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Escrito por José Joaquim

O domingo do futebol começou com um jogo da Premier League, com a presença de Gabriel de Jesus. Mesmo sem ter jogado uma partida excepcional esse atleta marcou os dois gols que deram a vitória do Manchester City sobre o Swansea por 2x1. O segundo foi no final do jogo.

Não vamos endeusa-lo como bem frisou Tostão em seu artigo publicado nos jornais de ontem, com um alerta para não acha-lo como o melhor jogador mundo, mas na realidade Gabriel é iluminado, luta durante toda a partida, e sempre a bola lhe procura para a feitura de seus gols que muitas vezes são decisivos. 

O jogo foi difícil para o City que saiu na frente do marcador, levou o empate, e nos descontos virou. 

Nunca vimos um jogador se adaptar com tanta rapidez ao futebol europeu como Jesus. Frio, corajoso, com seus 18 anos enfrenta as defesas adversárias com valentia, e vai deixando a sua marca nos gramados londrinos. Parece que continua atuando no Brasil pelo Palmeiras.

Esperamos que o sucesso não suba a sua cabeça, e não vire celebridade das mídias como tantos outros, que deixam o futebol para o segundo plano.

Hoje é a figura mais discutida nos jornais esportivos ingleses. Um sucesso que repete o que aconteceu no Palmeiras, que o levou a seleção do Circo.

Mais tarde assistimos um excelente jogo também pela Premier League, com a vitória do Manchester United sobre o Leicester por 3x0. O time de Mourinho está evoluindo cada vez mais.

Nos gramados brasileiros tivemos a Copa do Nordeste, que continuou no dia de ontem com várias partidas em diversos estados.

O Sport enfrentou o Juazeirense em um jogo de péssima qualidade de ambos os lados, e saiu com uma vitória conseguida nos descontos, fechando o resultado em 1x0, e com a ajuda do apito amigo do árbitro Leandro Saraiva, que não marcou um pênalti escandaloso de Durval no atacante adversário.

O time da Ilha do Retiro não melhorou com relação ao seu primeiro jogo contra o Sampaio Correa. Continua sem uma formato, embora a maioria dos jogadores sejam aqueles da temporada anterior, e mesmo jogando contra um time fraco, sem qualidade, com diversos veteranos não conseguiu impor o seu jogo, pelo contrário foi dominado no primeiro tempo. 

O técnico Daniel Paulista precisa aprender a fazer substituições, desde que todas as vezes que toma esse procedimento, o time que já estava ruim, piora.

Nos demais jogos, o Botafogo-PB jogou um bom futebol ao derrotar o milionário time do Vitória da Bahia pelo placar de 4x2. Foi o melhor time da rodada.

Bem formatado, o alvinegro paraibano apresentou bons jogadores, e um deles, Fernandes, formado nas suas bases, mostrou que é uma promessa para o futuro. O jogo merecia um melhor público.

Enquanto isso, em Teresina no Estádio Lindolfo Monteiro, onde o gramado estava repleto de formigueiros, e as arquibancadas vazias, o time local, Altos-PI, empatou com o Fortaleza em 1x1.

Os jogos dessa Copa tem sido bem fracos, mas como esse ainda não tinha acontecido. A presença desse clube piauiense não soma em nada na competição.  

Em Fortaleza outro time que não estava apto a disputar essa Copa, o  Uniclinic, foi derrotado pelo Campinense por 1x0.

No período noturno foram realizados dois jogos. O ABC derrotou o Itabaiana por 3x0, e a vitória do CRB sobre o CSA, com um excelente público, pelo placar de 2x1, mas com a ajuda do apito amigo Emerson Sobral, que validou o seu primeiro gol, com o atacante impedido.

Na verdade incharam muito essa competição, que só irá melhorar de qualidade quando as fases de mata-mata começarem. Até lá os torcedores terão que aguentar muitas partidas mequetrefes.

Saindo da Copa do Nordeste, assistimos o melhor jogo do domingo, por conta de uma exibição primorosa do Audax que derrotou o São Paulo por 4x2.

Uma equipe ousada, jogando de forma aberta, trocando passes, sem chutões, faz um somatório de tudo que gostamos do futebol.

Não tem pretensões de ser campeão, mas de mostrar algo bem diferente do que vemos hoje em nosso país. O seu segundo gol foi uma obra de arte, com troca de passes até a conclusão final.

Não entendemos a razão de Fernando Dinis, seu treinador, não ser aproveitado por um clube de maior parte.

O apito amigo que esteve presente nos jogos do sábado envolvendo o Corinthians x São Bento e Botafogo x Macaé, prejudicando os times pequenos, apareceu novamente em um jogo do Campeonato Mineiro, de forma escandalosa, operando o Tricordiano em seu jogo contra o Cruzeiro.

O árbitro Antônio Teixeira não marcou um pênalti contra o time Celeste, e ainda validou o seu gol da vitória com Ábila impedido.

Entra ano e sai ano, e a arbitragem brasileira continua no seu trabalho de destruição do que resta desse pobre futebol que é praticado no país.

O apito amigo é o símbolo do esporte da chuteira no Brasil. 

Escrito por José Joaquim

Um dos últimos artigos antes da invasão ao blog foi o relacionado a pesquisa do Instituto Paraná de Pesquisas sobre as torcidas do futebol brasileiro. Infelizmente esse foi destruído quando da sua recuperação.

No dia de ontem recebemos todo o conteúdo desse trabalho, e detectamos alguns pontos interessantes, e entre esses, o mapeamento dos torcedores nas cinco regiões do país, e a comprovação de alguns clubes que estão nacionalizados.

As regiões Norte e Centro-Oeste foram pesquisadas juntas, e os números apresentados mostraram que 20,3% não torce por nenhum clube (16 anos em diante).

O Flamengo lidera com 24,3%, a seguir Corinthians (13,3%), São Paulo (7,2%), Palmeiras (5,7%), Vasco (5,3%), Remo (3,8%), Santos (3,2%), Paysandu (2,2%), Goiás (1,7%), SPORT (1,7%), Vila Nova (1,7%), Grêmio (1,5%), Botafogo (1,2%), Fluminense (1,1%), Internacional (1,1%) e Outros times (4,7%). O fato a ser destacado é a presença do rubro-negro pernambucano com torcedores fora da sua região.

No NORDESTE aqueles que não tem time representaram 21,5% dos entrevistados. O Flamengo lidera, com 21,5%, a seguir vem o Corinthians com 9,8%, BAHIA (7,0%), São Paulo (5,26%), Vasco (5,2%), Palmeiras (4,3%), CEARÁ (4,0%), SPORT (3,9%), FORTALEZA (2,8%), VITÓRIA (2,8%), SANTA CRUZ (2,0%), Botafogo (1,6%), NÁUTICO (1,5%), Santos (1,1%), Fluminense (0,9%) e Outros (4,8%).

No Sudeste o percentual dos sem times é de 18,0%. A liderança é do Corinthians (18%), seguido pelo Flamengo (13,8%), São Paulo (10,0%), Cruzeiro (8,8%), Palmeiras (7,2%), Atlético-MG (5,7%), Vasco (5,0%), Santos (4,5%), Fluminense (2,5%), Botafogo (2,2%) e Outros (3,4%).

Com relação ao Sul do país, os que não tem times somaram 16,9%. Um fato que deve ser destacado, é que os dois maiores clubes da região lideram em número de torcedores, superando os do Sudeste, fato esse que não foi encontrado nas regiões do Norte e Nordeste, cujos locais ficaram longe desses.

O Grêmio lidera (20,5%), seguido pelo Internacional (15,9%), Corinthians (8,8%), Flamengo (5,7%), Atlético-PR (5,3%), Coritiba (4,5%), Palmeiras (4,3%), São Paulo (4,1%), Santos (3,8%), Vasco (1,9%), Figueirense (1,4%), Paraná (1,0%), Avai (0,9%), Fluminense (0.9%), Chapecoense (0,8%), Joinville (0,7%) e Outros (3,5%).

Essa geografia representa o tamanho de cada clube e suas demandas, e principalmente para mostrar a presença de vários clubes nacionais, em especial, Flamengo e Corinthians com força em todas as regiões. No inicio foi o rádio que ajudou o time carioca, depois veio a televisão que abraçou também o Corinthians, apresentando uma overdose e jogos. Além disso o Sudeste é a região de maior população. 

Trata-se de um bom trabalho, que servirá para diversas análises sobre o tema que é por demais importante para os estudiosos do futebol.

Escrito por José Joaquim

O recado dos torcedores nesse inicio dos estaduais tem que ser analisado pelo menos por aqueles que ainda pensam no futebol brasileiro, em especial de nossas mídias que sem duvida em sua boa parte vive em outro mundo, o artificial e não o real.

Na segunda rodada do tal de Hexagonal do Titulo do nosso estadual, nome grotesco e sem nenhum apelo promocional, contando com a presença dos três clubes principais, o público total foi de 7.272 torcedores, com uma media de 2.424 por partida. 

No Rio de Janeiro, 1.690 pagantes assistiram o jogo do Botafogo contra o Madureira, o Fluminense colocou nas arquibancadas 3.060 torcedores ao enfrentar o Resende, um pouco menor do que Bangu e Vasco, com 4.194. O Flamengo teve o melhor público, com 8.370 pagantes, no seu jogo contra o Macaé. Um desastre.

Nos demais estados do Brasil a situação é idêntica, demonstrando de forma bem clara que o desejo de mudanças é bem latente.

Quem sustenta esse tipo de competição é a Rede Globo, que tem contratos antecipados com as maiores Federações por muitos anos, para ter um espaço no inicio da temporada antes do Brasileiro.

Para essa as arquibancadas vazias não valem nada, e sim a audiência que pode ter. Na verdade só tem retorno nos clássicos locais, e nada mais.

Se é para atender a emissora platinada que investe no futebol nacional,  uma solução seria a alteração do Calendário, não compatibilizando-o com o europeu que seria o ideal, mas como isso não é permitido pelos donos do futebol, que pelo menos o Brasileiro comece em fevereiro, com a extensão de 10 meses, e com maior espaço entre seus jogos.

Devemos entender que a grande maioria dos clubes profissionais do país vive de sonhos, visto que as suas existências são apenas para uma disputa anual, que dura apenas quatro meses, e depois desaparecem do mundo esportivo.

Esse é o maior e mais contundente problema desse esporte, cujo calendário pela sua irracionalidade os deixam fora de uma atividade fim que faz parte de suas existências.

Enquanto os ¨gênios¨ que fazem o futebol brasileiro não entenderem que existe a necessidade, inclusive a obrigação legal de que os clubes joguem no mínimo 10 meses por temporada, esse esporte jamais sairá do abismo que se encontra há um bom tempo.

Pelo ranking do Circo Brasileiro de Futebol, existem 766 clubes registrados na entidade, um número igual aos que disputam uma da Copas da Inglaterra, com apenas participantes das quatro maiores divisões.

Os cartolas só pensam em sua galinha dos ovos de ouro chamada de Seleção, e deixam de lado aqueles que fazem o futebol, que são os clubes. Divisões como as Series C e D poderiam contemplar mais clubes. regionalizadas e com disputas finais entre os melhores para que se conhecesse aqueles que teriam o acesso.

O Brasil é um continente, e necessita que seja visto como tal. Desde 2003 lutamos por uma Serie E, que já é factível, que englobaria os clubes que vivem apenas para uma competição em cada temporada. Os demais seriam municipalizados.

Certamente haveria o fortalecimento e uma renovação de talentos, que fazem falta ao futebol brasileiro. Os de sempre irão dizer que faltam recursos, o que não é verdade. Para tal, bastaria que as taxas cobradas pelas Federações estaduais nos jogos das divisões do Brasileiro fossem dirigidas para o futebol, o assunto seria resolvido.

Conhecemos um projeto de um dos nossos visitantes, Beto Castro, que cria um Fundo para o Futebol, que supriria todas as despesas dessas competições.

Na verdade o calendário é pernicioso, mas o sistema existente é mais grave, que vem apequenando esse esporte, sem que os maiores interessados não reajam, para que a sua perenização seja efetivada, que é a peça chave de toda a reformulação pretendida.  O problema é nacional uma vez que o interesse é de todos.

Hoje vivemos de sonhos, mas a ilusão com esses é um devaneio.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- JOGOS PARA TODOS OS GOSTOS 

* O sábado teve uma overdose de jogos que atenderam a todos os gostos.

Campeonatos da Inglaterra, Espanha, Alemanha, França, Copa do Nordeste, estaduais brasileiros foram vistos nas diversas telinhas.

Assistimos alguns, e vimos um Chelsea cada vez mais campeão da Premier League, derrotando o Arsenal por 3x1, e com uma atuação impecável de Harzard que é o melhor jogador da competição.

Por outro lado o Liverpool de Phillippe Coutinho e Roberto Firmino foi derrotado pelo Hull City que está na zona de degola, pelo placar de 2x0, completando 10 jogos sem vitórias. 

O Hull após a chegada do novo técnico o jovem português, Marco Silva, vem se recuperando, com bons resultados sobre os grandes. Na rodada anterior derrotou o Manchester United, impulsionando a sua recuperação na competição.

No Camp Nou, o Barcelona com um Neymar inspirado, mesmo ser fazer gols, derrotou o Athletic de Bilbao por 3x0, com o jogador brasileiro sendo o melhor da partida, fato esse que não acontecia há muito tempo. O jornalismo juvenil ficou emocionado e promete muitas noticias sobre o jogador. A última foi publicada ontem, quando esse de cueca se exercitava para a atenção de Marquezine. Nós merecemos.

Um jogo bem fraco foi o do empate entre o Bayern de Munique e Schalke 04 (1x1), com poucas emoções. Todas essas partidas lotaram os seus estádios.

Depois de bons momentos passamos para a tragédia do futebol de Pernambuco, com mais um ex-clássico das emoções envolvendo o Santa Cruz e Náutico que levou ao Arruda apenas 5.086 torcedores.

O primeiro tempo foi algo tão grotesco que não merece sequer uma linha. Teve um momento em que a bola ficou no ar, sendo rebatida pelos dois times por quase três minutos.

Na segunda etapa o tricolor melhorou um pouco, procurando o ataque e conseguiu o seu gol da vitória. No final o placar de 1x0 foi justo, desde que o alvirrubro ficou nos Aflitos, pois não esteve na partida nenhum minuto.

Mais um evento de futebol sem nada a ser comemorado. O torcedor tricolor saiu satisfeito com a vitória, mesmo com o seu time jogando muito pouco, e o do Náutico pensando no rebaixamento para a Serie C de 2018.

Em Sorocaba, o jogo entre o São Bento e Corinthians, cujo resultado de 1x0 para o alvinegro por conta do apito amigo de Rafael Claus, que marcou um pênalti estranho à seu favor, foi tão ruim quanto ao acontecido no Estádio do Arruda.

Como a temporada está sendo iniciada não se pode exigir demais dos atletas, mas pelo menos que tenham alguma qualidade, fato esse que não conseguimos vislumbrar nesses jogos. Desistimos de assistir outras partidas no período da noite, para evitarmos pesadelos.

NOTA 2- UMA DECISÃO CORRETA DO STJD

* O que já era esperado finalmente aconteceu: CRB e CSA foram intimados e o Campeonato Alagoano foi suspenso, conforme decisão liminar do presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, Ronaldo Piacente.

Sem dúvida uma medida correta, para quem assistiu as cenas de violência no jogo final do estadual de Alagoas, com a invasão das duas torcidas, protagonizando uma batalha campal, que deixou dois torcedores em coma.

Assistimos o vídeo que na realidade foi chocante. Os dois clubes foram punidos com a perda de mando de campo, primeiro pela 1ª Comissão Disciplinar do TJD-AL. Recorreram e foram ao Pleno desse Tribunal, e também foram derrotados.

Insatisfeitos, os clubes ingressaram no STJD com um recurso, mas não obtiveram sucesso, inclusive o resultado foi unânime. Tudo dentro da legislação esportiva.

Os fatos foram graves, e mereciam uma punição dura e exemplar. Inconformados ingressaram na Justiça Comum e o Juiz concedeu uma liminar favorável, desde que pelo nível da violência cometida pelos torcedores, jamais uma punição como essa poderia ser revogada, dando um habeas corpus aos marginais que cometeram um ato grave e prejudicial ao esporte em geral.

Na realidade CRB e CSA entraram numa rota perigosa, e se insistirem nessa briga correm o risco de uma punição com o afastamento das competições do Circo.

Quem errou tem que pagar. As torcidas organizadas são produtos fabricados nos clubes. O Brasil não pode continuar vivendo no sistema de impunidade, inclusive o futebol.

O STJD teve razão na sua decisão que foi correta para a preservação do esporte, que já encontra-se há muito tempo no processo de avacalhação total.

Vamos imaginar se um fato como esse permanecesse sem uma punição adequada, as portas seriam abertas para a violência em nossos estádios.

Seria o Apocalipse.

NOTA 3- RONALDINHO AQUELE QUE FOI SEM NUNCA TER SIDO

* Drogba foi para o Corinthians aquele que foi sem nunca ter sido, e o clube pagou um grande mico.

O Coritiba também teve o seu momento do ridículo com a transação de Ronaldinho, que na verdade nunca esteve perto do Coxa.

Essas tentativas nada mais, nada menos, representam a falta de objetivos para os clubes. O time paranaense queria investir no jogador apenas como um produto de marketing, que não joga futebol e não faz gols. Há 15 meses que esse não jogava uma partida. 

Perderam um tempo enorme ouvindo as conversas de Assis, irmão do jogador, e todos sabiam que tudo não passava de uma ficção criada. O Coritiba precisa de bons jogadores e o marketing não irá resolver, e sua atual situação não é boa, inclusive no inicio da temporada já é um dos cotados para o rebaixamento em 2017.

Segundo o site oficial do clube, Ronaldinho informou haver uma incompatibilidade entre os compromissos que teria em campo e os que assumiu com o Barcelona, e por isso não aceitaria a proposta do Coritiba.

Por conta dessa comunicação, a diretoria do clube resolveu desistir da contratação, que foi uma peça de ficção e que nunca iria acontecer. Foi como Drogba, aquele que foi sem nunca ter sido. 

Quem conhece o atleta e seu irmão Assis sabia que era um jogo de cartas marcadas. Se os clubes querem marketing que contratem a mulher barbada daqueles antigos circos que visitavam as pequenas cidades do interior.

São fatos como esses que mostram de forma clara que os cartolas brasileiros não saíram do jardim da infância. 

NOTA 4- OS ESTADUAIS EM SEGUNDO PLANO

* Os clubes que estão disputando a Pré-Libertadores estão colocando em campo os seus times reservas nos estaduais como aconteceu com o Botafogo e Atlético-PR.

Obvio que a Copa Continental tem mais interesse financeiro em jogo do que as competições locais, mas tal fato demonstra de forma clara que essas já estão sendo riscadas dos projetos para a temporada das agremiações.

O Sport na última quinta-feira colocou um time reserva em Salgueiro, no jogo contra o time do mesmo nome por conta da Copa do Nordeste.

Já passou o tempo em que os estaduais era um termômetro para a temporada, mas os números indicam algo bem ao contrário. Os quatro rebaixados na Serie A de 2016 foram Internacional, Santa Cruz, América-MG e Figueirense. Desses, apenas o time de Santa Catarina não conquistou o estadual, numa demonstração que não existe mais essa relação.

Hoje essas competições fazem parte da pré-temporada que nesse ano foi mais curta, quando os treinadores vão testar as suas formações.

Sem duvida é o fim de um ciclo.

NOTA 5- A VENDA DO MANDO DE CAMPO

* O futebol do Amazonas faliu há muito tempo.

Sem bons clubes, sem participações nas divisões principais do Brasil, com um elefante branco consumindo ração do estado, bem longe daquele futebol que conhecemos na década de sessenta.

Não observamos um trabalho para a sua recuperação, e um fato recente assim o demonstra, quando um seu representante na Copa do Brasil, o Princesa de Solimões negociou o mando de campo do seu jogo contra o Internacional de Porto Alegre, que será realizado na cidade de Cascavel no Paraná.

Não sabemos como o nosso Circo de Futebol permite fatos como esse, de um time do Amazonas ir atuar no interior do Paraná, jogando fora a oportunidade de receber um dos grandes clubes do futebol brasileiro, que seria um despertar para os torcedores. 

É uma vergonha, que mostra a falta de comando desse futebol entregue ao que de pior existe em nosso país. 

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- A BANALIZAÇÃO DO FUTEBOL

* A Copa do Nordeste assumiu a preponderância do futebol na região, ao expulsar do final de semana os estaduais que tornaram-se secundários.

No dia de hoje teremos a repetição do ex-clássico das emoções, envolvendo Santa Cruz x Náutico. Os gênios que formataram as tabelas não verificaram que os dois times iriam se defrontar na mesma semana, com um intervalo de 72 horas. No mês de março acontecerá a volta.

Trata-se de uma banalização, desde que ainda teremos outros jogo pelo estadual e com a possibilidade de um novo confronto na semifinal ou final, e depois mais dois na Série B Nacional.

Os torcedores ficarão enjoados.

Na outra partida, o Sport como visitante enfrentará amanhã, um ¨fortíssimo¨ adversário, o Juazeirense do futebol da Bahia. 

O inchaço da Copa do Nordeste serviu apenas para apequena-la, posto que alguns clubes não tem a menor condição de participar do evento. 

São coisas do futebol.

NOTA 2- A DERROTA DOS VIOLENTOS 

* As mídias esportivas deixaram de lado e deram pouca divulgação a um fato importante que aconteceu na última quarta-feira, em um encontro pela Primeira Liga.

Por conta das organizadas o jogo entre Cruzeiro e Atlético-MG há um bom tempo só acontecia com torcida única.

Foi nos dada a oportunidade de assistirmos um desses, e ficamos constrangidos com um Mineirão com uma única bandeira.

Esse muro foi derrubado com o apoio da Policia Militar que conseguiu formatar um esquema de atendimento para evitar confrontos, e foi um sucesso geral. Os atleticanos compraram 20.972 ingressos, e os cruzeirenses 18.648.

Não aconteceu um único incidente, nem fora ou dentro da Arena. Uma vitória do bem e uma derrota do mal.

Achamos que não existe duvida que é muito melhor para os esportes, jogo de duas torcidas. A alegria de um clássico está exatamente na presença dos rivais nas arquibancadas. Quando começamos a frequentar os estádios assistíamos as partidas junto dos torcedores do outro clube, e depois saiamos juntos. 

Os quase 40 mil torcedores no Mineirão à noite, no meio da semana tem que ser comemorado e ressaltado, o que não foi procedido pelo jornalismo juvenil, que prefere o namoro de Neymar. 

A rivalidade sadia, limpa, dá uma nova vida ao futebol. Foi um bom momento.

NOTA 3- JORNALISTA AGREDIDO

* O Santos jogou um amistoso contra o Kendira do futebol de Marrocos. No pós-jogo aconteceu um grave incidente que foi abafado, mas detectado pelo blog do Paulinho, que nos chamou a atenção.

Após sofrer várias criticas pela sua atuação, o zagueiro argentino Fabián Nogueira da equipe peixeira, decidiu tomar satisfações com o repórter Lucas Mussetti, da Globo Esportes.

Segurando-o pelo colarinho e com o dedo em riste passou a ofender o profissional, ameaçando-lhe de agressão, em caso de novas noticias negativas ao seu desempenho.

A diretoria do Santos abafou o assunto, e só depois que as redes sociais colocaram a foto da agressão voltou atrás afirmando que iriam tomar providencias. Com relação ao jornalista, esse fez um BO na Delegacia.

Quem não quer se molhar não vai para a chuva. Esse é o caso de Fabián Nogueira, que tornou-se público ao praticar um esporte com grande demanda, e tem que ouvir criticas e elogios. Se todos atletas que forem criticados pelos analistas resolverem agredi-los, certamente o futebol irá se tornar uma praça de guerra.

Se a moda pega, o que será dos profissionais das mídias?

NOTA 4- O ESPANHOL É A SEGUNDA LÍNGUA DO FUTEBOL BRASILEIRO 

* A temporada de 2017 do futebol brasileiro tem o espanhol como sua segunda língua.

A temporada começou com 50 estrangeiros regularizados nos principais times do Brasil.

O Rio de Janeiro é o estado mais acolhedor com 15 atletas, e o Flamengo tornou-se internacional, por ter 7 desses em seu time. Um marco inédito que mostra a busca de atletas em países do Continente Sul-Americano, com custos mais baixos e boa qualidade, sobrepujando muitas vezes os nossos.

Para que se tenha uma ideia, o equatoriano Sornoza de 23 anos, que foi contratado pelo Fluminense ao Independente Del Valle do Equador, vice-campeão da Libertadores, custou US$ 500 mil (R$ 1,6 milhões).

Apesar do valor, tem encantado os torcedores e jornalistas cariocas pela sua qualidade técnica, e mesmo com outros estrangeiros de bom nível, até o momento é o destaque da competição.

Um bom caminho para os clubes brasileiros é sem duvidas o futebol vizinho, e a Venezuela e Equador tem um bom celeiro com valores competitivos e com boa qualidade.

Fonte: Dados do jornalista Gilmar Ferreira, do jornal Extra-RJ.