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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- CLUBE S.A.

* Os problemas do Sport e da maioria dos clubes do futebol do Brasil, e em especial os de Pernambuco, são as resultantes do modelo de gestão que domina esse esporte em nosso país, com uma estrutura societária que não tem controle e fiscalização.

Uma auditoria anual analisa o que aconteceu durante o exercício, e quando isso acontece a porta já foi arrombada.

O modelo português é o melhor que conhecemos, através da SAD- Sociedade Anônima Desportiva, que cuida do futebol. As ações são colocadas na Bolsa de Valores, e uma diretoria como qualquer empresa é composta por representantes do clube e dos acionistas, que recebem dividendos no final da temporada.

Nenhuma contratação ou uma venda de atletas deixa de passar pela Comissão de Valores. O futebol passa a não depender das eleições, vira um organismo à parte, e obvio que fatos como esses que estamos assistindo em nosso estado não aconteceriam.

Não existem donos como no modelo inglês, e é bem parecido com o adotado por clubes da Alemanha que são vitoriosos no futebol e nas finanças.

O futebol do Chile estava falido, e com a implantação de um modelo como esse teve uma grande alavancagem.

Muitas vezes ouvimos que os torcedores dos nossos times não iriam aceitar a implantação do sistema, mas na verdade isso acontece por falta de informações, desde que se tivesse sido implantado no Brasil, certamente muitos clubes não estariam na UTI.

Chegou a hora de mudanças, e implantar a captação de recursos com uma Sociedade Anônima.

Infelizmente a cultura esportiva no Brasil é ultrapassada, faz do presidente de um clube o seu verdadeiro dono, e os resultados estão bem claros.

NOTA 2- NADA RESOLVIDO ENTRE O FLAMENGO E OS FAMILIARES DOS MENINOS DO NINHO

* Estamos acompanhando a quebra de braço que está acontecendo entre o Ministério Público do Rio de Janeiro e Flamengo, por conta dos valores que estão sendo ofertados às famílias dos jogadores que foram cremados nos precários alojamentos do rubro-negro.

O valor de R$ 400 mil reais a título de danos morais e a pensão mensal de um salário mínimo até quando o falecido completasse 30 anos, não traduz a gravidade dos fatos. 

Os cartolas rubro-negros estavam apostando alto no arrefecimento da repercussão da tragédia, e com isso a queda emocional da sociedade, o que poderia levar as famílias a aceitarem a proposta.

Na tarde de ontem o primeiro passo parecia ter sido dado para a solução do assunto, quando da realização da audiência de mediação entre o clube e os familiares na presença do desembargador Cesar Cury.

As famílias disseram que estavam dispostas a ouvir e participaram da mediação. O clube fez uma oferta que não foi aceita por essas, e fizeram uma contraproposta que não foi aceita pelo Flamengo, e o processo de negociação foi encerrado.

Na verdade o valor proposto por danos morais é indecente.

Os cartolas sabem que a reforma trabalhista tomou como referência o valor do salário do empregado para arbitrar o valor do dano moral. Nesse caso são meninos que ganhavam uma ajuda de custo.

Só a Justiça poderá dar a solução final, desde que pelo que estamos observando, os dirigentes do Flamengo estão sendo tratados como vitimas, e os mortos e feridos certamente considerados culpados.

Só mesmo no Brasil.

NOTA 3- A NECESSIDADE FAZ O SAPO PULAR

* O acordo entre o Santa Cruz e Náutico pela divisão da cota que será paga pela passagem para a terceira fase da Copa do Brasil, motivou dezenas de mensagens daqueles que nos acompanham pedindo a nossa opinião sobre o assunto.

A nossa resposta foi bem simples, e vem de um velho provérbio português: ¨A necessidade faz o sapo pular¨.

Não existe nada de errado nessa combinação entre os clubes, mas é a demonstração da situação financeira do futebol brasileiro e em especial dos dois times envolvidos, que não quiseram arriscar no placar do jogo e decidiram então que o valor à ser recebido, 60% seria do vencedor, e 40% do derrotado.

Obvio que o resultado da partida estava nas mãos do imponderável e que poderia cair para qualquer lado, então a atitude foi tomada.

As mídias nacionais fizeram a divulgação do acontecimento inédito no futebol brasileiro, que só aconteceu por conta das dificuldades que os clubes estão atravessando, e para não ficarem sem o mel nem a cabaça resolveram então dividir de acordo com os percentuais o valor da cota do vencedor.

São coisas de um futebol empobrecido, mas que não deslustram a história das duas tradicionais agremiações. Essa divisão irá entrar para a história do esporte da chuteira em Pernambuco.

O Sapo pulou porque o chão estava quente.

NOTA 4- DIEGO SOUZA E O DELÍRIO DO SPORT

* Como marketing esse sonho de Wanderson Lacerda, atual diretor de futebol do Sport, tentando a volta de Diego Souza para o Sport, poderia ser entendido, mas para a realidade é coisa relativa a uma assombração.

Vamos e venhamos, um jogador veterano com um alto custo para o São Paulo que certamente não abrirá as suas portas para cedê-lo pagando a maior parte do seu salário, obrigando ao rubro-negro de colocar a mão no bolso que já está furado, para que possa fechar tal negociação. 

Há pouco o Vasco fez uma proposta como essa e o tricolor paulista não concordou.

Por outro lado o atleta não tem a cara de segunda divisão, que necessita de um grupo focado, que irá enfrentar longas viagens, gramados muitas vezes de pouca qualidade e exige a entrega dos profissionais, e com pouca visibilidade.

Os cartolas rubro-negros estão utilizando essa possível contratação como pano de fundo para cobrir o péssimo começo, e os torcedores apaixonados e sem noção batem palmas. 

Deveriam colocar numa balança o pró e o contra de uma negociação de risco como essa, e certamente teriam uma resposta negativa.

Temos uma experiência de Série B e sentimos o quanto foi difícil o acesso, e só aconteceu com um grupo simples, sem astros, que teve uma entrega sensacional.

Por conta disso os cartolas do rubro-negro deveriam programar o Brasileiro dentro de sua realidade, e sobretudo com um elenco competitivo que queira deixar o suor em suas camisas.

Essa conversa de que irão conseguir o apoio financeiro dos sócios é ficção, desde que já vimos muitas vezes isso acontecer no clube, quando no final os colaboradores desapareciam e os custos ficavam com o Velho Leão sofredor.

Diego Souza foi bom em um determinado momento, mas o fato histórico só acontece uma vez, e sem duvida as probabilidades de erros nessa contratação são grandes.

Todo cuidado é pouco, e com uma boa organização pelos adversários que terá pela frente, o time de Pernambuco irá retornar à primeira divisão, mas para isso terá que trabalhar com os pés no chão.

NOTA 5- TRANSFERÊNCIAS DE JOGADORES EM 2018 NO FUTEBOL BRASILEIRO 

* As negociações de jogadores de futebol que entraram e deixaram o Brasil em 2018, movimentaram R$ 1,6 bilhão.

Segundo estudo inédito do Circo Brasileiro do Futebol, 792 atletas que atuavam no país foram contratados por times estrangeiros, e 677 que jogavam no exterior foram contratados por times nacionais.

O estudo revela que os principais destinos dos jogadores que saíram do Brasil foram: Portugal (205), Arábia Saudita (47), Japão (34), Malta (31) e Ucrânia (27).

Já os que chegaram vieram de Portugal (206), Colômbia e Japão (291), Itália (23) e Uruguai (21), entre outros países.

Escrito por José Joaquim

Por Paulo Cezar Caju- O Globo

Escrevo essas mal traçadas linhas para pedir desculpas ao Maracanã e aos torcedores. É o que me resta. Meus gritos não são mais ouvidos e jamais serão. Estádio e torcedor aceitam tudo, menos esse descaso que vêm sendo submetidos há anos. O Maracanã passou por uma lipoaspiração malsucedida e cirurgias plásticas que o deformaram de vez.

O ¨maior estádio do mundo¨ queria envelhecer com dignidade, tomado por rugas e as marcas do tempo, registros de sua história. O Maracanã e sua inseparável torcida trazem cicatrizes que jamais serão apagadas pelos cirurgiões. A dor faz parte do espetáculo. Já choraram juntos em 50, mas estremeceram os pilares da felicidade com o gol de Romário contra o Uruguai. Maracanã e torcida, um depende do outro.

Os torcedores também foram transformados ao longo dos anos. Hoje são brancos, belos e ricos. Duvido que saibam desfraldar uma bandeira gigante e tocar um repique. Duvido que o grito de gol saia das entranhas da garganta e que abracem o suadão do lado.

Me perdoem por isso Dulce Rosalina, Ruçao, Tarzan, Tia Ruth e o homem do pó de arroz. Todos já choraram. Nenhum deles se importa em sair do estádio com o coração em frangalhos, não barre nenhum deles, suplico. Me perdoe, Jayme de Carvalho e sua charanga, me perdoe rapaziada fantasiada da Geral. Como fui xingado por vocês, mas como amo vocês! Bastava colocar a mão na cintura, desistir da jogada, para a galera cair de pau, me xingar de tudo.

Xinguem-me, voltem e afastem de mim esse pesadelo!!! Renasçam!!! Me perdoem Mario Filho, João Saldanha, Nelson Rodrigues e Ruy Castro!!! Renasçam!!! Ah Maraca querido, imagino a sua dor e peço perdão porque sei que nenhum dirigente o fará. Eles afastaram você de seu melhor amigo, o torcedor.

Vocês são o maior símbolo de união e parceria de futebol. Quantas decisões você presenciou, abarrotado, explodindo. Excelente anfitrião, era da filosofia de sempre cabe mais um. Hoje acham 50 mil muito, Kkkkk!!!.

Mas, Maraca e torcedores, cá entre nós, essa decisão da Taça Guanabara merecia a atenção de vocês? Era melhor não ter visto mesmo né, né? Até o gol do título foi sem querer, Kkkk!!!. Adoraria abraça-los, ser um polvo gigante para carrega-los no colo porque vocês já me deram muitas alegrias. Tristezas também, afinal, essa mistura de sentimentos é o que resta nessa nossa paixão ensandecida.

Me perdoe, porque o perdão é o que me resta. A violência e o descaso com vocês chegaram ao extremo, as grandes estrelas barradas no baile enquanto os egoístas brigavam por um lado. Sou do tempo em que quem tinha lado era disco, A e B.

Muita raiva por isso tudo, e minha forma de extravasar é pedir desculpas, gritar o mais alto que eu conseguir. Ou então imitar os geraldinos que, no auge de sua ira, carregada de pureza, arremessavam seus radinhos de pilha no gramado.

Escrito por José Joaquim

A Operação Lava Jato continua nas ruas em todo o Brasil, mostrando que os tentáculos da corrupção continuam agindo com todo vigor. Muitos políticos e empresários presos, inclusive um ex-presidente da República que está numa cadeia de Coritiba.

Certamente isso representa o novo na luta contra a impunidade, que é sem duvida a mola mestra de todas as mazelas que acontecem em nosso país. Quando assistimos as cenas de cada Operação, pensamos no futebol brasileiro que é o intocável e um paraíso da impunidade.

O maior exemplo vem do Circo do Futebol com três ex-presidentes afastados, um preso numa cidadezinha da Pensilvânia, nos Estados Unidos, os outros dois soltos nas ruas cariocas sem poderem sair do país.

O incrível é que isso acontece no esporte da chuteira, e não ouvimos nenhuma manifestação contrária ao sistema de parte das pessoas que pensam em nossa sociedade. Uma alienação total.

A entidade maior do futebol brasileiro não se preocupa com o esporte em si, e sim com o seu marketing, quando vende a marca do ¨país do futebol¨. Deixa de lado o básico, as suas competições e o trabalho de formação. Vive de sua seleção que é a vaca leiteira. O que aconteceu no Ninho do Urubu, do Flamengo é a demonstração da falta de uma fiscalização mais perene nos Centros de Formação.

As Federações são verdadeiras sinecuras e cabides de empregos, pouco fazem pelo esporte. Por sua vez, os clubes são dirigidos na sua maioria por amadores, passionais, e às vezes aproveitadores, além da influência dos empresários.

Nos gramados os milionários treinadores mataram o que tínhamos de melhor, a qualidade do jogo, o passe, o drible, e hoje utilizam o processo de não perder e se puder empatar, e por último ganhar.

No último domingo antes da barbárie do Maracanã, assistimos cenas do bicampeonato mundial do Santos, ficamos mais convictos com a relação à pobreza que tomou conta de nossos gramados. Nesse mesmo estádio, 130 mil torcedores estavam presentes para aplaudir um time paulista, sem nenhum incidente, com um espetáculo que motiva a necessidade de se repensar essa estrutura podre que tomou conta do esporte que era a paixão do brasileiro.

Quando passamos para a formação de talentos, os responsáveis pelo setor dão lugar aos mais altos e mais fortes, na preparação de futuros brucutus. Esquecem a formação do homem e do cidadão, e muitas vezes criam verdadeiras cobras. Atletas jovens que mal tocaram na bola nos gramados só pensam no Velho Continente como local para atuarem.

As torcidas organizadas tomaram conta do pedaço e proibiram a presença dos verdadeiros torcedores em nossos estádios.

E assim vai o futebol brasileiro navegando em um barco furado, marchando na contramão da história, permanecendo ainda na idade da pedra, onde de tudo pode acontecer.

Ou a sociedade que gosta desse esporte se une para apoiar uma transformação radical, ou então iremos continuar com os predadores destruindo o que resta do antigo e bom futebol brasileiro.

O silêncio de todos, compartilhado com a falta de uma ação concreta, é sem duvida uma força motriz para a continuidade do atraso.

O segmento futebol ou muda, ou morre.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- NOS PÊNALTIS  

* No tempo normal o tabu continuou e o Náutico completou oito jogos sem uma derrota para o Santa Cruz.

A partida de ontem terminou no 1x1, e foi decidida nos pênaltis, com a vitória tricolor por 4x2, e a sua passagem para a terceira fase da competição. Mais uma vez um jogo parelho, a equipe do Arruda mais bem formatada, e a do alvirrubro mais empenhada.

O Santa saiu à frente por conta de uma lambança geral da defesa do adversário, mas não demorou para que o Náutico empatasse, e ainda ter duas chances no final do segundo tempo para virar a partida.

Dentro do limite da qualidade dos dois times o encontro foi bom de ser assistido. É o que temos.

Nos outros jogos pela Copa do Brasil, o Luverdense jogando em casa venceu o Figueirense (1x0), o Vasco mesmo atuando fora do São Januário, na cidade de Vitória contra o Serra-ES, time local, parecia que estava em casa desde que as arquibancadas só tinham vascaínos, e saiu com o resultado de 2x0.

Por sua vez, o Corinthians escapou de uma zebra gigantesca ao virar o placar no segundo tempo no seu jogo contra o Avenida-RS, que terminou o primeiro à frente por 2x1, em Itaquera.

O time gaúcho no seu último jogo do estadual foi derrotado pelo Grêmio por uma goleada acachapante (6x0).

 NOTA 2- O PASSIVO DO SPORT 

* O Conselho Deliberativo do Sport na reunião da terça-feira (19), tomou conhecimento do Passivo do clube que foi deixado pela gestão anterior no total de R$ 118.530.187,43.

No primeiro olhar esse chocou pelo seu tamanho exagerado para um clube com poucas receitas, mas existem alternativas plausíveis para reduzir o impacto na sua vida financeira.

Do total dos débitos, quase 50% dos valores estão relacionados aos Tributos Atrasados (R$ 57.980.478,81), que poderão ser parcelados através de um acordo com órgãos credores.

Aliás o Sport está pagando por mais um erro das gestões Martorelli e Arnaldo Barros, quando não aceitaram entrar no Profut, com o único objetivo, o de livrarem-se da responsabilidade fiscal.

Com um parcelamento que deve ser feito dentro de sua capacidade de pagamento, o passivo ficaria no total de R$ 60.549.708,56, sendo que o rombo maior está nos seguintes itens:

Folhas 2018- R$ 21.787.463,41,

Agenciamentos/Luvas de Atletas-2018/2019- R$ 13.997.452,13,

Rescisões- 2018- R$ 7.129.566,95,

Agenciamentos/Imagem/Distratos à Vencer- R$ 6.717.767,28

TOTAL DOS ITENS- R$ 49.632.259,77.

Desta soma deverão ser excluídos mais ou menos R$ 13 milhões, por conta dos acordos que foram realizados na atual gestão com alguns atletas que foram liberados, restando R$ 36.632.259,77 para que um bom negociador possa tratar de discutir com as partes como esses serão liquidados.

O resumo da história é que esse buraco tão profundo se deu por falta de uma boa gestão, e sobretudo de transparência, que escondeu nas profundezas do inferno tantas mazelas.

Não adianta mais chorar com o leite derramado, e sim começar a trabalhar com a cabeça no lugar, sem açodamento, e depois abrir um processo no Conselho do clube por conta de tais acontecimentos.

O Futebol brasileiro tem que ser escancarado, para que no futuro não tenhamos casos como esses.

NOTA 3- O TJD DO RIO GRANDE DO NORTE CANCELA UM CARTÃO VERMELHO APLICADO PELO ÁRBITRO

* Numa postagem anterior mostramos que o TJD do Rio Grande do Norte tinha cometido algo surreal ao dar efeito suspensivo para um atleta do América-RN, o goleiro Gleison, que tinha levado um cartão vermelho, cujo lance nós vimos através de um vídeo remetido por um amigo de Natal.

Um ato ilegal e que feriu a legislação esportiva.

Como o Globo ingressou com um recurso no STJD, os auditores desse Tribunal pioraram a situação, ou seja, além de absolver o atleta, retiraram o cartão vermelho aplicado pelo árbitro. Uma maneira de tolher o andamento do processo na Instância maior. 

Uma decisão grotesca e que mostra de forma clara como anda o futebol pelo Nordeste brasileiro, onde até cartão é apagado.

Uma vergonha.

NOTA 4- PARA COBRIR O CAIXA O PALMEIRAS ESTÁ NEGOCIANDO OS ATLETAS DA BASE

* O milionário Palmeiras fez algumas despesas acima do que previa o seu orçamento por conta da renovação de Dudu, dos salários de Ricardo Goulart, além do pagamento que deverá ser feito ao Milan pelo zagueiro Gustavo Gomez.

Por conta disso, o executivo Alexandre Mattos está com a pasta nas mãos negociando dois atletas da base, que sequer jogaram no time principal, e que são boas promessas para o futuro.

O Barcelona ofertou 20 milhões de euros pelos direitos econômicos de Vitão e Luan Candido, que estiveram recentemente na seleção Sub-20 do Circo.

Esse é o retrato de nosso atual futebol onde os frutos que ainda não ficaram maduros, vão para a Europa para ajudarem a recomposição dos cofres do clube.

O interessante é que o alviverde não é detentor dos 100% dos direitos de ambos. No caso de Luan Candido a sua participação é de 70%, o outros 30% pertencem a terceiros, enquanto no de Vitão a proporcionalidade é de 60% e 40%.

Esse é a cara do futebol brasileiro que negocia o seu futuro, e deixa no gramado os sem futuros.

NOTA 5- UMA QUARTA BEM DIFERENTE NA LIGA DOS CAMPEÕES

* Na última terça-feira, os dois jogos pela Liga dos Campeões foram insossos e com os resultados de 0x0.

Barcelona x Lyon e Liverpool x Bayern de Munique fizeram jogos pragmáticos, com poucas emoções.

No dia de ontem a situação foi diferente com as redes balançando.

O jogo do Atlético de Madrid x Juventus foi duro. O time espanhol jogou um pouco melhor, mas a primeira bola entrar nas redes foi aos 77 minutos, com o gol do zagueiro Gimenez do time madrilenho.

Aos 82', outro zagueiro atleticano, o uruguaio Godín ampliou o placar, que dará uma boa garantia para o jogo de volta na Itália.

No jogo realizado na Alemanha, o favorito Manchester City penou para vencer o Schalke.

O time de Pep Guardiola passou a dominar a posse da bola, e saiu à frente do marcador. Poderia ter ampliado, mas não o fez. Com a ajuda do VAR os ingleses tomaram dois gols de pênaltis e assistiram a virada do placar.

O segundo foi de uma falta grotesca de Fernandinho.

O City perdeu o rumo e o zagueiro Otamendi que foi expulso. Mesmo com 10 homens mantinha a posse de bola mas não chegava ao gol. Com poucos minutos em campo, o alemão Sané, cria do Schalke, em uma cobrança de falta espetacular empatou o jogo.

No final a sorte virou de vez para o lado de Guardiola, quando aos 89' Sterling fechou o placar por 3x2 para o seu time, que irá atuar no jogo de volta podendo perder por 1x0.

Uma rodada para quem gosta de um bom futebol. 

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O MURO DAS LAMENTAÇÕES 

* Milton Bivar, presidente do Sport tem que parar com a cantiga da perua que se tornou os débitos do rubro-negro. Por conta disso está chegando ao segundo mês de sua gestão sem algo produtivo. Em todas as entrevistas o dirigente fala dos débitos apresentados pela gestão anterior e que agora já chega aos R$ 100 milhões.

Um verdadeiro muro das lamentações.

Na realidade o cartola tem que encarar essa realidade, divulga-los e se tiver alguma quebra de responsabilidade fiscal processar os culpados. O que não pode e não deve é de que tal problema possa ser uma cortina de fumaça para os possíveis erros já cometidos.

Os débitos existem, e o caminho a ser traçado é o da composição para um acordo com o objetivo de paga-los. Um dia isso terá que ser feito, e o momento atual é o da sua adequação. 

O Sport já viveu momentos bem piores e não morreu, desde que os projetos de recuperação foram realizados e o clube voltou a ter o respeito do mercado.

Por uma coincidência do destino estávamos presentes nos dois mais complicados, em 1973 e 1991, quando esse não tinha crédito para comprar um lápis, em quatro anos após poderia comprar um avião.

Milton tem a experiência de um mandato e conhece bem os caminhos do clube, mas tem que deixar a choradeira de lado para administrar os seus problemas.

O Sport precisa enxugar a sua máquina que foi super inflada, precisa entender que se tem ¨x¨ não pode gastar acima disso, inclusive no futebol.

Organizando a vida administrativa com cortes nos gastos supérfluos, com uma folha de futebol adequada a atual realidade, os caminhos serão abertos.

Na atual diretoria do Sport tem um dirigente que na presidência passou por momentos como esse, e conseguiu vencê-los, mudando a sua cara, e que poderia dar uma boa contribuição para as mudanças necessárias.

Chorar é para novelas, e trabalhar é o que precisa.

NOTA 2- O EX-CLÁSSICO DAS EMOÇÕES NA COPA DO BRASIL

* Náutico e Santa Cruz jogaram pela Copa do Nordeste no dia 09 do mês corrente, com o empate de 2x2, no melhor jogo da competição não pela qualidade, mas por conta da sua intensidade.

No dia de hoje, no Arruda um novo encontro, desta vez pela Copa do Brasil, como diz o jornalismo juvenil, ambos na busca dos milhões.

Dois clubes com necessidades financeiras, e uma passagem para a terceira fase será sem duvida a garantia de bons recursos que irão pagar algumas folhas salariais.

Nesta segunda etapa o empate não é considerado como vitória para o visitante, e será utilizada a cobrança de pênaltis para saber quem será o vencedor da partida.

Um jogo que pende mais para o tricolor que tem um time mais bem estruturado, embora com pouca qualidade, mas para passar pelo alvirrubro, terá que quebrar uma tabu que dura por sete jogos sem uma vitória sobre esse adversário. A última vez que isso aconteceu foi no dia 6 de maio de 2017.

Se repetirem o que fizeram no encontro pela Copa do Nordeste os torcedores terão um bom jogo.

NOTA 3- O RETRATO FIÉL DO FUTEBOL BRASILEIRO

* O futebol brasileiro é uma grande mentira.

Os clubes com raras exceções fazem parte do Bloco do Sanatório Geral, e saem na ala dos Rotos e Esfarrapados.

Endividados, contratam jogadores e não tem como saldar os salários.

O Botafogo está tentando desbloquear os valores referentes a uma negociação de um dos seus jogadores para poder cumprir com os seus compromissos.

Por outro lado, os jogadores do Fluminense na manhã de ontem não participaram dos treinos, isto por conta de salários atrasados. O diretor executivo do futebol do clube explicou o problema.

O tricolor tem uma pendência com o 13º salário de janeiro, direito de imagens dos meses de novembro, dezembro e janeiro, além de duas premiações, a mais recente é a Copa do Brasil.

O diretor negou que os jogadores irão continuar hoje com a greve.

Só não podemos entender como o clube em tal situação ainda contrata Paulo Henrique Ganso. Nem Freud poderia explicar.

O retrato fiel do futebol brasileiro.

NOTA 4- O DESTROÇADOR DE TÉCNICOS

* O Velho Leão é um destroçador de técnicos. Na temporada de 2018 foram contratados quatro profissionais, sendo que três participaram da dança das cadeiras. Nelsinho Baptista, Claudinei Oliveira e Eduardo Baptista. Milton Mendes o comandou por poucos jogos, mas permaneceu até o final do contrato.

Começou 2019 com a saída de Milton Cruz que foi o mais rápido de todos na dança das cadeiras com apenas sete jogos à frente do clube. Quando o contrataram escrevemos uma postagem sobre o assunto ao duvidarmos de sua durabilidade.

Como técnico de verdade só tinha duas experiências sem sucesso, Náutico e Figueirense, embora nesse último tenha conquistado o Catarinense, mas dançou quando esse estava ameaçado de cair para a terceira divisão.

Cruz não teve vida longa no rubro-negro e a princípio por escolha própria. Depois de duas derrotas seguidas, as cobranças internas foram evoluindo, assim como as criticas dos torcedores, o técnico sentiu que não havia mais espaço para continuar no clube.

Foram apenas sete jogos no comando do Sport, com quatro vitórias, três derrotas e nenhum empate. O peso das derrotas foi grande na última semana, uma inesperada eliminação para o Tombense na Copa do Brasil e derrota contra o rival Santa Cruz.

Por conta das derrotas, aconteceu uma reunião com a diretoria, e finalmente o técnico resolveu dançar por conta própria.

Quase dois meses perdidos, com diversas contratações, sendo que muitos não irão ficar com o próximo técnico, que certamente irá solicitar novas peças, e haja dinheiro para quem não tem, e que vive uma turbulência financeira.

Futebol é coisa séria e não é para amadores de plantão.

NOTA 5- OS SALARIOS DOS TÉCNICOS DO FUTEBOL BRASILEIRO

* Em um levantamento feito pelo blog de Jorge Nicola no tocante aos maiores salários do futebol brasileiro, Renato Gaúcho do Grêmio lidera com R$ 900 mil, seguido por:

2º- Luiz Felipe Scolari (Palmeiras)- R$ 800 mil

2º- Mano Menezes (Cruzeiro)-R$ 800 mil,

4º- Fabio Carille (Corinthians)- R$ 700 mil,

5º- Jorge Sampaoli (Santos)- R$ 610 mil,

6º- Abel Braga (Flamengo)- R$ 600 mil,

7º- Levir Culpi (Atlético-MG)- R$ 400 mil,

8º- Zé Ricardo (Botafogo)- R$ 250 mil,

8º- Rogério Ceni- R$ 250 mil,

10º- Enderson Moreira (Bahia)- R$ 230 mil,

11º- Lisca (Ceará)- R$ 200 mil,

13º- Alberto Valentim (Vasco)- R$ 180 mil,

13º- Fernando Diniz (Fluminense)- R$ 180 mil,

15º- Marcelo Cabo (CSA)- R$ 130 mil,

16º- Tiago Nunes (Atlético-PR)- R$ 120 mil e,

17º- Vagner Mancini (São Paulo)- R$ 100 mil. É coordenador do futebol e está de forma interina.

No outro lado da moeda, apesar dos valores desses profissionais serem considerados altos para os padrões brasileiros, a realidade é constrangedora.

De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), um técnico de futebol no Brasil ganha em média R$ 7.987,95 mensal por uma jornada de trabalho de 41 horas semanais.

São coisas do futebol.

NOTA 6- EU SOU VOCÊ AMANHÃ?

* O buraco da Portuguesa está cada vez mais profundo, e pelo andar da carruagem nenhum bombeiro irá tira-la desse poço profundo.

A crise ganhou mais um grotesco capítulo. Na última segunda-feira o clube anunciou o cancelamento das eleições por falta de candidatos.

O pleito seria para os cargos na Assembleia Geral, no Conselho de Orientação e Fiscalização e no Conselho Deliberativo, que seria realizado nessa data.

A Lusa hoje tem um interventor judicial, Alexandre Azevedo Barros, que é o presidente da diretoria e tornou-se o seu dono, inclusive com um bom salário enquanto essa agoniza.

O reflexo do abandono de um clube que foi morrendo aos poucos e sem a menor chance de recuperação.

Hoje virou uma feirinha semanal.

O recado da Lusa para os clubes que não andam bem é claro: ¨Eu sou você amanhã¨.