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Escrito por José Joaquim

Não assistimos ao vivo o ¨Jogo da Amizade¨ envolvendo as seleções da Colômbia e Brasil, que teve um bom objetivo, ajudar as famílias das vítimas do desastre aéreo que afetou a Chapecoense.

No dia de ontem tivemos a oportunidade de assisti-lo, e mais uma vez ficamos convictos que o futebol brasileiro deixou de produzir seus talentos. O jogo foi abaixo da critica, com jogadores medianos que são tratados pelas mídias como craques.

O público foi reduzido em relação ao seu objetivo, com 18 mil pagantes, deixando o estádio ocioso. A renda não foi a esperada, mas a contribuição maior virá das emissoras de televisão que darão uma parte das receitas obtidas na venda das publicidades.

Alguns analistas creditaram a pouca presença do torcedor no Nilton Santos, a falta de confiança no Circo no tocante a distribuição das receitas. É o efeito de uma realidade existente em nosso futebol com relação aos cartolas de sua entidade maior.

Na verdade embora o apelo fosse bom, ingressos com preços elevados em um estado falido, atrasando os salários dos seus funcionários, certamente pesou para que o estádio ficasse ocioso, aliado a presença de atletas bem conhecidos de todos e as transmissões do evento pelas redes de televisão.   

O fato grotesco foi o da ausência no centro do gramado do presidente do Circo do Futebol, Marco Del Nero, no momento das homenagens a Chapecoense através dos atletas sobreviventes, embora estivesse na Tribuna de Honra do Estádio.

O medo das vaias deve ter pesado. Além disso foi deselegante com o presidente da Federação de Futebol da Colômbia que estava presente. 

O cartola vive como uma Sombra no futebol brasileiro, fechado no seu bunker, paparicado pelos áulicos, sem poder sair do Brasil por conta do FBI, que está investigando o sistema de propinas do futebol mundial, em que esse é um dos suspeitos.

Marco Polo na sua época viajou por todo o mundo. O nosso não consegue ir ao Paraguai, prejudicando o crescimento do  nosso futebol, inclusive com a FIFA bloqueando R$ 300 milhões das receitas da Copa do Mundo, que seriam aplicadas para a construção de Centros de Treinamento e no futebol feminino.

Sempre afirmamos em nossos artigos que vivenciamos o Brasil surreal, quando o presidente de uma entidade que já foi respeitada só pode se locomover em seu território, sem marcar a sua presença em órgãos esportivos da maior relevância.

Aos poucos o futebol brasileiro vai perdendo as suas forças. Não vamos fazer juízo de valor sobre a culpa do cartola ou não, desde que não temos esse direito, mas a sua presença não é salutar para o esporte nacional, entretanto conta com o apoio dos cartolas que fingem que nada existe, que tudo vai bem no reino da Dinamarca. A cara do Brasil que foi assaltado nos últimos anos.

Um bom produto como o futebol merece muito mais do que temos. O Sombra é o seu maior personagem.

Escrito por José Joaquim

O futebol brasileiro tem o aspecto de uma pirâmide invertida, quando as entidades são maiores do que os clubes, que na realidade formam a sua base.

Criou-se um paradigma de que a seleção brasileira é a pátria de chuteiras, fato esse que é uma grande ilusão, desde que sem os clubes essa não existiria, como também o Circo e as federações estaduais.

No futebol europeu as agremiações são maiores do que as seleções de seus países, como de suas entidades dirigentes. Por conta disso é que aconteceu uma grande evolução.

No Brasil trata-se uma seleção como algo de outro planeta. O jornalismo juvenil se emociona com as convocações, com os treinos e as entrevistas dos atletas. Esquecem que esses pertencem aos clubes, de onde recebem os seus salários.

A base da pirâmide do futebol são os clubes, mas como o sistema foi invertido, tornaram-se enfraquecidos, e o órgão maior que o comanda cada vez mais rico.

Estamos vivendo um período de seca, pior do que a do Nordeste, com reflexo nos clubes, arrastando as competições que se tornaram medíocres, abandonadas pelos torcedores, com estádios ociosos.

Os nossos dirigentes ainda não entenderam a importância de suas agremiações e continuam se submetendo aos donos do poder, sem a menor reação para virar a pirâmide para o seu devido lugar. 

Se perguntarmos a um torcedor de futebol se esse prefere uma conquista da seleção a uma vitória do seu time, certamente um percentual de 99,9% responderá de forma favorável ao segundo item. Não temos a menor dúvida.

O modelo ultrapassado não permite a presença de investidores, como acontece na Europa em diversos clubes, que tornaram-se grandiosos.

O Brasil por falta de credibilidade está fora do mercado. Os poucos que se aventuraram a investir em nosso futebol debandaram.  Quem irá colocar 200 a 300 milhões de euros em um time, sem a garantia de um retorno positivo por conta da instabilidade jurídica do Brasil, e da esperteza de alguns cartolas? 

Segundo a consultoria Deloitte,  existe uma chance apenas ¨moderada¨ de que o times brasileiros possam estar entre os mais ricos do mundo em 2030. O Leicester da Inglaterra, um clube mediano teve uma receita de R$ 592 milhões no ano de 2016, bem acima da maior do futebol brasileiro.

Sem investimentos jamais sairemos dessa patamar, e com o modelo superado que continuamos a manter, nunca iremos sair do atoleiro, contentando-se apenas com a disputa entre os emergentes.

A referência nacional hoje é o Continente Sul-Americano, inclusive no mercado de jogadores. É muito pouco para quem deseja crescer e ingressar no verdadeiro mundo do futebol.

A falta de visão dos dirigentes emperrou o esporte da chuteira no país, contando com o apoio da imprensa e dos torcedores que preferem morrer de inanição a mudar o sistema falido, e que nunca poderá concorrer com o mundo globalizado, capitalista e mercantilista que tomou conta do setor.

Quando os cartolas irão entender de que seus clubes são os donos do futebol?

Escrito por José Joaquim

O futebol brasileiro já teve a sua identidade e o reconhecimento mundial. Era respeitado e por conta disso conquistou cinco títulos mundiais. Parou no tempo e no espaço, enquanto o Velho Continente crescia e assumia o protagonismo.

Para que se tenha uma ideia exata da disparidade entre os vinte maiores clubes da Europa na comparação com os vinte brasileiros da primeira divisão, é que esses tem receitas equivalentes aos que os europeus tinham na década de 90.

Levantamento da consultoria Deloitte indica que os 20 clubes globais movimentaram na temporada passada, 7,4 bilhões de euros (cerca de R$ 25,4 bilhões), bem longe dos brasileiros. Obvio que a economia produz seus efeitos, mas nunca aconteceu um abismo tão profundo como esse.

O futebol brasileiro perdeu a sua identidade e não conseguiu recupera-la. A sua qualidade técnica caiu muito, por falta de um melhor trabalho de formação, e de bons gestores.

O problema maior atende pelo nome de gestão, que conta com uma alienação geral, com a colaboração dos cartolas, imprensa e torcedores, que não souberam reagir e cobrar mudanças no setor.

Os cartolas são amadores, apaixonados e em alguns casos espertos. Foram levando o futebol como uma brincadeira de João e Maria, fingindo que não viam o que estava acontecendo em seu entorno, com os alicerces sendo corroídos pelos cupins.

O Circo do Futebol Brasileiro (CBF) há anos que representa o que de pior existe no setor. Os três últimos presidentes estão sendo investigados. As entidades locais são dirigidas de forma medieval, e cujos dirigentes sustentam-se no poder por conta de Ligas e Clubes Amadores.

O que se pode esperar desse sistema?

Com raras exceções, os dirigentes dos clubes pouco se importam com os seus futuros. São representantes apenas de um presente. Não planejam, gastam mais do que arrecadam. Poços de vaidades.

Do lado da imprensa, principalmente aquela de maior visibilidade, está presa aos seus editores, com poucas exceções conseguem mostrar as mazelas existentes no futebol. Por outro lado, a parte juvenil prefere discutir a namorada de Neymar, ou as baladas de Adriano.

Um grande protagonista pela debacle do futebol nacional é sem dúvida a Rede Globo, por conta do monopólio, mandando nas tabelas, colocando horários indecentes, e sobretudo segurando os clubes com as antecipações de receitas, matando o amanhã.

Os torcedores que são os responsáveis pela existência do esporte, ficam satisfeitos com uma contratação, que muitas vezes deixará um rombo nos cofres dos seus clubes. O bons amofinaram por conta das facções organizadas.

Esses são os ingredientes que colocados numa panela, provocou uma comida estragada, e foi isso que aconteceu com o nosso futebol, que vive de ilusões fomentadas por aqueles que saboreiam o status quo reinante.

Para que uma nova identidade seja adquirida, torna-se necessário uma faxina geral em todos os segmentos, para que o seu lado bom possa fazer acontecer.

* Charge da lente66blogsport.com

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- COPINHA DO NORDESTE

* A Copinha do Nordeste continuou na noite de ontem com a realização de três jogos, com a participação de dois times de nosso estado, Santa Cruz e Sport.

O dono dos direitos de transmissão deveria observar que os horários são grotescos, e tiram os torcedores dos estádios. Estão seguindo o modelo ¨plim-plim¨.

Com relação ao futebol na verdade não houve, nem para o Sport e Sampaio Corrêa, nem para Campinense e Santa Cruz.

O tempo de treinamento foi curto e é obvio que as partidas só poderiam ser de baixa qualidade, como realmente aconteceu.

O rubro-negro da Ilha do Retiro irá sofrer uma pressão muito grande nessa temporada, e isso sentimos com a reação dos torcedores durante o jogo. O placar de 1x0, com a ajuda do apito amigo foi injusto para o time do Maranhão, que poderia ter saído do gramado com um empate.

Quanto ao tricolor de Pernambuco, os períodos que assistimos foi de um futebol apático, e com cara de pelada. No outro jogo da noite, o CSA derrotou o ABC por 3x0.

Pelo andar da carruagem a Copinha do Nordeste será mais fraca do que a de 2016, por conta do nível dos disputantes.

NOTA 2- OS CLUBES GLOBAIS

* A UEFA está preocupada com os chamados ¨clubes globais¨, que montaram uma sistema com a capacidade de atrair renda em todo o mundo e usar a internet e viagens como plataforma de expansão.

Segundo a entidade do futebol europeu, essa elite passou a ter patrocinadores nos quatro cantos do mundo, e torcedores de diversas línguas. ¨Essa base de torcedores globais está crescendo de forma inexorável, alimentada por estrelas, turnês globais e participações regulares¨, indicou a Uefa.

Segundo o trabalho da consultoria Deloitte já referenciado em uma postagem, existem 20 clubes globais no futebol mundial, e de acordo com a Uefa, nos últimos cinco anos os 15 maiores aumentaram a sua renda em 1,5 bilhão de euros (R$ 5,16 milhões), enquanto os outros 700 dividiram uma renda de 500 milhões de euros (R$ 1,720 milhão). Isso inclui a concentração de patrocínios e receitas comerciais para um punhado de clubes.

O efeito é devastador para as competições, com uma diferença cada vez maior da capacidade financeira entre os clubes europeus, que afeta a competitividade dos torneios nacionais e regionais.

No caso da Liga dos Campeões, nos últimos cinco anos os mesmos times se cruzaram nas etapas finais da competição. Desde 2005, clubes de apenas quatro países chegaram a final do torneio.

A concentração de renda é nociva para o futebol, e disso entendemos bem, desde que o Brasil também formou o seu pelotão de elite tupiniquim que concentra a maior parte dos recursos.

Fonte: Números obtidos na Agencia Estado.

NOTA 3- UM NEGÓCIO EXÓTICO

* O futebol brasileiro é dirigido por um Circo, onde de tudo tem em seus espetáculos. Até a mulher barbada.

Alguns clubes estão na busca de atrações para os seus torcedores, contratando marketing no lugar de um jogador de futebol. Esse é o caso do Coritiba com Ronaldinho, cuja proposta foi aceita pelo clube, e confirmada através de um ofício.

O mais interessante é que o jogador pediu um prazo até fevereiro, que certamente servirá para se oferecer em outras plagas. Um negócio bem estranho e exótico.

Por outro lado a estratégia de dar visibilidade internacional ao time paranaense deu certo, embora de forma errada e pejorativa, e finalmente o Coxa foi conhecido no exterior.

Um jornal chileno deu uma manchete sobre a contratação, dizendo que Ronaldinho iria voltar ao futebol numa equipe pequena (Chico) do Brasil.

Por outro lado o jornal inglês The Sun, também deu o destaque falando sobre a Bola de Ouro conquistada pelo jogador, e que o Coritiba era um clube carioca.

O efeito surgiu, o complicado será fazer Ronaldinho jogar futebol após 15 meses de festanças pelo mundo afora.

O novo sistema do futebol nacional para atrair atenções, é aquele que os pequenos circos em suas passagens pelas cidades do interior utilizavam, com a apresentação da mulher barbada.

Só faltava isso no futebol brasileiro.

NOTA 4- CARAS  NOVAS

* A maior novidade do nosso futebol no início de temporada, não são os jogadores contratados, e sim as caras novas de treinadores em alguns grandes clubes do Brasil.

Quem poderia imaginar que São Paulo, Corinthians, Palmeiras, Flamengo e Botafogo iriam apostar em treinadores de pouco currículo e bem mais jovens do que os antigos. Rogerio Ceni, Fabio Carille, Eduardo Baptista, Zé Ricardo e Jair Ventura assumiram essa responsabilidade nesses clubes. Apostas com lucros altos. 

Lemos e ouvimos vários análises sobre o tema, sendo algumas equivocadas e fora da realidade. O trauma do 7x1, melhor atualização dos conceitos táticos, melhor adaptação com as estruturas dos clubes, entre outras coisas.

Vamos e venhamos, alguns pontos poderiam ser considerados, mas o peso maior está relacionado ao problema financeiro. Treinadores experientes tem um padrão de salário elevado, e os cofres dos clubes já não suportam banca-los.

Sem duvida a oxigenação é excelente e faz parte do sistema, mas um ponto importante para tais mudanças é de que o treinador de hoje não tem a palavra única em um time de futebol que conta com uma comissão técnica com várias funções, participando de todas as decisões, fato esse que não é bem aceito pelos mais experientes.

É preciso ter muito cuidado quando se analisa o assunto. Não se pode vender gato por lebre. 

A escassez de receitas tem um papel importante nesse novo formato. Se não der certo, e como conhecemos bem os nossos cartolas, os antigos estarão de volta rapidamente, desde que no futebol brasileiro os resultados tem que aparecer com a velocidade de um raio, e não existe paciência.

Os cartolas e torcedores gostam de respostas rápidas.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- COPA DO NORDESTE

* O primeiro chute da Copa do Nordeste aconteceu na noite de ontem com o jogo Náutico x Uniclinic-CE. A competição perdeu muito do seu encanto com um inchaço de clubes, alguns sem demanda.

Para que se tenha uma ideia, dos vinte clubes disputantes, oito não disputam as três maiores divisões do país, reduzindo em muito a sua qualidade.

O alvirrubro derrotou a fraca equipe cearense pelo placar de 4x0. Aliás, o time visitante não teve nada parecido com o que chamamos de futebol.

A Arena Pernambuco estava vazia, com um pouco mais de dois mil pagantes. Na realidade, pela qualidade do jogo foi de bom tamanho, já que o Náutico jogou sozinho. Foi um samba de uma nota só.  

Na verdade é o que temos, e uma chance de um clube da região de ganhar um título, desde que em competições  mais fortes isso é impossível.

Pelo menos tem o apoio da televisão, através do EI que mandará as imagens para o Brasil, mostrando que o futebol Nordestino ainda existe, mas com qualidade duvidosa.

NOTA 2- O PROBLEMA DO NOSSO FUTEBOL É A BOLA SINTÉTICA

* O técnico Gentil Cardoso, já falecido, trabalhou nos três clubes de nossa capital, e era conhecido por ser um bom frasista. Uma dessas faz parte da antologia do nosso futebol, quando numa orientação a um atleta afirmou:

A BOLA É DE COURO,

O COURO VEM DA VACA,

A VACA GOSTA DE GRAMA,

ENTÃO JOGA RASTEIRO.

Ao assistirmos a overdose de jogos do futebol inglês, vimos apenas um clube que não atendia essa orientação, o Stoke City, que tem como arma as bolas aéreas, inclusive com os laterais para dentro da área, que estimulou o nosso Cucabol. Os demais faziam a bola correr no gramado.

Por conta disso chegamos a uma simples conclusão, ou seja, o futebol brasileiro só era bom, tinha craques, quando a bola era de couro.

Depois que a modernidade assumiu com a bola sintética esse minguou, e tornou-se no que temos, uma mediocridade geral, onde os chutões e a bola pelo alto predominam.

Que volte a bola de couro.

NOTA 3- UM ALFABETO DEFORMADO

* O alfabeto que está sendo ensinado na formação de atletas no Brasil é totalmente deformado.

Assistimos diversos jogos da Copa São Paulo-SUB-20, com milhares de atletas participando, com diversos bichanos, e pouca qualidade. Destaques de verdade que vislumbrem um futuro melhor, bem raros, que não somam a um time de futebol.

O Brasil precisa entender que a salvação do esporte de chuteira está nas bases. Necessita forjar jogadores nos clubes do interior e no que resta dos campos de peladas.

Esses jogadores só são aproveitados nos períodos de vacas magras, como irá acontecer nessa temporada. Na hora em que a situação melhorar, tudo será esquecido.

Já não tínhamos condições de competição com a Europa, e agora com a China que transformou-se no novo eldorado, onde os dólares correm pelos rios, a situação ficou mais grave. 

Há anos que pregamos no deserto, ao afirmarmos que a vida futura do futebol brasileiro está no trabalho de formação, mas que esse seja bem elaborado, entregue a profissionais do  mesmo nível das equipes titulares, fato esse que não acontece na maioria dos clubes brasileiros.

Hoje um atleta da base torna-se um clone dos profissionais. Corte do cabelo, tatuagens, maneira de comemorar, e no final com relação ao trato da bola, muito pouco tem apresentado.

O investimento tem que ser feito nos fundamentos básicos. O que presenciamos são jogadores marcando a bola, cabeceando de olhos fechados, tratando-a com maldade.

Títulos nessas categorias menores nada valem, e sim o retorno que essas podem dar para o futuro das entidades.

Educação é fundamental, desde que abre os caminhos para a absorção dos ensinamentos. A diferença entre um jogador europeu e um brasileiro nas entrevistas, é de água para o vinho.

O atleta de hoje já anda com um agente à tiracolo. As arquibancadas desses jogos da Copa São Paulo ficaram abarrotadas desses personagens. Esses substituem os clubes que deveriam ter empresas de agenciamento dos seus próprios jogadores, com toda a orientação possível e comandada por profissionais sérios e competentes.

Na verdade o futebol brasileiro não tem uma previsão de um bom futuro por conta dos erros na formação, e na persistência de contratações equivocadas, que oneram os seus cofres, sem o devido retorno.

Formação no Brasil tem um único objetivo, o de fazer festa para os empresários.

NOTA 4- OS ESPORTES E O SURREAL

* O Rio de Janeiro continua lindo em sua geografia, e quebrado nas estruturas graças a uma politicalha da pior qualidade.

Os esportes não poderiam ficar de fora do contexto geral, e também sofrem por conta da falta de organização do setor.

O estado abrigou uma Copa do Mundo e uma Olímpiada, sendo essa última de forma recente, e apesar disso não tem equipamentos esportivos que possam abrigar as diversas competições.

Totalmente surreal.

No futebol o Fluminense jogou ontem a sua partida inicial da Primeira Liga na cidade mineira de Juiz de Fora. Sem contar com o Maracanã, que está abandonado, e por conta da queda da cobertura do campo que vinha utilizando, o Giulite Coutinho, teve que atuar longe dos seus torcedores. O Engenhão está entregue ao Circo para o jogo do seu time no dia de hoje.

No caso do Flamengo a situação é mais grotesca, com uma dose alta de um surrealismo tupiniquim, quando poderá enfrentar o Boa Vista pelo estadual Carioca na Arena das Dunas em Natal-RN, desde que o Botafogo não cede o seu estádio para o rubro-negro carioca. Coisas de uma briga de vizinhos por conta de uma manga. 

Por outro lado os esportes olímpicos vem sofrendo com a falta de equipamentos, embora tenham dois palcos da maior qualidade, que foram ocupados pelo basquete e voleibol durante os Jogos Olímpicos. Há pouco um jogo do NBB foi adiado.

Que tipo de gestores públicos temos nos esportes do país? Certamente até uma criança não conseguirá entender esses desmandos.

Quando afirmamos que o Brasil tem que ser passado à limpo, certamente não estamos exagerando, e sim cobrando da sociedade uma posição que possa começar um processo de varredura, que deverá consolidar-se em 2018.

Lamentável.

NOTA 5- O ESPORTE INTERATIVO

* O Nordeste tem que agradecer ao canal de TV fechada Esporte Interativo, desde que pela primeira vez os seus clubes estão sendo apresentados para todo o país, através das transmissões de alguns campeonatos.

No último domingo assistimos dois jogos pelos estaduais do Rio Grande do Norte e Ceará, que por coincidência foram clássicos locais, entre América-RN e ABC, e Fortaleza e Ceará.

Os torcedores desses clubes em diversas regiões do país tiveram a oportunidade de assistirem os jogos dos seus times, que sempre passaram ao largo com transmissões apenas locais.

O futebol brasileiro precisa abrir as suas portas para outros canais de televisão, para que possa mostrar a sua cara nacionalmente, e projetar clubes que passam despercebidos durante a temporada, ajudando-os na divulgação de suas marcas.

Pelo menos uma coisa boa no reino da Dinamarca.