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Escrito por José Joaquim

E O SPORT?

Essa foi a pergunta que mais ouvimos ou lemos em mensagens logo após as postagens dos artigos sobre o Náutico e Santa Cruz.

Obvio que ficamos felizes por sentimos que o nosso blog tem uma dimensão que não tínhamos previsto quando começamos em 2010.

Hoje por conta dos acessos a nossa responsabilidade é muito grande, e para que isso aconteça demanda um bom tempo em pesquisas, conversas, entre outras coisas para que o trabalho seja eficiente.

Vamos atender a todos, e analisar a performance do time da Ilha do Retiro em 28 anos. 

O rubro-negro teve uma década de 90 como a mola propulsora do seu avanço.

No período entre 1991/2000 participou de todos os Campeonatos da Série A e conquistou oito estaduais.

Devemos destacar que, em 1999, o clube já começava a apresentar algum declínio, sendo quase rebaixado para a divisão anterior, salvando-se pelos critérios técnicos adotados na época.

A primeira década do século XXI foi devastadora nacionalmente para o Sport, embora esse tenha ganho pontualmente o título da Copa do Brasil de 2008, mas como já estava sendo delineada uma curva descendente no fim do século anterior, tal fato aconteceu e nesse período o clube foi mais da Segunda Divisão do que da Primeira.

Em 2001 foi rebaixado para a Serie B e permaneceu nessa até o ano de 2006, quando obteve o acesso. Ficou por três anos, tendo, e em 2009 teve mais um rebaixamento.

No período de 10 anos o time esteve por 6 vezes na Segunda Divisão e 4 na Primeira, que motivou um abalo na sua vida financeira.

Na segunda década do século XXI a situação foi bem melhor, as alternâncias foram mais reduzidas.

Jogou na Série B em 2011, onde conseguiu o acesso para a A de 2012. Durou apenas um ano, desde que foi rebaixado.

Atuou na Segunda Divisão de 2013, retornado ao maior campeonato nacional em 2014, onde permanece até hoje.

Ou seja em oito anos, o Sport esteve presente por duas vezes na Série B e seis na A.

Embora venha mantendo uma consistência por cinco anos da sua presença no grupo maior, os dois últimos campeonatos já deram mostras que o clube está bem perto de mais um rebaixamento.

Em 2016 foi 14º na tabela de classificação e 15º em 2017, ambos na bacia das almas.

Pelo que estamos assistindo na atual gestão tal fato é bem factível de acontecer, desde que a movimentação com o elenco, contratando jogadores refugados nos seus clubes é sem duvida um passo bem largo para uma possível debacle.

Com essa postagem encerramos o ciclo dos três clubes que já foram chamados de grandes.

Hoje existem controvérsias sobre o assunto.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O SPORT E A SEMÂNTICA

* O imbróglio entre o Fluminense e Sport sobre as participações dos clubes na negociação de Diego Souza com o São Paulo virou um caso de semântica. 

Tudo por conta do email enviado pelo tricolor das Laranjeiras sobre o assunto, demonstrando que  pode ter acontecido uma interpretação errada da diretoria do rubro-negro.

O clube carioca no dia de ontem apresentou o documento que foi remetido para a Ilha do Retiro sobre o assunto.

Nesse está bem explicito que o clube concorda com a negociação de Diego Souza com valor ¨a pagar¨ acima de R$ 2 milhões.

De acordo com as declarações dos diretores do Sport o entendimento é de que o Fluminense se contentaria com essa quantia, ou seja teria o direito de receber R$ 1 milhão. 

Vamos e venhamos, em todos os dicionários da língua portuguesa ¨a pagar¨ representa a demarcação do inicio de uma contagem, ou seja a venda dos 50% dos seus direitos pelo jogador só poderia ser feita com valores acima de R$ 2 milhões que seria a linha demarcatória para a negociação.

O valor final foi de R$ 10 milhões muito acima do que foi posto pelo clube das Laranjeiras.

Na realidade o assunto irá ser decidido pelo dicionário que explica bem o conteúdo em debate.

Trata-se de uma questão de semântica.

NOTA 2- A CHAMPIONSHIP E O FUTEBOL BRASILEIRO

* A Segunda Divisão Inglesa, Championship, dá um banho no futebol brasileiro.

Enquanto a média de público do Brasileirão não chegou aos 16 mil pagantes em 2017, essa competição inglesa na atual temporada tem 20.421.

Na comparação com os estaduais, dois dos seus times superam o Palmeiras que é o melhor colocado entre todos os disputantes dessas competições.

O Leeds United (32.403) e Aston Villa (30.579) são os que tem as maiores médias de público na Championship.

O segundo colocado no Brasil é o Cruzeiro com 26.558 pagantes por jogo.

O time celeste além de levar uma goleada dos dois primeiros, ainda fica atrás de cinco outros clubes.

O Corinthians que é o terceiro no ranking dos estaduais, com 23.604 pagantes, tem à sua frente na Segunda Divisão Inglesa 10 clubes.

Com relação ao futebol carioca, a situação é grotesca.

O Flamengo tem uma média de 8.566, que só é superior a dois clubes entre os 24 disputantes dessa competição.

O jogo entre Aston Villa x Barnsley levou ao estádio 31.869 torcedores, e do Leeds x Millwall recebeu nas arquibancadas 33.564.

O maior público nos diversos jogos dos estaduais brasileiros foi o do Corinthians e São Paulo, com 31.972.

Um 7x1 da Segunda Divisão Inglesa no futebol tupiniquim, que vem rolando a ladeira, e todos os segmentos envolvidos no futebol fingem que nada está acontecendo.

São coisas do Brasil. 

NOTA 3- MAIS UMA QUEDA NA MÉDIA DE PUBLICO NA COPA DO NORDESTE

* Um dos nossos visitantes, Beto Castro, no  comentário postado em um dos nossos artigos, afirmou que a Copa do Nordeste tem os seus dias contados.

Aliás, esse esteve conosco quando da reunião em Maceió quando ficou acertado a realização da primeira competição em 1994, e por isso pode analisar o seu andamento.

Em parte Beto tem razão, mas a competição regional tem condições de sobrevivência, e para que isso aconteça serão necessárias várias mudanças, inclusive entre os clubes disputantes, sobretudo na sua formatação, e com jogos em horários decentes.

Na noite de quarta-feira tivemos três partidas pela segunda rodada, que na verdade ficou restrito aos locais das disputas, desde que a divulgação do evento é fraca e com pouco conteúdo.

Os públicos foram reduzidos, somando 8.607, com a média por jogo de 2.869.

Ceará x CSA- 5.037,

Altos-PI x Bahia- 1.557 e, 

ABC x Globo- 2.015 pagantes. 

Nos 19 jogos realizados contando com os da pré-Copa, a competição está com uma média de 2.814 testemunhas por partida.

Ou muda o modelo ou vai morrer junto com os estaduais, que seria lamentável, desde que trata-se de uma  boa  competição que poderá mudar o futebol regional.

NOTA 4- A APREENSÃO DAS PIZZAS

* Nesse futebol brasileiro de tudo pode acontecer.

Coisas ruins, coisas boas e fatos hilários como esse que aconteceu no pós jogo da Portuguesa de Desportos e Oeste, pela Série A-2 do futebol paulista, cujo resultado foi de 3x0 para a equipe de Barueri, fazem parte do futebol brasileiro. 

Nos jogos que são realizados no estádio do Canindé, os jogadores da Lusa comem pizzas após a partida.

Mas dessa vez houve uma apreensão feita por torcedores, que de forma pacifica ficaram esperando o motoqueiro que transportava as caixas com as pizzas, o pararam, e ficaram com essas. 

Tudo feito de forma civilizada.

Pagaram o valor de R$ 300, comeram as fatias e dividindo-as com os funcionários do clube.

Um protesto sem violência, sem pichações ou quebra-quebra, e que mostrou que existem ainda espirituosos torcedores.

Foi uma atitude diferente com a oportunidade de um protesto sadio contra a performance do time.

NOTA 5- PERGUNTAR NÃO OFENDE

* Em qualquer esporte o atleta que é flagrado no exame antidoping é suspenso preventivamente.

No futebol brasileiro na temporada de 2017 alguns jogadores caíram na malha, continuaram e continuam atuando nas competições.

Como perguntar não ofende e é um direito, gostaríamos de saber se existem normas diferentes para esse esporte, ou a esculhambação dessa Agência que foi criada para o sistema é geral?

Só mesmo no Brasil.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- A VITÓRIA DO PREVISÍVEL  

* O imprevisível no futebol faz parte do passado, e hoje participa nos jogos com 15%.

As diferenças nas finanças entre os times disputantes nas mais diversas competições, motivam as diferenças técnicas e influenciam nos resultados.

O maior exemplo vem da Copa do Brasil quando os confrontos foram distribuídos pelo ranking do Circo, com aqueles de menor pontuação jogando em casa.

No dia de ontem foram realizados 16 jogos, e 13 visitantes passaram para a segunda fase, e 3 mandantes obtiveram sucesso, sendo que dois desses foram os pernambucanos Náutico e Salgueiro.

O alvirrubro conseguiu empatar com o Cordino (1x1), e o time do Sertão Central derrotou o Novooperário do Mato Grosso (3x2).

Quem acessou o nosso blog no dia de ontem e leu a Nota sobre os jogos de nossos times na rodada inicial, observaram que colocamos tanto o Náutico e Salgueiro com chances de passar adiante, e o Santa Cruz teria mais dificuldades por conta do adversário.

Acertamos mais uma vez.

Assistimos o jogo que foi realizado em Feira de Santana com o som da televisão desligado para fugirmos da mesmice, e por conta disso fazermos uma análise fria do que ocorreu no gramado.

O Santa Cruz fez o seu último jogo do mês de janeiro no dia 31, sem uma única vitória, e era previsível que não seria o Fluminense de Feira que iria permitir.

A vitória de 2x0 do time baiano foi justa pelo que apresentou.

Aliás pensávamos que era o Salgueiro que estava jogando, desde que quase a metade do time baiano, inclusive o treinador, foi o que disputou o estadual de 2017, e que deveria ter sido campeão, mas o apito amigo não permitiu.

A equipe do Santa Cruz é fraca, o time é desorganizado em campo, e mesmo com os 15 minutos finais do jogo com o adversário com 10 homens não conseguiu empatar, pelo contrário esse é que marcou o segundo gol matando a partida.

O clube do Arruda fez algumas contratações equivocadas e isso está refletindo no gramado.

O técnico Junior Rocha já teve tempo de mostrar algum resultado e tem que ser cobrado por conta da seca de conquistas.

O Fluminense de Feira continua nessa competição e o Santa Cruz deu um adeus melancólico com o prejuízo de R$ 600 mil que iria receber na segunda fase, e que irá fazer falta.

NOTA 2- ESTÁDIOS OCIOSOS NA COPA DO NORDESTE

* A Copa do Nordeste no seu retorno em 2013 colocou em seus jogos uma média de 8.487 pagantes.

Foi um sucesso na época.

Em 2014 houve uma queda para 7.602 pagantes, uma pequena melhora no ano de 2015, com 7.819, caindo de forma vertiginosa em 2016 com 5.873, e 2017 com 5.973.

Nesse ano de 2018 foi criada uma fase preliminar com 8 disputantes.

Nessa foram disputadas 8 partidas, com um público total de 14.459 pagantes, uma média de 1.807 por jogo.

Na fase de grupos a primeira rodada somou em 8 jogos 30.321 torcedores, com uma média de 3.790 que está bem longe da pior que aconteceu em 2016 (5.873). 

Somando-se a pré-Copa do Nordeste com a fase de grupos, o total de torcedores presentes aos estádios da região foi de 44.779, com uma média de 2.798.

Tais números poderão melhorar na fase de mata-mata, mas pela tendência não superará o do ano anterior.

Na verdade quem afasta os torcedores dos estádios é a falta de qualidade técnica de alguns participantes, sobretudo aqueles clubes sem torcida, e os horários indecentes dos jogos. 

Uma nova formatação da competição e a criação de uma segunda divisão seria o caminho para a extinção dos estaduais, posto que esses perderam os seus seguidores.

A queda de público dessa Copa é um claro recado para os dirigentes de que a competição vem rolando a ladeira por três anos seguidos, e que pede que seja feito algo para que estanquem a sua descida. 

NOTA 3- OS TALIBÃS DO FUTEBOL

* Entra ano e sai ano e ainda existem torcedores agindo como bandidos.

Na realidade esses se transformaram nos talibãs do futebol.

Na última terça feira, 150 membros de uma torcida organizada invadiram a sede do Fluminense sediada nas Laranjeiras, em plena noite de eleição dos dirigentes do Conselho Deliberativo.

Com faixas e gritos de guerra pediram a saída do presidente Pedro Abad e da Flu Sócio, grupo politico que dá a sustentação ao atual poder diretivo do clube.

Os talibãs tricolores soltaram morteiros e bombas na porta da sede do clube, como nas ruas nos arredores das Laranjeiras.

A policia foi acionada.

Por conta da confusão e das ameaças os diretores ficaram trancados na sala do departamento jurídico.

Enquanto um grupo ameaçava fisicamente a diretoria, outro pichava as paredes da sede com frases pedindo a saída dos cartolas.

Os Talibãs também estão atuando em outros clubes, e a bola da vez foi o Flamengo que teve a sua sede pichada com frases solicitando a prestação de contas da negociação de Vinicius Junior.

Na realidade as pessoas sérias estão correndo cada vez mais dos seus clubes, e sobretudo dos cargos executivos, abrindo espaços para despreparados que usam as agremiações com fins promocionais, ou para coisas não institucionais.

Não existe solução para o nosso futebol que sofre com a violência que assola o país.

NOTA 4- O CRESCIMENTO DO SOCCER NOS EUA

* Uma pesquisa do Gallup Institute realizada no mês de dezembro do ano anterior em 50 estados norte-americanos, teve uma constatação de que o Football (Americano) perdeu pontos entre 2013 e 2017.

Segundo o próprio Gallup a queda se deu por conta da divulgação de um vídeo com um atleta desse esporte batendo na sua mulher, e depois arrastando-a já desacordada.

Outro ponto que foi detectado foi os das constantes concussões que acontecem durante os jogos, que vem influenciando na ausência dos fãs. 

Apesar disso ainda é o esporte favorito dos norte-americanos com 37%.

Por outro lado o soccer que é o nosso futebol vem mantendo uma constante evolução, apresentando 7% de seguidores, quando em 2013 esse percentual era de 4%.

Aproximou-se do Baseball que é o terceiro esporte nos Estados Unidos, que sofreu uma queda de 14% para 9%.

O segundo esporte na preferência dos torcedores é o Basketball, com 11%.

Mesmo som a seleção caindo nas eliminatórias da Copa do Mundo, tal fato não afetou o crescimento do soccer, que hoje já está entre as maiores médias de publico do mundo.

NOTA 5- NEM O MARACANÃ SALVA O FUTEBOL CARIOCA

* O Rio de Janeiro já foi a Cidade Maravilhosa, um cartão postal do país que hoje está sendo destruída pela violência, afetando inclusive o futebol.

Nas rodadas iniciais dos estaduais em 43 jogos só 66.476 torcedores estiveram presentes nos estádios (público pagante).

Nem o Maracanã salvou.

Para que se tenha uma ideia exata da realidade, a soma dos jogos do Botafogo  e Fluminense (23.847), é menor do que um único jogo no estadual paulista, entre São Paulo e Corinthians (34.167).

O Vasco com apenas dois jogos tem uma média de 11.456 pagantes (jogou duas vezes com portões fechados), o Flamengo com média de 8.734, Botafogo, 4.920 e Fluminense, 3.088.

O Cruzeiro é o que tem a melhor média de publico entre os que são chamados de grandes, com 21.727  pagantes por jogo, seguido pelo Palmeiras (21.525), Corinthians (21.089), São Paulo (17.057) e, Atlético-MG (11.820).

A média histórica do futebol do Rio de Janeiro fica entre 4.000 e 4.500 torcedores por jogo, a até o momento em 4 rodadas não chegou nem na metade.

O problema não é apenas a violência, e sim a falta de qualidade nos modorrentos estaduais.

NOTA 6- NEM A VIOLÊNCIA CONSEGUE PARAR O CITY

* O Manchester City é a nova caça no futebol inglês.

Sane foi para o estaleiro e ficará de fora por 30 dias, e é sem duvida uma grande perda para o jogo da Liga dos Campeões.

Um ponta dos velhos tempos.

Na noite de ontem assistimos mais uma aula de bom futebol, com o time de Pep Guardiola cada vez se firmando como o melhor do mundo.

Goleou o West Bromwich por 3x0 que apelou para a violência sob ás vistas grossas da arbitragem.

Mais uma vez o dono do jogo foi Kevin De Bruyne que foi o melhor no gramado, marcando um gol e com uma assistência para outro.

O belga irá brigar com Messi como o melhor atleta da  temporada, e se conseguir levar a forte seleção da Bélgica a um patamar bem alto na  Copa do Mundo da Rússia, tal fato poderá virar realidade.

Para quem gosta desse esporte no Brasil, assistir o City jogar sem duvida é um refresco para os olhos que sofrem com os jogos realizados em nosso país.

Ainda bem que temos Pep Guardiola.

Escrito por José Joaquim

O futebol de Pernambuco há um bom tempo dorme em um antigo berço esplêndido, e com um fato muito grave, que é o de não ter um movimento para que seja acordado. 

Os torcedores se acomodaram, e as nossas mídias preferem o varejo e não discutem o atacado.

Na Federação local o seu presidente é midiático, fala e não diz nada, e não tem ao seu lado uma única cabeça pensante para discutir o tema que é relevante. 

Quando concede uma entrevista o entrevistador fica com receio de perguntar qual a razão da decadência do futebol local.

Vivemos no mundo da ilusão, mas os números comprovam que esse esporte em Pernambuco é um quase morto e sepultado.

Nessa fase inicial de estaduais aconteceram alguns clássicos, e entre esses o nosso ex-clássico, Náutico e Sport foi o que recebeu o menor público.

Corinthians x São Paulo- 31.972 pagantes,

Paysandu x Remo- 31.123,

Flamengo x Vasco- 18.557,

Avaí x Figueirense- 10.030,

América-RN x ABC- 9.080,

Treze x Campinense- 8.826,

Vila Nova x Atlético-GO- 3.813 e,

NÁUTICO x SPORT- 2.163.

Contra números não existem argumentos. 

Por outro lado a média de público do atual estadual, só ganha entre 15 estados para os campeonatos de Sergipe, Maranhão e Brasília, o que mostra uma decadência explicita e que todos os setores fingem que não acontece.

Dormem em um antigo berço esplêndido prestes a se quebrar.

Os dados abaixo mostram essa realidade:

Paulista- Média- 8.522 pagantes,

Mineiro- 6.100,

Paraense- Média- 5.633,

Goiano- Média- 3.180,

Catarinense- Média- 2.860,

Paraibano- Média- 2.748,

Baiano- Média- 2.549,

Cearense- Média- 2.225,

Gaúcho- Média 2.294,

Carioca- Média de 1.621,

Potiguar- Média- 1.501,

PERNAMBUCANO- MÉDIA- 1.308-

Sergipano- Média- 901-

Brasiliense- Média- 842 e,

Maranhense- Média- 639 pagantes.

Aliás para quem acompanha o blog tal fato não representa nenhuma novidade, desde que em 2010 já mostrávamos que a insistência do Todos com a Nota era algo que iria destruir o nosso futebol, quando os torcedores passaram a acreditar na conversa fiada de que éramos os melhores do país, e com a ausência desse programa a realidade voltou, e nada se fez para uma retomada desse esporte.

Dormiram.

Ou Pernambuco acorda através de um planejamento para o futuro, ou o cadáver do futebol irá apodrecer embaixo da terra.

Lamentável.

Escrito por José Joaquim

Alguns dos nossos visitantes em seus comentários sobre a postagem da Regressão do Náutico, sugeriram que publicássemos um artigo com o mesmo teor analítico sobre o Santa Cruz.

Na verdade já postamos diversas análises sobre o tricolor do Arruda, mas como o tema é atual, vamos atende-los.

O Clube do Arruda, entre os três da capital foi o que teve uma queda mais acentuada, no período de 28 anos, que comporta as décadas de 90, de 2000 e mais 8 anos da atual.

O Santa Cruz teve os seus melhores momentos na década de 70, e parte da de 80, quando o clube evoluiu graças a uma continuidade de um projeto delineado por um Colegiado que o dirigiu de forma alternativa.

Nos anos 70 esse participou por 10 anos seguidos do Brasileirão, nos anos 80 por 6 vezes intercalados com 4 na Serie B. Começava o seu declínio que acentuou-se nos anos 90, quando participou apenas uma vez da Série A, no ano de 1993, desde que não houve a Segunda Divisão, e terminou na 28ª colocação, sendo levado de volta ao grupo anterior.

De 1994 a 1999, onde teve o acesso, fez parte da Série B. No ano de 2000, disputou a Copa João Havelange, e no seu modulo ficou no 25º lugar. Em 2001 retornou a primeira divisão, onde foi logo rebaixado, só voltando em 2006, onde chegou na lanterna da competição, sendo levado de volta para a Segunda Divisão.

Em 2007 disputou essa Série sendo rebaixado para a C e, em 2008, sofreu o descenso para a D, participando dessa quarta divisão no período de 2009/2011, ano em que conseguiu o acesso para a Terceira Divisão.

No ano de 2013 conseguiu o acesso para a B, onde jogou nos anos de 2014 e 2015, quando conseguiu o acesso para a divisão principal, mas com uma estrutura precária foi levado de volta para o lugar de onde veio. Disputou a Série B em 2017 e foi rebaixado mais uma vez para a C.

O fundo do poço.

Tornou-se apenas um clube ganhador de títulos estaduais que pouco representaram para a sua evolução. Em 2016 conquistou a Copa do Nordeste.

Numa simples análise, verifica-se que o Santa Cruz, em 28 anos (com o de 2018), somente participou por 4 vezes do Brasileirão, e 24 nas demais divisões.

A dureza dessa realidade assombra a qualquer estudioso do futebol brasileiro, visto que o clube passou quase três décadas totalmente fora do foco dos grandes eventos, das mídias nacionais, e como contrapartida, de grandes patrocinadores.

Na verdade foram anos desperdiçados, e que levou o tricolor a atual situação, e ainda contou com a infelicidade de ter  algumas péssimas gestões nesse período, que levaram o clube a esse momento, eivado de dividas, lutando com dificuldades para retornar aos grandes campeonatos, e conseguindo sobreviver graças a sua torcida que já começou a esmorecer.

Faltaram as cabeças pensantes para estancarem a sua regressão, e principalmente o entendimento que o tricolor é um clube de futebol, e deveria ter sido planejado com base numa focagem futebolística.

Não o fizeram e deu no que deu.

A ausência do clube na maior divisão nacional obvio que o levaria ao esquecimento, e sobretudo uma queda de receita desproporcional.

Isso aconteceu com o Santa Cruz e com o Náutico. O clube do Arruda tem 1,2 milhões de torcedores, que é sem duvida um bom número, mas sem formatar um novo planejamento (se é que houve algum), para que pudesse ser refundado.

Como está atualmente não tem solução e o sofrimento de sua torcida irá continuar, com o risco maior de não cooptar uma nova geração.

São coisas de clubes e empresas no mundo capitalista.