Papai Noel não existe, e a contratação de Ricardo Goulart pelo Palmeiras certamente deve ter outros valores bem diferentes dos que foram apresentados. Quem ganha na China R$ 3 milhões não irá receber R$ 600 mil no Brasil. Tem gato na tuba.

O alviverde que já tem um elenco forte complementou assim os seus dois times de bom nível para a temporada. A ideia do clube era a de contar com dois grupos com qualidade para enfrentar o calendário.

O Flamengo também seguiu esse caminho, e está ainda no mercado para fechar o seu elenco para conseguir separa-los nos torneios que irá disputar.

Uma frase do jornalista Menon em um artigo foi lapidar quanto à disputa desses clubes: ¨A grandeza de um alimenta o gigantismo do outro¨. Os demais concorrentes foram ao mercado de forma mais simplista.

Uma pergunta surgiu no ar: Chegou finalmente a ¨Espanholização¨ ao futebol brasileiro? Da maneira que o sistema está funcionando, certamente tal fato será concretizado nessa temporada.

Na realidade o nosso futebol necessita de investimentos externos para evoluir e tornar-se muito mais competitivo, como aconteceu na Europa, cujos clubes são sociedades de capital aberto. 

O modelo brasileiro é de uma sociedade comum sem fins lucrativos, o que impede decididamente de acolher investimentos estrangeiros que seriam da maior importância para o nosso futebol.

Exportamos anualmente milhares de atletas por ano, caracterizando o excelente mercado de formação, mas se tivéssemos aportes internacionais, no intuito de retorno pelo aplicado, certamente esses talentos ficariam mais tempo no país, os clubes cresceriam, os patrocínios seriam incrementados, a valorização patrimonial formada por atletas seria grandiosa e, consequentemente, trazendo retorno aos aplicadores.

Entretanto, tudo isso esbarra na credibilidade dos dirigentes e principalmente nas suas relutâncias de transformar apenas o seu futebol em uma sociedade empresarial, segundo os tipos regulados pelo nosso Código Civil, que é inclusive facultado pela Lei 9.618/98 em seu artigo 27, parágrafo 9º. Existe um projeto no Congresso Nacional, que contém um artigo que obriga as entidades a adotarem esse sistema, mas a bancada da bola segurou-o em uma das suas gavetas.

Devemos destacar que as experiências no Brasil com investidores estrangeiros não foram boas, mais pela ¨sabedoria¨ dos dirigentes, do que da responsabilidade dos aplicadores. No Corinthians a parceria com a MSI terminou em um processo na Justiça Federal por lavagem de dinheiro.

Com relação ao Vasco da Gama, o investidor foi o Bank Of América, que saiu correndo do Brasil tendo em vista os procedimentos não republicanos do clube, assim como do ISL, empresa ligada à FIFA, foi a pivô de denuncias de corrupção contra o presidente do Circo na época, e que firmou uma parceria com o Flamengo.

Sem duvidas temos um excelente mercado a ser explorado, mas com o sistema atual jamais sairemos dessa vida de eternos emergentes do futebol.

Os cartolas não deixam.

Toda sociedade tem a sua elite, que deveria ser a sua representação moral e intelectual. De vez em quando ouvimos essa palavra em nossos clubes de futebol, que na verdade nos incomoda, desde que soa como uma separação, que não deveria existir, já que é um esporte democrático, onde todos nutrem um mesmo sentimento, que é a paixão por uma entidade.

No dicionário da língua portuguesa, a palavra elite corresponde a um pequeno grupo dominante, dentro de uma maior sociedade.

Vamos e venhamos a nossa elite está por baixo, e ficamos convictos de tal coisa ao analisarmos os fatos que aconteceram nos últimos anos, que deixaram na cadeia um ex-presidente da República por corrupção e lavagem de dinheiro. Era um símbolo adorado pela elite.

Por outro lado, uma parte dessa elite é aquela que está representada no Congresso Nacional, com uma boa parcela muito envolvida em escândalos que deram origem a Lava Jato. A cadeia ficou pequena.

Temos uma elite que remete dinheiro para o exterior, como lavagem de ganhos ilegais, por conta do recebimento de diversas propinas e comissões, e outras atividades que não são declaradas.

E a elite que conseguiu destruir o estado do Rio de Janeiro que levou dois ex-governadores ao presidio de Benfica? Destroçaram o estado e enriqueceram com a corrupção.

A elite do futebol apodreceu e tem os seus maiores exemplares nas suas estantes: Ricardo Teixeira, José Maria Marin e Marco Polo Del Nero, o nosso Trio de Ouro da ¨bola¨.

Nesse esporte ainda tem uma grupo social que realiza negociações nebulosas na aquisição e vendas de jogadores.

Obviamente que existe ainda em nossa sociedade uma parte séria, digna, que vive nos padrões da dignidade, e que fica acuada no confronto com a sua banda podre.

Na verdade são muitos, mas estão sujeitos as péssimas influencias dessa parte corrompida, que contaminou a nação com o seu vírus, e tornando-se parte obrigatória de nossas entranhas.

Não nos emocionamos em momento algum quando são formuladas referencias às famosas elites, como se os seus membros fossem seres superiores, quando na verdade muitos estão comprometidos com as mazelas que afligiram e ainda afligem o Brasil.

A boa elite é fundamental  e de suma importância para mudarmos todos os setores da sociedade, com um novo pensamento que possa enfim transformar o país.

Elite não é a riqueza e sim o comprometimento com a verdade.

No futebol, gostamos mais das arquibancadas do que dos camarotes.

NOTA 1- O PAÍS DOS ESPECIALISTAS

* O Brasil é surreal. É o pais dos especialistas. Quando algo de novo acontece dezenas desses personagens são ouvidos sobre o assunto. Tem especialista para tudo, inclusive no futebol.

No dia de ontem foi a vez dos especialistas de armas por conta do Decreto que abriu às suas vendas. Pareciam os antigo xerifes dos filmes de faroeste (em português), que conheciam todos os modelos e quais os melhores. Os pistoleiros sempre acabavam morrendo.

Ouvimos de tudo um pouco, mas nada sobre o atual momento do Brasil que tem o Estatuto do Desarmamento como solução, e com um numero absurdo de mortes. As armas estão com os bandidos.

Os especialistas esquecem que existem de 8 a 10 milhões de armas soltas pelo país, sem registro, o que dificulta as investigações dos crimes. Não gostamos de armas de fogo, e nunca as usamos,  de uma coisa temos certeza, a de que não existe perigo que essas sejam vendidas de forma legal para pessoas sem problemas na justiça. Ficam registradas.

Quando acontece um desastre, a chuva de especialistas é gigantesca. Todos querem dar o seu palpite.

No futebol temos especialistas de forma exagerada, um para cada parte de um estádio. Alguns discutem sobre os sistemas adotados pelos clubes nos gramados. É um tal de 4.2.4, 4.1.3-2, ou ainda o 1-9. Citam alguns treinadores como referência, e no final tudo é tico-tico no fubá. Muitos desses sequer chutaram uma bola, inclusive não sabem qual o seu peso.

E os que analisam os apitadores. Fazem tipo, charme, com uma opinião depois de ter visto por várias vezes os vídeos.

Só não temos especialistas sobre o Circo, e ficamos desconfiados por que esses não existem por conta de uma jabuticaba no sapotizeiro.

São coisas do futebol brasileiro.

NOTA 2- 80% DA COTA DO PRIMEIRO JOGO DO SPORT NA COPA LIBERTADORES FOI ANTECIPADA

* O presidente do Sport, Milton Bivar entrou sem duvida numa fria do tamanho da Antárdida, ao assumir o clube sem uma visão real do que tinha acontecido com a gestão de Arnaldo Barros.

A cada dia vem descobrindo novos fatos que estão deixando-o como biruta de aeroporto.

Depois do susto com os 50 celulares, a nova diretoria teve mais um soco no estômago ao descobrir que 80% da cota do primeiro jogo pela Copa do Brasil foi antecipada.

Na realidade o rubro-negro foi todo antecipado, e por isso está na Série B.

Segundo o cartola, a diretoria anterior recebeu por conta R$ 425 mil, restando apenas R$ 125 mil, desde que o Leão deveria receber R$ 550 mil, que era a cota estipulada para os componentes do grupo 3 onde está o Sport, tudo por conta da queda para a Série B.

Passamos um ano inteiro escrevendo sobre a situação do Sport, inclusive citando a antecipação de receitas, mas os Conselheiros do Clube tiveram em suas mãos um pedido da convocação de uma Assembleia Geral para discutir o problema e nada fizeram, pelo contrário desrespeitaram mais de mil assinaturas dos sócios. 

Como o Sport não faz parte do Profut, a atual diretoria não tem como solicitar que Arnaldo Barros possa ser enquadrado por crime de responsabilidade fiscal.

Pelo menos a diretoria do clube deveria abrir a caixa preta para o conhecimento dos seus associados. As descobertas continuarão a aparecer.

Uma vergonha, ao levarem o clube até às portas do inferno.

NOTA 3- PORTÕES FECHADOS PARA OS TORCEDORES DE OUTROS ESTADOS NA COPA DO NORDESTE

* Os moradores da região em que fica o estádio dos Aflitos ainda estão em estado de choque por conta dos acontecimentos que ocorreram antes do jogo do Náutico e Fortaleza.

Os tiros foram de balas verdadeiras e tornaram-se a única opção da policia contra os vândalos que queriam entrar no local da partida à força.

O mais grave e que deveria ser tomada uma decisão dura, inclusive com a sua extinção, foi a presença da torcida Inferno Coral do Santa Cruz, que juntou-se a do Fortaleza e protagonizaram a baderna.

Essa organização como é proibida nos estádios da Paraíba não teve condições de acompanhar o seu time que jogou em João Pessoa, resolveu então agir de forma violenta apoiando os torcedores do tricolor do Pici.

A Policia agiu de forma correta e evitou problemas maiores.

Na realidade,, o Juizado do Torcedor que sempre tomava decisões duras contra esse tipo de violência, foi manietado pelo Conselho Nacional de Justiça ao cassar uma portaria do Dr. Aiton Alfredo, na época o Juiz responsável por esse órgão que endurecia contra esses criminosos torcedores.

O Ministério Público deveria proibir a presença de torcidas dos times de outros estados nos dias dos jogos dos seus clubes, e punir de forma bem firme a Inferno Coral, cujo nome já diz tudo, mas é acobertada pela diretoria do Santa Cruz.

Se isso não acontecer, será a vez da Torcida Jovem que foi anistiada por Milton Bivar, de se reunir com os torcedores visitantes quando dos jogos dos rivais locais.

NOTA 4- O CAMPEONATO DO NORDESTE

* A Copa do Nordeste apesar do sofrimento que teve por conta do Circo e das Federações da região, sobreviveu, e ainda é uma das soluções para o futebol Nordestino.

Mudou de formato muitas vezes, e como bem referenciou o jornalista Alan Neto do Jornal O Povo de Fortaleza, só haverá um modelo ideal, quando ela se transformar em um Campeonato do Nordeste, fato esse que já foi objeto de várias postagens em nosso blog, quando pregamos o fim dos moribundos estaduais.

O modelo formatado nessa temporada para a competição nordestina foi o melhor dos últimos anos, e bem fácil de ser entendido, mas por conta do Calendário mais uma vez as datas não vão ser corridas.

Na realidade a Copa do Nordeste vinha de vento em popa, e isso enfureceu os cartolas das Federações, que conseguiram do Circo o seu fim, quando foi tirada do Calendário em 2003.

Essa medida estancou o futuro que seria o Campeonato do Nordeste, com duas divisões, e sem os estaduais.

Pelo andar da carruagem isso irá acontecer cedo ou tarde, desde que o futebol do Nordeste clama por mudanças para não sucumbir.

NOTA 5- MÉDIA DO APROVEITAMENTO DA BASE 

* Nos últimos cinco anos o Grêmio foi o clube que teve a melhor média de aproveitamento de jogadores formados nas bases, com 23,8. Bem próximo ficou o Atlético-PR com 22,0. O pior foi o Corinthians com apenas 9,8, seguido pelo Palmeiras com 10,2.

RANKING

GRÊMIO- 23,8 de média,

ATLETICO-PR- 22,0,

FLUMINENSE- 19,8,

BAHIA- 19,0,

VASCO- 17,6,

INTERNACIONAL- 16,6,

SANTOS- 16,4,

FLAMENGO- 16,2,

BOTAFOGO-16,0,

SÃO PAULO- 14,6,

CRUZEIRO- 12,4,

PALMEIRAS- 10,2 e,

CORINTHIANS- 9,8

NOTA 1- MUITA CONFUSÃO E POUCO FUTEBOL

* A Copa do Nordeste foi iniciada no dia de ontem com três jogos, e dois clubes de Pernambuco nos gramados.

Os moradores do bairro dos Aflitos ficaram ¨aflitos¨ com as confusões antes e depois do jogo do Náutico e Fortaleza, com tiros, bombas de gás e outras coisas, tudo por conta das famosas torcidas organizadas dos dois times.

Um bom público com um pouco mais de 10 mil pagantes assistiram uma partida fraca, sem qualidade o que já era esperado por conta do período curto de pré-temporada, em especial para o tricolor cearense.

Com 38 segundos uma lambança da defesa do Náutico o placar foi aberto. O alvirrubro teve chances de empatar mas o seu ataque não funcionava.

Com a expulsão correta de Josa volante do Timbu por ofensas ao árbitro, a partida tornou-se mais fácil para o Fortaleza, que ampliou o marcador para 3x0, sofrendo no final um gol.

Na verdade o que não será esquecido foi a volta da violência nas ruas por conta dos torcedores organizados.

Em João Pessoa, o Santa Cruz saiu muito feliz com o empate de 0x0 contra o Botafogo, em um jogo que nada tem a se destacar, o que não foi nenhuma novidade por conta do pouco período de preparação das duas equipes, que na verdade são bem fracas.

É o que temos.

NOTA 2- SOMOS DE OUTRO PLANETA

* Acabamos de descobrir que somos de outro planeta ao lermos o blog de Lauro Jardim, com a relação dos artistas que mais cresceram no setor musical no ano de 2018.

O estudo realizado pela Playax, empresa de inteligência estratégica para o desenvolvimento de audiência, consolidou números de consumo de música através de rádios, serviços digitais, sites e redes sociais de todo o país.

Entre 400 artistas mais populares do país, a empresa observou os dez que tiveram maior crescimento profissional nesse período,

Mc Bruninho, funkeiro de 11 anos, foi o artista que mais cresceu no mundo da música de 2018.

O RANKING

1- MC. Bruninho,

2- Pacheco,

3- Jojo Todynho,

4- O Show de Luna,

5- Rob Nunes,

6- MC Gury,

7-Melim,

8- MC Rita,

9- MC Loma e as Gêmeas Lacração e,

10- Luma Elpídio.

Não temos o menor preconceito com relação aos diversos segmentos da música brasileira, desde que existe espaço para todos, como os vários gostos, mas a nossa preocupação foi a de verificarmos que somos alienados e de um outro planeta, já que não conhecemos nenhum desses personagens.

São coisas do Brasil.

NOTA 3-O REGULAMENTO DO SANATÓRIO GERAL 

* O Regulamento do Campeonato Carioca é o mesmo do ano anterior e que foi elaborado no Sanatório Geral. É um amontoado de coisas, que começam no nada e terminam no nada. É tão complicado que os próprios cartolas da Federação local não conseguem decifra-lo.

Temos uma boa experiência em regulamentos, com muitos anos no batente, e ficamos perdidos ao procurar entende-lo.

Doze clubes divididos em 2 grupos de 6 clubes. Os dois primeiros colocados de cada grupo fazem a final no turno e returno. O da melhor campanha tem direito ao mando de campo e empate. Depois disso começa a anarquia. Trata-se do inusitado.

Os vencedores dos turnos em vez de se enfrentarem para a decisão do título se juntam a dois outros de melhor campanha no geral para uma semifinal em jogo único. Mas, se um único clube ganhar os dois turnos, vai direto para a final.

E sendo assim os outros quatro de melhor campanha disputam a segunda vaga na finalíssima do estadual, com semifinal e final em jogo único.

O campeão do Rio de Janeiro será conhecida após a realização das duas partidas- a menos que um clube vença os dois turnos. Nesse caso a final tem um jogo único.

Se alguém conseguir entender essa balburdia avisem ao blog.

Só uma cangalha para quem elaborou esse monstrengo.

São coisas do nosso belo futebol.

NOTA 4- O FUTEBOL BRASILEIRO NÃO AGUENTA UMA LAVA-JATO

* Como agora a Sky abriu espaço para a TV Gazeta finalmente temos as condições de assistirmos o Mesa Redonda que até hoje permanece como um dos melhores programas esportivos do Brasil, desde que trata os temas com seriedade e não como o humorismo de pé de escada de algumas emissoras.

No último domingo o entrevistado foi o presidente do Santos, José Carlos Peres, que respondendo a uma pergunta feita por um dos participantes, se o futebol brasileiro escaparia da Lava-Jato, esse disse que não, e que nenhum clube resistiria a uma operação desse tipo.

Isso foi dito pelo cartola de um clube que faz parte da história de nosso futebol, e para surpresa nossa nem a própria Gazeta, como as demais mídias não deram a repercussão necessária ao assunto.

O único que escreveu sobre as declarações foi Marcondes Brito, em seu blog.

Todos calaram-se para uma questão  levantada em um programa de TV de boa aceitação. Obvio que deveriam questiona-lo para que esse abrisse a caixa de pandora e confirmasse as suas declarações.

Na verdade todos nós sabemos que o sistema futebolístico brasileiro necessita de uma varredura, e o momento ideal seria esse para que as autoridades do país enfim aproveitassem o mote dado pelo cartola para a busca de explicações para as suspeitas levantadas.

O silêncio é aterrador, sem uma voz para pedir a intervenção do Ministério Público.

Um verdadeiro silencio dos inocentes.

NOTA 5- DE ONDE VIERAM OS RECURSOS DO SEU TIME

* Um trabalho realizado pelo economista e diretor da Pluri, mostrou as fontes dos recursos dos três times Pernambuco no ano de 2017.

SPORT 

DIREITOS DE TRANSMISSÃO - 52%,

JOGADORES- 5%,

MARKETING- 5%,

MATCHDAY- 23% e,

OUTROS- 15%  

NÁUTICO

DIREITOS DE TRANSMISSÃO- 4%,

JOGADORES- 0%

MARKETING- 34% -

MATCHDAY- 55% e,

OUTROS- 7%

SANTA CRUZ-

DIREITOS DE TRANSMISSÃO- 26%,

JOGADORES- 6%,

MARKETING- 22%,

MATCHDAY- 33% e,

OUTROS- 13%.