes deixam de fazer valer uma decisão já aprovada pelo Tribunal de Justiça Desportiva, de atuar com portões fechados, de acordo com uma solicitação realizada por esses.

Flamengo e Fluminense se acertaram e entraram com um recurso na última quinta-feira, para a derrubada da liminar, fato esse que aconteceu.

A responsabilidade está nas mãos dos dois clubes, da FERJ e agora do magistrado que permitiu a presença das duas torcidas nesse jogo.

A decisão vale apenas para a Taça Guanabara. Já a torcida única nos outros clássicos ainda será analisada no mérito do recurso movido pelos clubes, pela Federação do Rio de Janeiro e pela Procuradoria Geral do Estado.

Um futebol que está sendo abandonado pelos torcedores, jogar com uma só torcida presente no estádio, seria mais uma pá de terra jogado no seu caixão. O mais bizarro é que tudo isso só foi resolvido 48 horas antes da partida.

De recurso em recurso, o futebol vai se tornando um recurso.

NOTA 5- ROTEIRO DA INSANIDADE

* O calendário do futebol brasileiro é insano, e responsável pelo número de lesões dos jogadores em diversos clubes.

A overdose de jogos em várias competições é avassaladora. Os clubes sofrem calados por terem medo das represálias do poder dominante.

Um exemplo do surreal vem do Palmeiras, que em 27 dias terá oito jogos pela frente, ou seja um jogo a cada 3,3 dias.

A maratona começou ontem, quando o time alviverde jogou em Campinas contra o Red Bull Brasil.

Na quarta-feira fará a sua estreia na fase de grupos da Libertadores, no norte da Argentina contra o Atlético Tucumán.

Voltando ao Brasil terá um clássico no sábado pelo estadual contra o São Paulo. Logo após vem mais Libertadores, com um jogo em casa contra o Jorge Wilstermann, na quarta-feira. A maratona continua, no domingo vai a Vila Belmiro confrontar-se com o Santos.

Até o final do mês , mais três jogos, Mirassol, líder do grupo D, o Audax e finalmente a Ponte Preta.

Na verdade se não tiver um elenco grande torna-se impossível um clube enfrentar tantos jogos pela frente, inclusive com uma viagem para a Argentina.

Essa é a realidade de um futebol que massacra os atletas, e prejudica a qualidade das partidas.

São coisas do futebol de um país sem rumo.

Escrito por José Joaquim

A pesquisa do Datafolha sobre as torcidas dos grandes clubes de São Paulo, ainda rende comentários, em especial o item sobre os que não tem times, com um percentual de 24%, que na realidade está na media nacional que tem uma variação entre 23 a 28%. Nenhuma surprêsa.

Nesse trabalho existe um fato que chama a atenção, com os dados de outras pesquisas, que mostram no período de 1993 a 2017, que esse grupo dos ¨sem clubes¨ dobrou.

Em 1993 o percentual era de 12%, em 2000 subiu para 20%, em 2008 esse permaneceu estável com o os mesmos 20%, e em 2017 subiu para 24%.

Quem acompanha o futebol brasileiro de forma isenta, sem paixão ou clubismo sabe muito bem que um fato como esse não representa nenhuma novidade.

O modelo de gestão desse esporte é alienado, ultrapassado e em alguns casos corrupto, e que vem afastando os torcedores dos estádios e da vida clubística. Esses procuraram outros caminhos.

Por outro lado pesquisas sobre torcidas produz uma sensação enganosa para os clubes, no tocante aos seus projetos de marketing e de captação de novos seguidores.

Existe no futebol o torcedor e o simpatizante. O primeiro é o que participa ativamente da vida do clube, assiste os jogos, acompanha os noticiários, e é um cliente de seus produtos. Na realidade é uma fonte poderosa de receitas.

Quando as pesquisas são realizadas não existe uma pergunta direta sobre o assunto, se o entrevistado é um acompanhante da agremiação e cliente daquilo que emana dessa.

Por outro lado temos o simpatizante, cujo sentido é bem claro no dicionário da língua portuguesa, ou seja simpatiza com a marca, mas não é um cliente dessa. Nesses milhões de torcedores que são apresentados nas diversas pesquisas sobre torcidas, quais os percentuais desses e dos simpatizantes?

Esse é ponto bem importante para o direcionamento dos clubes na busca de novos seguidores, com um projeto de captação.

Um exemplo bem simples do que é um simpatizante. Na década de 60  Botafogo e Santos, por conta dos grandes talentos dos seus elencos, tinham seus simpatizantes, que nunca torceram por esses.

Existia uma Loja de Departamentos famosa no Recife, Sloper, que tinha a simpatia de muitos recifenses que não eram seus clientes por conta dos altos preços dos seus produtos. A sua estrutura e vitrines chamavam atenção pelo luxo e criava uma simpatia.

Na pesquisa ficou claro que a fuga dos torcedores se deu mais na faixa acima dos 24 anos, em especial nos mais velhos, o que mostra o desencanto com o modelo gerencial do Circo, das Federações estaduais e sobretudo nos clubes coniventes com a avacalhação desse esporte.

Se não acontecer uma revolução no setor, os  que fazem parte do item ¨sem clubes¨ terão um grande incremento, recebendo uma geração de 10 a 24 anos, que aos poucos estão passando para os times do Velho Continente, cujo futebol é tratado com profissionalismo e decência.

Falta um projeto nacional, para despertar o antigo sentimento de ser um torcedor de um clube.

O nosso caso é um bom  exemplo para comprovar a realidade do que vem acontecendo no futebol nacional.

De um participante e atuante na vida do Sport, o desencanto está quase nos levando para o lado dos simpatizantes, fato esse que lutamos para que não aconteça, desde que ainda somos adeptos da Velhinha de Taubaté, ao acreditarmos que o modelo irá ser varrido do mapa esportivo brasileiro, e o lado bom sairá vitorioso.

Escrito por José Joaquim

O torcedor brasileiro vive numa eterna sofrência. 

O futebol de hoje é um poço de sofrimento em todos os seus setores, motivando mais tristezas do que alegrias.

A Copa do Brasil que foi modificada pelos gênios que fazem o esporte da chuteira no país, apequenou-se desde que os clubes passaram a jogar com diversos ônibus em suas defesas, já que o jogo é único, e será resolvido nos pênaltis no caso de empate.

O que assistimos na última quarta-feira foi o retrato desse novo modelo, com os clubes sofrendo para a obtenção de bons resultados.

Futebol que é bom não existiu, pelo contrário em alguns casos os gramados não ajudaram, já que o Circo não vistoria os estádios, e aprova-os via on-line, confiando na palavra dos cartolas das Federações.

O jogo com uma só partida apequenou o esporte. O pequeno se fecha na sua defesa na espera de um erro do mais forte, que por sua vez não se arrisca, e assim esse segue sem graça e de pouca qualidade.

O torcedor vive momentos de sofrência nas arquibancadas.

No futebol de Pernambuco o índice de sofrimento está numa escala mais elevada. O seu estadual espantou os torcedores, que cansaram de tanta sofrência de jogos ruins, e uma tabela distorcida da realidade. O modelo é grotesco.

Os três clássicos realizados terminaram empatados em 1x1, indo de encontro a musica de Jackson do Pandeiro que não queria esse resultado para o seu clube.

A maior sofrência está nos públicos, desde que na soma desses três jogos o total de pagantes foi de 11.770, ou seja algo que nunca na história do nosso futebol aconteceu.

O Santa Cruz teve a sua noite de sofrência, ao ser derrotado pelo Salgueiro  em pleno Arruda por 2x1. O time sertanejo é na verdade o dono do campeonato.

Em Caruaru o Central sofreu mais uma derrota, dessa vez para o Belo Jardim pelo placar de 2x0. Os torcedores da Patativa já são sofredores juramentados.

No próximo domingo mais um encontro com a repetição do que aconteceu na rodada anterior, só que será Náutico e Sport. A situação é tão bizzara que após essa rodada, o estadual terá um descanso de duas semanas por conta do calendário da Copa do Nordeste e de outras competições.

Haja sofrência.

O sofrimento dos cariocas ainda é maior. A partida pela final da Taça Guanabara ainda está sem definição na espera de um recurso dos clubes contra a decisão do Juiz Guilherme Schilling que não recuou no caso de torcida única.

Embora os clubes afirmem que não jogarão com uma só torcida, os ingressos para que se possa cumprir o Estatuto do Torcedor foram colocados à venda no final da tarde de ontem, apenas para os torcedores do Fluminense, que pelo sorteio é o clube mandante. Quem vai compra-los nessa incerteza?

De recurso em recurso, o futebol carioca virou um recurso.

A Primeira Liga é algo que beira o absurdo. A sua fase de grupos está sendo encerrada, os times atuando com times reservas, e o retorno dar-se-á depois de 114 dias de folga.

Que modelo é esse? 

Quando recomeçar os torcedores já não tem lembrança do que aconteceu e o nome dos clubes que foram classificados.

Na verdade o futebol brasileiro banalizou-se com tantas competições realizadas ao mesmo tempo. Muitos jogos para nada, desde que a qualidade existente é igual a das peladas que assistíamos nos campos de várzeas.

Uma verdadeira sofrência.

Não existe nada pior do que alguns programas esportivos, ou algumas narrações de jogos. Um sofrimento para quem assiste, que torna-se uma vitima desse sintoma.

Os treinadores são aqueles que mais sofrem, desde que em nossas mídias o que mais encontramos são os caçadores desses profissionais, e Cristovão Borges é o mais perseguido.

Nesse caso tem algo parecido com o preconceito, desde que pelo que assistimos na rodada da quarta-feira, todos os treinadores dos clubes grandes que jogaram a Copa do Brasil penaram, não foram criticados, com a culpa caindo apenas no treinador vascaíno.

É muita sofrência e pouca bola, e isso só irá modificar-se caso haja uma mudança radical no sistema, fato esse que nem que a vaca tussa irá acontecer, desde que o brasileiro está se acostumando com o que não presta, e adora uma sofrência.