NOTA 1- DESAFIANDO A LEGISLAÇÃO
* Por um questão de saúde não assistimos as famosas e culturais entrevistas coletivas após a realização dos jogos.
Tal cenário faz muito mal ao nosso organismo, desde que tudo que acontece vai do nada para o nada, e com conteúdo zero, aumentando o nível de estresse.
Por conta disso não analisamos a presença do técnico do Sport Daniel Paulista na entrevista após o jogo do seu time contra o Santa Cruz, desde que esse estava suspenso por conta da expulsão na partida anterior, e não poderia participar de nada relacionado ao evento. Tivemos uma surpresa.
Recebemos o vídeo, achamos que ouve um desafio a legislação em vigor, quando o técnico feliz e serelepe deitou a sua brilhante falação.
O maios grotesco não foi apenas a afronta do profissional, e sim o fato de que os jornalistas deixarem passar batido, sem nenhuma pergunta sobre o que estava acontecendo, e se esse sabia que não poderia estar no local.
Faltou a orientação dos gestores de futebol do clube.
Por outro lado, o Santa Cruz que não tem gerente de futebol com alto salário cumpriu com o que determinava a legislação, quando o seu treinador que também estava suspenso, ficou fora de tudo, inclusive da coletiva.
Não sabemos se a Federação local procedeu com a denúncia ao Tribunal de Justiça Desportiva. Se não o fez, o faça, para salvaguardar o que ainda resta desse pobre futebol.
NOTA 2- O CIRCO ELIMINOU O PARANÁ DA COPA DO BRASIL
* O nosso blog recebe informações de todos os rincões do país, e isso realmente faz a diferença para o seu conteúdo, e que nos fornece dados para boas postagens.
Recebemos um vídeo da reunião realizada no Circo do Futebol, para o sorteio dos mandos de campo da terceira fase da Copa do Brasil, e nesse ouvimos algo que beirou o grotesco, quando o supervisor da competição, Paulo Pedro Lima, praticamente eliminou o Paraná, dando o seu lugar ao Bahia.
Aliás não sabíamos de mais uma sinecura na entidade que comanda os desmandos de nosso futebol, com um novo cargo de supervisor dessa Copa.
O Circo parece um conhecido partido politico que empregou no governo todos os seus filiados, inclusive parentes e aderentes. Deu no que deu.
Paulo Lima esqueceu que o jogo entre Paraná e Bahia não tinha sido realizado, desde que foi adiado por conta do erro de logística do time baiano, quando da sua explicação sobre a forma do sorteio dos mandos de campo, deu como certa a classificação do baiano para a próxima fase da competição.
Na verdade esse terá que vencer o Paraná, no jogo marcado para o dia 8 de março em Curitiba, ou nas penalidades caso esse termine empatado.
¨(...) Temos também o Vitória e provavelmente o Bahia, por isso há uma preocupação também. Como o Bahia tem o jogo adiado e vai começar a sua participação um pouco mais tarde na terceira fase, a gente faz o sorteio, mas ambos tem o mesmo mando para que na prática não aconteça isso¨, disse o supervisor.
Sem comentários, são coisas do estrambelhado futebol de nosso país, que tem supervisor para tudo, mas vive atolado em um mar de lama.
NOTA 3- A SALVAÇÃO DO ESTADUAL É O SALGUEIRO
* O Salgueiro é um náufrago do afundamento do barco que conduzia o estadual de Pernambuco. O único sobrevivente.
Um time que sabe de suas limitações, que não tem jogadores de R$ 5 milhões, mas dentro do campo vem dando o seu recado.
Permanece invicto, derrotou dois chamados grandes jogando como visitante, apresentando um futebol simples e aplicado.
Tem o melhor ataque e a melhor defesa, numa demonstração de que realmente a liderança na tabela não é algo do acaso, e sim de um trabalho correto e com seriedade.
Não vamos afirmar que esse será o campeão, mas na verdade está mostrando uma estatura para tal, e se decidir a semifinal e final em casa os ventos poderão soprar ao seu favor. Basta não colocar salto alto, e sim as sandálias da humildade.
Trata-se de uma lição para os chamados grandes, que deveriam enterrar as suas cabeças na terra como o avestruz, com vergonha por conta da lição que vem sendo dada por um pequeno time do Sertão Central de Pernambuco, com uma folha salarial que seria coberta por dois meses, com apenas o salario mensal de um jogador do Sport.
São coisas de péssimas gestões.
NOTA 4- FINAL DA NOVELA CARIOCA
* Na tarde de ontem finalmente a novela sobre as torcidas do jogo envolvendo o Flamengo e Fluminense pela final da Taça Guanabara chegou ao seu capitulo final.
Uma canetada do desembargador Gilberto Clovis derrubou a liminar que obrigava os clubes a jogarem com torcida única.
Com a decisão, ficou certo que a partida que será realizada no Engenhão terá torcida dividida, como era o desejo dos clubes.
Com isso, os litigantes deixam de fazer valer uma decisão já aprovada pelo Tribunal de Justiça Desportiva, de atuar com portões fechados, de acordo com uma solicitação realizada por esses.
Flamengo e Fluminense se acertaram e entraram com um recurso na última quinta-feira, para a derrubada da liminar, fato esse que aconteceu.
A responsabilidade está nas mãos dos dois clubes, da FERJ e agora do magistrado que permitiu a presença das duas torcidas nesse jogo.
A decisão vale apenas para a Taça Guanabara. Já a torcida única nos outros clássicos ainda será analisada no mérito do recurso movido pelos clubes, pela Federação do Rio de Janeiro e pela Procuradoria Geral do Estado.
Um futebol que está sendo abandonado pelos torcedores, jogar com uma só torcida presente no estádio, seria mais uma pá de terra jogado no seu caixão. O mais bizarro é que tudo isso só foi resolvido 48 horas antes da partida.
De recurso em recurso, o futebol vai se tornando um recurso.
NOTA 5- ROTEIRO DA INSANIDADE
* O calendário do futebol brasileiro é insano, e responsável pelo número de lesões dos jogadores em diversos clubes.
A overdose de jogos em várias competições é avassaladora. Os clubes sofrem calados por terem medo das represálias do poder dominante.
Um exemplo do surreal vem do Palmeiras, que em 27 dias terá oito jogos pela frente, ou seja um jogo a cada 3,3 dias.
A maratona começou ontem, quando o time alviverde jogou em Campinas contra o Red Bull Brasil.
Na quarta-feira fará a sua estreia na fase de grupos da Libertadores, no norte da Argentina contra o Atlético Tucumán.
Voltando ao Brasil terá um clássico no sábado pelo estadual contra o São Paulo. Logo após vem mais Libertadores, com um jogo em casa contra o Jorge Wilstermann, na quarta-feira. A maratona continua, no domingo vai a Vila Belmiro confrontar-se com o Santos.
Até o final do mês , mais três jogos, Mirassol, líder do grupo D, o Audax e finalmente a Ponte Preta.
Na verdade se não tiver um elenco grande torna-se impossível um clube enfrentar tantos jogos pela frente, inclusive com uma viagem para a Argentina.
Essa é a realidade de um futebol que massacra os atletas, e prejudica a qualidade das partidas.
São coisas do futebol de um país sem rumo.