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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- A FARSA DA BOA PREGUIÇA

* O inesquecível Ariano Suassuna no ano de 1960 escreveu uma peça teatral com o título ¨A Farsa da Boa Preguiça¨. Como sempre um sucesso.

O futebol paulista comemora o aumento da média de público do seu estadual. Nada mais nada menos do que um drible na verdade. Uma farsa contemporânea. 

O jornal Folha de São Paulo na sua edição de ontem mostrou que o público pagante de 2019 foi de 1.178.820 mil torcedores, com pouca diferença para mais ou para menos dos anos de 2017 e 2018.

Com exceção do ano de 2014 (904.390 mil), empatou com o total de 2011, e foi derrotado pelos demais.

Na realidade a media aumentou nesses últimos três anos, mas os torcedores são os mesmos de nove anos e a razão disso foi a redução do quantidade de partidas, que caiu de 198 (2011/2013) para 158 (2014/2016) e, nos três últimos anos chegou a 110.

Qualquer criança de 10 anos que já brinca com a matemática sabe que quanto mais jogos, menor a média de público, e quanto menos essa é maior.

Os números comprovam que nos últimos nove anos o publico do campeonato paulista estagnou e não saiu do lugar, o que demonstra que a paixão por esse tipo de competição está congelada.

São coisas do futebol brasileiro, que na verdade é uma Farsa da Boa Preguiça.

NOTA 2- O DILEMA DE ROGÉRIO CENI

* Em plena semana do início do Brasileiro da Série A, dois clubes estão participando de uma novela com o mesmo ator, Rogério Ceni.

O técnico viajou para o Mato Grosso após a conquista e não definiu o caninho que será tomado, ou fica em Fortaleza, onde realizou um bom trabalho, ou vai bater nas Minas Gerais para dirigir o Atlético.

O dilema de Ceni é que esse não gosta de quebrar contratos, mas a proposta do Galo é tentadora, R$ 450 mil, mais o contrato de seis profissionais de sua entourage, além do pagamento de uma multa ao tricolor cearense de R$ 1,8 milhão.

Ontem conversamos com algumas pessoas ligadas ao Atlético que nos garantiram que o treinador balançou com a proposta.

Vamos e venhamos, nesse mundo aloprado do futebol brasileiro um técnico vive constantemente no fio da navalha. Enquanto o time vai bem, tudo são flores, quando o inverso acontece chega a dança das cadeiras.

Os cartolas são impiedosos, matam no primeiro percalço.

Rogério Ceni tem um salário de R$ 150 mil no Fortaleza e a devida hospedagem. Para nós o mais interessante não é o dinheiro e sim a chance de continuar o seu trabalho em um clube que disputa títulos.

Nas próximas 24 horas teremos o final do drama.

NOTA 3- O BLOQUEIO FINANCEIRO DO SPORT

* A situação do Sport é muito complicada. O clube tem problemas sérios em suas finanças, por conta de uma gestão desastrada que levou o clube ao precipício.

O presidente Milton Bivar tem um único anel para ser colocado à venda, que é o zagueiro Adryelson, e por conta disso está buscando compradores, para que possa então minorar os seus problemas que são gigantescos.

No último dia 22, o Leão sofreu um grande golpe, quando recebeu um Mandado de Bloqueio da 12ª Vara do Trabalho do Recife, em que determina o bloqueio de todas as cotas que serão pagas pela Rede Globo na temporada, proibindo as antecipações de receitas.

O mais grave é que tal determinação judicial certamente não será a única no ano, outras virão e os jogos do clube terão sempre a visita dos Oficiais de Justiça, os ¨Homens da Capa Preta¨.

Com o dinheiro curto a solução para o Sport é de negociação com os credores, e para tal necessita ser criado um setor para agilizar o diálogo. Na verdade ficar esperando uma cobrança não é salutar para o clube, que precisa se recompor do profundo baque.

São coisas do futebol brasileiro.

NOTA 4- OS CLUBES PARANAENSES NA SÉRIE B

* O estado do Paraná tem quatro representantes no Brasileiro da Série B que serão adversários do Sport. Dois da capital, Coritiba e Paraná, e dois do interior, Londrina e Operário.

O time da Terra do Café por alguns anos vem chegando perto do acesso, mas nessa temporada irá lutar contra a degola. Quanto ao clube de Ponta Grossa, o novato, terá que aprender o caminho das pedras, e com o intuito de garantir a permanência na divisão.

Enquanto isso, o Paraná vive um dos seus piores momentos, é queda atrás de queda, e terá como único propósito de se garantir nessa divisão, desde que a tendência é de que baterá na Terceirona.

O time paranista não tem dinheiro, não tem comando. Obvio que sem recursos não terá também um time, e está começando a competição no nível zero.

O jornalista Augusto Mafuz, do jornal Tribuna do Paraná, analisou o Coritiba, que para ele tem uma situação é grave. ¨Não lhe resta outro objetivo de vida a não ser retornar ao Brasileiro da Série A¨.

Diz o jornalista que o clube nada fez para dar uma estrutura técnica razoável ao time. Sob o pretexto de austeridade financeira, prefere especular no mercado negro, que é aquele que deixa agentes ricos e oferece por pouco jogadores medíocres.

Na realidade esse tem inteira razão, desde que o Coritiba contratou no ano mais de trinta jogadores e não tem um time, e não tem um técnico.

Apesar disso o Coxa pela tradição, pela poder de sua torcida será um dos candidatos ao acesso.

NOTA 5- ¨O FUTEBOL ATUAL É ABORRECIDO¨

* As palavras de Jorge Sampaoli sobre o futebol brasileiro tiveram mais repercussão na Europa do que no Brasil.

O técnico santista foi um dos convidados do Circo do Futebol para falar no Congresso ¨Somos Futebol 2019¨. Durante três dias, vários técnicos foram chamados a dar a visão que tem sobre a atualidade desta modalidade.

Para Sampaoli ¨ atualmente aceita-se tudo desde que se tenha êxito, mas na derrota apontam-se as dificuldades. É um futebol aborrecido, por isso é que vejo jogos de tempos anteriores. O Brasil da década de 70, o Huracán de Menotti, a Argentina de Pékerman ou a Hungria de Puskas¨, explicou.

O treinador do Santos acabou dando um recado aos torcedores: ¨Quero que a minha equipe regresse a esses tempos, mas é muito difícil! Os jogadores aceleram o jogo porque o público os obriga a isso.

Atualmente os seguidores não toleram um passe para trás, começam logo a assobiar. Já um alivio para as arquibancadas, festejam como fosse um gol. É o contexto social¨, concluiu.

Sampaoli é um dos poucos que pensam.

NOTA 6- BESTAS HUMANAS

* A sociedade brasileira está criando verdadeiras bestas humanas.

Embora um pouco tarde vamos falar da agressão sofrida por um torcedor do Sport que faz parte da alegria futebolística e que nos faz lembrar dos jogos do passado, com pessoas como essa que faziam a festa nos dias de jogos.

Fomos alertados em um comentário no blog postado por José Carlos um visitante assíduo, da agressão sofrida por um simpatizante do rubro-negro após o jogo pela final do estadual.

Torcedores do Clube Náutico que tinha sido o adversário do Leão espancaram um cidadão de 29 anos e seu cachorro conhecido pelos rubro-negros como Colher de Pau, e que o acompanha nos jogos.

Trata-se de um torcedor simples que tem o amor pelo seu clube e o respeito da torcida. Quando esse voltava para casa depois do triunfo do seu time, feliz pela vitória, foi abordado por dez bestas humanas torcedores do alvirrubro, que o agrediram.

Que tipo de gente está sendo criada em nosso país?

Como se pode agredir um cidadão e seu cachorro por nada, e sim por prazer?

Na verdade tais pessoas não pertencem a raça humana, desde que são as verdadeiras bestas.

Uma vergonha.

Escrito por José Joaquim

Um termo que utilizamos muito e que agrada aos nossos visitantes é o de ¨Comentaristas de Escolas de Samba¨, que na verdade pertence ao técnico Joel Santana, que depois de um jogo do Vasco da Gama, no ano de 2014, ao responder as críticas de alguns comentaristas saiu com essa pérola.

Se observarmos o que acontece nas mais diversas transmissões de eventos esportivos, encontramos alguns desses personagens citados pelo treinador, quando de suas análises que nos dão a impressão de que estamos em outro mundo, e o que estávamos assistindo não aconteceu, era apenas um sonho, ou um luxuoso desfile de Escolas de Samba no Rio de Janeiro. A nota 10 corre solta.

Ao assistirmos jogos de voleibol, tanto masculino como o feminino, para aqueles que fazem os comentários , em boa parte ex-atletas, quando um time perde ou chega a vitória com dificuldades, ficam por conta de terem jogado mal. Os adversários nunca jogam bem.

O endeusamento dados aos técnicos e alguns jogadores está mais para lobby do que uma análise.

Entendemos em parte  essa paixão ufanista, desde que o produto foi vendido por um bom preço e não pode ser diferenciado, nem a empresa deseja prejuízos. São as orientações das editorias. Nota 10 para as alegorias. 

O jogo entre os times do Corinthians  e São Paulo no último domingo foi considerado como bom, e muitas vezes como excelente, quando na realidade foi um peladaço de luxo. Nota 10 para a Harmonia.

Achar qualidade técnica em jogos que foram trágicos é para enganar os torcedores dos times, desde que esses são da pior qualidade e de uma pobreza franciscana. Nota 10 no Samba Enredo.

O mais interessante são os comentaristas de pranchetas nas mãos, que não são utilizadas e servem sómente para figuração. Nota 10 para o Mestre Sala.

Os Zé-Regrinhas são piores, agora estão nos estúdios sendo árbitros de vídeo. Quando apareciam ao vivo abusavam da paciência alheia, e as aulas de arbitragem eram bem diferentes de que eles faziam quando estavam nos gramados. Nota 10 para a Porta Bandeira.

Existem profissionais competentes que analisam sem paixão, sem interesse clubístico, falam a realidade, mas esse modelo está ficando raro no contexto geral.

Vendedores de ilusão já temos muitos, como também os iludidos, e o futebol precisa de vendedores das verdades, dos fatos reais e não de sonhos ou miragens do que não aconteceu. Joel tinha razão ao fazer a critica.

No meio existem muitos comentaristas de Escolas de Samba, com nota 10 para os passistas com tudo de fora.

Nunca um esporte necessitou da verdade como o futebol para sair do atoleiro em que se encontra, e as análises não só dos jogos, como dos acontecimentos formuladas com contextos reais, seria a grande contribuição para que esse esporte corte os grilhões que estão o aprisionando, para que volte a ter uma vida melhor.

Estão vendendo bagre como salmão.  

Escrito por José Joaquim

Os estaduais foram embora, sem deixarem nenhuma saudade.

Chegou o momento do calendário real ser iniciado com os Brasileiros das diversas divisões. Pernambuco não tem nenhum representante na Série A, e por conta disso vamos mostrar a geografia da Série B onde o Sport está alocado.

Um fato que deve ser destacado de imediato, foi o do mesmo número de estados participantes dessa divisão que permaneceu com 10 na atual temporada.

No ano anterior tivemos a seguinte distribuição geográfica: SÃO PAULO (4), GOIÁS (3), SANTA CATARINA (3), RIO GRANDE DO SUL (2), ALAGOAS (2), MINAS (1), PARANÁ (2), CEARÁ (1), PARÁ (1) e, MARANHÃO (1). 

Na atual temporada teremos as seguintes participações: SÃO PAULO (6), PARANÁ (4), SANTA CATARINA (2), GOIÁS (2), MINAS (1), RIO G. DO SUL (1), ALAGOAS (1), MATO GROSSO (1), PERNAMBUCO (1) e, BAHIA (1).

O estado de São Paulo recebeu dois clubes classificados na Série C de 2018, Botafogo-SP e Bragantino, ficando com o total de 30% de participantes. O Paraná subiu para 4 clubes, pela queda do Paraná e o acesso do Operário, com 20% dos times disputantes, ou seja dois estados contemplam 50% das agremiações dessa divisão.

Com relação a Santa Catarina que tinha três clubes na Série B de 2018, reduziu a sua presença por conta do acesso do Avai, o mesmo se deu com os estados de Goiás, com a subida do time com o mesmo nome, e Alagoas com CSA.  

A queda do Juventude para a Série C, deixou o Rio Grande do Sul com 1 participante. O Fortaleza que foi o representante do Ceará na Série B na temporada anterior e que foi o seu campeão, o estado ficou sem representante na atual temporada.

Pará e Maranhão foram degolados, com as quedas do Paysandu e Sampaio Correa, e tivemos a volta de Pernambuco com o Sport.

A realidade da Série B demonstra a atual situação do nosso futebol e uma má distribuição da geografia brasileira, por conta das diferenças financeiras. 

Não aconteceu crescimento de um ano para o outro, e 17 estados com o Distrito Federal não tem representantes nessa Divisão.

As regiões Sudeste e Sul tem em conjunto 14 times nessa disputa com 70%, contra 3 do Nordeste e 3 do Centro Oeste. Aos poucos esse Campeonato está se transformando em um torneio do Sudeste contra o Sul.

Em uma próxima postagem iremos analisar os clubes disputantes, e as suas chances de acesso, e antecipadamente pelo que estamos observando se o Sport tiver um bom comando será um dos quatro que terão sucesso, e estará de volta a maior Divisão Nacional.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O ESPORTE VAI ALÉM DO JOGO

* A morte brutal de Valdiram na Sexta-feira da Paixão finalizou a sua Via Crucis que foram os últimos seis meses de vida.

Após deixar a clinica de reabilitação em junho, ganhou uma chance do Olaria, gerido pelo seu empresário em quase toda a sua carreira, Jader Moreira, mas o recomeço no futebol não gerou mais do que uma semana internado.

O atacante ao reconhecer a sua impotência diante do vicio, deixou o clube rumo a São Paulo, onde vive a sua irmã, que lhe deu guarida, mas não houve recomeço, passando a morar nas ruas e frequentar a Cracolândia.

Foi encontrado morto com hematomas, atacado a pauladas.

Esse é o obituário de um ex-atleta de futebol, vitima da falta de um programa sério governamental de combate as drogas, e em especial dos clubes brasileiros quando recebem jovens e que visam apenas de os transformarem em um negócio futuro.

O futebol é um problema social e tem que ser entendido dessa forma.

Vende riquezas futuras, quando apenas 3% dos jogadores brasileiros ganham mais de R$ 50 mil, e conseguem formatar um amanhã mais tranquilo.

O mundo dos esportes é complicado, o dinheiro corre, mas não existe uma orientação para os atletas. Uma boa parte termina a carreira como Valdivam, sem  lenço ou documento nas mãos, e ingressam no mundo pernicioso das drogas, que é sem duvida o maior perigo para aqueles que não estão conseguindo um caminho melhor. 

Na formação, os clubes deveriam ter programas ilustrativos sobre as mazelas que poderão atacar os seus jogadores.

Lamentável.

NOTA 2- A AUTOFAGIA NO FUTEBOL BRASILEIRO

* O futebol brasileiro é autofágico, quando come até suas entranhas. Como alguém que tem um pouco de massa cerebral poderá entender que os oito times da Série A em três meses de temporada tenham demitido os seus treinadores.

Sem duvida é a maior dança das cadeiras do mundo, e um carimbo da falta de planejamento das suas gestões. Só acontece tais fatos no Sanatório Geral.

Os estaduais e a Copa do Brasil os trituraram e no último domingo foi um recorde com a musica parando e três profissionais perdendo as cadeiras.

A diretoria do Ceará e a torcida do clube já não viam Lisca com bons olhos, e a escalação do time reserva contra o Náutico pela Copa do Nordeste foi a gota d'água no copo. Após perder o estadual para o Fortaleza, dançou, deixando um retrospecto de 54 partidas, com 21 vitórias, 13 empates e 20 derrotas, aproveitamento de 51,2%.

A segunda vitima foi Alberto Valentim, técnico do Vasco, que caiu após a derrota contra o Flamengo na final do Carioca. Os torcedores fizeram pressão e a diretoria atendeu, colocando-o no triturador. Comandou o time em 41 jogos, com 18 vitórias, 11 empates e 12 derrotas, aproveitamento de 52%.

O terceiro a dançar foi Marcelo Barbieri logo após a derrota no estadual para o rival Atlético Goiano. O mais grotesco é que a sua campanha era excelente, com 73% de aproveitamento em 21 jogos, com 14 vitórias, 3 empates e 4 derrotas.

Oito clubes irão começar o Brasileiro com técnicos novos, sendo que alguns ainda estão com os interinos. Apenas quatro técnicos estão em seus clubes há mais de um ano: Cruzeiro, Grêmio e Internacional. Mano Menezes e Renato Gaúcho estão nos seus cargos desde o segundo semestre de 2016, e Oldair Hellmann, desde novembro de 2017.

Além de autofágico, o futebol brasileiro é dirigido por aloprados.

NOTA 3- UM CAMPEÃO COM FRACOS NÚMEROS 

* Os números do Corinthians nos jogos realizados nos três meses de competições não foram tão expressivos e que mostram uma fraca qualidade no futebol paulista, que é o mais importante do Brasil.

PIOR APROVEITAMENTO- 3º- 52%,

PIOR MANDANTE- 4º- 61,11%,

PIOR VISITANTE- 4º- 43,59%,

MENOS VITÓRIAS- 3º- 10 em 25 jogos,

MAIS DERROTAS- 2º- 5,

PIORES ATAQUES- 3º- 27 gols,

PIORES MÉDIAS DE GOLS- 2º- 1,08 por jogo,

PIORES DEFESAS- 22 gols sofridos e,

PIORES MÉDIAS DE GOLS SOFRIDOS- 4º- 0,88%. 

Esse é o futebol brasileiro.

NOTA 4- NA ÚLTIMA DÉCADA CORINTHIANS E SANTOS DOMINARAM O ESTADUAL

* O domínio do estadual de São Paulo em 11 anos esteve nos pés de Corinthians e Santos, com 5 títulos cada um.

Ambos conquistaram um tri-campeonato.

Nesse período Palmeiras e São Paulo ficaram a ver navios.

O único clube que quebrou a hegemonia da dupla foi o Ituano em 2014.

O alvinegro paulista foi campeão em 2009,2013, 2017, 2018 e 2019.

O time da Baixada Santista tem os troféus dos anos de 2011, 2012, 2013, 2015 e 2016.

Um domínio avassalador.

NOTA 5- AVAÍ CAMPEÃO COM O VAR NOS PENÂLTIS

* Um fato inédito e que só poderia acontecer no futebol brasileiro, foi o da interferência do VAR na cobrança dos pênaltis no Campeonato Catarinense.

Após empate em 1 a 1 no tempo normal, o Avaí bateu a Chapecoense nas penalidades, com a participação do VAR, para ficar com o título catarinense sete anos depois da última conquista.

A final foi de muitos erros segundo as mídias de Santa Catarina.

Jogando fora de casa, a Chape se fechou com o ônibus biarticulado e apostou nos contra-ataques, ou seja, utilizando o modelo do atual futebol brasileiro.

Os donos da casa não assumiram o protagonismo do jogo.

No primeiro tempo a equipe de Chapecó conseguiu uma brecha e abriu o marcador através de Régis.

No segundo tempo o time de Geninho acordou e passou a dominar a partida, quando aos 30 minutos o empate saiu com um gol de Alex Silva. A decisão final foi para a cobrança de penalidades.

Até nos pênaltis teve VAR. Vladimir pegou a cobrança de Aylon, e na última cobrança Bruno Pacheco mandou no travessão e a bola quicou na linha.

O VAR confirmou que essa não entrou, e o titulo foi para o avaiano.

O interessante é que a diretoria da Chapecoense irá entrar na Justiça Desportiva pedindo a anulação das cobranças, desde que o Protocolo do arbitro eletrônico não consta a sua atuação nessa situação.

São coisas do futebol brasileiro. 

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- DUAS PELADAÇAS 

* Com várias opções de jogos nesse domingo com decisões estaduais escolhemos dois desses para assistirmos de forma conjunta.

Obvio que um seria o do Sport e Náutico, e o outro optamos pela partida em Itaquera, desde que Flamengo e Vasco até um bebê de seis meses sabia que o rubro-negro iria vencer, como o fez por 2x0, por conta do abismo que separa os dois times, tanto na parte técnica, como na financeira.

Os jogos escolhidos foram duas reais peladaças. Corinthians e São Paulo deu uma dor no coração de tanta ruindade.

Os goleiros assistiam o jogo com uma revista nas mãos.

Chutão de um lado, chutão do outro. O primeiro tempo terminou com o placar de 1x1. Para que se tenha uma ideia o São Paulo empatou no seu único chute ao gol de Cássio.

O segundo tempo foi pior ainda, com o tricolor tentando levar o resultado para os pênaltis, e o alvinegro no mesmo ritmo. Não saia nada de útil dos seus atletas. Como castigo chega a cavalo, Vagner Love nos 44 minutos finais desempatou, deu o tri-campeonato ao Corinthians, e o troféu para um futebol pragmático e medíocre. 

Mais longe, na Ilha do Retiro, no Recife, mais uma peladaça entre Sport e Náutico, sem qualidade, pouco futebol e um recorde de passes errados, em cada dez erravam sete. Ronaldo foi recordista ao não acertar nenhum.

No início da partida dois jogadores experientes, Brocador, do rubro-negro e Sueliton do alvirrubro trocaram carinhos e foram expulsos.

Houve esforço dos atletas dos times, mas isso não trouxe qualidade, com erros de todos os lados e com poucos chutes as metas. O Sport saiu à frente de pênalti, e o Náutico virou no segundo com a ajuda do apito amigo, mais atordoado de quem anda nos enormes brinquedos dos Parques da Disney.

Se a bola que originou o gol não foi falta no defensor do Sport, Papai Noel existe. Na realidade foi o troco do que aconteceu no primeiro jogo com o apito amigo de Wilton Sampaio que validou o gol rubro-negro em completo impedimento.

O placar de 2x1 foi justo para o clube da Rosa e Silva que procurou mais o jogo no segundo tempo, enquanto o Leão estava caindo pelas tabelas.

Por outro lado o titulo do Sport na cobrança dos penaltos também foi justo, desde que o time foi dono de uma melhor campanha durante a competição, e deveria ter uma prorrogação, e se essa fosse empate o de melhor pontuação seria o campeão. A diretoria do time da Ilha do Retiro deveria fazer uma análise do time, para que não possa passar vexame na Série B.

Um ótimo público esteve presente à Ilha do Retiro, e os torcedores rubro-negros saíram contentes, desde que para esses uma vitória basta, mesmo com um futebol de peladaço.

Pobre futebol brasileiro.

NOTA 2-  LIVERPOOL MANTÉM A LIDERANÇA

* O Liverpool manteve o caminho vitorioso na Premier League- seis vitórias seguidas- e não desarmou os punhos na luta pelo título.

Em Cardiff, os comandados de Jurgen Klopp venceram por 2-0, e reassumiram o primeiro lugar, embora com um jogo a mais do que o rival Manchester City.

A partida não foi fácil mesmo atuando contra um time que está na zona da degola, com um primeiro tempo sem gols. Na segunda fase o holandês Wijnaldum abriu o placar, e nos últimos 10 minutos, James Milner marcou de pênalti o segundo gol.

Os Reds somaram 88 pontos, contra 86 do City, que na quarta feira irá acertar a tabela com o confronto contra o Manchester United, que será decisivo para o desfecho da Premier League.

Enquanto isso, o Everton recebia o Manchester United e venceu por 4x0 no Goodson Park. Os comandados do luso Marcos Silva cedo se impuseram na partida e aos 13 minutos já estavam na frente do placar, graças a um gol do brasileiro Richarlison de forma acrobática, a antiga ¨puxeta¨ das nossas peladas.

Com esse resultado os Red Devils permaneceram na sexta posição com os mesmos 66 pontos.

Um terceiro jogo que tinha importância na tabela de classificação para a Liga dos Campeões foi o do Arsenal contra o Crystal Palace, com a vitória desse último por 3x2, resultado esse que poderá tirar o The Gunners do quarteto que irá disputar a competição na próxima temporada.

O grande vencedor da rodada foi o Tottenham que perdeu para o City, mas assistiu os seus adversários serem derrotados.

NOTA 3- CHAMEM O PROCON

* O tempo dos jogos do futebol brasileiro está sendo reduzido a cada dia.

Depois da implantação do sistema VAR e por conta da incompetência dos árbitros e daqueles que trabalham com o vídeo, a redução está sendo ampliada.

A média ideal para a FIFA de bola correndo em uma partida é de 60'.

Na Europa esse índice sempre é superado na maioria dos seus jogos.

No encontro entre os times do Manchester City e Tottenham pela Premier League, no último sábado chegou aos 66', representando aquilo que aconteceu no gramado. Poucas faltas, um cartão amarelo, sem simulações, sem rodinhas em torno do árbitro.

No mesmo dia no estádio Independência tivemos o segundo jogo final pelo estadual das Minas Gerais.

O show do tempo que foi perdido pelo soprador do apito com o VAR consumiu um longo tempo de bola rolando. Na primeira fase esse chegou a 43', e no geral ficou em 45'.

Teve que ser dado oito minutos de acréscimos para a compensação.

O que está acontecendo em nosso futebol é algo para ser resolvido pelo Procon, desde que o torcedor compra o ingresso para assistir uma partida inteira, e só recebe pela metade, ou seja dos 90' só tem 45'.  Um verdadeiro assalto aos seus bolsos.

O bom futebol é aquele em que a bola rola por um bom tempo, sem faltas, sem goleiros simulando contusões inexistentes, jogadores caindo nas substituições e o tempo sendo levado pelo vento. 

Os treinadores brasileiros tem que modificar os seus conceitos do vale tudo numa partida de futebol. Devem buscar o tempo perdido para melhorar o esporte.

Chamem o Procon.

NOTA 4- O COMPLEXO DE VIRA-LATA 

* O futebol europeu está penetrando cada vez mais no Brasil. Os seus jogos tem audiência gigantesca no país, as camisas dos clubes das maiores Ligas tem um vasto mercado nas cidades brasileiras.

Um levantamento feito pelo site Goal.com, mostrou que os nossos estaduais estão premiando os seus campeões com troféus que são praticamente copias daquele que é entregue na Liga dos Campeões.

O exemplo mais claro na atual temporada, está no Campeonato Gaúcho que foi levantado pelo Grêmio e é idêntico ao da competição europeia. A única diferença está na cor dourada da peça entregue pela Federação Gaucha, que foi apelidada como ¨Tchêmpions¨.

Ainda no atual temporada, o troféu do Campeonato Mineiro também tem inspiração evidente ao torneio da UEFA.

No Pará, as equipes que estão disputando o título, também podem se imaginar levantando uma Liga dos Campeões. Foi chamada de Paraêmpions.

A taça do campeonato paulista que foi entregue ontem, foi inspirada na Orelhuda, mas não tinha os arcos que motivam tal apelido. Está mais para o troféu da Supercopa da Europa.

Tais fatos mostram a ausência de criatividade e do complexo de vira-lata que domina o nosso país, quando o futebol se ajoelha perante os poderosos.

Lamentável.

NOTA 5- UMA DANÇA DAS CADEIRAS À PEDIDO DO DANÇARINO

* O futebol brasileiro é inigualável e de tudo pode acontecer.

Um fato que aconteceu na última sexta-feira (20) apresentou uma inversão de valores, quando um treinador pediu a música e logo após pediu demissão.

A cartolagem do clube ficou chocada por não ter feito a tal demissão.

O pivô da cena foi Roberto Fonseca que tinha voltado ao Tubarão 12 dias atrás. Estava no Novorizontino, que disputava o campeonato paulista.

Em sua reestreia aconteceu um atropelamento, com uma goleada acachapante de 4x0 que no jogo do Londrina contra o Bahia, pela Copa do Brasil.

Fonseca alegou problemas no planejamento do clube da terra do café para a disputa da Série B, assim como por conta das criticas que vinha recebendo da imprensa local, e dos torcedores que estavam ameaçando-o como também a sua família.

A mesma conversa de sempre, esse deve ter observado que a barca estava furada, desde que os jogadores prometidos pela diretoria não chegaram.

Essa demissão vai para o livro dos recordes, pelo pouco tempo de comando.