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Escrito por José Joaquim

Sob um sol causticante, e com a presença do apito amigo, Rafael Gomes, assistimos o melhor jogo até então, entre todos dos diversos campeonatos, e de forma obvia com a presença do Santos, clube que gosta de jogar, permitindo que os adversários também o façam.

A vitória do time santista por 3x2 contra o Red Bull no Pacaembu foi injusta. O placar real e sério seria o do empate, mas a arbitragem colocou o seu apito à disposição do clube da Baixada, validando o gol da vitória que começou errado quando Kayke o seu autor ajeitou a bola com a mão, e o mais grave essa não entrou.

Apesar do erro que prejudicou o RB, a partida foi eletrizante, sempre na busca do gol, com diversas bolas na trave, mostrando que existe luz no fundo do poço e que podemos ter bons jogos de futebol, mesmo com uma grande diferença financeira dos clubes litigantes. Basta vontade de todos.

Uma pergunta? Quando o árbitro eletrônico será implantado para que lances polêmicos como esse sejam evitados?

Começamos o domingo bem.

A bola também rolou na Premier League, com o jogo entre o Bunrley e o líder Chelsea. Apesar da diferença técnica entre as equipes, a de Antônio Conte não conseguiu vencer o time que tem 96% de aproveitamento como mandante, ou seja, é quase imbatível em casa. 

Gostamos muito do futebol europeu, em especial o da Inglaterra, mas na verdade a partida realizada no Pacaembu foi muito mais emocionante para quem acompanha o futebol. Foram cinco gols, e ainda a presença do apito amigo que já faz parte desse esporte no país, e um dos fatores de sua decadência.

No período da tarde, a bola continuou a rolar. Logo cedo, mais um jogo da Premier League, com a presença do campeão Leicester visitando no País de Gales, o Swansea City.

O time que foi a sensação da temporada passada, uma Cinderela do futebol, a cada rodada se afunda mais, e está sentido a explosão da carruagem de abobora, com mais uma derrota pelo placar de 2x0. Está beirando a zona do rebaixamento numa queda jamais vista. O clube campeão está na fase de desespero.

Voltamos ao Brasil, para assistirmos alguns jogos, entre esses os dois da Copa do Nordeste com os clubes de Pernambuco nos gramados.

O Santa Cruz recebeu o time reserva do Uniclinic-CE, e aplicou uma goleada enganosa de 4x0, desde que o titular do clube cearense é ruim, imagine os suplentes, com um agravante jogando com menos um atleta, por conta de uma expulsão. Um jogo fraco, sem a menor qualidade, com a presença de 5.212 pagantes.

Em Campina Grande o Náutico continua a sua via crucis na busca de uma vitória que não aconteceu na tarde de hoje. O seu adversário, o Campinense jogou melhor e soube aproveitar a expulsão de um jogador do alvirrubro, para definir a sua vitória por 2x0, com um gol de placa de Renatinho, ex-Santa Cruz.

Com esse resultado a situação do time dos Aflitos ficou complicada e com poucas chance de passar para a segunda fase.

Nos outros dois jogos, o Bahia cansou de perder gols, e terminou empatando com o Altos-PI em 0x0, enquanto o Sergipe batia o Botafogo-PB por 2x0.

Ainda no período da tarde o jogo mais importante era do São Paulo contra a Ponte Preta, e para participar da estreia de Rogerio Ceni no comando do time, 50.950 torcedores lotaram o Morumbi, e saíram satisfeitos com o futebol de alto nível praticado pelo tricolor que goleou a Ponte Preta por 5x2, com três gols de Gilberto. 

Enquanto isso a rodada noturna começou com bombas, tiros, gás pimenta, uma morte, nas ruas próximas do estádio Nilton Santos, palco do jogo entre Botafogo x Flamengo. Dentro do estádio tudo normal com a presença das duas torcidas, com as suas famílias.

Mesmo sem jogar bem, o Flamengo venceu por 2x1 o time reserva do Botafogo. A partida não foi das melhores. Uma zebrinha aconteceu no futebol carioca, com a vitória do Volta Redonda em seu jogo contra o Vasco da Gama.

Em São Paulo, o milionário Palmeiras começou mal ao ser derrotado pelo pobre Ituano por 1x0, de forma justa e sem contestação. 

Nos dois jogos noturnos da Copa do Nordeste, o Fortaleza derrotou nos minutos finais o Moto Clube-MA(3x2), e o Sampaio Correia-MA venceu o Juazeirense por 2x1.  

Santos e São Paulo salvaram o domingo do futebol brasileiro com dois bons jogos.

Escrito por José Joaquim

Aqueles que acompanham o blog, conhecem bem o que pensamos sobre o processo de formação do futebol brasileiro, o responsável para alimentar a renovação desse esporte.

Quantos artigos fizemos sobre o assunto, em especial nos últimos dias sobre a seleção Sub-20 do Circo Brasileiro do Futebol, analisando os seus jogos no Sul-Americano classificatório para o Mundial da categoria?

Um time desarrumado, cada um por si, e alguns atletas com olhos na Europa por orientação dos empresários. Deu no que deu.

Esse é o modelo de nossa formação. Os cartolas do Circo falam alto quando afirmam que realizam várias competições com atletas das bases, mas deveriam fazer uma analise sobre a existência ou não de um retorno positivo.

Atletas em formação não devem se preocupar com títulos e sim com uma preparação adequada para o futuro. O individual na busca de um sonho mais alto, está ocupando o espaço do coletivo.

O pai em casa já orienta o filho a pegar a bola, partir para cima dos adversários e marcar um gol, e isso irá resolver os problemas da família.

O futebol não pode e não deve ser tratado como uma tábua de salvação econômica e sim um caminho a ser percorrido para que possa chegar a tal.

A maioria dos clubes brasileiros não tem centros específicos para o trabalho de base, o que já dificulta a formação. Perdemos o maior celeiro que era representado pelos campos de peladas, e não conseguimos trazer para esses tal potencial que ficou abandonado.

A base de tudo está na escola, que começa a projetar o atleta do futuro, mas isso também não acontece por conta do sistema educacional do país, degradado e formando analfabetos.

Os clubes poderiam ter parcerias com o setor da educação para a captação de novos talentos.

O futebol de base deveria ser entregue ao que de melhor existe no setor, profissionais competentes, do mesmo nível daqueles que comandam as equipes principais. Hoje é tudo ao inverso.

Não é producente o amontoado de jogadores em alojamentos desconfortáveis como ainda acontece em boa parte do país, como gados confinados para engorda.

A maioria não frequenta a escola, que é prejudicial para o futuro, desde que quanto mais tenha conteúdo maior será a possibilidade de algo mais.

O atleta de base não pertence mais aos clubes e sim aos seus agentes, que os carregam debaixo do braço acompanhando-os em todas as atividades. Sem dúvida é algo pernicioso que deveria acabar.

Hoje o jogador em formação é clone de alguns atletas do time de cima. Cabelos, tatuagens, maneira de andar e se vestir, são os componentes que irão fazer parte de sua vida, que na verdade não é salutar. Um trabalho de base deve formar o atleta/homem em todas as suas concepções.

Os fundamentos tem que ser ensinados. Quando assistimos jogos dessas categorias observamos os atletas cabeceando com olhos fechados, marcado a bola e não o adversário, entre outros erros que vem da falta de formação.

Formar é educar o homem. O modelo atual não está procedendo dessa forma.

Quando um jovem apresenta maior habilidade, no lugar de aprimora-la, os empresários sonham com um rico contrato e suas comissões.

Um verdadeiro devaneio.

A não classificação da seleção SUB-20 já era uma morte anunciada há um bom tempo e o melhor exemplo de que a formação no futebol brasileiro é uma deformação.

Tudo isso faz parte do sistema apodrecido do futebol nacional, e se não for modificado os clubes irão continuar contratando estrangeiros para que possam suprir as vagas abertas, que não estão sendo preenchidas pelas bases.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- QUE FUTEBOL É ESSE? 

* Um sábado de futebol de baixa qualidade. Pela Copa do Nordeste tivemos jogos de pouca expressão, numa demonstração da realidade do futebol brasileiro nesse inicio de temporada.

No Barradão, com a presença de 6.540 torcedores, o Vitória derrotou o América-RN por 2x1, com o gol salvador no final do jogo.

Uma pelada de alto nível, e pelo que estamos assistindo do time baiano, vai ter que melhorar para conseguir algo nessa temporada. Contratou muita gente de nome, que não joga futebol.

Enquanto isso na Ilha do Retiro, com 8.430 torcedores nas arquibancadas, o Sport mostrou que ainda não conseguiu formatar um padrão de jogo, e terminou empatando por 2x2 contra a equipe do River-PI.

Um placar justo pelo que os dois apresentaram, sendo o piauiense melhor no primeiro tempo, e o rubro-negro com vantagem no segundo.

A defesa da equipe da Ilha do Retiro é frágil, o time não consegue ganhar a segunda bola, e o ataque ainda não se acertou.

O mais grave é o treinador que está perdido como um bode numa sala de louça, e não consegue armar um time com tantos jogadores à sua disposição, para que apresente um futebol digno.

No terceiro jogo da competição do Nordeste, o Itabaiana derrotou o CSA, pelo placar de 2x1, no Rei Pelé. No período noturno o ABC jogando em casa empatou com o CRB por 0x0.  

Uma zebra correu solta em São Paulo, com a derrota do Corinthians para o Santo André com o placar de 2x0, resultado que condiz com a desorganização desse clube.

Finalmente aconteceu o que já estava previsto, a eliminação da Seleção Sub-20 do Circo que não estará presente ao Mundial da Categoria.

Um time mofino, sem qualidade, que é o retrato da formação brasileira, com um treinador forjado pelas mídias, não conseguiu vencer a Colômbia lanterna da competição, empatando o jogo pelo placar de 0x0.

A comemoração da Seleção Argentina no pós jogo foi o fato mais importante da partida, por conta da quarta colocação que a levará para o Mundial. 

Uma lição para mostrar que o modelo do futebol brasileiro está ultrapassado, tanto dentro do campo, como fora desse.

Um produto de um grupelho que se apossou do esporte mais importante do país, e que o está levando para o fundo do poço.

Que sirva de lição para a cartolagem brasileira.

NOTA 2- OS DONOS DO PALMEIRAS

* Com muitas controvérsias, rompimentos, e gastos de uma campanha para o Senado, o casal Crefisa, Leila Pereira e Jose Roberto Lammacchia, foram eleitos membros do Conselho Deliberativo do Palmeiras. A madame foi a mais votada.

Embora o processo fosse com os votos dos sócios, a vitória de ambos já era dada como certa, e devolvendo o dinheiro nas casas de apostas.

Leila Pereira que é a presidente da Crefisa e da Faculdade das Américas, patrocina o alviverde com o dispêndio de R$ 100 milhões por ano, além de outras participações.

A última dessa foi a contração de Miguel Borja, no valor de 10 milhões de euros, que saíram dos cofres da empresa, além de R$ 1,2 milhões que serão pagos como luvas ao atleta.

Todo o processo foi discutido entre Alexandre Mattos, que é o executivo do futebol, e Leila, sem a menor interferência do presidente.

Essa personagem tem em mente a presidência do clube, e com a capacidade de gastar R$ 1 bilhão com esse em 10 anos, certamente irá concretizar o seu sonho maior.

Vários jogadores do Palmeiras foram contratados pela Crefisa: Dudu, Fabiano, Thiago Silva, Vitor Hugo. O salário de Barrios de R$ 1 milhão também sai dos cofres dessa empresa, que é tão forte que levou o atual presidente a se afastar do ex-Paulo Nobre que foi contrário a candidatura de Leila, por ser ilegal.

Enquanto tudo estiver correndo bem o Palmeiras vai tendo seus ganhos, e o casal se apoderando do clube. Se acontecer um contratempo, teremos a repetição da MSI no Corinthians, que o deixou sem rumo.

O futebol brasileiro tem nesse caso palmeirense, a volta dos coronéis aos clubes, o que já acontecia nas duas gestões de Paulo Nobre.

NOTA 3- NA COPA DO BRASIL UM JOGO COM 26 PAGANTES

* O inchaço e o modelo da Copa do Brasil, ajudaram na apatia de torcedores de alguns clubes, que receberam nas arquibancadas públicos grotescos, com menos de 100 pagantes.

Em Murici, interior de Alagoas, foram colocados 600 ingressos à venda, somente 26 foram vendidos, e esse foi o público do seu jogo contra o Juventude.

Por outro lado, o Altos-PI colocou em seu estádio apenas 460 pagantes, no jogo contra o CRB , enquanto o São Raimundo teve a presença de 575 testemunhas no seu jogo contra o BOA.

Sem dúvidas um grande fiasco, que serviu para apequenar mais ainda a competição.

Enquanto isso, dos 20 clubes já classificados, 7 foram da Série A, 3 da Série B e 3 da C. O aproveitamento da divisão maior foi 100%, fato que não aconteceu nas demais.

Da Segunda Divisão foram eliminados, Juventude, CRB e Londrina, enquanto na Terceira receberam a degola, Ypiranga, CSA e Moto Clube. 

NOTA 4- O DRIBLE DA VACA NO ATLÉTICO-PR  

* O Atlético-PR levou um drible da vaca da Conmebol ao determinar o mando de campo da partida de ida da terceira fase da Libertadores, para a Arena da Baixada.

Estivemos lendo o Artigo 3.4 dessa competição e esse é bem claro quanto ao assunto, quando determina que o mando de campo seja decidido pelo Ranking dos clubes. O pior faz a primeira partida em casa.

O time do Paraná é o 71º colocado, e o Deportivo Capiatá é o último por não ter participado ainda da competição.

A Diretoria do Atlético solicitou da Conmebol informações à respeito dessa decisão, e recebeu apenas a confirmação. Por uma coincidência o presidente da entidade, Alejandro Dominguez é do Paraguai, país do time adversário do paranaense.

No caso do Botafogo a decisão do mando de campo foi correta, desde que o Olímpia-PA tem melhor posição do que o time carioca.

São coisas de um país em que o presidente da Confederação não tem credito, e não frequenta a sede da entidade Sul-Americana por conta do FBI.

Aliás quem não deve não teme. Esse não deve ser o caso do cartola.

NOTA 5- GABRIEL JESUS INCREMENTOU A AUDIÊNCIA DA PRIMEIRA LIGA

* Gabriel de Jesus chegou no Manchester City no inicio de janeiro de 2017, e com pouco tempo tem feito sucesso dentro e fora dos gramados.

Em campo o ex-atleta do Palmeiras marcou 3 gols em quatro jogos, e tem conquistado um grande numero de seguidores.

O seu sucesso está sendo sentido pela ESPN que tem os direitos de transmissão da Premier League no Brasil, com um aumento de audiência de 37%.

São coisas de Jesus, e de um futebol mal organizado que permite a penetração dos eventos do exterior com tanta força.

Na realidade o torcedor gosta do que é bom, e o que lhe tem sido entregue não vale nem um tostão furado.

Escrito por José Joaquim

Temos uma simbiose com os esportes em geral, e entre esses o futebol, por um longo tempo, o que facilita as nossas analises sobre o tema, e observando sempre algo que passa despercebido pelas nossas mídias, que tem uma visão ligada a espetacularização do esporte do que o trato de sua realidade.

Não existe nenhuma dúvida que o futebol brasileiro está atuando como uma ferramenta de manipulação e controle social. Enquanto arte e espetáculo verdadeiro, esse esporte é totalmente distorcido pelos meios de comunicação, perdendo assim a sua essência e raízes.

Na noite de sexta-feira ao assistirmos o programa Linha de Passe da Espn-Brasil, metade desse foi dedicado a um debate sobre as contratações de Lucas Pratto pelo São Paulo, de Miguel Borja pelo Palmeiras.

Se discutiu tudo, e em nenhum momento foi ventilado os débitos do clube paulista, embora tenha à receber os valores da negociação de David Neres, e o principal, o sentido  eleitoreiro do grupo que deseja se perpetuar no poder.

No caso do alviverde a participação da patrocinadora Crefisa, cuja dirigente gastou uma fortuna por uma vaga no Conselho Deliberativo não foi debatida. 

Hoje o clube do Parque Antarctica tem uma dona, Leila Pereira, que bancou com sua empresa o valor total da transação, além das luvas a serem pagas.

As mentes dos torcedores são manipuladas desde que não recebem as informações corretas e necessárias, para que possam fazer a avaliação do retorno para os seus clubes por conta dessas negociações.

Os atletas tornaram-se celebridades, são tratados como tal, e todos os seus movimentos fora do campo são destacados. Os times são secundários e o mais importante é o individual.

Quando lemos, assistimos ou ouvimos a divulgação desses fatos, ficamos certos de que o futebol que deveria ser um espetáculo coletivo transformou-se em algo individual, movido a interesses financeiros, e que os segmentos do setor pouco se importam com os times, e sim com ídolos criados por um marketing bem preparado.

O jogador quando faz o gol da vitória torna-se um herói, mas esse certamente não o faria se não tivesse o apoio dos demais. O futebol banaliza os heróis.

Obvio que o esporte para crescer necessita de astros, mas esses não estão acima das bandeiras. O mundo tornou-se individualista, o futebol é coletivo, e o que importa é o sucesso de um clube no geral, mas isso tornou-se um pequeno detalhe quando observamos a maneira que os nossos astros são tratados.

Na verdade a grande imprensa é comprometida com os patrocinadores, e segue uma linha editorial de suas empresas, vendendo ilusões para milhões de iludidos.

Certa vez lemos um documento do Sindicato dos Jornalistas da França, em que textualmente dizia: ¨A imprensa só é livre quando não depende nem do poder governamental, nem do poder do dinheiro, e sim exclusivamente da consciência dos jornalistas e leitores¨.

Aplicando-se isso certamente não teríamos o futebol transformado em uma ferramenta de manipulação, além de outras coisas.

Escrito por José Joaquim

A Copa do Brasil sempre foi considerada a competição mais democrática entre todas as realizadas no país, com tratamento igualitário para os clubes disputantes, criando condições para que os de menor porte pudessem chegar ao título.

Algumas modificações foram realizadas,  entre essas o ingresso dos times que disputavam a Libertadores nas oitavas de final. Foi o primeiro passo para o massacre que acabou sendo formatado com o atual modelo que começou nessa temporada.

De democrática, passou para plutocrata, quando os ricos mandam no poder.

A sua primeira fase nos trouxe de volta aos campos de extermínio, quando a metade dos clubes participantes serão executados com apenas um jogo, mesmo que esse tenha terminado empatado.

Os critérios adotados pelos que fazem o Circo do Futebol Brasileiro foram subjetivos. O jogo único afronta a inteligência de quem acompanha o futebol brasileiro, com a obrigação de uma equipe menor de vencê-lo.

O empate dá a vitória ao time maior, que é o visitante, com tradição e mais força nas competições. Um time como o Vitória da Conquista que foi prejudicado pelo apito amigo empatou com o Coritiba (1x1), não terá chances de jogar a segunda partida.

Não conseguimos entender que um jogo com resultado igual possa ter um clube alijado. Só mesmo no Brasil que de tudo tem um pouco, e esse sistema é sem duvida a prova maior da imbecilidade reinante.

Aliás sempre afirmamos que estamos vivenciando a nossa Era da Imbecilidade.

Nos jogos iniciais somente três zebras aconteceram, nos demais os favoritos conseguiram o que desejavam. O ranking servindo como solução é injusto, desde que muitas vezes esse não apresenta a realidade.

Um clube de maior porte quando enfrenta um adversário menor tem todas as chances de sair vencedor, mesmo atuando fora de casa, mas os sábios que fazem o Circo, não entenderam que existem clubes com ranking diferentes, com as mesmas estruturas, e o fator mando de campo torna-se imperativo.

Como pode-se cobrar do Juventude que perdeu para o Murici por 3x1, mas não teve a chance de reverter o placar no segundo jogo. O Ypiranga de Erexim foi derrotado pelo paranaense PSTC por 2x1, fez o seu gol fora que antes tinha a validade na volta, e não terá a chance de fazê-lo.

Os cartolas do Circo afirmaram que o modelo era mais emocionante, os jogos seriam mais disputados, que de fato não aconteceu com as retrancas sendo utilizadas como forma de contenção. O derrotado foi o esporte.

Outra justificativa foi de que a presença dos times maiores como visitantes aumentaria as rendas dos jogos, fato esse bem discutível, desde que essas são divididas em partes iguais, reduzindo assim os seus ganhos.

Os números de 20 jogos realizados (faltam cinco que não foram computados) mostram o contrário. A media de público foi de 4.050 pagantes/jogo. O maior foi o do encontro entre Moto Clube 0x1 São Paulo, com 21.402 pagantes. Mentira tem pernas curtas.

O problema é que os que fazem o futebol brasileiro são elitistas, por conta disso criaram um modelo colocando 40 clubes em um campo de arame farpado, sob a mira das metralhadoras para serem fuzilados.

A Copa do Brasil era disputada com 12 datas, independente do número de participantes, e sempre foi um sucesso com o critério de um segundo jogo quando os resultados fossem iguais, ou a diferença fosse menor do que dois gols da parte dos visitantes.

Funcionava bem, mas em nome da Libertadores e de outros interesses, estão promovendo um extermínio em massa.

O futebol brasileiro necessita da participação de todos, e não de uma minoria privilegiada como acontece nos dias de hoje, e sobretudo de uma faxina geral, que nunca irá acontecer por conta dos exemplos que vem de cima. 

Clube menor no Brasil é desprezado, e vive como um urso polar, hibernando. São coisas de um futebol cuja entidade maior vive de pirotecnia, sob os aplausos dos cartolas e de nossas mídias esportivas.