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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- LAMBANÇAS

* O futebol de Pernambuco teve uma segunda-feira de lambanças, o que aliás não é novidade, desde que isso faz parte de sua vida diária. 

O Central que continua sendo de Caruaru, desde que não tomamos conhecimento de sua saída para outra cidade, jogou o classificatório no seu estádio, cujo gramado tinha sido consumido pela seca, mas aprovado pela ¨vistoria¨ da Federação. Deixaram a bola rolar numa situação precária.

Sem consultar a Policia Militar do Estado, a entidade que administra o futebol local marcou a partida entre o time patativa e Náutico para a Ilha do Retiro, deixando a sua torcida com 138 km de distância. Uma pauleira no sistema de interiorização. 

Mudaram o local mas não conversaram com quem de direito, que garante a segurança dos jogos. Quando o Batalhão de Choque tomou conhecimento, de imediato comunicou que não teria efetivo suficiente para dois jogos na capital, já que no Arruda o Santa Cruz iria enfrentar o Belo Jardim.

Um corre, corre, nos corredores da rua Dom Bosco, e no final da noite entenderam o que deveria ter sido feito muito antes, ou seja levar a partida para o Antônio Inácio, que fica na capital do Agreste, que é acanhado, mas o gramado conseguiu sobreviver.

O mais interessante de tudo, é que o evento será de torcida única, com a do alvirrubro de Pernambuco sendo barrada no baile.

Já não bastasse a fórmula Mandrake do estadual, com um clássico abrindo o campeonato, apareceram mais lambanças, que deverão persistir até o final dessa competição.

São coisas do futebol pernambucano, cuja federação deseja acabar com a Copa do Nordeste, que na realidade também marcha para a inanição por ter perdido o seu conteúdo.

Incharam -na tanto que vai acabar explodindo.

NOTA 2- SEGURANÇA PRIVADA

* Recebemos no dia de ontem um email que nos questiona sobre a presença de policiamento do estado no interior dos estádios.

Trata-se de um debate que existe há alguns anos e até hoje não se chegou ao consenso.

No futebol europeu a segurança é particular, cabendo a policia o patrulhamento fora do campo de jogo.

Na verdade a Série A Nacional, cujos participantes gastam fortunas em contratações e salários, já deveria ter adotado esse sistema, entregando a uma empresa particular a parte interna das arenas.

Isso aliviaria o estado brasileiro, que iria trabalhar apenas com a sua Policia nas ruas.

O futebol é privado, como uma casa de eventos, sendo que essas tem a sua segurança própria, recebendo o auxilio do policiamento nas próximidades.

Em competições menores, as finanças dos clubes ainda não comportam um custo como esse, mas com a evolução financeira o modelo também poderá ser implantado.

Um dos projetos apresentados no relatório da CPI do Futebol, é o da obrigação de segurança privada nos estádios, quando altera o Estatuto do Torcedor para prever o uso desse segmento no interior dos locais de eventos esportivos, como a responsabilidade civil, administrativa e penal do proprietário do local quando o torcedor sofrer dano ou lesão em razão da não observância das normas relativas a higiene, alimentação, instalações físicas e monitoramento previstos no Estatuto.

O difícil será passar pela Bancada da Bola. Não sabemos o seu atual andamento, mas já está nas comissões do Senado.

Com isso futebol de Pernambuco não teria promovido uma lambança na última segunda-feira, por conta de dois jogos na mesma cidade.

NOTA 3- AS COMMODITIES E O FUTEBOL

* O futebol brasileiro tornou-se um fornecedor de matérias-primas, para que sejam transformadas em produtos de qualidade. Os atletas jovens estão se transformando em commodities. 

A situação financeira de nossos clubes impede que esses segurem as suas revelações, e assim obrigando a negocia-las. Tem a matéria prima nas mãos, mas não a utilizam por um tempo maior.

O futebol europeu vem descartando jogadores brasileiros com maior rodagem, dando preferência aos novos talentos, e mesmo assim clubes que não estão no seu nível maior. 

Na janela de transferência do inverno foram realizadas transações de atletas jovens, mas que trouxeram bons resultados aos cofres de seus clubes, servindo para o equilíbrio de suas combalidas finanças.

A maior foi de David Neres, do São Paulo, que foi negociado por 15 milhões de euros, ficando o clube ainda com 20% dos seus direitos. Vai jogar no Ajax, time tradicional da Holanda, fora do TOP 10 europeu.

O tricolor tinha a previsão de arrecadar com vendas de jogadores em 2017, R$ 60 milhões, e somente com um recebeu R$ 51 milhões.

Um outro jovem atleta que foi negociado para o exterior foi Wallace, do Grêmio, para o Hamburgo, da Alemanha que está com as chuteiras no rebaixamento. O time gaúcho teve direito a 60% da transação.

O Flamengo também consguiu um bom negócio com a sua matéria prima, Jorge, que foi negociado para o Mônaco, da França, por 9 milhões de euros.

Toda história tem a sua moral, e essa é bem simples, países emergentes não tem condições de bancar os bons atletas formados em suas bases, faltam recursos para tal, e a única solução são as negociações.

Por outro lado a formação de atletas produz um bom retorno financeiro, quando é bem feita. Os cartolas não aprenderam essa lição.

Enquanto isso o futebol do Brasil vive na contramão da história, quando exporta matéria prima de qualidade, e importa produtos já depreciados, e se apequena cada vez mais.

NOTA 4- O EXEMPLO DO MOREIRENSE

* O Moreirense é um clube sediado na Vila Moreira do Conego, que faz parte do Conselho de Guimarães, uma das cidades mais importante de Portugal. 

A Vila é um dos locais mais aprazíveis das terras lusas, com uma população de 5 mil habitantes, com um bom índice no seu padrão de vida.

Possui um estádio moderno, com excelente gramado boas instalações, que comporta 9 mil torcedores, quase duas vezes a população local, que é utilizado pelo Moreirense, que disputa a Primeira Divisão Nacional.

No final da semana o clube registrou o seu nome na história do futebol português, ao conquistar a ¨Taça da Liga Portuguesa¨, que é disputada entre os clubes das Primeira e Segunda Divisões. 

Durante a competição superou equipes tradicionais, como Braga, o gigante Futebol Clube do Porto, e na final derrotou outro grande, o Benfica.

Um bom exemplo para times do interior do Brasil, que tem populações muitas vezes maiores do que a Vila lusa, mas não conseguem nada com o futebol. Em Pernambuco, Caruaru é um exemplo da inercia. 

Escrito por José Joaquim

O futebol brasileiro é dirigido por alquimistas, que brincam de inventar formulas mirabolantes na busca de uma pedra filosofal desse esporte.

Ontem lemos e ouvimos muitas coisas sobre os públicos do futebol brasileiro no inicio dos estaduais, e em especial o de Pernambuco.  Analises fora do foco real. Analisaram o varejo, e deixaram de fora o atacado.

Para nós nenhuma novidade, desde que há muito discutimos esse tema, e sempre criticando a insistência das Federações na realização desses torneios, mas os estádios ociosos não estão apenas nessas competições, desde que a Primeira Liga e a Copa do Nordeste também estão em baixa. Os torcedores não as abraçaram. 

O Circo do Futebol Brasileiro formatou um calendário kamikaze, quando alocou várias competições no mesmo período, inclusive os estaduais. Deu no que está dando.

O torcedor tem a visão de um Bloco que está saindo do Sanatório, com vários Napoleões, ao perceber que estão lhes ofertando  de uma só vez, Copa do Nordeste, Copa Verde, Libertadores e Estaduais. A Primeira Liga não faz parte da química dos alquimistas, mas está sendo realizada. Trata-se do Bloco do Sanatório Geral, com Del Nero como porta-bandeira.

Como levar o torcedor aos estádios com essa overdose de competições, com o agravante dos times não estarem preparados?

Alguns clubes disputantes estarão na Pré-Libertadores e fizeram a opção por esse torneio, deixando de lado as primeiras rodadas dos regionais. Dentro da lógica, já que as cotas são bem maiores do que as de outros eventos.

No Rio de Janeiro que continua lindo com suas balas perdidas, e com Cabral que não é o nosso descobridor, teve um clássico local envolvendo Fluminense e Vasco, com a presença de um pouco mais de 11 mil torcedores. Acima do que se esperava, sendo o maior da rodada entre os estados que começaram os estaduais.

Nos demais campeonatos o mesmo problema, jogos sem público. Em Pernambuco, o antigo Clássico das Emoções não colocou na Arena Pernambuco cinco mil pagantes.

Na verdade, o torcedor tem as tabelas dos campeonatos nas mãos, e sabe muito bem que no final de semana os dois clubes estarão se enfrentando pela Copa do Nordeste. Trata-se de uma autofagia futebolística, aliada a uma burrice patológica.

O nosso estado viveu um período de ilusão, com o Programa Todos com a Nota, que dava um público irreal, alimentado pelos cartolas para proclamarem que tínhamos o melhor futebol do mundo.

Com o seu encerramento voltamos a realidade, que é essa que está sendo apresentada, com o público real de seus jogos, e um incremento quando as partidas tiverem um outro valor.

Pernambuco hoje é um estado sem estádios, e certamente tal fato afasta os torcedores, além disso a televisão que paga a menor cota de todo o Brasil para os nossos clubes, com os maiores ganhando 30% do que os do interior de São Paulo recebem, e 40% do que os menores do Rio de Janeiro colocam em seus cofres, ainda transmite de forma aberta os jogos que são realizados.

Só muita paixão poderá tirar o torcedor de sua casa para enfrentar um estádio de futebol, com o risco de ser assaltado no caminho.

Enquanto as nossas entidades não criarem o Departamento do ¨Vai dar Merda¨, conforme indicação do compositor Chico Buarque, tudo continuará como dantes, com os torneios sendo processados nas estações de tratamento dos esgotos.

Escrito por José Joaquim

A internet afetou o jornalismo impresso em todo mundo, inclusive o esportivo. Aconteceu uma luta entre o tempo real e o tempo passado, com jornais e revistas especializadas no país sendo tragados pelo novo processo.

A sua velocidade teve um grande impacto na imprensa do papel, inclusive nos jornais, e no caso específico das revistas, que não souberam adequar-se ao tempo com uma nova roupagem de informações e foram definhando até suas extinções.

O Brasil cuja população acompanha os esportes só tem uma revista especializada à nível nacional, ¨Placar¨, e mesmo assim desatualizada e em franca decadência. Foi semanal, tinha uma grande repercussão no país, tornou-se mensal e marcha para o desaparecimento.

Nos Estados Unidos, a ¨Sports Ilustrated¨ passou por dificuldades, mas conseguiu sobreviver graças a um novo conteúdo, e hoje para colocar uma publicidade em suas páginas, tem que entrar em uma longa fila. É semanal. Na Inglaterra, a ¨Four-Four-Two¨ é uma das mais respeitadas do mundo, como a ¨France Football¨, da França.

Já tivemos boas revistas esportivas como a ¨Revista dos Esportes¨, ¨Manchete Esportiva¨, ¨Gazeta Esportiva¨, e até pouco tempo a ¨ESPN¨ e ¨FUT¨, que não souberam vencer a luta contra as notícias on-line que chegam nos milhões de computadores, tabletes e telefones do Brasil.

Ao analisarmos os jornais especializados em esportes, verificamos que esses também foram tragados. No Rio de Janeiro, havia um dos mais importantes do país, formador de bons jornalistas, o ¨Jornal dos Sports¨, que foi minguando e sucumbiu após tantos anos de glórias.

A ¨Gazeta Esportiva¨ era um dos mais lidos periódicos do Estado de São Paulo e no Brasil. Tinha uma escola de jornalismo de alto nível, mas não suportou a luta, encerrando as suas atividades, sobrevivendo hoje no sistema on-line. Fomos leitores assíduos, por conta da coluna de Juarez Araújo sobre o Basquetebol, que nos acompanhou em eventos internacionais desse esporte.

O último a desaparecer foi o ¨Marca Brasil¨, que tinha uma parceria com um dos mais importantes periódicos do mundo, o ¨Marca¨ da Espanha. Resta apenas ¨O Lance¨, que cedo ou tarde irá sucumbir por conta da ausência dos leitores, e da sua boa qualidade on-line. 

Na Europa, e nós lemos todos os dias para nos atualizarmos, diversos jornais esportivos tem grande aceitação, e são referências para o setor. Além do ¨Marca¨, a Espanha tem o ¨Diário As¨, o ¨Sport-Bild¨ na Alemanha, ¨A Bola¨, em Portugal, o ¨Daily Express¨, na Inglaterra, o ¨Corriete dello Sports¨ e a ¨Gazzetta dello Sport¨, na Itália, e tantos outros, numa demonstração que foram competentes na luta contra um inimigo poderoso.

Na vizinha Argentina os esportes tem uma referência há muitos anos, o jornal ¨Olé¨, que é um dos mais respeitados do Continente, que serviu de modelo para o nosso ¨Lance¨.

O país que se proclama como do futebol não consegue segurar jornais e revistas especificas, principalmente pela falta de patrocinadores e de leitores, assim como os clubes não levam torcedores para os estádios. Algo bem estranho.

De acordo com as pesquisas realizadas, o país tem 130 milhões de pessoas que acompanham os esportes, e em especial o futebol, mas que não foram alocadas para o setor dos jornais e revistas, que não conseguiram manter-se e foram se extinguindo no decorrer do tempo.

Ou não foram competentes, e as informações não contemplavam algo interessante para os leitores, ou então esses números não representam a realidade.

Na realidade faltou visão e competência, fatores aliados a preguiça de leitura do povo brasileiro.

Escrito por José Joaquim

A região Nordestina tem 1/4 da população brasileira, com 54 milhões de habitantes. Contempla 9 estados da União, mas politicamente com raras exceções, em todos os seus segmentos não tem força ou voz. 

O Nordestino deixou de ser revolucionário, e os livros de História bem atestam, para tornar-se um acomodado, fraco e submisso ao poder.

Quando se deseja eleger um presidente do Senado ou da Câmara de Deputados, as escolhas muitas vezes recaem sobre um politico desta região. A razão todos sabem: esses são mais acessíveis aos apelos. O mesmo acontece com as lideranças.

No futebol as Federações mais obedientes estão no Nordeste e no irmão Norte. Basta uma ajudinha de custo, uma viagenzinha com acompanhante, e tudo está bem, com o voto garantido. Nos outros esportes, observamos os mesmos procedimentos.

Existem nessas duas Regiões, 16 entidades filiadas ao Circo do Futebol Brasileiro, o que mostra o seu potencial de força, que não é utilizado para impor mudanças e sobretudo para uma politica mais abrangente para todo o pais do futebol.

Numa Assembleia Geral para mudança do Estatuto, os seus representantes totalizam 59%, e poderiam muito bem barrar os casuísmos, como os que foram impostos antes da saída de Ricardo Teixeira, o que ocasionou inclusive a antecipação do processo eleitoral.

Quando da prisão de Jose Marin, mais uma mudança, que teve a aprovação dos cartolas dessas regiões, na eleição do Coronel Nunes, que era mais velho do que o falecido Delfim Peixoto, presidente da Federação Catarinense. Por coincidência ou não, o eleito é o presidente da Federação Paraense.

Existe uma cooptação latente do poder econômico com relação a essas entidades. Essas e seus clubes estão sempre com o pires nas mãos, recorrem ao Circo quando das necessidades. Um modus operandi bem antigo.

Uma união das duas regiões já teria afastado Marco Polo Del Nero do poder, mas nada acontece, e esse continua escondido na Barra da Tijuca por conta do FBI. Só mesmo no Brasil.

A ausência de uma boa educação, de forma proposital promovida pela cultura colonialista que impera na Região, é o maior fator para esse estado de coisa. Um bom exemplo foram os votos da população que mantiveram dois governos federais com suspeitas de corrupção, por treze anos no poder. Cansamos de ouvir nas apurações que faltavam os votos do Nordeste.

Pessoalmente tivemos uma experiência exitosa na união das duas regiões, ao resolvermos mudar o sistema de poder da Confederação de Basquetebol, quando as federações, com exceção da paraibana, resolveram modifica-lo e derrubar algo que já durava há mais de trinta anos.

Conseguimos, apesar das propostas indecentes que muitos presidentes receberam, mas souberam ter a dignidade de levar o projeto até o final, sem cair no canto da sereia. Para que isso acontecesse, ainda obtivemos os votos de algumas entidades do Sul, Sudeste e de Goiás no Centro-Oeste.

O futebol brasileiro não vai mudar, e continuará com a sua forma medieval de procedimento, enquanto o processo não for modificado, enquanto as entidades não tiverem outras caras e novos princípios. O Norte e Nordeste poderiam prestar um grande serviço ao país, dando o ponta pé inicial a uma revolução no setor.

Um sonho que nunca será realizado, por conta do sistema e de seus personagens.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- UM CLÁSSICO SEM EMOÇÕES

* O clássico entre Náutico e Santa Cruz teve de tudo, menos emoções, como era chamado no tempo que ainda tínhamos futebol.

Um jogo morno, fraco tecnicamente, de pouca qualidade, e com o resultado feito nos minutos finais.

O placar de 1x1 foi justo para o mal futebol dos dois times, e na verdade o tricolor não poderia sair da Arena com uma derrota, desde que o árbitro Péricles Bassols foi amigo do alvirrubro quando não marcou um pênalti cometido contra o seu jogador André Luiz. Os Deuses estavam assistindo a partida e resolveram o assunto.

Foi o primeiro apito amigo desse estadual. Outros virão.

O torcedor pernambucano deu mais um recado que não aceita a banalização do futebol, com vários clássicos entre os mesmos competidores, e com um estadual falido e sem o menor futuro.

Apenas 4.622 pagantes estiveram na Arena, que para o tipo de jogo foi bem acima de sua necessidade.

O futebol de Pernambuco vai de mal a pior, e pela amostra não acreditamos que irá melhorar. O menos ruim é o Sport, desde que manteve a sua base do ano anterior, mas não é muita coisa.

Ainda bem que o fenômeno Federer salvou o nosso domingo.

NOTA 2- O TÊNIS SALVOU O DOMINGO

* Ainda bem que tivemos Roger Federer e Rafael Nadal, ícones do tênis mundial, salvando o domingo esportivo na final do ¨Aberto da Austrália¨.

Um jogo que teve momentos alternados para os dois lados, e que foi decidido no 5º set, o ¨Tie-Break¨, com a vitória do suíço por 3 sets a 2, voltando a conquistar um Grand Slam (18º) que não acontecia desde 2012.

Federer é uma Fênix, que sai das cinzas recuperado e consegue apesar dos problemas físicos e da idade, conseguir algo tão expressivo, em um torneio dos mais importantes no circuito do tênis mundial.

Nadal não ficou atrás, um verdadeiro leão na busca da vitória. Chegou perto, mas a vontade do adversário de uma conquista foi maior.

Na realidade o equilíbrio foi grande. O suíço venceu o primeiro set (6x4), perdeu o segundo (3x6), foi vencedor no 3º (6x1), e no quarto a vitória do espanhol (6x3). Na decisão, o placar foi de 6x3 para Roger Federer. Os seus aces foram definidores do resultado final, 71, contra 19 de Rafael Nadal.

Esse encontro foi sem dúvida um presente ofertado pelos dois tenistas que representam o lado bom que existe no esporte mundial. Mais tarde nos tornamos sofredores com o nível do futebol brasileiro, com vários jogos do nada para o nada.

Que esses atletas ainda tenham uma vida longa nas quadras pelo mundo afora. O esporte agradece.

NOTA 3- O PÚBLICO SUMIU

* O açodamento de iniciar as competições no período da pré-temporada, além de prejudicar os clubes nas preparações, tem motivado jogos fracos, desprovidos de qualidade e sobretudo sem torcedores nos estádios.

Ao fazermos um levantamento nos jogos da Copa do Nordeste e Primeira Liga, verificamos que o público sumiu, graças a falta de competência da cartolagem que a cada dia afunda mais o futebol brasileiro.

Nas partidas realizadas pela torneio Nordestino (10), o publico total foi de 43.368 pagantes, com uma media de 4.364 por jogo. O maior foi do jogo Fortaleza x Bahia (8.202), e o menor o do Náutico x Uniclinic (2.150).

O interessante é que nenhum time visitante foi vitorioso (6 vitórias dos mandantes e 4 empates). A media de gols foi de 2,2 por partida.

Por outro lado a Primeira Liga em seus 5 jogos somou um público menor do que foi apresentado pela Copa do Nordeste, com apenas 15.816 pagantes no total e uma media de 3.143 por jogo. Números inexpressivos.

Os mandantes tiveram 2 vitórias, 1 dos visitantes e 2 empates. O maior público foi de Chapecoense x Joinville (6.855), o menor foi de América-MG x Ceará (1.648). A media de gols é grotesca, 1,6 por jogo.

Os resultados foram previsíveis, desde que o futebol brasileiro vem sendo tratado de forma equivocada, sem obedecer a lógica do mercado.

Os cartolas pensam que colocando os times em campo o assunto está resolvido. São apedeutas esportivos.

NOTA 4- ELES GANHARAM

* O basquetebol brasileiro não merece passar por um momento tão delicado como o que está vivenciando.

Além da intervenção na Confederação, por conta dos desmandos do seu presidente Carlos Nunes, no último sábado assistimos uma cena constrangedora na Arena da Barra, que foi palco dos jogos olímpicos, quando dois clubes de tradição nesse esporte se enfrentaram para um ginásio sem torcida.

Os únicos sons que ouvíamos eram provenientes da quadra, e nada mais. Um silêncio sepulcral nas cadeiras vermelhas da Arena. Vazias, chorando pelo morte do esporte que já foi o segundo na preferência do povo brasileiro. 

Tudo isso por conta das torcidas organizadas do Vasco e Flamengo, que estão acostumadas com os procedimentos violentos no futebol, e os levaram para os ginásios que não tinham a convivência com bandidos.

Por outro lado, a ineficiência da Policia Militar do Rio de Janeiro ficou caracterizada ao afirmar que não tinha efetivo para o policiamento do jogo, e pediu que esse fosse de portões fechados.

Foi atendida, os portões foram fechados. Foi mais uma derrota da sociedade, e em especial do esporte, que teve que atender tal determinação em nome da segurança.

Enquanto isso no piso do Ginásio aconteceu um bom jogo, com dois times pela rivalidade desejando a vitória, que só foi confirmada quando a bola saiu das mãos de Nezinho, atleta do Vasco, e quando estava no ar o cronometro encerrou o jogo, com uma cesta de três pontos, e a vitória de 78 a 77 do time da Cruz de Malta.

Um ginásio silencioso não comemorou por conta da ausência das torcidas, o esporte foi derrotado, e os marginais ganharam.

Lamentável.

NOTA 5- NÓS TEMOS JESUS! 

* A torcida do Manchester City está vivendo momentos de emoções por conta de Gabriel de Jesus. Um novo cântico está surgindo nas arquibancadas, com o refrão ¨Nós temos Jesus¨ ¨Nós temos Gabriel Jesus¨.

Ontem lemos alguns jornais ingleses, e todos destacaram a performance do jogador brasileiro no seu segundo jogo com a camisa do City.

Assistimos o primeiro quando esse atuou por apenas nove minutos, e apesar da pouca idade, mostrou que veio para ficar. Já no segundo, tornou-se um dos seus protagonistas.

Gabriel de Jesus é um atleta bem formado, com personalidade, sem estrelismo e tem tudo para uma consagração no futebol europeu.

Condições para isso tem. Está jogando como já estivesse na Inglaterra há muito tempo. Pela sua formação certamente não irá cair no conto das celebridades.