NOTA 1- UM DOMINGO POBRE DE FUTEBOL

* Vamos e venhamos os estaduais a cada rodada ficam piores, e a dona dos direitos de transmissão os empurram para o fundo do poço. 

Em todo o Brasil só dois jogos chamavam a atenção nesse final de semana, o do Palmeiras x Santos, e Botafogo x Vasco, e ambos foram realizados no dia de ontem.

O domingo do futebol será de uma pobreza franciscana com a a realização de várias peladas com bilheterias vazias.

Por incrível que pareça nenhuma das partidas que serão realizadas em todos os estados do país tem algo que possa chamar a atenção.

Em Pernambuco teremos Central x Petrolina, Afogados x Náutico e Salgueiro x América. Jogos que irão bater recordes de estádios ociosos, e com um futebol do ¨mais alto nível¨.

Qual o torcedor pernambucano irá sair de casa para assistir algo de tanta mediocridade avolumada?

Acreditamos que o jogo do alvirrubro será televisionado de forma aberta, e trazendo consigo muito FEBEAPA.

Os jogos que poderiam nos salvar serão realizados na Inglaterra, mas em horários bem longe dos nossos.

No estádio Old Trafford teremos o maior clássico do futebol inglês, envolvendo o dono da casa, o Manchester United que saiu das cinzas e luta pela quarta vaga da Liga dos Campeões, contra o Liverpool que precisa de uma vitória para voltar à liderança.

O segundo encontro é a final da Copa da Rainha, às 13h30, entre o Manchester City x Chelsea, no estádio de Wembley. Quando o time de Guardiola joga todos tem a obrigação de assistir.

Quanto ao Brasil sugerimos um bom filme, ou um ótimo livro para divertimento.

O resto é o resto.

NOTA 2- A MÁQUINA DE MOER TÉCNICOS CONTINUA

* O Circo do Futebol Brasileiro na reunião do Conselho Técnico da Série A, tentou aprovar um limite de uma troca de treinador ao longo de todo o campeonato.

Com o que temos em nosso futebol seria obvio que a derrubassem. Aconteceu. Somente o Atlético-MG foi favorável.

Uma andorinha só não faz o verão. 

Trata-se de uma confissão da incompetência dos cartolas que não sabem fazer as escolhas adequadas aos seus projetos.

Achamos que essa proposta deveria ter sido feita antes do inicio do calendário, para que os clubes pelo menos soubessem analisar as suas contratações.

Há algum tempo mostramos que o orgasmo dos dirigentes é o da dança das cadeiras, aliada as contratações de novos técnicos para substituírem aqueles que dançaram.

As fotos nas entrevistas coletivas fazem parte do contexto. Chegam ao ápice.

No ano de 2018 foram 29 os treinadores defenestrados, despesas nas rescisões e ações na Justiça do Trabalho. Contratar um técnico é para profissionais do ramo, para que o perfil seja analisado e que coadune com o projeto do clube.

O Circo do Futebol Brasileiro não conseguiu o que era o seu intento, mas poderia controlar essa farra e folia, determinando em uma Norma Interna que um clube só poderia registrar um novo treinador na temporada, mediante a apresentação de todos os documentos do distrato  e o pagamento de todos direitos.

Quem não tem cão caça com gato, mas isso é para gente inteligente.

NOTA 3- O GENIAL MESSI

* Sevilla e Barcelona fizeram no dia de ontem um jogo de seis gols que foi coroado com uma espetacular atuação de Lionel Messi.

Os andaluzes não conseguiram voltar ao G4, mas protagonizaram um bom futebol. Foram mais perigosos no primeiro tempo, quando abriram o marcador aos 22 minutos. A defesa do Barça vem sendo como uma peneira furada, passa água por todo o lado. 

Continuaram bem na segunda etapa, mas não contavam com uma jornada perfeita de Lionel Messi, e a resposta não demorou com o craque do time catalão com um toque de mágica empatando.

Um chute de primeira em uma bola que estava alta. Uma pintura.

O gol não intimidou o Sevilla que teve boas chances de desempatar, e o conseguiu com um gol no final da primeira etapa.

O segundo tempo foi o da genialidade de Lionel Messi, que empatou com um chute no ângulo da meta do adversário. O jogador portenho estava endiabrado, e logo desempatou com outro belíssimo gol de cavadinha.

Completou o seu Hart-Trick, e não conformado deu uma assistência a Luiz Suarez no quarto gol do Barcelona, fechando o placar em 4x2.

Fantástico, e para felicidade nossa que gostamos de um bom futebol, Messi existe, embora o seu time não esteja jogando um bom futebol. 

NOTA 4- O OVO DENTRO DA GALINHA

* A orquestra montada no Sport pelo presidente Milton Bivar está desafinada. Cada instrumento toca com um som diferente e a música é atropelada.

No caso de Diego Souza que virou a paixão de alguns diretores, as controvérsias são latentes.

O presidente dá uma entrevista a um dos jornais do Recife dizendo que o Sport está quebrado e não tem condições de uma contratação desse nível.

Um pouco mais tarde um dos dirigentes  do setor dá uma entrevista sobre a contratação do jogador do São Paulo afirmando que está bem adiantada. Na verdade um tocou um samba e o outro um bolero, ambos sem o menor ritmo.

Ontem conversamos com uma pessoa de São Paulo que é ligada ao tricolor paulista, e fomos informados que o clube já fez uma promessa para acender varias velas para Santa Rita se Diego Souza conseguir um novo time, mas não irá solta-lo apenas por um abraço.

Tomamos conhecimento que o marketing do Sport irá preparar uma campanha para novos sócios torcedores, e que todos  os recursos provenientes irão custear as despesas com a tal contratação.

Obvio que trata-se de um ovo dentro da galinha e que não sabemos da sua qualidade.

Acreditar em sócios torcedores é como também acreditar na história de Chapeuzinho e do Lobo Mau, desde que esses vivem sempre como a maré que vai e vem. O time ganha estão presentes, quando perde desaparecem.

O presidente rubro-negro tem que contratar um afinador para a sua orquestra, desde os atuais músicos estão fora do contexto.

NOTA 5- O CLÁSSICO DO RIO FOI MELHOR DO QUE O DE SÃO PAULO

* O Santos colocou quatro titulares no banco de reservas por conta do jogo pela Sul-Americana, enquanto o Palmeiras colocava todos os seus titulares.

O jogo entre os dois clubes prometia emoções. 

Na realidade tivemos apenas aquilo que os comentaristas de Escolas de Samba repetem: ¨Foi de muita intensidade¨. 

A equipe santista como sempre teve maior posse de bola no primeiro tempo, mas sem chutar contra o gol do adversário. Por outro lado o alviverde nervoso, sem conseguir jogar algo parecido com o futebol, e assim mesmo teve uma chance de abrir o placar nos pés de Borja que fez o impossível, o de jogar para fora uma bola que só tinha na sua frente a trave.

Foi um período completo de mediocridade.

O Palmeiras voltou bem melhor no segundo tempo, enquanto o Santos estava satisfeito com o seu primeiro empate. Teve um pênalti à seu favor que o árbitro amigo não marcou, duas chances de ganhar a partida, e nada mais.

Do lado palmeirense os gols perdidos foram tirados de dentro da trave, além dos milagres do goleiro Everson.

Embora o jogo do Allianz Parque tenha sido bem melhor na segunda fase não conseguiu apagar os trágicos 48 minutos iniciais.

De uma coisa ficamos certos, de que o time Santista irá dar muito trabalho nessa temporada.

Por sua vez, no Nilton Santos no Rio de Janeiro, Botafogo e Vasco fizeram um bom jogo que foi dividido em dois tempos, o primeiro vascaíno e o segundo botafoguense.

O que eles chamam ainda de clássico foi bem movimentado, e o 1x1 foi o reflexo do que os dois times apresentaram.

Uma partida equilibrada, com um futebol bem disputado, e muitas bolas chutadas aos dois gols, com boas defesas de seus goleiros.

Futebol por futebol o carioca foi bem melhor, mas os ufanistas não conseguem observar e ficam falando abobrinhas.

NOTA 1- CADÊ O FLAMENGO?

* A diretoria do Flamengo está perdendo o rumo no trato da tragédia do Ninho do Urubu, por conta das negociações com as famílias das vítimas.

Postamos um artigo no dia de ontem em que analisamos a tentativa de um entendimento entre as partes, perante um desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que no final deu em nada. Houve um desencanto da parte dos familiares e as várias entrevistas mostraram essa realidade.

Uma frase que gravamos nos motivou essa nova postagem que veio através de uma mãe de um dos meninos do Ninho: Cadê o Flamengo? O sentido foi de mostrar que o presidente do clube que é a figura mais importante não estava presente, e sim os seus advogados.

A judicialização das indenizações refletirão de forma grave na marca de um clube que é considerado com o mais organizado do país, que será o único a perder se demorar a resolver o problema.

Qual o patrocinador irá colocar a sua marca numa camisa que está protelando a chegar a uma definição de um tema tão penoso? Obvio que haverá um distanciamento.

Os números do Flamengo permitem uma oferta bem maior, sem a utilização do que determina a nova Lei do Trabalho.

Os R$ 56 milhões solicitados pelo MP do Rio de Janeiro, representam 7,5% do orçamento do clube para 2018, R$ 2 milhões a mais do que foi pago pelo meia atacante Arrascaeta, um pouco mais do que os R$ 53,9 milhões na negociação de Vitinho.

A diretoria do rubro-negro está jogando um produto tão valiosa no fundo do poço.

NOTA 2- PARA A TEEVISÃO O DOMINGO NÃO É MAIS DO FUTEBOL

* O melhor dia para o futebol sempre foi o domingo, que na verdade é um dia de lazer, que era complementado com um bom jogo.

Infelizmente a televisão para empurrar o Pay-per-view na goela dos torcedores, o que na verdade não irá acontecer, desde que estadual é algo bichado sendo tratado numa UTI, resolveu tirar desse dia os melhores jogos. 

Os dois clássicos no final da semana serão realizados no sábado, e um deles da maior importância quando o Santos de Jorge Sampaoli irá se defrontar com o Palmeiras de Felipe Scolari.

Uma partida que merece ser vista, mas só poderá ser assistida pelos assinantes. A TV aberta nesse dia não existe.

O outro jogo será no Nilton Santos entre o Botafogo que vem de uma melhora na sua campanha, e o time do Vasco da Gama campeão da Taça Guanabara.

A estreia de Paulo Henrique Ganso pelo Fluminense foi marcada para ontem, às 21h00 no Maracanã, com o Bangu como adversário. O domingo ficou entregue a jogos entre os grandes e medianos sem emoções.

Na verdade o público aos domingos é mais intenso para os jogos maiores, mas os donos do nosso futebol resolveram ceifa-lo.

Em Pernambuco teremos um ¨importante¨ encontro entre a equipe do Afogados da Ingazeira e do Náutico, na certeza de que o FEBEAPA estará presente.

A vida do torcedor é uma dureza. 

NOTA 3- O PICO DA ERA DA IMBECILIDADE

* Luiz Paulo Rosenberg, diretor de marketing do Corinthians tomou um espaço bem alto no nosso livro ¨A Era da Imbecilidade¨, que promete ser um recordista de vendas. 

Numa entrevista à ESPN-Brasil, fez uma comparação preconceituosa, totalmente imbecil, ao discriminar as mulheres portadoras do vírus HIV, quando explicava as negociações para a venda dos 'naming rights' da Arena Itaquera.

As palavras ditas por Rosemberg foram grotescas de quem parece não ter o seu juízo em estado perfeito.

Ouvimos o vídeo e ficamos chocados.

¨Eles interessados nos naming rights¨ se sentem na situação de estar vendo a esposa perfeita, com dotes culinários, formada com MBA no exterior, uma mãe de filhos maravilhosos, mas parece que tem um teste de aids positivo. Como é que eu encaixo a camisinha é o grande desafio¨, afirmou. 

Depois de uma declaração como essa que mostra um estádio com problemas, como uma empresa irá colocar o seu nome?

Na realidade, Rosemberg necessita de um psiquiatra.

Essa é a cara real de uma geração de cartolas que está colaborando para a avacalhação do futebol brasileiro.

Uma vergonha.

NOTA 4- O CULPADO SEMPRE É O MORDOMO

* Nos antigos livros policiais ingleses no final da história o matador sempre era o mordomo.

Os Marajás do Circo do Futebol devem ter lido muitas dessas obras, em especial aquelas de Agatha Christie, para acharem o culpado por remeter as inscrições  dos times brasileiros de forma atrasada para a disputa da Libertadores e Sul-Americana.

Segundo a diretora executiva da Conmebol, os funcionários circenses não sabem ler. O órgão do futebol sul-americano comunicou que todos os clubes do Brasil não fizeram a inscrição na data certa.

Por conta disso o Defensor Sporting do Uruguai ingressou com um recurso na entidade contra o Atlético-MG, pedindo uma punição.

A Casa da Barra da Tijuca à principio colocou a culpa nos clubes, mas na última quarta-feira após a comprovação dos seus filiados, em Nota Oficial comunicou que esses estavam certos e o erro foi do sistema que liga essa entidade a Conmebol.

O sistema é o mordomo das lambanças de uma entidade que se diz organizada e dá uma grande melada que poderia prejudicar os seus clubes.

Na realidade como somos moradores da Sul-América das bananas nenhuma punição irá acontecer, e só esse sistema será condenado a prisão perpétua.

São coisas do Circo do Futebol.

NOTA 5- O 1X1 É O RESULTADO MAIS REPETIDO NO FUTEBOL EUROPEU

* Obvio que o futebol europeu está bem à frente do nosso com uma distancia igual a da Terra para Marte, mas em quatro dos principais campeonatos a ausência de muitos gols é sentida, desde que o placar de 1x1 é aquele mais repetido.

Só nestas quatro competições, 117 jogos terminaram iguais em um gol.

No Campeonato Espanhol, por exemplo, foram disputados 240 jogos, sendo que 76 desses acabaram empatados e, em 34, houve 1x1.

O Campeonato Francês também acumula empates por 1x1. Já são 33 em 249 jogos. Ao todo, 69 jogos terminaram sem vencedor.

O Campeonato Italiano é mais um com o empate em um gol na ponta do quesito. Ao longo dos 240 confrontos, houve 71 empates, sendo 26 por 1x1.

Na Bundesliga são 24 empates de um gol ao longo de 198 jogos. Foram 51 resultados iguais.

A Premier League não tem o 1x1 como resultado principal, desde que o mais repetido é o 2x1 por 26 vezes. O 1x1 vem logo atrás com 23 aparições.

Haja retranca.

* Números do site Sr.goool

NOTA 6- STJD ANULA APARECIDENSE X PONTE PRETA

* No dia de ontem (22), o STJD decretou que houve interferência externa no fim da partida entre Aparecidense-GO x Ponte Preta, com a derrota do time paulista por 1x0, e a sua consequente eliminação para a segunda fase da Copa do Brasil.

Com a decisão do Tribunal, haverá uma nova partida entre os dois times, com a vantagem do empate para a equipe de Campinas.

Os auditores acataram a tese dos advogados da Macaca, que durante a confusão do gol de empate, que foi ilegal, mas o árbitro Léo Simião de Holanda o validou, o delegado da partida Adalberto Grecco foi flagrado pelas câmeras da televisão conversando com o auxiliar e depois com o próprio apitador, que logo após voltou atrás e anulou o gol da Ponte Preta, o que não é permitido pela FIFA. 

Existe uma teoria científica que afirma que o mundo veio do nada. Não vamos discuti-la, mas de um coisa temos a certeza de que o futebol brasileiro embora não tenha vindo do nada, chegou ao nada por conta de seus procedimentos.

A situação futebolística brasileira é surreal ao ponto do Botafogo, um antigo e tradicional clube brasileiro, para poder liberar R$ 1 milhão que foi bloqueado pela Justiça atendendo um pedido do São Paulo pela negociação do jogador Henrique, fez uma proposta grotesca de pagar 30% das rendas dos seus jogos, que hoje dão prejuízos, e que demandaria pelo menos por baixo 400 partidas do clube nas diversas competições. É de fazer chorar.

Alguns puritanos andam criticando Náutico e Santa Cruz por conta de um acordo inédito, mas límpido, por conta da situação financeira de ambos, algo que teve um som estranho, mas sem poder ser jamais comparado a proposta do time alvinegro carioca.

Por outro lado, o Circo Brasileiro do Futebol encantou o jornalismo brasileiro com suas propostas que vão do nada para o nada, ou seja o pagamento dos custos do VAR que é de sua obrigação, desde que enche suas burras com as taxas pelos contratos de transmissão, uma segunda, a de limitar a contratação de apenas dois técnicos por ano, que deveria deveria ser implementada antes do inicio do calendário, limite de inscrição para 40 profissionais que não teve a aprovação dos filiados, e finalmente uma Super Copa que faz parte do nada para o nada, e irá aumentar em mais uma data o Calendário. Essa deve ser uma vaca no poste.

O Circo da Barra da Tijuca é hilário, tem um modelo asfixiante para o futebol nacional, com mais jogos do que datas disponíveis e vem com uma proposta que vai para o livro ¨A Era da Imbecilidade¨. 

Será que a cartolagem da Barra da Tijuca, e os responsáveis pelo setor de futebol ainda não verificaram que pela ausência de uma pré-temporada de um mês, os clubes estão perdendo jogadores nos seus jogos, por conta das lesões.

Menos de dois meses dos estaduais, de poucos jogos da Copa do Brasil, toda partida tem pelos menos duas lesões musculares, que representam a falta de preparo.

As câimbras já fazem parte da programação dos times.

No jogo entre Londrina e Paraná por essa Copa, dois atletas do time da Terra do Café com 12 minutos tiveram que ser substituídos. Vamos imaginar na continuidade das competições, com a overdose de jogos programados pela madrasta do futebol nacional, e no final o time que tiver menos lesões, com pelo menos dois elenco levará vantagem na luta pelo título.

O futebol perdeu a qualidade no campo e fora dele por conta de sua cartolagem, ao se transformar em um grande incentivador de lesões e sangue, quando a este último, está concorrendo com a UFC.

Na soma geral o esporte da chuteira no Brasil virou um nada.

Em 2002, encaminhamos à pedido do Circo do Futebol um estudo sobre a necessidade do futebol brasileiro, e entre esses o calendário, que hoje é o tema mais discutido por conta de sua insanidade na formatação dos eventos esportivos.

A entidade na época pensava em abrir um debate maior para o futebol nacional, mas como tudo acontece nesse segmento ficou no papel, desde que não havia o sentimento da cartolagem para uma reforma. Poucas coisas mudaram nesse período de 17 anos, e o único setor que evoluiu foi a corrupção dos seus três ex-presidentes.

Um dos pontos que foram abordados na ocasião estava relacionado aos estaduais, principalmente a sazonalidade da maioria dos clubes brasileiros, que vinha causando um prejuízo muito grande na revelação de novos jogadores, visto que o mercado de jogos ficava reduzido durante a maior parte da temporada futebolística.

Mostrávamos no estudo que o nosso futebol para evoluir necessitava de melhorar os seus estádios para o conforto dos torcedores, que é sem duvida a base da pirâmide da evolução. Foram gastos bilhões em alguns elefantes brancos para a Copa do Mundo, enquanto as competições estaduais e nacionais são realizadas muitas vezes em locais que dariam apenas para vaquejadas.

Com locais dignos, uma maior demanda seria recebida e, assim, patrocínios, renda de bilheterias e evolução dos clubes.

Sugerimos a implantação do sistema de licenciamento para que um clube pudesse participar das competições esportivas, e para receber o alvará anual de funcionamento teria a necessidade de apresentar o seu plano financeiro e a capacidade de absorção de recursos.

Por incrível que possa parecer, o Circo do Futebol está estudando o assunto para começar a aplica-lo no ano de 2020, o que aliás não acreditamos por conta do poder das Federações e do famoso jeitinho brasileiro.

Por outro lado, o trabalho sugeria a criação de mais duas divisões no futebol nacional, para que todos os clubes tivessem um calendário anual, que seriam as Série D e E. A primeira corresponderia a quarta divisão e só foi criada em 2009, e a segunda que seria a quinta, sequer foi pensada.

A última divisão iria abrigar os campeonatos estaduais de forma regionalizada, sem a presença dos clubes que disputassem as demais divisões, e que contemplaria o acesso a quarta divisão, e uma vaga na Copa do Brasil. Sobre os recursos a ideia era o da criação de um Fundo, que seria o captador de todas as receitas para o futebol brasileiro.

Com a criação da Série E sobrariam 18 datas, na ocasião eram 23, e o assunto calendário que hoje tanto discute-se já estaria resolvido.

Nada se fez, os projetos que outras Federações também enviaram foram rasgados e possivelmente sem serem sequer lidos. Hoje estamos no limiar do fundo do poço.

Quanto tempo perdido para um debate sobre os temas levantados, mas a cartolagem que comanda o esporte da chuteira, tem como mote a música de Martinho da Vila, com o seguinte refrão:

É devagar!

É devagar!

É devagar é devagarinho,

Devagarinho.

São coisas do futebol brasileiro.