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Escrito por José Joaquim

O futebol brasileiro é uma nau sem rumo em alto mar, por conta da falta de um comando. Os fatos  positivos levam uma goleada com relação aos negativos. Nada de novo e de bom acontece nesse reino podre da bola. O último domingo sem duvida foi o ato final da peça que poderá levar ao afundamento do barco.

Entra governo e sai governo e as medidas para coloca-lo no rumo não aparecem, e as esperanças se esvaem. Os gestores estão fora da realidade, e olhando apenas para os seus interesses. Falta um Plano Nacional dos Esportes bem elaborado por pessoas sérias que por incrível que pareça ainda achamos no Brasil.

Existe a necessidade urgente das diretrizes básicas para o setor, e que pudesse traçar um caminho mais tranquilo para as todas as modalidades esportivas. A Lei Pelé caducou no tempo e no espaço e não foi renovada. Vivemos do empirismo e sem nenhuma perspectiva de melhora, visto que os pontos fundamentais são esquecidos para dar os seus lugares aos pontuais.

Até hoje não temos uma legislação que proteja os clubes formadores de atletas, deixando o setor entregue a empresários, que o dominam totalmente.

Falta um calendário esportivo sério, que contemple a qualidade e não a quantidade. A ausência de uma regulamentação para a distribuição das diversas rendas entre os clubes provoca o abismo, e as atuais discrepâncias, com alguns com muito e a maioria com pouco.

O continuísmo nas entidades foi extirpado, com exceção do Circo do Futebol, mas os laranjais foram sendo criados, para que os laranjas assumam as cadeiras por um período, guardando-as para os antigos donos. Os colégios eleitorais das entidades que administram o futebol são imorais e não permitem as renovações.

Precisamos de um fair-play financeiro, que discipline os gastos dos clubes, e que só permita as suas participações nas competições, mediante a apresentação das certidões negativas e de um plano de aplicação financeira na temporada.

Precisamos de uma Justiça Desportiva livre e independente das amarras financeiras das entidades de administração, para que as suas decisões não sejam delineadas pelo poder dominante, que paga os seus custos.

Um fato grave e que é desprezado pelos que comandam esse esporte no Brasil, está localizado na sazonalidade dos clubes, onde a maioria não tem um calendário anual, e nada se faz para modificar o sistema.

Necessitamos da criação de um Fundo Esportivo para o futebol, que seria alimentado com todos os recursos destinados ao segmento, e distribuídos de forma isonômica entre todos, mas infelizmente nada é feito e a sociedade também não cobra as mudanças necessárias.

Faltam as diretivas para os esportes brasileiros, e em especial no futebol, e isso só interessa aos oportunistas, que enchem as suas sacolas, enquanto os que são a razão de ser do esporte agonizam.

Na verdade chegamos a um impasse, ou muda ou a nau irá afundar.

* Crédito da foto: O boletim.com.br

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- MILTON CRUZ PEGOU O BONÉ E SAIU

* O amadorismo continua no  Sport.

Contrataram o técnico Milton Cruz que não tinha o perfil do clube, fez várias indicações, encheu o elenco, e na noite de ontem viu que o barco estava afundando resolveu pedir demissão.

Na verdade tomou conhecimento que a diretoria estava sondando um novo treinador, e um dos nomes que parece mais uma piada, foi o de Vanderlei Luxemburgo.

Aliás há mais de uma semana tomamos conhecimento desse fato, mais achamos tão grotesco que não acreditamos.

Quase dois meses perdidos.

Pobre Leão.

NOTA 2- OS R$ 3 BILHÕES PARA O BRASILEIRO

* O jornalista Rodrigo Mattos do Portal UOL publicou uma matéria afirmando que o Brasileirinho poderá ganhar até mais de R$ 3 bi se decolar no exterior.

Esse é o valor da proposta apresentada pela Prudent Brazil, afiliada da Prudent Fund sediada em Luxemburgo, um famoso paraíso fiscal para lavagem de dinheiro.

O Fundo tem como foco atrair investimentos estrangeiros para o Brasil, mas na realidade trabalha com direitos creditórios. Como não confiamos em nada que sai da Barra da Tijuca, essa poderá ser algo bem parecido com a BR Foot, que deu em nada.

Quem vai investir na compra dos direitos de televisionamento de um futebol que ganhou o mundo de ontem com uma imagem de uma torcedora segurando uma criança no braço, acompanhada do marido tentando entrar no Maracanã, como uma refugiada.

Constrangedor.

Para efeito de comparação, os jogos da Major League Soccer, dos Estados Unidos, são exibidos em 170 países.

Embora com um futebol incipiente, essa Liga financeiramente é mais forte do que o Brasileirinho, e com uma distancia de mil quilômetros em matéria de marketing.

Por incrível que pareça, os jogos da MLS, despertam mais interesse no resto do mundo do que os jogos do maior campeonato do nosso país.

Até em Portugal que é comprador de vários jogadores do Brasil, as partidas que são efetuadas pelo Campeonato Nacional do nosso país  passam despercebidas nas televisões.

Se não mudarmos o comando do futebol brasileiro certamente esses R$ 3 bilhões jamais irão chegar.

NOTA 3- ¨FUTEBOL NO ESTÁDIO É PARA RICO¨ 

* Alexandre Kalil que foi presidente do Atlético-MG, e hoje é prefeito de Belo Horizonte, em uma entrevista ao UOL , voltou a defender que assistir uma partida de futebol no estádio deve ser uma coisa para ricos. Ao pobre, caberia a televisão.

Segundo ele, trata-se ¨de uma cópia que deu certo no mundo¨ ¨No mundo é assim. Pobre assiste na televisão, e rico vai ao estádio. ¨Isso é discriminação?¨

Kalil reforçou, contudo, que não é favorável a essa visão, embora a defenda. Citou o futebol americano, quando esse foi a um jogo em um estádio descoberto e pagou US$ 500 (R$ 1,8 mil na cotação atual). ¨Mas se ligar a televisão assiste com valores bem mais baixos¨ declarou.

Hoje dois clubes no Brasil elitizaram os seus estádios, Palmeiras e Corinthians que tiraram os pobres de suas Arenas, embora o alvinegro tenha um espaço com ingressos mais baratos, que na verdade para o padrão do pais ainda são altos.

O futebol do Brasil sempre foi uma mistura entre rico e pobres, de diversidade de raças e de sexo, e obvio que jamais poderia ser apenas para os ricos, que na verdade poucos gostam de estádios.

O Borussia Dortmund, do futebol da Alemanha é o clube com maior média de torcedores do mundo em seus jogos, e tem um bom espaço para os seguidores ofertando ingressos com valores pela metade.

Na hora em que o Brasil adotar um sistema como esse as raízes do futebol serão exterminadas.

O problema brasileiro está ligado aos custos dos jogos que poderiam ser bem mais reduzidos, e com isso ingressos seriam mais razoáveis. Tem taxa para tudo, e por conta disso os valores dos seus ingressos são onerados.

Nem tanto ao céu, nem tanto ao mar. 

NOTA 4- NOVOS CAPÍTULOS DA ERA DA IMBECILIDADE

* O nosso livro ¨A Era da Imbecilidade¨ não consegue chegar ao seu final, desde que todos os dias aparecem em nosso futebol fatos grotescos com direito a terem capítulos próprios, e por conta disso iremos preparar um segundo sobre o tema.

O jogador do Vasco, Felipe Bastos, que teve uma passagem bem discreta no Sport em 2018, depois do jogo em que seu time foi campeão, no lugar de comemorar postou cânticos homofóbicos para provocar o Fluminense.

O clube reagiu com dureza e sobretudo com uma lição de moral, escrevendo em sua rede social o seguinte texto: ¨Sexualidade é diversidade. A intolerância não pode tomar um espaço na nossa sociedade. O Fluminense é um time de todos, como todo clube deveria ser. E lamenta que alguns ainda deem lugar ao preconceito¨.

O jogador pediu desculpas que não deveriam ser aceitas, e o dever do clube seria o de entrar com uma queixa na Policia contra a homofobia. Bastos ingressou no livro.

Um outro fato foi a piscininha do Corinthians, posta na sua Arena e que foi alugada para  alguns deslumbrados se exibirem durante o jogo. Uma graça sem graça, e que mostrou de forma clara o desejo de separação entre os torcedores.

Um fato grotesco, ridículo e sem o menor propósito, e que serviu para mais um capitulo de nossa Era, que da maneira que vai irá se tornar em uma enciclopédia da imbecilidade.

O Brasil precisa se transformar e mudar o seu rumo.

NOTA 5- A MÁQUINA DE LAVAR DINHEIRO

* Segundo o FATT (Financial Acton Task Force), em um seu relatório publicado, são três os motivos que tornam o esporte da chuteira como um ambiente bem propício aos crimes financeiros:

1- A estrutura do financiamento. O mercado é muito mais fácil de ser penetrado pois além de ser muito vasto, com ramificações em todo o mundo, inclusive em paraísos fiscais, é em sua maioria gerenciado por amadores ou pessoas vindas de outras áreas de negócios;

2- Complexidade Financeira: O relatório diz que as transferências de jogadores entre países tem ¨caráter irracional¨, já que esses são supervalorizados com um propósito definido, inflacionando a balança comercial dos times. Diferente do que existe em outros negócios, não existe no futebol uma tabela de preços especifica para controlar os gastos e os ganhos dos clubes, os quais vivem em constante débito financeiro e,

3- Cultural: De acordo com o estudo, está é a vulnerabilidade que dificilmente é vista fora do futebol, já que é um dos poucos setores de negócios em que o criminoso melhora também o seu ¨status quo social¨.

Tantos jogadores como dirigentes, agentes e empresas investem no esporte para ganhar respeito da população, dos grandes empresários e políticos, elevando-o a um nível de ¨herói¨ e ou socialite, que dificilmente outra atividade pode propiciar.

Na verdade , a lavagem de dinheiro é um fato real no futebol mundial e que encontra as portas abertas através de clubes que apresentam balanços com déficits, e por conta disso não se preocupam com as fontes dos investimentos que são oferecidos, facilitando a entrada de criminosos no setor.

NOTA 6- JUNINHO E A VACA NO POSTE DA ILHA 

* Em algumas postagens feitas no blog pedíamos à diretoria do Sport mais uma chance ao atacante Juninho, mas hoje retiramos o pleito e solicitamos o seu afastamento do clube.

Na noite do domingo recebemos a informação de que o jogador tinha agredido um repórter que fazia o seu trabalho dentro de campo. Não publicamos o fato desde que só o fazemos após conversar com algumas pessoas inclusive as que estavam dentro do gramado.

Além da tentativa de agressão ao árbitro do jogo contra o Santa Cruz, conforme está anotada na sumula, o atleta ao passar por Victor Pereira da Rádio CBN, quando esse fazia uma entrevista com o volante Ronaldo, deu-lhe uma tapa no braço e com toda prepotência, gritou: ¨Quer fazer graça filho da p....

Durante á noite gravou de forma desconexa alguns vídeos chamando o repórter de mentiroso, que não tinha acontecido nada que ele estava afirmando, e que ganhava muito mais dinheiro do que ele.

Recebemos tais gravações, feitas às 04h00 da manhã. Inacreditável.

O que mais nos espantou foi a defesa do diretor Wanderson Lacerda pedindo paciência para as bravatas de Juninho.  Na verdade o cartola não á mais o presidente que conhecemos quando fomos o seu vice.

O Sport é um clube com a tradição de 114 anos de fundação e sempre prezou pela sua dignidade.

O único caminho que o clube teria que que tomar seria a rescisão do seu contrato por justa causa conforme determina a Lei, antes que outros fatos graves venham a acontecer.

Por outro lado ficamos estupefatos com o comportamento do repórter Victor Pereira, que depois de sofrer uma agressão do jogador foi para uma reunião na sede do clube com a presença do acusado, e resolveu perdoa-lo, quando deveria ter ido a Policia para notificar o acontecido, por conta de 25 cestas básicas.

Como temos uma longa experiência sobre o futebol de Pernambuco, e conhecemos os seus meandros não temos a menor duvida que colocaram uma vaca em um poste da Ilha do Retiro. 

NOTA 7- AINDA BEM QUE TEMOS O SANTOS

* Depois da vergonha na final da Copa Guanabara, com lambanças no atacado, no jogo entre o Vasco e Fluminense, e após diversas peladas que aconteceram pelo Brasil afora, inclusive em Pernambuco, assistimos um bom futebol no jogo entre o Santos x Guarani, com a vitória do time peixeiro por 3x0.

O time da cidade de Campinas fez uma boa partida, teve problemas de duas contusões com poucos minutos de jogo, e uma terceira na segunda fase, foi um adversário lutador, mas encontrou pela frente um time que tem a avidez pelo gol, e com jogadas ensaiadas.

Obvio que o Santos ainda não chegou ao ponto ideal, mas hoje joga o melhor futebol do Brasil, com 18 pontos conquistados em 21 disputados.

Uma orquestra que está sendo regida por um dos melhores técnicos do mundo Jorge Sampaoli. Mais uma vez Jean Mota foi a peça principal com a marcação de dois gols.

Esse jogador quando o técnico chegou estava para ser emprestado ao Fortaleza e com um único treino esse não permitiu a sua saída, e hoje é o artilheiro do time. 

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- NO AUGE DA ERA DA IMBECILIDADE

* O dia de ontem ficou marcado pelo apogeu da Era da Imbecilidade por conta das atitudes das diretorias do Vasco e Fluminense que levaram a Justiça a determinar que um antigo clássico do futebol brasileiro fosse realizado de portões fechados.

Algo que um ser racional não consegue assimilar que uma briga por posições no Maracanã chegasse a tal ponto.

O futebol carioca é um dos protagonistas de nossa era da imbecilidade, ao motivar uma guerra por conta do assento que seria ocupado, o ala norte ou da ala sul, e a sua cartolagem esquecendo o principal, ou seja o jogo e os jogadores que resolvem o resultado.

Quem tem ala são as Escolas de Sambas do Rio. A do futebol vem do Sanatório Geral. A aparência era de uma disputa entre crianças por um pirulito.

No último sábado assistimos uma entrevista do atual presidente do tricolor das Laranjeiras, Pedro Abad, que passou de todos os limites da racionalidade. Uma frase deixou bem claro o nível da cartolagem brasileira: ¨Vamos lá guerrear, para batalhar¨.

Um chamada aos seus torcedores para uma guerra.

Pensávamos que a decisão fosse revertida pela Instância maior, mas a desembargadora convalidou a decisão da Juíza, e o jogo continuou sendo para as mariposas. O futebol brasileiro em especial o carioca chegou ao máximo da desmoralização.

O mais grave aconteceu às 15h00 quando na FERJ os dois clubes concordaram em jogar com portões abertos, mesmo com o risco de processo e multa de R$ 500 mil da parte da Justiça. Depois de tantas lambanças, mais uma ao atropelarem uma decisão judicial.

O Juiz que era responsável pelo Juizado do Torcedor não concordou e os portões continuaram fechados, e do lado de fora do Maracanã a pancadaria estava solta. Os jogadores em campo jogavam ouvindo o som das bombas. Após o sangue rolar, aos 38 minutos do primeiro tempo os torcedores puderam ingressar nas dependência do estádio.

Um vexame geral.

Aos poucos estamos perdendo a esperança que possa aparecer uma Operação Lava-Bola para dar uma vassourada na podridão que reina nesse esporte.

Um jogo sem torcida seria a mesma coisa que uma missa sem fiéis.

NOTA 2- UM MELHOR EQUILÍBRIO NA LA LIGA 

* Em 2015 a La Lìga Espanhola começou a discutir a distribuição das cotas da televisão de forma coletiva. Os valores ainda não são ideais desde que Barcelona e Real Madrid estão ainda bem à frente, mas a distancia entre os clubes teve uma boa redução.

Os menores com maior poder de gastos tem melhorado os seus elencos e os resultados estão aparecendo.

O Barcelona no sábado sofreu para derrotar o Valladolid por 1x0, e na manhã de ontem (BR) o Real Madrid de virada foi derrotado pelo Girona por 1x0, em pleno Santiago Bernabéu.  Com essa derrota os Blancos seguem com 45 pontos, caindo para a terceira posição, vendo de longe o líder Barcelona com 54.

O time visitante teve um primeiro tempo brilhante dominando a partida, mas foi o Real que abriu o placar. O Girona jogou de igual para igual.

Na segunda etapa, os merengues entraram dispostos a ampliar a vantagem e foram criando boas oportunidades, no entanto faltou a eficácia nas finalizações. O castigo veio aos 20 minutos com um pênalti cometido pelo zagueiro Sergio Ramos, e convertido para a equipe visitante.

Aos 25 minutos a trave dos Blancos foi carimbada, e minutos após o gol da vitória do Girona.

O maior equilíbrio numa competição melhora o nível das partidas, e isso está acontecendo na Espanha, quando os menores que eram sacos de pancadas estão se tornando em adversários perigosos.

No Brasil impera o sistema individual de cada um por si, e os gramados mostram a realidade de diferenças entre os maiores e menores.

NOTA 3- AS COISAS ESTRANHAS NO FUTEBOL 

* Ontem recebemos um telefonema de Natal-RN sobre um fato bem estranho que aconteceu numa decisão que foi  tomada pelo Tribunal de Justiça Desportiva-RN, ao conceder efeito suspensivo para um atleta que foi apenados com um cartão vermelho.

Queria saber se isso era legal.

Pelo que foi nos passado é totalmente ilegal, desde que o cartão vermelho não tem direito a suspensão da pena de uma partida, mesmo se o atleta tenha sido julgado, o que não aconteceu.

Segundo as informações que nos foram dadas, o América empatou no dia 13 de janeiro com o Potiguar de Mossoró, ocasião em que seu goleiro, Gleidson, foi expulso.

A partida seguinte do clube ocorreu no dia 20 de janeiro, contra o ABC. Ferindo o Código Brasileiro de de Justiça Desportiva, o Tribunal local concedeu o efeito suspensivo ao goleiro, permitindo a sua presença no clássico contra o ABC.

O América perdeu o jogo, mas tal fato não cobriu a ilegalidade cometida.

O Globo, que terminou no terceiro lugar entrou com uma reclamação do STJD que aceitou-a, onde exige a reparação da irregularidade com a perda de três pontos para o infrator.

Na verdade o Tribunal ao dar o efeito suspensivo o fez por conta da derrota do América, de forma totalmente equivocada, desde que independente do resultado esse deveria perder três pontos, posto que o atleta continuava penalizado.

O encontro entre o América e ABC na final da primeira fase pelo estadual local será na quarta-feira, dai a necessidade de uma posição do STJD até a terça-feira.

Como conhecemos o sistema, tudo irá continuar como dantes, e fatos como esse que denigrem o futebol terão a anuência dos poderes diretivos.

Só a varredura geral para limpar o futebol brasileiro.

NOTA 4 - UMA PELADA ENTRE AMIGOS

* O jogo entre Santa Cruz e Sport foi igual a uma pelada de fim de semana entre amigos numa Granja, e por coincidência criadora de ovos.

Futebol de verdade não existiu, erros de passes no atacado, chutões à granel.

O rubro-negro foi melhor no primeiro tempo, mas sem criar perigo para a zaga coral. Deu sono.

Na segunda fase o Santa Cruz melhorou mais sem nada perigoso para a meta do Sport, quando finalmente o amigo Magrão resolveu dar brilho à pelada ao levar um frango de uma cabeça perdida. Foi o frangaço amigo.

Daí em diante o jogo amofinou-se sem nenhuma vibração no ex-clássico das emoções, quando o apitador da pelada, Luiz Sobral, virou amigo do tricolor ao não marcar um pênalti acontecido na sua área, quando uma mão na bola de Alan Dias que foi o autor do gol da vitória do seu time, foi tão clara que até a velhinha de Taubaté que não tem uma boa visão nos garantiu que foi uma lambança.

No final da história um jogo medíocre que só serviu para dar três pontos ao Santa Cruz e mostrar que muitas das contratações do Sport em breve estarão embarcando de volta para as suas plagas.

O mais constrangedor foi o vídeo do comboio da Torcida Jovem na Agamenon Magalhães sob a proteção da Policia.

Os antigos cânticos voltaram às ruas, por obra e graça do presidente do rubro-negro da Ilha do Retiro.

Lamentável.

NOTA 5- O FLUMINENSE FOI VÍTIMA DO SEU TIKI-TAKA

* Um domingo triste para o futebol brasileiro.

Depois de tantas confusões no final da semana as torcidas ficaram de fora, e no final do primeiro tempo de forma grotesca os portões foram abertos.

O esporte da chuteira no Brasil é um moribundo numa UTI esperando a retirada dos aparelhos graças a uma cartolagem caótica.

O Fluminense dominou a partida, com 70% de posse de bola, criou mais chances de gol, e numa bola parada de uma falta graças a um erro do tiki-taka, Danilo Barcelos, em uma bola cruzada na área que sem tocar em ninguém essa terminou no fundo da meta de Rodolfo que falhou na jogada.

O primeiro tempo foi amorfo, motivado pelo estádio vazio e o som das bombas que vinham de fora do estádio.

O Fluminense teve uma única chance, com Yoni Gonzalez em um chute forte com a bola batendo no rosto de Fernando Miguel.

No segundo tempo a partida ficou igual a do primeiro, com o time de Fernando Diniz com a bola, mas sem perigo para a meta vascaína. Aos 36 minutos veio o gol fantasma de Danilo que deu o título da Taça Guanabara ao Vasco da Gama.

O time cruzmaltino terminou o turno invicto com dez vitórias, e o tricolor mostrou que poderá fazer uma boa temporada nesse ano.

No outro jogo que era também importante, o chamado Majestoso, que na verdade hoje é ex, o São Paulo sofreu mais uma derrota, desta vez com um técnico que era coordenador, que está na espera de um treinador que só irá chegar daqui há dois meses.

Cuca com problemas de coração vai correr um grande risco dirigindo um time sem alma, jogadores do papel e que irá sofrer durante a temporada.

A partida foi movimentada, com muitos erros de passes, e com um gol da Pablo para o tricolor por conta de um erro grave do apitador. No final, Gustagol que está com toda a sorte ao seu lado, com uma bola que bateu em suas chuteira, desempatou a partida e fechou o placar em 2x1 para o seu time.

Esse jogador em 10 jogos marcou 9 gols, 40% do alvinegro, e até um por acaso como foi de hoje. Os Deuses do Futebol estão ao seu lado.

A perola da partida veio do comentarista de Escola de Samba, Caio Ribeiro, ao afirmar que o São Paulo melhorou com o dedo de Mancini. Tenha piedade de todos nós.

O tricolor continuou com os mesmos erros, e certamente o estado de São Paulo irá amanhecer com faixas do Fora Leco. Aliás o clube hoje é chamado de Lecolândia.

São coisas de nosso futebol.

Escrito por José Joaquim

No futebol brasileiro mistura-se marketing com propaganda. Alho com bugalho. Sobre o assunto existe um livro bem interessante de autoria de Antônio Afif, profissional de marketing e especialista do setor da área esportiva, que o trata com muita propriedade.

Na realidade são dois segmentos distintos, embora entrelaçados para o objetivo final, a venda de um produto. O marketing é a arte de planejar, o antes, o durante e o depois do processo de vendas, enquanto a propaganda é a forma de estimular o cliente a realizar a compra.

A análise de marketing começa muito antes do momento de uma propaganda intensiva. Essa define quem é a empresa, quem é o cliente, e qual o diferencial do produto. A propaganda, que é uma parte do marketing, a posteriori, é aquela que vai mostrar ao consumidor que o produto existe e vale a pena ser adquirido.

O marketing, na maioria dos clubes de futebol, trabalha de maneira inversa, quando utiliza a propaganda como forma inicial, sem contextualizar o produto que está sendo colocado no mercado, e por conta disso várias iniciativas vão por água abaixo.

O autor mostra em seu livro que existe uma falta de interação entre empresas e consumidores. O patrocínio esportivo é uma fórmula de aproximação entre as partes do processo, na associação com as marcas do clube, e consequentemente, a sua clientela.

O que se observa normalmente que as marcas são estampadas, e a interação entre patrocinador/clube é inexistente, e o retorno se dá apenas pela exposição pelos meios de comunicação. Um outdoor mudo e surdo. O contrato do Corinthians com o BMG foi o primeiro a ter essa necessária interação.

Por outro lado, um clube deve saber exatamente o perfil do seu patrocinador, e que isso irá repercutir sobre a sua imagem. O setor de marketing de uma entidade deveria ser gerido por profissionais da área, que possa entender a importância da imagem, que é sem duvidas o seu maior patrimônio.

Quem investe em um clube precisa ter em mente que o torcedor é publico alvo, e que o poder de consumo desse é movido pela paixão do seu time do coração. Esse é o cliente final dos produtos das empresas patrocinadoras, e para que se chegue a tal objetivo torna-se necessário um bom trabalho de marketing.

Não se pode vender salmão e entregar um bagre.

Hoje a fidelidade do torcedor é o grande mote para a alavancagem de vendas dos produtos dos clubes, e isso é fundamental para um bom trabalho de marketing, que no final através de um bom projeto, mostrando o retorno dos investimentos, as parcerias serão bem sucedidas.

Desfile para apresentação de uniformes é o marketing de nossos clubes, que na realidade é muito pouco dentro de um contexto amplo e global.

Marketing é marketing, propaganda é propaganda. 

Escrito por José Joaquim

Existem três tipos de pessoas com relação ao futuro: as que fazem acontecer, as que deixam acontecer e aquelas que perguntam o que aconteceu. O futebol brasileiro cabe muito bem nessa última opção.

Na verdade esse esporte esta entregue ao abandono, ao acaso, ou seja ao ¨Deus Dará¨.

Os últimos acontecimentos no Ninho do Urubu, mostraram que não existe a menor fiscalização nos mais diversos clubes, que deveria ser feita pelos órgãos governamentais e o Circo do Futebol Brasileiro.

A tragédia do Flamengo comprovou tai fato, desde que após a casa ser arrombada acordaram da letargia e foram na busca da verdade que se apresentou de forma bem próxima ao inferno de Dante.

As chamadas autoridades vistoriaram os Centros de Formação de vários clubes do Brasil, entre esses os chamados da elite, e com exceção do Atlético-MG todos tinham problemas, e sem os alvarás de funcionamento.

No Rio de Janeiro, o Fluminense conseguiu um alvará provisório, enquanto o Flamengo, Vasco e Botafogo foram interditados por não terem a documentação necessária para as suas utilizações. No caso do rubro-negro todas as suas atividades foram suspensas até que sejam comprovadas o cumprimento das exigências formuladas.

O alvinegro de General Severiano tem os alojamentos no Estádio Caio Martins, em Niterói. Pelo relatório da DPCA de Niterói, foram encontradas rachaduras nas paredes e fiação elétrica inadequada. Com relação ao clube da Cruz de Malta foi constatado obras não licenciadas.

Em Minas, Cruzeiro e América-MG tem os alojamentos das categorias de base em situações irregulares. Ambos não contam com os autos de vistorias e nem os alvarás de funcionamento.

No estado de São Paulo, o time do Morumbi que tem o mesmo nome, precisou passar a noite antes do jogo contra o Talleres pela Sul-Americana concentrado no Centro de Formação de Atletas de Cotia  que tem toda a documentação. A dos profissionais não estava liberada pelos órgãos competentes. 

Por sua vez, o Palmeiras ao receber a notificação da Prefeitura de São Paulo, que informava sobre a restrição imediata do uso do alojamento, levou todos os atletas para um hotel. 

O Corinthians que utiliza um imóvel fora das suas estruturas como alojamento para abrigar jogadores e que está sendo vistoriado. Uma casa que não tem autorização para tal uso. Os milionários certos de que não seriam jamais fiscalizados como acontece em nosso Brasil, deixaram passar ao largo.

Quem fez bonito foi o Juventus da Rua Javari, que teve o seu CT aprovado em todos os itens. Não faz parte da elite, mas tem uma boa gestão.

O mais grotesco está relacionado ao governo do estado, responsável pelo Ibirapuera, quando recolheu 300 colchões e colocaram os 100 jovens que estavam alojados no Parque, e  os transferiram para o Ginásio. Até quem deveria dar um bom exemplo estava errado. Uma bagunça.

No Ceará, o time do mesmo nome e o Fortaleza, também tiveram os seus espaços interditados.

Uma verdadeira farra e folia nos famosos Centros de Formação com suas interdições deixando bem claro a falta de um acompanhamento de todos os setores, e que só veio à tona por conta de dez jovens cremados em um desses.

Na verdade estavam abandonados e entregues ao Deus Dará.

São coisas do Brasil.