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Escrito por José Joaquim

Os vanguardeiros do atraso dominam o futebol brasileiro.

Pelo menos os treze dirigentes dos clubes da Série A Nacional assim o demonstraram na reunião do Conselho Técnico que foi realizada no picadeiro do Circo Brasileiro do Futebol, quando aprovaram medidas indecentes e não aceitaram a implantação do árbitro de vídeo.

O mais grotesco ouvimos do novo presidente do Vasco que assumiu através de um golpe, desde que sequer foi votado na eleição geral, quando esse afirmou que não sabia o valor dessa tecnologia nos jogos.

A alegação que o custo do projeto era alto e que iria onerar os seus cofres, esse grupo dos treze deram um tiro no pé, indo de encontro a modernidade que já vem sendo utilizada em vários países do mundo.

O custo beneficio seria muito maior do que os gastos, desde que a credibilidade da competição daria a garantia de melhores  receitas.

Hoje quem patrocina as camisas da  maioria dos clubes é a Caixa Econômica, desde que empresas que poderiam participar fogem do futebol como o diabo da cruz.

Os cartolas preferem os graves erros das arbitragens que afetam os resultados, ou talvez, ainda acreditam na força do sujeito oculto, no lugar do árbitro de vídeo.

Quem na reunião levantou uma questão sobre os custos do sistema, que segundo a cartolagem do Circo estão estimados em R$ 20 milhões, ou seja R$ 1 milhão para cada clube?

Estávamos em Lisboa no mês de setembro do ano passado quando aconteceu a assinatura do novo contrato entre a Liga e a Federação Portuguesa para a continuidade da utilização do VAR na temporada de 2018/2019, e que continuaria a ser bancado pela entidade Lusa. 

Por incrível que pareça a implantação e a utilização da tecnologia de vídeo, tinha o custo de 600 mil euros (R$ 2.4 milhões) na temporada 2017/2018. Houve um aumento para 1 milhão de euros (R$ 4,0 milhões).

Tudo isso estava escrito e falado nas mídias portuguesas.

No Brasil o Circo apresenta um orçamento cinco vezes maior do que o pago em Portugal, que é estranho e cheira a um superfaturamento, que em nosso país é tão normal como uma bala perdida.

Nenhum dirigente dos clubes que estavam presentes levantou tal problema, e sequer devia ter conhecimento da realidade do país Luso.

São os vanguardeiros do atraso.

Qual a razão de não procurar a empresa portuguesa responsável pelo sistema?

Na verdade não existe o menor interessa em modernizar o nosso futebol, desde que a cartolagem com sete exceções nessa reunião mostraram que preferem o atraso ao moderno.

O Calendário é outro exemplo que é aceito, criticado e que continua há anos, massacrando esse esporte no país.

Outra atitude insana foi o da aprovação pelo Conselho Técnico, da venda do mando de campo no Brasileirão.

Não existe nada mais imoral do que isso, e que mostra a cara do nosso futebol.

Qual o clube da Europa que vende o seu mando?

Nenhum.

Jamais tal fato aconteceu, mas no Brasil onde um processo fica 14 anos nas gavetas do Tribunal Superior e que termina prescrito, tudo isso é normal inclusive o de afanar o dinheiro público.

Infelizmente sabemos que vai demandar muitos anos para uma refundação do esporte da chuteira no Brasil, se é que esse irá sobreviver, desde que pelo andar da carruagem o abismo está cada vez mais próximo.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O TIMBU ATROPELOU O CARCARÁ

* O estadual Fantasma abriu a sua sexta rodada com o jogo entre o Náutico e Salgueiro, com os dois clubes entrando em campo com os times alternativos, e com a Arena com menos de 1.000 pagantes.

O primeiro tempo foi grotesco, nada a ser comentado, e o placar de 1x0 para o alvirrubro com um gol de pênalti.

Na segunda etapa com a maioria de jogadores que vieram da base o Timbu acordou e atropelou o Carcará fechando o placar de 4x0, com uma goleada acachapante.

O Fantasma continuará na noite de hoje com o Vitória lutando para retornar a liderança perdida na noite de ontem para o Náutico.

O seu adversário será o Belo Jardim.

Nos outros dois jogos o América enfrentará o Central, e o Flamengo de Arcoverde receberá a visita do Pesqueira. 

Pela Copa do Nordeste, enfim o Santa Cruz ganhou uma partida ao enfrentar o Treze de Campina Grande, aplicando-lhe 3x0, resultado esse que poderia ter sido bem maior por conta dos gols que foram perdidos pelo tricolor.

Jogando apenas de contra-ataques a equipe Coral fez o marcador.

Na Copa do Brasil uma zebrona correu em Goiás, com a vitória do Aparecidense de virada no seu jogo contra o Botafogo (2x1), o Inter de Limeira venceu o Rio Branco do Acre (1x0).

Nos outros dois encontros, os visitantes empataram e passaram para a segunda fase da competição.

Ponte Preta 0x0 Nacional de Manaus, e Oeste 1x1 Brasiliense. 

NOTA 2- A ESTREIA DO SPORT NA COPA DO BRASIL

* O Sport fará a sua estreia na Copa do Brasil contra o Santos, que não é o de São Paulo e sim do Amapá, estado que é bem incipiente no futebol. 

O time amapaense é tetra campeão estadual, e o mais estruturado entre os times participantes do futebol do seu estado.

O campeonato local ainda não teve o seu início, dede que sempre é o último entre os 27 estados da Federação (incluindo o DF).

Para que se tenha uma ideia da realidade, o Santos só atuou uma vez nessa temporada em um jogo pela Copa Verde, quando foi derrotado pelo Atlético do Acre por 3x2, na casa do adversário.

Não temos duvida do favoritismo do rubro-negro da Ilha do Retiro, apesar de suas claras deficiências, mas perder para uma equipe que beira o semiprofissionalismo seria uma tragédia. 

Por outro lado os torcedores do Sport podem ficar tranquilos com referencia ao resultado, desde que as mídias divulgaram que o técnico Nelsinho Baptista estudou bem o adversário e encontrou o caminho das pedras para vencê-lo. 

O problema é que o estudo feito com relação ao Central falhou.

NOTA 3- O SISTEMA ASSOCIATIVO FALIU

* O colunista do jornal Tribuna do Paraná, Augusto Mafuz, fez um bom levantamento dos números das eleições nos clubes brasileiros, e que serviu para mostrar que o nosso futebol não comporta mais o atual sistema associativo, e que necessita de uma transformação em empresas com fins lucrativos apenas para esse segmento.

Conforme os dados, o Fluminense no seu processo eleitoral teve 5 mil votantes, e o presidente atual foi eleito com 2.126 votos.

No Botafogo a situação é mais grotesca, quando o novo presidente Nelson Mufarrej foi eleito com 816 votos de um total de 1.100.

No caso do Coritiba, que é um clube de massa, o presidente Samir Namur foi vitorioso com 1.070 votos, no total de 1.235.

Com relação ao Corinthians, fato esse que citamos em uma postagem publicada a situação é preocupante.

O clube tem milhões de torcedores e milhares de sócios, de um total de 3.642 votantes, o eleito Andrés Sanchez teve um pouco mais de 1.300 votos.

Por outro lado, como bem frisou o colunista, além do pouco número de votantes, as eleições são muitas vezes fraudadas.

Analisando esses dados ficamos convictos de que esse modelo está morto e sepultado, desde que eleger-se um dirigente com o número reduzido de sócios é sinal de desencanto do associado, não tem a representatividade legal.

Como pode um clube que se diz ter 100 mil sócios, eleger um novo comandante com apenas 1,3% desse total.

Obvio que o eleito não representa a maioria.

Trata-se de uma democracia da minoria, que não é salutar.

O modelo de empresa é o ideal, desde que poderá ter um comando profissional, fato esse que faz falta ao futebol brasileiro.

NOTA 4- O ESTADUAL FANTASMA E A CARAVANA DA MISÉRIA

* A 5ª rodada do estadual Fantasma encerrou-se no último domingo, e os números cada vez mais são preocupantes.

Na quinta rodada estiveram nos estádios apenas 6.445 testemunhas, com uma média de 1.289 pagantes.

O maior público foi o do jogo Central e Sport com 3.135 pagantes.

O menor foi do encontro entre Vitória e América, com 262 heróis da resistência.

No geral foram realizados 25 jogos, com 7 vitórias dos mandantes, 3 dos visitantes e 15 empates.

O resultado de 1x1 aconteceu por 10 vezes.

O número total de pagantes somou 32.589, com uma média de 1.304 por jogo.

O maior público foi do jogo entre Sport e Pesqueira, com 3.148 torcedores, e o menor foi o do América e Pesqueira, com apenas 139 testemunhas.

Os camelos da Caravana da Miséria estão com sede. 

NOTA 5- A TABELA DO BRASILEIRÃO

* Numa rápida análise da tabela do Brasileirão de 2018, verificamos que o Sport terá um bom início quando enfrentará quatro clubes do seu porte, América-MG (F), Botafogo (C), Paraná (F) e Bahia (C).

A seguir começa uma série de partidas contra clubes mais potentes, como Cruzeiro (F), Corinthians (C), Palmeiras (F), Atlético-MG (C) e Internacional (C).

Serão cinco rodadas seguidas com sérias dificuldades, e por conta disso o time rubro-negro terá que somar pontos nas quatro iniciais, para que não vá logo para o brejo nas primeiras dez rodadas.

Por outro lado mais uma vez o Flamengo foi abençoado, quando irá jogar em casa quatro partidas seguidas (8ª a 12ª rodadas), que sem duvida serve para dar um empurrão.

Nas 10 primeiras rodadas o time da Gávea terá seis jogos no Rio de Janeiro. 

O elaborador da tabela tem sangue do rubro-negro nas veias.

São coisas do futebol e do nosso Circo.

NOTA 6- PERGUNTAR NÃO OFENDE

* Um novo modelo de ação dos profissionais do futebol é o de pedir para não viajar e jogar.

As alegações de sempre são bizarras.

O último que solicitou a liberação para não viajar ao Amapá, foi André, atacante do Sport, que alegou problemas pessoais.

Como perguntar não ofende, gostaríamos de saber se os problemas do jogador foi por conta da mosca azul, quando um time brasileiro sondou o clube da Ilha do Retiro com relação a uma negociação dos seus direitos econômicos?

Como o clube não aceitou a proposta, os problemas pessoais surgiram.

São coisas do futebol brasileiro.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- MATANÇA NOS GRAMADOS

* Alguém de bom senso poderia nos explicar como um clube terá que jogar com menos de 48 horas de intervalo, e o mais grave com o jogo seguinte em São Luiz, Maranhão?

Tal fato irá acontecer com os times do Náutico e do Salgueiro, que jogarão hoje à noite pelo estadual Fantasma, e no dia 8 voltarão aos gramados pela Copa do Nordeste.

Se contarmos o horário de encerramento da primeira partida desses clubes com os horários das segundas, certamente teremos 41 horas de hiato entre essas, o que é proibido pelo próprio Circo do Futebol Brasileiro.

O time do Sertão Central será o mais atingido, desde que terá que viajar 1.211 km.

Qual a razão do jogo pelo estadual entre os dois clubes do estado não ser adiado para o dia 14 do corrente?

Mas os gênios que comandam essas competições não tem a devida competência para vislumbrar que estão patrocinando uma matança nos gramados.

O resultado final dessa equação está nas arquibancadas com os dois torneios entregues às moscas.

São coisas do futebol brasileiro.

NOTA 2- AS ZEBRAS PASSEIAM NOS ESTADUAIS  

* O Grêmio de Porto Alegre apostou em um time alternativo nos seus quatro primeiro jogos e só conseguiu um empate e quatro derrotas.

No último domingo entrou em campo com o time titular, na certeza de uma recuperação e sua primeira vitória contra o Cruzeiro, mas os Deuses do Futebol castigou o tricolor que foi derrotado por 1x0.

A vaca está bem próxima de chegar ao brejo e ficar perdida.

O aproveitamento da equipe no estadual é grotesco, com 6,7%. Tem 18 pontos em disputa e necessita de ganhar pelo menos entre 12 e 13 pontos para fugir do rebaixamento.

Não é impossível de acontecer.

Enquanto isso, duas zebrinhas passeiam nos gramados gaúchos liderando  a competição.

O Caxias em 1º e Brasil de Pelotas (2º). O Internacional é o 4º.

Em Pernambuco fato similar acontece, de um lado a zebra Vitória lidera de forma justa, e do outro o Santa Cruz está na zona de degola com três pontos.

A situação do tricolor do Arruda é bem melhor do que a do time gaúcho, e poderá superar tal momento, embora não esteja jogando nada que se pareça com futebol.

No Paraná dois times do interior lideram o Grupo A, Foz de Iguaçu e Cascavel.

Nesse mesmo grupo estão o Coritba (4º) e o Paraná (lanterna).

A situação do time paranista é grave.

No futebol carioca dois times menores irão disputar as semi-finais da Taça Guanabara, Bangu x Boa Vista e o vencedor estará na final.

Vasco e Fluminense foram ultrapassados e ficaram de fora do baile.

A outra semifinal será entre Flamengo e Botafogo. Duas zebrinhas soltas nos gramados do Rio de Janeiro.

São coisas das zebras e do futebol.

NOTA 3- MORTE DO TORCEDOR EM GOIÂNIA NÃO FOI BRIGA DE TORCIDAS

* Para encobrir a realidade foi divulgado que o torcedor do Goiás, Lucas Pereira Neves tinha morrido em uma troca de tiros contra torcedores do Vila, quando a verdade era outra.

Na versão dada inicialmente pela GCM esse tinha atirado contra o ônibus que conduzia a torcida do time rival para o Estádio Olímpico.

Essa foi a conversa da Guarda Municipal da cidade.

Uma torcedora que vinha no veículo gravou tudo e divulgou nas redes sociais, mostrando três homens armados se aproximando do torcedor que morreu no local.

A TV Anhanguera fez uma matéria sobre o caso, e por conta disso foi dada uma nova versão. Segundo o comandante da Guarda os atiradores eram agentes dessa e que estavam de folga, e se deparam com o torcedor atirando contra o ônibus.

Segundo esses, reagiram por conta de Lucas ter revidado, e então atiraram.

Os dez tiros que segundo a primeira versão tinham sido disparados pelo torcedor morto contra o ônibus, ainda não foi comprovado e será avaliado pela policia local.

Na verdade não podemos definir se foi mais uma morte no futebol.

Os indícios não garantem.

NOTA 4- UMA AVACALHAÇÃO JURAMENTADA

* Na reunião do Conselho Técnico da Série A realizada ontem na sede do Circo do Futebol, os clubes por 12 votos a 7, desde que o São Paulo não votou, decidiram rejeitar a implantação do árbitro de vídeo para a atual temporada.

Na verdades eles gostam dos erros humanos das arbitragens que alteram os resultados dos jogos.

São os arautos do atraso.

Por outro lado foi aprovada mais uma indecência, a transferência de jogos para outros estados, fato esse que não era desejado pelo Circo.

Isso sempre foi o desejo do Flamengo que é o time mais beduíno do Brasil.

A aprovação veio acompanhada por algumas ressalvas.

Não será permitido negociar os mandos de campo nas últimas cinco rodadas do Brasileiro.

Além disso, a transferência de partidas para fora do estado onde o clube está sediado limita-se a cinco jogos.

O Brasil é o único país do mundo a oficializar a venda do mando de campo.

É indecente.

Uma outra decisão que foi correta, aprovou o uso dos gramados sintéticos nas competições.

Foi uma vitória do Atlético-PR.

No final verificamos que continua a Esculhambação Geral no futebol brasileiro.

NOTA 5- O TÍTULO DA COPA DO BRASIL ATIÇOU A TORCIDA DO CRUZEIRO

* Os torcedores do Cruzeiro fizeram do seu clube o líder da média de público nesse inicio de temporada.

Nos seus três jogos como mandante o time Celeste colocou 100.618 pagantes no Mineirão, uma média histórica de 33.536 torcedores por jogo.

O público do jogo contra o América realizado no último domingo foi de 47.799 pagantes. 

No encontro contra o Tupi 33.006 torcedores estiveram no estádio.

O menor foi no jogo contra o Uberlândia, com 20.119 pagantes.

O Palmeiras teve no Allianz Parque uma média de 33.025 torcedores e o Corinthians que está jogando no Pacaembu é o terceiro melhor, com 23.604.

Como sempre afirmamos a conquista de títulos acorda as torcidas, e o Cruzeiro é um bom exemplo.

Escrito por José Joaquim

Existem alguns segmentos do futebol brasileiro que necessitam de uma análise mais profunda.

Um é o relacionado aos treinadores.

Como convivemos com muitos desses personagens, alguns com excelentes currículos, lembramos do fosso que os separam daqueles que atuam nas grandes agremiações, com bons contratos, carteiras assinadas e multas contratuais.

Na maioria dos clubes menores, não existe contrato assinado entre treinadores e clubes. Os acordos não são respeitados, e no final muitos são demitidos sem receberem salários.

A grande maioria termina na Justiça do Trabalho na busca dos seus direitos, e embora ganhem as causas, não os recebem por conta das situações financeiras das agremiações.

As condições de trabalho são precárias, e esses profissionais atuam em diversos setores, e na primeira derrota tornam-se os culpados e já começa o preparo para a degola.

São contemplados com salários que variam de conformidade com a situação de cada clube, e que vão de R$ 15 mil a um mínimo, mas na maioria são virtuais, existem apenas nas promessas e não chegam aos seus bolsos.

Noventa por cento desses profissionais da bola não possuem direito aos benefícios trabalhistas, e vivem de forma bem diferente daqueles das divisões maiores que contam com tais obrigações, muito embora os clubes quando os demitem fazem acordos e muitos deles atrasam nos seus cumprimentos.

Os técnicos de clubes menores são os heróis de nosso futebol, e por incrível que pareça são protegidos pela Lei 8650, de 1993, do governo Itamar Franco que determina o registro dos contratos nas federações, fato esse que não é respeitado nos estaduais.

Nas divisões nacionais também era esquecida, e o Circo após 24 anos resolveu cumpri-la com relação aos que disputam as quatro Séries Nacionais.

Essa era uma lei que nunca foi acatada, e existia de forma virtual.

O Circo do Futebol não tinha necessidade de uma Resolução para tal objetivo, desde que bastava cumpri-la.

As federações estaduais também deveriam acata-la.

Esse é o Brasil que nós conhecemos, onde o abismo entre os grandes e pequenos,  também tem um impacto nas carreiras dos treinadores do futebol.

Se existe a Lei que essa seja cumprida, dando maiores garantias para o segmento.

Resolvemos publicar essa postagem por conta de um treinador que conhecemos, que não tinha contrato com o seu clube, foi demitido e pena há dois anos para receber os seus direitos.

Lamentável.

Escrito por José Joaquim

Observamos que a sociedade brasileira nesses últimos anos vem substituindo a qualidade pela mediocridade. 

Obvio que o futebol não poderia ficar alheio e está seguindo o mesmo caminho.

A sua decadência é um exemplo, que arrastou vários segmentos que vivem no seu entorno.

Hoje nos gramados o menos ruim é o melhor, por não existirem os bons.

Com relação a queda desse esporte existe um fato que não foi ainda analisado pelos que o estudam, que é o da ruptura entre a regionalização e a nacionalização que foi procedida de forma abrupta e sem uma maior preparação.

Na verdade a história do nosso futebol começou nos estados, totalmente regionalizada, os estaduais com peso, principalmente, na estruturação de clubes fortes, e que deu ao país o que chamamos de clubes grandes, em quantidade superior aos dos países de outros continentes.

A grandeza regional fez com que clubes menores ocupassem espaços nacionalmente com grandes conquistas, tais como Bahia, Coritiba, Atlético-PR e Sport, todos campeões brasileiros. mas que foram perdendo a consistência por conta de uma politica medíocre e irracional adotada no país.

A nacionalização era algo que iria acontecer cedo ou tarde, mas teria que ser implantada de forma gradual e com um projeto que pudesse dar um maior equilíbrio entre as forças.

Nada foi realizado, e isso se faz sentir na pornográfica distribuição de renda, sobretudo das cotas da televisão.

Com isso, sem uma regulação séria o abismo foi se aprofundando, afetando inclusive alguns clubes que na época eram chamados de grandes, e o que temos hoje é um futebol com poucos times ricos, endividados, com uma pobreza franciscana na formação tática dos jogos.

Os poucos talentos quando surgem migram para a Europa.

Se houvesse inteligência nessa transformação, o aproveitamento da regionalização poderia servir de mote para o novo processo, por esse ser o responsável pela história do futebol brasileiro, e sobretudo pelo número de bons atletas e de jogos com qualidade.

O modelo atual é o de jogar para não perder, e ganhar por um acaso, e isso tirou os torcedores dos estádios, inclusive das poltronas, com as pesquisas marcando menores índices a cada rodada realizada, numa demonstração bem clara de que não apenas os que estão nas arquibancadas, como aqueles que ficam em casa ou restaurante e bares, não estão contentes com o que estão vivenciando.

Trata-se de um caminho muito perigoso, quando a mediocridade toma conta da nação, e se não houver uma reação iremos continuar nos contentando com novelas, com o Big Brother Brasil, programas esportivos grotescos, e a qualidade sendo tragada pelo tempo. 

Lamentável.